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História When It's Meant To Be - Endings and Beginings


Escrita por: fromistake e centraldolanprk

Notas do Autor


Bem-vindo/a de volta! Nós queremos agradecer muito a todos que leram o capítulo anterior e dizer que estamos muito felizes com o feedback de vocês. De verdade. Cada favorito, cada visualização significa muito e estamos muito felizes! Sem mais enrolação, fiquem com o segundo capítulo de "When It's Meant To Be". Boa leitura!

Capítulo 2 - Endings and Beginings


Fanfic / Fanfiction When It's Meant To Be - Endings and Beginings

Capítulo 2.

Então eu estou seguindo em frente, deixando ir

Me agarrando ao amanhã

Eu sempre tenho as memórias,

Enquanto estou descobrindo quem vou ser

 

Duas semanas se passaram desde que minha mãe me deu a notícia do intercâmbio e eu ainda não havia encontrado com Isis.

Aprovada.

Era o que dizia o e-mail sobre minha última prova. Finalmente, acabei o ensino médio. No Brasil, pelo menos. Eu estou tão animada com o intercâmbio, não consigo descrever com palavras.

Nossa formatura estava tão próxima e eu ainda não tinha escolhido meu vestido. Resolvo ligar para Isis para irmos ao shopping alugar nossos vestidos para a cerimônia.

A: “E aí, Isis? Como você tá?”

I: “Nossa, você parece tão feliz. Sua mãe deve ter te contado sobre o intercâmbio.”

A: “Como assim, Isis? Você sabia esse tempo todo e não me falou nada?”

I: “Ela me pediu para guardar segredo. E, com muita luta, eu guardei.”

A: “Não tô acreditando nisso... Enfim, precisamos nos encontrar para ir procurar os vestidos pra formatura.”

I: “Precisamos. Me encontra na praça de alimentação do shopping em 40 minutos.”

A: “Okay. Beijos.”

 

Assim que desligo o telefone, desço para pedir dinheiro para minha mãe e a encontro de pijama no sofá, assistindo Gilmore Girls.

— Oi, mãe. Bom dia. – digo, abraçando-a. – Não vai trabalhar esse sábado?

— Não precisei hoje. Tinha gente demais já. – ela diz sorrindo.

Quando me viro para ir em direção à cozinha para pegar leite na geladeira, vejo Catarina descendo as escadas de pijama. Catarina era uma amiga do trabalho da minha mãe. Ou pelo menos eu achava que era só uma amiga. Eu não havia a visto tantas vezes, só nas festas de fim de ano da empresa e em alguns jantares que minha mãe fez aqui em casa e convidou alguns amigos.

Me viro para minha mãe com um olhar de “O que está acontecendo?!” e ela levanta, dando um abraço e um selinho em Catarina.

— Alguém pode me explicar ou vou ter que tentar descobrir sozinha? – digo boquiaberta.

— Bom dia, Alexis. – Catarina diz com um sorriso sarcástico.

— Então, filha... Eu não queria que você descobrisse assim, mas... Eu e Catarina estamos namorando. Há algumas semanas já. – minha mãe diz, toda feliz pela nova parceira.

— Tudo bem... Eu não estou brava nem nada. Mas você podia ter me avisado caso essa cena acontecesse, né?! – digo apontando para a escada, insinuando a descida de Catarina. – Estou feliz por vocês. De verdade. – sorrio para elas. – Mas, por favor, sejam mais discretas da próxima vez. Não quero ficar sabendo quando minha mãe recebe visitas íntimas. - as duas riem e eu não consigo me segurar, e acabo rindo com elas.

Depois de tomar café da manhã, me arrumo rapidamente para encontrar Isis no shopping mais próximo.

 

[...]

 

— E aí, intercambista? – Isis diz, correndo para me dar um abraço.

— Ainda não acredito que eu vou mesmo pra Los Angeles. – digo abraçando-a de volta. – Nós duas vamos realizar nossos sonhos. Eu fico feliz por isso, mas triste ao mesmo tempo. Estaremos a um oceano de distância.

— Vai dar tudo certo, amiga. E se a gente acabar se afastando, eu quero que você saiba que você fez meus últimos dez anos os melhores que eu tive. – ela segura minhas mãos.

— Para se não eu vou chorar. Deixa esse drama todo para o dia da formatura, ta? – digo apertando suas mãos e ela assente com a cabeça.

Entramos na primeira loja de vestidos que vemos e, de cara, me apaixono por um vestido azul-tiffany que estava pendurado em uma arara numa das laterais do interior da loja. Ele tinha as alças e o busto cobertos por um pano quase transparente com pedras brilhantes, aberto nas costas, e a saia num cetim azul.

Com o vestido na mão, entro correndo no provador para ver como ele ficaria em meu corpo. Quando abro as cortinas novamente, vejo Isis num vestido dourado-queimado que vai até seus joelhos.

— Ai. Meu. Deus. – Isis me olha dos meus pés até minha cabeça. – Você tá tão linda.

— Para, não sou tudo isso. O vestido ajuda e muito. – digo passando a mão no vestido, já me imaginando usando-o no dia da graduação. – Eu vou querer esse. – me viro para a atendente. – E você, Isis? Também está maravilhosa! Essa cor combinou tanto com você.

Não demora muito para terminarmos de pagar os vestidos, e logo vamos comer um lanche, no shopping mesmo. Colocamos o assunto em dia, afinal foram algumas semanas sem se ver. Conto para ela sobre minha mãe e Catarina e a surpresa hoje de manhã.

— Fico feliz de saber que sua mãe arranjou alguém. – Isis diz, dando uma última mordida seu lanche.

— Você não tem noção do quanto eu estou feliz por ela. É tão bom poder ver ela genuinamente alegre por estar em um relacionamento. Mesmo que seja com a Catarina. Ugh, ainda é estranho parar para pensar nisso. – nós rimos. – Estou feliz por elas.

 

[...]

 

O meio de dezembro chegou logo e, com ele, a formatura também. Eu já estava pronta e me olho uma última vez no espelho para checar se tem algo de errado. Escuto minha mãe me apressando do andar de baixo, dizendo que nós iriamos chegar atrasadas. Pego minha bolsa e desço as escadas com pressa, já entrando no carro.

Chegamos no cerimonial e eu entro, com minha mãe logo atrás. Dou um beijo e um abraço nela e sigo para meu lugar. Sento e vejo Isis em pé ao lado do palco, aceno e mando um beijo para ela, que sorri e retribui piscando para mim. Sussurro um “você está maravilhosa” e ela sussurra “você também”. A cerimônia se inicia com a diretora parabenizando a todos nós pelo ano e tudo mais, e depois o professor padrinho faz seu discurso. Uns 20 minutos depois, Isis sobe ao palco para a vez dela, e como era Presidente do Grêmio, os professores insistiram para que ela falasse também, nem preciso dizer que ela adorou a oportunidade.

A cerimônia, em geral, não demora muito. Quando chamam meu nome para a entrega do diploma, eu só consigo olhar para minha mãe sentada no fundo, aplaudindo e com um sorriso enorme no rosto. Eu sorrio para algumas fotos e logo desço.

Assim que o último aluno recebe o diploma, a diretora nos parabeniza mais uma vez e todos gritam, jogando os capelos para cima. Eu olho para o lado e abraço Isis, extremamente feliz. Minha mãe aparece com o celular tirando mais algumas (várias) fotos. É, com certeza esse é um momento do qual eu me lembrarei para sempre.

 

[...]

 

24 de dezembro. Eu não consigo acreditar que o mês passou tão rápido. Já estamos no Natal e, com isso, faltam poucos dias para a minha viagem. Acho que nunca estivesse tão ansiosa.

Eu e minha mãe viemos passar os feriados na casa da minha avó Áurea em Barreirinha, no Maranhão. Está sendo muito divertido. Fui à praia quase todos os dias, além de poder conhecer os Lençóis Maranhenses.

Depois das comemorações, voltei para São Paulo e estou ficando na casa de Isis enquanto minha mãe ainda está na casa da minha avó, no Maranhão.

Ainda não acredito que estou há menos de um mês de Los Angeles. Sonhei tanto com esse dia e agora ele vai acontecer. Nem parece real.

 

[...]

           

Já é dia 31 e, mais tarde, eu e Isis vamos a uma festa de ano novo na casa do Leo, um garoto da nossa sala. Bom, era da nossa sala. Ele era um dos mais inteligentes da classe e também um dos melhores alunos em Educação Física. Sinceramente, não sei como ele consegue manter as duas coisas, mas ele é bem legal.

Quando olho no relógio, já são 21horas e eu precisava começar a me arrumar para a festa, então tomo um banho e escolho um vestido branco e uma rasteirinha para usar.

— Você tá tão linda! – Isis me olha dos pés a cabeça com as mãos no rosto.

— Obrigada. – digo, rodando segurando as barras do vestido. – Você também.

— Não acredito que essa é nossa última festa do ensino médio. Nossa última festa juntas.

— Isis, para, por favor. Eu não quero pensar nisso. Quero só aproveitar a noite e me divertir. Sem pensar em coisas tristes. E acho que você deveria fazer o mesmo. – Isis assente com a cabeça.

A mãe de Isis nos deixa na porta da casa de Leo e nos avisa para não bebermos muito. Nós rimos e entramos na casa, que estava lotada, por sinal.

— E aí, gente? Que bom que vieram, a festa não seria a mesma sem vocês. – Leo diz nos recebendo. Eu e Isis sempre achamos que ele tinha uma quedinha por ela, e por isso era tão legal quando estávamos juntas, mas nada nunca foi confirmado.

— Que isso, Leo. A gente que agradece. – dou um abraço nele, cumprimentando-o e Isis faz o mesmo.

— Bom, fiquem à vontade, se sintam em casa, mas nem tanto. – ele diz e dá uma piscada.

— O que foi isso? – Isis cai na gargalhada.

Vejo muita gente que eu não imaginei que viria, mas estou feliz que vieram. É bom se reunir com pessoas que gostamos numa noite tão especial quanto a véspera do ano novo.

Isis vai pegar bebida para nós duas e acaba sumindo no meio de tantas pessoas. Eu sento e inicio uma conversa animada com algumas pessoas conhecidas. Ela logo volta, sentando ao meu lado e me dando um copo. Vejo Leo do outro lado da sala, olhando para Isis e dou uma risada.

Acho que você deveria ir lá. – digo, dando um gole da bebida em seguida.

— Você tá doida?! Não vou te deixar sozinha aqui – Isis responde, usando uma péssima desculpa, para falar a verdade.

— Vai, Isis. Aproveita. Ele é bonitinho e tá super afim de você. Além disso, eu vou ficar bem. – digo tentando convencê-la. – Pelo menos você tem alguém para beijar à meia-noite, que é daqui a pouco, por sinal.

Ela para e pensa, mas logo assente e sorri, se levantando e indo até Leo. Pude ver os dois conversando um pouco e, antes mesmo que eu pudesse me dar conta, os dois já tinham sumido.

Rio sozinha e, já que os pais de Leo não estão em casa, resolvo ir até a sacada do quarto deles, que estava vazio (ainda bem), para tomar um ar. Não demora muito e eu ouço as pessoas fazendo a contagem regressiva para a meia-noite, mas não me importei em voltar para o interior da casa. Ao final da contagem, todos se abraçam e comemoram a chegada de um novo ano. Enquanto isso, eu comemoro do meu jeito: admirando um céu que agora está iluminado por fogos de artificio em uma vista de tirar o fôlego.

 

[...]

 

Já estamos na quase na metade de janeiro e meu aniversário é em dois dias. E meu voo em 3 horas. O que significa que vou passar meu aniversário de 18 anos sozinha.

Antes de descer as escadas, pego minhas malas e checo minha bolsa uma última vez para ver se meus documentos e passagem estavam ali. Estou extremamente nervosa, mas também muito ansiosa. Minha mãe e Isis me esperam no andar debaixo para poderem me levar ao aeroporto.

— Pronta? – minha mãe indaga e eu faço que ‘sim’ com a cabeça. Ela me ajuda a colocar a bagagem no porta-malas, e depois todas entramos no carro.

Apesar do tráfego estar grande para esse horário, logo chegamos ao aeroporto e faço o check-in. Eu, minha mãe e Isis conversamos sobre meus planos para a Califórnia até meu voo ser anunciado. Ouço a chamada e logo olho para elas com cara de saudade.

— Eu vou sentir tanto a falta de vocês... – digo, já com os olhos marejados.        

— Aproveite muito, Alex. Estou muito feliz por você estar realizando seu sonho. Eu vou sentir saudade, amiga. – Isis me puxa para um abraço, emocionada também. – Prometa que vamos continuar nossa amizade, mesmo com um oceano nos separando fisicamente. Eu te amo, amiga. – ela me abraça cada vez mais forte e eu não consigo fazer mais nada além de chorar. Logo, Isis me solta e me viro para minha mãe, que também está chorando.

— Meu bebê... – minha mãe diz e me abraça forte. – Como eu estou orgulhosa de você! Espero que você seja extremamente feliz em Los Angeles e nessa nova caminhada em sua vida. E, não se esqueça: se precisar de mim, é só me ligar e eu pego o primeiro voo para te encontrar. – ela sorri e eu sorrio junto. – Eu te amo tanto, Alexis. – ela limpa minhas lágrimas e beija meu rosto.

— E eu amo muito vocês duas – digo puxando as duas para um abraço em grupo. Assim que o abraço é desfeito, ouço a última chamada para meu voo.

Me despeço mais uma vez dando um abraço em cada uma e sigo para o portão de embarque. Olho para trás e vejo as duas acenando e sorrindo. Aceno de volta e continuo meu caminho. Passo pelo portão e logo estou dentro do avião, apenas com minha bagagem de mão.

Encontro meu lugar, ao lado da janela, e me sento já colocando os fones de ouvido para ouvir Don’t Stop Believing, do Journey. Não tinha música melhor para definir esse momento. Ela sempre foi uma das minhas favoritas e me manteve acreditando em meus sonhos.

Já no céu, eu só conseguia pensar nas novas oportunidades que a Califórnia me traria. Ainda não acredito no que está acontecendo. Parece que amanhã vou voltar a acordar cedo para encontrar Isis na porta do colégio e comer junto dela na arquibancada e ouvir os professores reclamarem de meu atraso mais uma vez. Sou muito grata por tudo que vivi aqui. Mas é hora de mudanças.


Notas Finais


Esperamos que você tenha gostado desse capítulo! Se tiver alguma dúvida, pode nos seguir no Twitter e mandar uma dm: @/centraldolanprk @/unbrokethan


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