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História Whatever - O passado no presente


Escrita por: shotales

Notas do Autor


Oiiii
Voltei com mais um capitulo
Eu corri pra escrever esse cap, e deveria estar estudando, então de nada kkkkkkk

Boa leitura!

Capítulo 7 - O passado no presente


Acabei não dormindo e passei a noite inteira acordada vendo série com a Luíza, o que não favoreceu nada a minha dor de cabeça.

O relógio digital do meu celular indicavam ter passado das 4:00 da manhã. Luíza acabou dormindo no sofá, como se fosse novidade. Luíza é o ser que mais dorme que eu conheço, é incrível.

Me levantei e fui preparar as coisas para tomar um banho. Peguei uma toalha limpa, roupas intimas, meu moletom favorito, uma regata e uma calça de moletom que eu não uso muito, mas gosto bastante. Não estava frio, mas também não fazia calor então não teria problema em usar essas roupas quentes.

Levei tudo para o banheiro e soltei meu cabelo, que eu tinha prendido na noite do dia anterior. Tranquei a porta e tirei minhas roupas. Liguei o chuveiro e escovei os dentes enquanto a água esquentava.

Por fim, entrei de baixo do chuveiro e comecei meu banho.

Quando saí do banheiro, já vestida e com o cabelo enrolado na toalha, vi que Luíza tinha acordado e arrumava a sala.

– Bom dia bela adormecida – falei enquanto esfregava os cabelos na toalha.

– Não enche. Se tu é um vampiro que não dorme nunca problema é teu, eu durmo o quanto eu quiser – ela leva os potes sujos de pipoca pra cozinha e eu entro no meu quarto.

Largo a toalha em cima da cama, maldita mania, e pego meus all stars de baixo da cama e um par de meias na gaveta. Coloco meus tênis e penteio meu cabelo. Não costumo secar com o secador, então nem ao menos cogitei essa opção.

Peguei meus óculos de cima da escrivaninha e os coloquei. Peguei minha carteira, meu celular e minhas chaves e os coloquei no bolso do moletom. Saí do quarto e encontrei com Luíza no corredor, indo tomar o seu banho.

– Onde tu vai? – ela pergunta franzindo o cenho.

– Comprar o almoço.

– Às 5 da manhã?

– É mesmo, esqueci. Merda, odeio isso.

Sem opção do que fazer, voltei pro meu quarto e liguei meu computador.

Comecei a pesquisar lugares em que eu poderia trabalhar, fosse como garçonete em um café ou em um restaurante ou até mesmo como caixa em alguma loja, qualquer coisa desse tipo serve. Já que eu não cursei faculdade e não tenho muitas opções.

 

 

(...)

 

 

Ouço batidas na porta e mando a Luíza entrar.

– Já pode ir buscar o almoço – ela fala com somente a cabeça pra dentro do quarto.

Olho a hora no computador, que indicava ser 15 pro meio dia.

– E o que tu vai fazer?

– Eu posso colocar a mesa – ela fala e da de ombros.

– E lavar a louça.

– Taaa, mas nós ainda vamos comprar uma máquina de lavar um dia.

– Quando tu começar a trabalhar, quem sabe não conseguimos dinheiro suficiente.

Me levantei e peguei as coisas que eu tinha largado na cama de volta, tornando a coloca-las no bolso. Passei por Luíza na porta e peguei a chave do carro dela na mesa de jantar. O que me fez lembrar que o carro ainda estava na casa do Coelho.

– Eu vou buscar o teu carro antes de comprar o almoço – gritei da porta e sai.

Tinha pegado um ônibus pra casa do Coelho e já estava dentro do carro, me preparando pra sair e buscar o almoço. Com a fome já tomando conta de mim.

Fui até um mercadinho simples ali perto e peguei duas pizzas congeladas, de diferentes sabores. Voltei pro carro e tomei o caminho de volta pra casa.

 

 

(...)

 

 

– Eu vou sair pra procurar emprego, tu vai vir junto ou vai vagabundear por mais um tempo?

– Eu vou junto. Também preciso de um emprego. Mas preciso me arrumar.

– Tudo bem, eu também não me arrumei ainda – fechei a porta do quarto dela e voltei pro meu.

Eu sabia que não tinha nenhuma roupa muito apropriada pra procurar emprego, mas acho que não tem problema, já que não pretendo trabalhar com nada importante.

Então coloquei uma blusa branca, um blazer, uma calça jeans e meu all star, já que não tenho nenhum outro sapato além de chinelos. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo alto e coloquei meus óculos. Não me daria ao trabalho de me maquiar pra isso.

Peguei a única bolsa que eu tinha e coloquei dentro meu celular, minha carteira e minhas chaves. A bolsa era mais pra dar uma boa impressão do que pra carregar minhas coisas.

Saí do meu quarto encontrando Luíza sentada no sofá me esperando. Me surpreendi, a noiva ficou pronta primeiro que eu.

Nós saímos de casa e começo a dirigir sem rumo pela cidade.

– Onde quer trabalhar? – perguntei enquanto virava à direita, entrando em uma avenida.

– Realmente, não sei.

– Tu não fez faculdade, né?

– Não – ela ri. – Não consegui me decidir na época, mas quero fazer faculdade de medicina.

– Ta estragando a tua vida. Devia ter começado a faculdade assim que saiu da escola.

– Eu sei – ela suspira.

– Nós vamos trabalhar juntas então!

– Onde?

– Vai descobrir quando chegarmos lá.

Depois de mais um tempo andado, cheguei aonde eu queria. Estava parando o carro enquanto Luíza procurava pelo suposto lugar.

Starbucks, sério? – assinto sorrindo enquanto tirava o sinto.

– Não tinha nada mais clichê, não?

– Eu sei... Mas eu quero muito isso. E não é um trabalho ruim, vai ser legal.

– Ta bom... – saímos do carro.

Nós entramos na cafeteria e falamos com um atendente. Ele nos levou até a sala da gerente e ela fez a nossa entrevista.

No fim nós conseguimos as vagas. Foi fácil na verdade, me surpreendi por ela ter nos respondido ali, na hora. Mas a gerente, que disse se chamar Evelyn, nos explicou que estavam com falta de funcionários e que nós parecíamos ser boas candidatas, mesmo sendo um trabalho simples.

Evelyn é bem legal, e não parecia muito mais velha que nós.

Nos despedimos e voltamos pra casa. Durante o caminho Luíza parecia emburrada e não falava comigo. Mas quando chegamos em casa, ela entrou batendo a porta e pisando forte. Isso foi o limite pra mim, não era obrigada a aguentar o comportamento infantil dela, ainda mais sem um motivo.

Joguei minha bolsa no sofá, mas ela acabou rolando pro chão. Corri até a Luíza e a segurei forte pelo braço, a forçando a se virar pra mim. Ela tentou se soltar, mas sabia que eu era mais forte então desistiu logo.

– O que é agora Luíza? Por que ta sendo tão estúpida comigo sem eu ter feito nada?

"O que é agora"? – ela revira os olhos. – Só o de sempre, mesmo – franzi o cenho e ela bufou e tornou a falar: – É só tu sendo a youtuber famosinha ocupada demais pra tudo, recebendo todas as atenções.

– Eu não acredito nisso Luíza! Tu ta agindo que nem criança!

– Talvez eu esteja, mas com razão! Por que eu tenho que trabalhar o mês todo e tu tem duas semanas de folga no mês? – não acreditei no que ouvi. – Hein, Vihtória?

– Eu não acredito nisso, Luíza! Tu não ta falando sério, né? Só pode ser brincadeira – senti a raiva me possuindo enquanto eu apertava mais o braço dela. – Eu já tenho um trabalho! Ser youtuber não é fácil e nem as mil maravilhas! E mesmo assim, eu fui procurar outro trabalho pra te ajudar com as coisas da casa, já que moramos juntas e tu me pediu pra eu não me mudar. Tu tava desempregada e se não fosse por mim, ainda estaria. EU pago o aluguel desse apartamento com o dinheiro que era pra mim fazer faculdade! EU PAGO LUÍZA! O apartamento é teu e eu pago! E é pedir de mais que tu trabalhe pra ajudar? Por que só eu tenho que me foder trabalhando enquanto tu fica sentada passando o tempo? Por que milhões de pessoas me conhecem? Por isso eu tenho que me esforçar? Toma vergonha e aproveita pra tomar no cú também Luíza, porque tu é uma infantil do caralho que não sabe lidar com as coisa com maturidade – eu já não falava, eu gritava. E a Luíza chorava, talvez por ter minhas unhas cravadas no braço, ou pela discussão. – Tu é o ser mais egoísta que existe! – falei com desgosto e soltei o braço dela.

– Eu sempre fui só a amiga da youtuber famosinha, Vihtória. Tu sempre recebia todas as atenções e eu ficava na sombra – ela chorava, mas eu não me arrependia do que disse. Esfreguei o rosto e respirei fundo, tentando me acalmar.

– É assim que tu pensa? É serio que é assim que tu se sente, Luíza? Eu SEMPRE fui a menina esquisita, que usava roupas largas, era gordinha, eu não tinha peito ou bunda e se eu disser que era bonita, eu vou estar mentindo. Meu cabelo era horrível, tudo em mim era horrível. Eu era a garota mais feia da sala, enquanto tu era a mais bonita. Todos os meninos queriam ficar contigo, tu era linda, tanto de rosto como de corpo. Eu era a esquisita que ficava o recreio lendo em um canto, enquanto tu era a garota popular que todos adoravam. Mas o ensino médio chegou. Eu consegui emagrecer, meu corpo começou a se desenvolver mais, as espinhas sumiram, eu tirei o aparelho e consegui melhorar o meu cabelo com um monte de tratamento químico. Mas mesmo assim, não chegava aos teus pés. Eu não era mais horrível, podia ser chamada de bonita e os garotos passaram a olhar mais pra mim. Mas eu não perdi o costume das roupas, até hoje na verdade. Não importava o que eu fizesse, eu nunca seria como tu. Então, no meio do primeiro ano, a depressão chegou. Foram os piores anos da minha vida. Eu me cortava, chorava sempre que ninguém estava por perto. Minha vida era uma completa merda! E tu tava lá, me ajudando. E eu adorava o tempo que eu passava contigo, me distraia. Eu não te culpava pela minha vida ser um lixo, eu me sentia grata por te ter ao meu lado. Mas não era suficiente, precisava de mais uma coisa pra me distrair, então criei o canal. Comecei a receber mais atenção na escola, mas eu não gostava daquilo, gostava de ficar na minha. Mas apesar disso, eu não cheguei aos teus pés. E tu se afastou de mim, eu não entendia porque – soltei uma risada irônica. – Então, no meio do final do segundo ano, eu tive que ir embora. Tu continuava me ignorando, mas tu era a minha melhor amiga e eu não iria embora sem me despedir. Fui até a tua casa e passamos a noite juntas, foi como se nada tivesse acontecido. No dia seguinte, tu foi no aeroporto comigo. Foi o pior momento da minha vida, o memento em que eu teria que me despedir de ti. Minha depressão piorou quando eu cheguei na Inglaterra. Mas eu tive tratamento e consegui superar. Conversávamos todos os dias, mas nunca tocamos no assunto da briga. E então, eu falo que vou voltar pro Brasil e tu fica toda animada e me convida pra morar contigo. Eu aceito. No começo tudo foi perfeito, mas tu começou com o drama de novo. E eu NÃO vou te perder de novo. Então por que não para de ser tão babaca e percebe o quão egoísta ta sendo?

Ela se vira e entra chorando no quarto dela. Que ótimo! Tudo o que eu precisava agora.

Entro no meu quarto batendo a porta. Era incrível como a Luíza consegue me irritar! Eu não estava triste, nem um pouco. Eu estava com muita raiva. Ela ta sendo uma completa idiota infantil e eu tenho que aturar?


Notas Finais


Mereço comentários?

Eu e minha amiga começamos uma história, peço que deem uma olhada lá, e esperem a história começar realmente antes de decidirem de vão acompanhar ela ou não.
Link: https://spiritfanfics.com/historia/conectados-10843841


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