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História What would you live for? - Porque é que tem que ser assim?


Escrita por: ceciliajonas

Capítulo 5 - Porque é que tem que ser assim?


(Leia ouvindo : Underneath - Hanson)

Um mês depois...

Era o primeiro dia de aulas das meninas na faculdade. Era também o primeiro dia dos meninos na nova 3CG reformada.
Taylor e Zac tinham combinando com as três que elas iriam pra lá depois das aulas.
E assim foi. Aimée, Claire e Beatrice estavam bem ansiosas para conhecer a nova 3CG. E Zac e Taylor estavam ansiosos pela chegada delas.
Quando ouviu o interfone, Taylor foi correndo responder.

A - Olá, somos nozes.
T - Entra! - Taylor liberou o portão na portaria para elas. - 6º andar! Vou esperar vocês na porta.
As três subiram, e Taylor as aguardava na porta, conforme tinha dito.
Ele as cumprimentou, e entraram.
Z - Olá meninas. E então, gostaram?
B - Nossa! Tá muito bonito aqui dentro.
C - Ouviram meus conselhos, né? As cores ficaram muito melhores do que eu imaginei.
T - Sim, Claire, e sinceramente achamos que você poderia trabalhar como designer de interiores.
C - Ah não, não tenho paciência pra essas coisas. Estou feliz fazendo música!
T - Ah, falando nisso, me conte, como foi o primeiro dia de aula?
C - Nossa, foi ótimo! Hoje estudamos a origem da música, e dos instrumentos, e cada um tocou um pouco de cada instrumento, e aí depois disso o professor disse quem tinha mais afinidade para quê...
T - E a sua afinidade, qual foi?
C - Violão e piano! Ahá, viu que não é só você que tem afinidade com ele, loiro azedo?
T - Claro que não! Então vai sentar lá pra me mostrar o que aprendeu!
C - Hm... depois. Agora num vai dar que eu vou ficar com vergonha!
T - Tá. Deixa eu mostrar como ficou tudo pra vocês primeiro.

Taylor e Zac fizeram um pequeno tour com elas. Mostraram a recepção, e a sala de reuniões. Seguiram para o estúdio.
Taylor cutucou Zac, e sorriu ao ver a cara de fascinação das meninas ao verem os instrumentos dos seus ídolos ali, paradinhos. Deixaram que elas ficassem ali um pouquinho, olhando tudo. Beatrice e Aimée logo despertaram do transe causado por aquele estúdio. O mesmo não aconteceu com Claire.

A garota tinha os olhos fixos no violão. Era o violão de Isaac. Ela daria tudo pra pelo menos dedilhá-lo... Sem pensar direito, ela foi até o violão. Era como se os outros não estivessem ali. Segurou-o firme em suas mãos, e sentou-se no banquinho aonde (provavelmente) Isaac se sentava pra ensaiar. Dedilhando-o, sentiu cada vibrar das cordas fazer o seu sangue vibrar dentro dela.

Taylor, Zac, Beatrice e Aimée já estavam saindo do estúdio quando a viram sentada, com o violão. Ficaram os quatro parados na porta, a observando.

Claire nem se deu conta, mas estava começando a tocar uma de suas músicas favoritas ever. Que por sinal, era cantada pelo dono do violão.

“The wind it blows through the trees, claiming those innocent leaves
And the thunder rolls these crashing seas
Like a tender kiss holds this heart in me..."

Isaac chegava da rua naquele exato instante. Ouviu um violão, e uma voz suave cantando a sua música... foi seguindo a melodia, até que viu, através do vidro do estúdio, Claire sentada tocando e cantando... e foi a visão mais angelical que ele já tinha tido em toda a sua vida, até aquele momento. Não ousou interromper. Deixou que a melodia e a voz dela o envolvessem.

Claire sentia cada nota invadir sua alma como uma suave brisa. De olhos fechados, ela tinha simplesmente se esquecido de que estava no estúdio do Hanson, tocando a música do Hanson. Eram só ela e o violão, perdidos no tempo e no espaço.

Os quatro amigos também não ousavam dizer sequer uma palavra. Era tão gostoso ouvir e sentir a emoção com que Claire cantava, que eles poderiam ficar ali, o dia inteiro, ouvindo-a.

Por fim, ela terminou. Despertando de seu transe, correu para botar o violão de Isaac no lugar, antes que alguém percebesse que ela tinha o pego. Tarde demais. Os amigos já tinham visto, e Isaac também.

Os quatro a aplaudiam e sorriam para ela. Ela, timidamente, sorriu para eles também.

Isaac queria correr para abraçá-la, dizer o quanto a voz dela era linda, o quanto ela era talentosa. Queria correr em direção a ela, envolvê-la em seus braços, e a beijá-la, assim como quis desde a primeira vez que a viu. Mas ele sabia que não podia. Ainda mais agora, depois do que ele tinha feito. Por mais que fosse contra a sua vontade, ele continuou sendo o cara idiota, grosso e estúpido que tanto o estava machucando. E a fazendo o odiar.

I - Quem foi que deixou você pegar o meu violão? - entrando no estúdio, ele foi até o violão, o pegou e ficou examinando. - Você deve ter desafinado o meu violão! Você sabia que isso aqui é o meu instrumento de trabalho? Não, você não deve saber. Aliás você não deve nem ter uma idéia do quanto ele custou. Se ele estragasse, pode ter certeza que você iria me pagar. Nem que fosse com a sua alma.

E, mais uma vez, o Isaac deixou a galere toda sem saber o que dizer. E a pobre da Claire também. De repente, ela ficou speechless. Ela só conseguiu sentir os olhos enchendo de lágrimas. E antes que ele pudesse perceber isso também, ela tratou de escapulir dali.

C - So-so-sorry! - e saiu correndo pela porta do estúdio, pegou sua bolsa, e saiu correndo em direção à porta.

Zac foi rápido e não a deixou sair. Pegou-a pela mão, e a enfiou dentro da sala de reuniões, onde ele tentou a acalmar por um bom tempo.

C - Zac, não foi a minha intenção deixar ele bravo daquele jeito! I'm so sorry!
Z - Shii, Claire, eu sei, tá... eu não sei o que anda acontecendo com o Isaac, ele tá agindo estranho desse jeito desde sábado... mas olha, isso não é culpa sua, você não tem nada a ver com isso.
C - Não sei Zac, não sei... - e desatou a chorar de novo.

E dentro do estúdio, Isaac ouvia um Taylor, uma Beatrice e uma Aimée dando broncas nele. E ele não podia nem responder, pois ele sabia que merecia tudo aquilo, por estar fazendo a Claire sofrer tanto.
No meio de toda aquela falação, só a Aimée conseguiu ver a dor nos olhos do Isaac, o que fez ela se calar.
Quando Taylor e Beatrice já estavam cansados de brigar com o caolho, Aimée ficou parada, o olhando. Os dois saíram, e Aimée continuou o olhando, procurando dentro da mente as palavras pra dizer o que queria dizer.

A - Olha Isaac, eu posso estar muito errada... mas algo aqui dentro de mim diz que você não é essa malvadeza toda que tá demonstrando ser...
I - Talvez essa voz dentro de você esteja certa... eu não queria que fosse assim... mas tem que ser... eu não posso...
A - Porque você tá sendo tão malvado com ela, Isaac? Essa garota te ama, desde os 11 anos de idade. E num é coisinha besta de fã não, ela te ama, de verdade. Ela viveria por você. Ela até morreria por você.
I - Mas não pode... ela é tão linda, tão nova, tão cheia de vida pela frente... ela não pode... eu não quero fazer ela sofrer desse jeito, mas não tem saída...
A - Tem sim. É só você tratá-la normal... como trataria qualquer outra pessoa.
I - Mas eu quero que ela me odeie! Ela tem que me odiar! Não sou capaz de tratá-la como se ela fosse apenas mais uma pessoa no mundo...
A - E porquê você acha isso?

Isaac a olha. Não sabia se podia falar.
I - Aimée... o quanto eu posso confiar em você?

Ela percebeu. O assunto era sério. E se ela queria saber o que se passava na cabeça do caolho, ela tinha que fazer por onde.
A - O quanto você achar que deve.
I - Eu quero que ela me odeie... porque eu sei que não vou conseguir tratá-la normalmente. Eu sei que não vou conseguir resistir... eu sinto uma coisa por ela que é inexplicável, desde a primeira vez que a vi. Foi algo muito forte que eu senti, quando a vi do meu lado, naquele M&G em São Paulo, há 5 anos atrás. Eu nunca a esqueci, desde aquele dia. E quando a vi, seis meses depois, tudo voltou mais forte ainda. E foi por isso que eu a tratei daquele jeito. A Becca estava me observando de  perto, porque ela percebeu que eu a olhei diferente quando a vi no show, e depois na caminhada. Eu nunca senti por ninguém o que eu sinto pela sua amiga. Mesmo sem saber o nome dela, mesmo sem saber de onde ela veio, quantos anos ela tem, mesmo sem saber NADA sobre ela, é algo que eu não consigo controlar. Quando eu fiquei esse tempo todo sem a ver, eu até pensei que tivesse acabado. Que tudo não passasse de coisa da minha cabeça. Apesar de nunca ter esquecido o rosto dela, eu achei mesmo que tivesse passado. Em algumas noites, eu sonhava com ela. Sonhava com ela sorrindo pra mim, com ela segurando um bebê nosso... e eu achava que tava ficando doido. No começo isso era mais freqüente. Com o tempo foi passando. Até o dia em que eu não sonhei mais. E aí eu achei que tinha acabado. Mas, bem no fundo de mim, eu sabia que não, que não ia acabar. Mas aquilo foi ficando adormecido... até que no sábado, eu a reencontrei. E dessa vez eu tive certeza de que ela nunca mais ia sair da minha vida. Mas acontece que eu sou um cara casado, e tenho uma família. Eu não amo a Nikki, mas eu prezo pela minha família. Pelos meus filhos. Mas eu sei que o que eu sinto por ela é algo que eu não posso controlar. É por isso que eu quero tanto que ela me odeie. Pra que ela não sofra. Eu a amo, e sou capaz de abrir mão dela pra vê-la feliz. - era a primeira vez que Isaac admitia pra ele mesmo que a amava. E ele sabia que estava certo.
A - Isaac, seu segredo está seguro comigo. E fica tranquilo, tudo vai se resolver da melhor maneira possível, sem você precisar maltratá-la, e sem ela precisar te odiar.
I - Mas como?
A - Eu ainda não sei... mas vamos dar um jeito nisso.


Notas Finais


AAAAAH então era esse o segredo do Isaac?
Vocês concordam com a atitude dele? Acham que ele deveria fazer diferente?
Comentem! ;)


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