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História What's left? - Hope?


Escrita por: umforadocomum

Notas do Autor


Heeeeey peoples!
Primeiramente, HOJE (01/10) É MEU ANIVERSÁRIO, PARABÉNS PRA MIM! UHUL! 🎂🎈 hushuas
Em segundo, aceito comida de presente, okay?
Huashuas
Tá, parei.
Essa fic eu escrevi de tardezinha de uma ideia que surgiu de repente. E adivinhem? Não é triste! Haha
Migues, cheguei agora pouco e meio bêbada e confesso que não revisei a fic antes de postar, mas fiquei com vontade de postar mesmo assim.
Qualquer erro podem me caçar, okay? Huhashua Sejam lecais e avisem que eu arrumo.
Bom, fiquem com a história.
Nos vemos lá embaixo!

Capítulo 1 - Hope?


Fanfic / Fanfiction What's left? - Hope?

  Mais uma garrafa de whisky era aberta, e quase no mesmo instante, o líquido marrom rasgava a garganta do rapaz loiro refletido no espelho. Um grande gole. A bebida descia queimando, nada que já não estivesse acostumado.
  O olhar esverdeado não tinha o mesmo brilho há anos. A pele estava sempre maculada por alguma cicatriz ou marca de batalha. Seus lábios há tempos não esboçavam um sorriso sincero.
  O que acontecera com aquele menino inocente e cheio de sonhos que um dia fora? Ou será que um dia se quer fora isso? Aos 4 anos saiu de sua casa em chamas com seu irmão no colo, enquanto sua mãe era morta por um demônio. A partir dali sua missão era uma só: cuidar do Sam. Não teve uma infância como das outras crianças. Mesmo com a pouca idade, teve que aprender a ser adulto. Não importava seus sonhos, não importava suas vontades, o que importava era manter o irmão seguro enquanto seu pai caçava. Dean fez isso sempre, sempre que pode. Mas Sam cresceu e fez suas escolhas. Queria protege-lo do mundo, mas Sam não queria essa proteção. Sam deixou-se levar, deixou-se enganar, virou-se contra o irmão e Dean não pode impedi-lo de consumir doses e mais doses daquele veneno que pouco a pouco tirava sua humanidade. Assim como não pode impedi-lo de se juntar com um demônio e acidentalmente causar o começo do fim de tudo.
  Respirou fundo, aspirando o ar e soltando-o pela boca entre aberta. 

  Mais um longo gole.

  Dean ainda não se perdoava pela decisão do mais novo. Achava que não tinha feito o suficiente, que poderia ter impedido, que podia ter evitado.

  Era sempre igual. Coisas ruins aconteciam com as pessoas que ele amava e Dean nunca podia evitar. Assim como não pode evitar que sua mãe morresse naquele teto, assim como não pode evitar que John trocasse a alma por sua vida, não pode impedir que Bobby ficasse preso aquela maldita cadeira de rodas, assim como não pode evitar que o irmão se perdesse, assim como não poderia evitar que tudo aquilo acontecesse.
  O mundo estava por um fio. De novo. A única esperança que lhes restava havia sido arrancada por aquele homem-anjo ou seja lá o que fosse, Joshua, no céu. Deus sabia de tudo, via cada desgraça que estava acontecendo, viu os anjos se unindo para tirar Lúcifer da jaula, viu todo o esforço que aqueles malditos humanos estavam fazendo para tentar salvar aquilo que Ele criou, viu e via tudo, porém não se importava. Como alguém, ou nessa caso, alguma coisa, conseguia fazer tanto pouco caso do sofrimento alheio?
  Havia algo que Dean podia tentar. O arcanjo Michael estava o cercando, ou melhor, mandando seus anjos o cercarem. Ele era o escolhido. Assim como Lúcifer precisava de uma casca para poder andar pela terra, Michael também precisava. Mas não poderia simplesmente toma-lo, Dean precisava consentir. Por inúmeras vezes dissera não, mas agora o sim soava tentador. Aceitar que o arcanjo lhe possuísse era dizer adeus para sua vida. Mas que vida? Aquele ciclo repetitivo de merda atrás de merda? Onde seu destino era sempre o mesmo: ver as pessoas importantes para si partindo, cedo ou tarde, uma seguida da outra, e sempre tendo a chance de evitar e mesmo assim não fazendo nada. Valia a pena sacrificar o mundo pela vida de um desgraçado?
  Havia tomado sua decisão. Era a coisa certa a fazer, e nada ou ninguém poderia impedi-lo. Os poucos pertences que tinha haviam sido devidamente guardados numa pequena caixa de papelão que seria enviada para Bobby depois. Quando provavelmente ele já haveria deixado de existir.
  Deu um último gole, sorvendo quase todo o restante do líquido, colocando a garrafa de vidro em cima da cômoda de madeira gasta. Quando virou-se para pegar suas coisas e ir atrás de Michael, seus olhos encontraram a fígura a sua frente e um leve tremor percorreu seu corpo. Por que ele sempre tinha que aparecer assim do nada? E por que tão próximo?
  — Castiel. – Disse somente, entortando um sorriso pequeno.
  O anjo não respondeu. Fitava friamente o caçador, sua face mais inexpressiva do que nunca. Dean começou a se sentir desconfortável com a intensidade com que o outro lhe olhava e deu um passo para o lado, afastando-se do olhar fixo de Castiel.
  — O que faz aqui? – Perguntou enquanto dava pequenos passos pelo quarto de motel. — Se foi o Sam que te mandou...
  Antes que pudesse terminar de falar ou ao menos raciocinar o que estava acontecendo, sentiu seu corpo ser empurrado violentamente e grunhiu de dor quando sentiu a parede fria chocar-se com suas costas.
  — M-Mas que porra...
  — Eu me rebelei pra isso? – Gritou segurando a gola da camisa que o loiro usava, levantando-o e jogando seu corpo na parede ao lado.
  O caçador nem teve tempo de dizer alguma coisa, só sentiu um soco sobre a pele de seu rosto, e depois outro. Depois sentiu seu corpo sendo erguido pelo anjo como se não pesasse nada. Tudo o que saiu de sua boca foi um grunhido de dor quando atingiu a parede dura, tendo as mãos do anjo agarradas no tecido que usava, puxando-o.
  — Para você se entregar a eles? – Gritou agora bem próximo do outro.
  Nunca tinha visto Castiel daquela forma. O anjo era sempre sereno e calmo. Não era o mesmo homem que agora o erguia com fúria e o arremeçava para longe, sem abandonar seus olhos nunca.
  Mais socos foram distribuídos.
  — Cas, por favor! – Disse enfim. Seu rosto já estava inchado e sua boca sangrava. Tentava, mas não conseguia desvencilhar dos golpes do outro.
  O rosto sem expressão agora transbordava raiva. E como se fosse um bonequinho, sentiu seu corpo sendo jogado mais uma vez, tendo o corpo do anjo instantaneamente pressionando-o. Aonde estavam os funcionários do motel que não foram ver o que era aquele barulho e socorre-lo?
  — Eu desisti de tudo por você, e é assim que você agradece? – A voz do moreno era mais baixa e seu rosto ainda mais próximo. E Dean não pode deixar de notar o quanto suas palavras estavam carregadas de angústia.
  Tudo o que restava pro caçador era rezar para que algum anjo ou qualquer coisa lhe ajudasse a escapar, mas não tinha essa sorte.
  Com uma mão Castiel o virou e segurou-lhe firme, enquanto desferia um golpe ainda mais forte no rosto já muito machucado pela sequência de socos que estava levando. Um grunhido alto saiu dos lábios do loiro ao receber um chute forte no estômago, indo parar jogado no chão ao lado da cama.
  Ainda não havia conseguido se mover quando ouviu os passos de Castiel em sua direção. Até levantar a cabeça estava difícil. Tossiu e sentiu o gosto de ferrugem do sangue, cuspindo. Quando conseguiu se levantar um pouco, avistou Cas parado em sua frente, a expressão dura e fria não deixara sua face um instante.
  Dean sentia raiva. Raiva por ser tão indefeso perto de Cas, por ser o moreno quem o atingira daquela forma, raiva por sentir a raiva que o outro sentia ao desferir aqueles golpes.
  — Acabe! – Gritou. — Acabe logo com isso! – Tossiu.
  Castiel franziu o cenho.
  — E-eu pensei que você fosse diferente. Eu pensei que pudesse confiar em você. Mas é como os outros. Não alcancei suas expectativas e quer acabar comigo? Vamos, termine! Você não sabe o favor que me faz! – Sentiu lágrimas molhando seus olhos.
  — Você não entendeu nada! – Disse o moreno se abaixando lentamente e se aproximando de Dean.
  — Eu me virei contra os outros anjos, contra os meus irmãos. Eu lutei com eles, até matei alguns. Eu confrontei a minha familia e desobedeci por vocês. Por você. E agora estou sendo caçado. – Os olhos azuis ainda tinham raiva, ou talvez mágoa, dentro deles, mas seu tom era mais baixo.
  — Me desculpe por destruir sua vida. – Respondeu debochado.
  — Será que você não entende, Dean? – Sua mão tocou-lhe o ombro e Dean hesitou, esperando mais um golpe, que não veio. — Não tem nada a ver com expectativa, tem a ver com confiança. – Sua voz era mais calma, quase serena. Só ai Dean teve coragem de erguer os olhos e fitar Castiel. Quando o fez, encarou-o olho no olho e sentiu um reboliço em seu estômago. Os azuis eram tristes, magoados, decepcionados. — Eu lutei contra a minha família porque acreditava em você. Dean, você me ensinou a questionar, a pensar. A seguir o que eu acredito ser certo. A fazer minhas escolhas. E eu o fiz. Eu escolhi você.
  — Péssima escolha. – Como Dean era burro! Castiel não havia o batido por o mundo estar prestes a acabar, e sim por ele ter desistido de lutar. Porque Castiel se preocupava. Castiel não tinha nenhuma obrigação com ele, mas se importava. Dean só percebia isso agora.
  — Você é o homem justo.
  — Eu comecei o apocalipse.
  — Mas arrisca sua vida para para-lo.
  Dean não sabia o que responder. Seu rosto, seu corpo todo doía. E lhe faltava palavras. Castiel, um anjo, confiava, acreditava nele, sem nenhuma obrigação, não podia decepcionar o único que nunca o decepcinou, o que esteve ao seu lado desde que havia sido tirado do inferno.
  — Então me diz Cas, o que eu posso fazer? – Seus olhos estavam marejados. — Porque eu não vejo outra saída a não ser essa. Deus não dá a minima para o que acontece aqui. É o fim, Cas! – Uma lágrima escorreu pelo canto dos olhos. Dean não entendia o que estava sentindo, só tinha a necessidade de colocar aquilo para fora. Estava desesperado, não sabia mais o que fazer, não sabia o que devia ser feito. Ele queria desistir, acabar com tudo aquilo antes que mais alguém se ferisse. Mas ao mesmo tempo queria Sam, Bobby e Cas bem. Não queria decepciona-los de novo.
  Quando virou o rosto para fitar Castiel, esse já o olhava. Seus olhos se encontraram. Havia muito peso nos ombros de cada um, muita culpa. Mas acima de tudo, havia muita coisa não dita entre eles. Coisas que eles mesmos não sabiam o que era, só estava ali e os ligava.
  Não aguentando o peso que os olhares cruzados carregava, Cas deixou a mão que estava sobre o ombro do outro subir levemente, até que chegou próximo ao seu rosto. Havia se descontrolado. Quando invadira aquele lugar, sentia muita raiva e acabou se deixando levar. Não entendia porque, mas se sentia cada vez mais humano quando perto de seu protegido. Não podia lidar com a ideia de Michael por ai com aquele corpo enquanto aos poucos Dean desaparecia dele. Não suportava pensar nisso. Mas também não queria tê-lo ferido assim.
  Quando deu por si, tinha a mão sobre o rosto de Dean, enquanto via as feridas se fechando aos poucos, uma a uma. Dean sentia o polegar do anjo sobre seu maxilar e inconscientemente fechou os olhos, aproveitando o carinho, enquanto sentia as últimas feridas em seu rosto se fechando.
  — Cas. – Proferiu sem saber ao certo o que queria dizer. Olhando desconcertado para a proximidade que os separavam. Antes que Dean pudesse dizer algo, Cas aproximou-se ainda mais, ficando com os lábios praticamente colados á orelha do maior.
  — Dean – O caçador sentiu um choque percorrer todo seu corpo com a voz rouca e baixa do menor. — Apenas continue lutando. O Sam confia em você. Bobby também. E eu... confio em você. – A respiração  rente a seu ouvido fez seus pêlos arrepiarem. — Apenas... Continue.
  Dito isso, Castiel tocou a testa de Dean fazendo-o dormir com a cabeça apoiada em seu ombro, acariciando levemente sua bochecha enquanto apoiava-o em seu próprio corpo.
  — Como pode abandonar um filho como ele? Seu grande egoísta, filho da puta! – O anjo diz fitando o céu, sumindo em seguida com o caçador em seus braços.


Notas Finais


E ai, o que acharam?
Confissão número dois: Eu mal reli a fic depois que eu escrevi, então me desculpem se tiver meio bosta.
Ainn, ando tão animada pra escrever e tão cheia de idéias que fico feliz por isso *u* Então, quem sabe logo não tenha coisa nova, hein, hein?
Até lá, beijos! 💞


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