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História When Love Arrives - Love and Other Disasters


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: Amor e outros desastres.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 7 - Love and Other Disasters


Fanfic / Fanfiction When Love Arrives - Love and Other Disasters


 

Levei minhas mãos até os seus cabelos e enfiei meus dedos entre os fios fazendo-o gemer baixinho.

O suficiente para fazê-lo despertar.

- ...Emma…? —  Ele me encarou com a expressão confusa, atordoada, e a respiração irregular.

- Por favor, não me rejeite… — Tentei esconder meu rosto para que ele não visse uma lágrima escorrer.

Ele levou a mão até minha bochecha e a limpou carinhosamente.

- Eu nunca te rejeitaria… nunca iria conseguir... — Suas palavras aqueceram meu coração.

O olhei surpresa.

- Então você me perdoa…?

Ele abriu a boca para dizer algo, mas o interrompi com um beijo profundo.

Suas mãos subiram, calmamente enfiando-se no meu cabelo... e as minhas se espalmaram no seu peito…

Senti tanta intensidade vindo dele... do seu beijo, e batimentos, que eu senti que ele me amava de verdade...

Ficamos naquele beijo com carícias trocadas até que as nossas respirações se tornassem falhadas...

Ele sorriu para mim e eu sorri para ele, sem graça.




 

Harry

 

- Acha que teve a sua resposta...?

- Sim… — Sussurrou ela, em meio a um suspiro, balançando a cabeça. Apertei-a contra mim.

- Me beije... — Pedi-lhe.

- Onde?

- Onde você quiser

Ela escolheu o ângulo entre o meu pescoço e clavícula, e depositou ali um beijo molhado e estalado, minha respiração se desregulou...

Depois ela repetiu o movimento, desta vez com a língua. Minha pele se arrepiou de imediato…

- A boca... — Pedi sôfrego. Ela obedeceu e buscou meus lábios, mas sem beijá-los; apenas roçou nossos narizes, e nesse momento senti o meu coração disparar.

Sua respiração batia contra os meus lábios… ela mordiscou meu queixo e desceu sua língua até minha clavícula.

- Isso não é a minha boca... — Gemi desnorteado e ao mesmo tempo impaciente.

- Eu sei. Eu vou chegar lá...

Ela estava me provocando, e eu adorava.

Suas unhas começaram a arranhar forte a minha barriga, mas não reclamei...

Ela finalmente atendeu ao meu pedido e adentrou minha boca com sua língua, enroscando-a na minha e chupando meu lábio antes de se sentar em cima de mim...

- No ponto. — Soprei-lhe e ela sorriu em meus lábios.

Nos beijando, ela me fez deitar de novo e despiu-me deslizando as mãos por minha pele… eu era só suspiros e gemidos, totalmente entregue aos seus toques…

Ela deixou seus dedos deslizarem por toda a extensão do meu pênis e começou movimentos lentos e precisos, atenta em como a minha respiração ia se tornando acelerada e falha.

- N-ão pare. — Gemi enquanto ela repetia seus movimentos na mesma velocidade. Ela sequer cogitou desobedecer-me.

Minhas mãos percorreram sua coluna, adentrando rapidamente em seus fios longos e sedosos… enquanto eu penetrava sua boca com a língua…

Ela deixou um gemido suave escapar e o beijo se aprofundou, acelerando meu próprio apetite…

Inverti nossas posições e desci a boca por seu queixo e continuei descendo até o seu pescoço sentindo a pressão dos seus seios contra mim… baixei os olhos para a minha blusa que ela ainda vestia e a retirei num só impulso com dedos rápidos e ágeis… agora eu tinha seus seios desnudos, expostos somente para mim…

Por um longo e lindo momento mantive os meus olhos nela… reparando a beleza de sua nudez… Emma é tão linda… simplesmente linda…

Era como uma boneca de porcelana, branca como leite e totalmente delicada; seus seios eram redondamente proporcionais e seus mamilos eram rosados como seus lábios que deixavam escapar suspiros curtos e ofegantes... suas pernas eram torneadas e sua barriga chapada…

Seus braços se enroscaram em meu pescoço e senti minha excitação aumentar com o contato de nossas bocas… mergulhei de novo naqueles lábios suculentos e soltei um gemido baixo, com meu sangue voltando a esquentar…

Ela ergueu a mão para tocar meu rosto, trêmula… Havia um quê de amor na forma como ela me beijava… nós dois seguiamos o mesmo ritmo, tanto com nossas línguas, quanto com nossos dedos...  

Percorri seu quadril com minhas mãos de modo luxuriante e encaixei-a em meu corpo para que ela sentisse o quanto eu a estava querendo…

Abri suas pernas com a minha coxa e encaixei sua cintura com a minha acariciando um de seus seios com umas das mãos e a outra mão fechando-se na dela acima de sua cabeça…

Ela se contorceu pressionando o quadril contra o meu sentindo-me inteiro dentro de si… nossas mãos se apertaram ao gemermos juntos…

Com movimentos rápidos eu entrava e saía de dentro dela fazendo-a se contorcer e gemer ainda mais…

E cada gemido que ela emitia transformavam-se em ondas de choques pelo meu corpo…

A excitação aumentou mais e mais, incontrolável, à medida que cada célula de nossos corpos se incendiavam…

- Ah, meu Deus, Harry!

As sensações explodiram nela. Era incrível… insuportavelmente gostoso… bom. Era… nós.

Gozei junto com ela, eu só estava esperando que ela chegasse lá para liberar minha própria explosão.

Meu corpo entrou em convulsões sobre o dela.

Ela iniciou um gostoso carinho em minha nuca e por um momento sem fim ficamos encaixados, como num uníssono de corpos.

Sentia como se tivesse corrido quilômetros, meu corpo ainda tremia e suava.

Fiquei apenas ali, de olhos fechados, sentindo as suas carícias, enquanto minha respiração voltava ao normal.

Tentei pensar em uma mulher que tivesse me causado mais prazer, mas não consegui. Desisti de procurar.

Por que me importaria se outras mulheres foram tão boas ou não? A que eu tinha agora era exatamente o que eu queria...

Afrouxei a mão que apertava a dela e com lenta e absoluta exaustão, saí de cima de seu corpo.

Ela também estava exausta.

- Vem aqui… — Ela disse e senti sua boca sobre a minha movendo-se calmamente.

- ...saiba que eu adoro fazer as pazes transando… — Murmurei em sua boca e ela soltou uma risada bem genuína.

Sorri para ela e observei seu lindo rosto. Uma beleza e tanto. Mordi o lábio olhando profundamente em seus olhos... eles pareciam ainda mais azuis...

Naquele momento não falamos nada, apenas nos olhamos, ambos sorrindo um para o outro, criando algo poderoso, uma ligação forte.

Aquelas safiras brilhantes me olhavam com uma variedade de emoções e sentimentos… me olhavam com amor, com receio, com vida…

E eu pude sentir em cada tendão do meu corpo que a estava olhando da mesma maneira...

Eu sentia meu coração saltar e meu corpo se arrepiar, só de tê-la perto...

Ai meu Deus, estava apaixonado.

Sim, eu estava e, e eu precisava contar isso para ela.

- Emma…

- Sim…?

- E-eu… — Ouvimos passos chegando na sala.

- HARRY! — Meus olhos pousaram nos três idiotas.

- QUE FOI, CARALHO?! — Joguei as almofadas do sofá por cima dela, cobrindo-a. O que é meu ninguém olha. Ninguém além de mim.

- O Niall conseguiu uma pessoa que fabrica placas de carros como se fossem originais! — Disse Louis.

- E daí?!

- Como e daí? — Questionou-me Niall. — É só a gente trocar a placa do carro roubado e ele fica como novo. Nós ficaremos limpos e nem vamos ter que abandonar o veículo em algum beco! — Revirei os olhos. — Só tem um problema.

- Que problema...?

- O preço que ele fez foi pesado e cada um aqui vai ter que dar uma colaboração para conseguirmos pagar

- Colaboração?!

- Sim. Você não anda no carro também?

- Não! — Ele fez uma expressão pensativa engraçada.

- Mas vai ter que dar assim mesmo — Meu maxilar ficou tenso.

- Vá se foder, eu não vou dar nada!

- Qual é, Harry, ainda ganhamos a tintura de brinde. — Sentei no sofá assistindo os três discutirem a cor que melhor ficaria na lataria.

- Não seja tão duro com eles, amor… — Sussurrou-me Emma.

Ela beijou a minha bochecha e abraçou meu pescoço grudando os nossos lábios em um beijo profundo.

Maldita… essa sabia como me fazer mudar de ideia...

- Galera, vamos sair daqui senão vai rolar pornô ao vivo — Disse Niall e eu ri na boca dela, mas sem parar de beijá-la.

Ouvi os passos deles saindo e sentindo meus lábios tremerem sobre os dela explorei toda a sua doçura, todo o néctar de sua boca.

O momento era lindo, e eu o aproveitei muito bem…

- O que acha de ir comigo ao cinema…? — Ri ao ver o espanto dela.

- Está falando sério, Hazza? — Fitou-me quase chocada.

- Estou. Você aceita? — Vi um brilho no seu olhar.

- Claro que eu aceito… — Ela respondeu automaticamente, dando-me um afetuoso abraço.

Tomei seu rosto com uma das mãos e beijei-a nos lábios, em um beijo carinhoso e suave.

- Só precisamos de um banho... — Queixou-se ela.

Concordei com a cabeça, fitando o rosto encabulado dela.

- Mas ainda não temos água, Hazza — Concluiu ela.

- Vamos na casa das meninas. — Ela não respondeu nada, mas eu pude perceber que algo a tinha incomodado. — Que foi?

- Nada. — Ela disse secamente.

Acho que adivinhei a razão do seu mau humor repentino.

- Barbie...? — Ela cobriu o rosto ao perceber que eu tinha acertado. — Emma para de ser boba. Eu tô com você, não tô?

- Mas o seu coração é dela…

- E como você pode saber? — Cruzei os braços.

- Até um dia desses era…

- Até você aparecer.

Ela sorriu surpresa, com os olhos brilhando como as águas do mar.

- Verdade…? — Afaguei-lhe a face.

Porém não respondi nada. O sentimento de vergonha crescia com intensidade.

Apenas mordi o lábio procurando controlar as batidas do meu coração.

- Eu nunca vou te fazer admitir abertamente, não é…? — Perguntou-me num tom de voz melancólico.

Beijei-a brevemente nos lábios antes de soltar-lhe a face.  

- Vamos logo pro banho. — Articulei, ignorando a sua pergunta.

Ela suspirou fundo, mas vestiu sua blusa. Quer dizer, minha blusa. Já eu me levantei e caminhei pela casa da maneira que vim ao mundo.

- Você vai assim até a casa delas...? — Questionou-me escandalizada.

- Qual é o problema?

Ela me olhou sem acreditar.

- Eu gosto de andar assim, todas lá sabem disso, e aliás, todas já me viram assim — Esclareci.

- Você já transou com t-todas elas?

- Menos com a Rosalyn. — Explicitei. — Mas ela já me pegou uma vez saindo assim do quarto da Barbie.

Ela não estava apenas horrorizada, mas sim zangada. Eu adorava vê-la com ciúmes de mim, mas detesto ceninhas. Então era bom que ela permanecesse calma.

- Vamos ou não? — Me tornei impaciente.

Ela assentiu com a cabeça.

- Vamos...

Saímos da sala e caminhamos alguns passos até a porta da casa delas.

- Quem é? — Perguntou Rosalyn, assim que bati na porta.

- Alguém que não precisa perguntar. — Respondi de volta.

Ouvi mexidas na porta e vi a porta se abrir.

- Jesus Cristo — Ela virou o rosto por um breve momento. — Mas o que está fazendo aqui, desse jeito, Harry? — Apontou para o meu corpo, pasma.

- Viemos tomar banho aqui.  

- E não podia vir vestido?

- Podia, mas a minha esposa me atacou no sofá da sala agora a pouco — Olhei para Emma e notei seu rosto rubro de raiva e vergonha.

Rosalyn pareceu não acreditar na história e nos deu passagem para entrar.

- Como você está, gracinha? — Ela cumprimentou Emma.

- Estou bem, obrigada… — Emma sorriu de volta.

- Enquanto vocês conversam aí no clube da Luluzinha, eu vou tomar um banho rápido — Eu disse já caminhando até o corredor dos quartos. Todas as casas daquele pequeno prédio eram iguais. Tinham a mesma planta, por isso a casa delas era igual a nossa.

Não resisti em ir até a porta do quarto da Barbie. Para falar com ela. Mas ao ouvir gemidos masculinos, travei a mandíbula. Com certeza ela estava atendendo alguém.

Não queria, mas ainda sentia algo por ela, por isso sentia ciúmes. Talvez por causa do que ainda sinto por ela eu não consiga me entregar completamente a Emma… apenas pela metade.

Entrei no banheiro do corredor e tomei uma boa ducha.

A água batia como agulhas nas minhas costas, devido aos arranhões que Emma fez com as unhas… porém eu me sentia maravilhosamente bem. Saciado. Amado.

Como nunca me senti.

Fechei o chuveiro e saí do banheiro com a toalha enrolada na cintura.

- O banheiro tá livre — Disse ao chegar na sala, as duas ainda estavam conversando.

- Okay — Emma disse ao se levantar.

- Ah, gracinha, enquanto você toma banho eu vou te providenciar uma roupa do meu armário

- Obrigada, eu ficaria muito agradecida

- Valeu, Ros, será só por hoje. — Informei. — Irei ao shopping com ela para comprarmos roupas. — Emma me olhou com estranheza.

- Iremos?

- Iremos. Agora anda logo. — Ela assentiu saindo.

Rosalyn riu negando com a cabeça ao levantar-se do sofá.

- Como sempre gentil, não é, Harry Styles? — Provocou-me.

- Você sabe, esse é o meu charme — Ela rolou os olhos.

- Nem de longe, neném. — Ela disse antes de sair para o corredor.

- ‘’Nem de longe, neném’’ — Remendei suas palavras.

Fiquei um tempo sozinho na sala e aproveitei isso para retirar a toalha que me envolvia e levá-la aos meus cabelos, secando-os.

- Jesus Cristo! — Ouvi uma voz vir detrás de mim.

- Lola?! — Me virei e tentei me cobrir com a toalha rapidamente. — O que está fazendo aqui??

- Eu moro aqui.

- Aqui na sala! — Entonei.

- Eu que te pergunto. O que está fazendo aqui? Ainda por cima pelado? — Seus olhos faiscavam.

- Vim usar o chuveiro de vocês, mas já estava de saída — Apressei-me em fugir.

- Espere, não ainda… — Ela disse ao ir até a mim e de costas mesmo dei alguns passos até a porta. Essa garota é louca e tem o costume de me agarrar do nada.

- Tchau, Lola — Disse e saí apressadamente pela porta.

Sequer esperei minha esposa. Mas foda-se. Ela sabe voltar sozinha.

Não sou de negar fogo a mulher nenhuma, mas a Lola é tão grudenta que tira o tesão de qualquer um.

Entrei em casa e vi os três patetas jogados no sofá da sala.

- A gente vai sair? — Questionou-me Niall.

- Não. — Respondi. — Por que?

- Você tomou banho.

- E daí?!

- Você só toma banho quando vamos fazer algum show

- Idiota! — Esbravejei. — Eu vou sair com a Emma e pronto.

- Hmmmmm… encontro romântico? — Rolei os olhos.

- Não é da sua conta!

- Se for um cineminha a dois é mais fatal ainda — Provocou-me Louis.

Eu não tinha visto por esse lado.

Talvez ainda desse para mudar nossos planos…

- Vá tomar no cu! — Proferi antes de voltar para o meu quarto ouvindo os risos dos três.

Entrei no cômodo e cacei alguma roupa que prestasse em meu guarda-roupas.

Não achei nada, estava tudo ultrapassado, sem graça, então peguei qualquer uma.

Vesti uma blusa preta e uma calça e peguei minhas botas prateadas que há muito tempo não usava.

Voltei para a sala e sorri de forma boba quando olhei para Emma. Vi seus olhos brilharem ao olharem para mim também.

Ficamos nos olhando e sem saber o que falar.

- Você está muito linda(o).

Eu senti que estava corando então olhei pro chão, não gosto que ela veja o quão fácil é me fazer corar e me deixar sem graça.

- Obrigado(a). — Sua voz parecia aliviada.

Meu coração estava um pouco acelerado, minhas mãos estavam suando. Nunca havia saído com uma garota. Eu só tinha transas de uma noite, e o máximo que saí, foi com a Barbie, para namorarmos na esquina da rua. Ela nunca podia sair de casa, sempre tinha que está aqui disponível para os seus clientes.

Acho que agora está claro por que isso tudo me cansou? Apesar de ter sido ela a me dar um pé na bunda...

Emma passou a mão pelos cabelos, dando uma risadinha.

- Você vai ficar só me olhando…?

Não sabendo o que dizer, optei pelo óbvio.

Segurei a mão dela e entrelaçamos nossos dedos.

Sempre sinto um frio na barriga quando seguro na mão dela. O que era estranho, já que o meu coração se aquecia…

Sinto também um tremor, um medo de que ela me solte.

- Hazza. — Olhei para ela enquanto caminhávamos até a rua. Seus cabelos negros brilhavam na luz da lua. — Quanto se gasta em um cinema? — Perguntou-me e meus olhos se arregalaram de surpresa.

- Como assim? Você nunca foi a um? — Eu a encarei ainda surpreso.

- Não… — Dei-lhe um sorriso de lado e envolvi meu outro braço em volta da sua cintura.

- Então irá descobrir comigo. — Ela sorriu acariciando o meu rosto. Encostei nossas testas.

- O táxi, amor! — Ela exclamou já fazendo sinal para o carro.

Não tenho palavras para expressar o que sinto quando ela me chama de tal maneira.

Eu ganho asas…

Eu ganho vida…

O taxista parou e assim entramos no carro.

- O que aconteceu…?  — Ela acariciou a lateral do meu queixo. — Está tão calado…

- Nada não — Eu só estava sufocando por tê-la do meu lado. Meu coração estava descompassado, estar tão perto dela sempre faz coisas comigo. É como se meu corpo já soubesse que ela é minha dona, mesmo antes de eu admitir isso para mim mesmo.

- Já sabe qual filme iremos ver? Podemos assistir Titanic? — Perguntou-me ao parecer uma criança animada.

- Não, temos que ver o que está em cartaz.

- Onde? — Ela olhou pela janela e eu ri.

- Lá no cinema, sua maluca — Ela riu de volta.

Depois me surpreendeu deitando ternamente a sua cabeça em meu ombro, calmamente passei meu braço por sua cintura e cerquei seu corpo, abraçando-a.

Eu gosto de sentir seu corpo no meu… é tão gostoso ficar assim com ela… sem brigas… sem defesas e muros... sem medos.

Admito que quero ser dela, e eu gosto do fato dela querer ser minha…

- Estamos chegando…? — Ela parecia ansiosa.

- Estamos — Ela sorriu largamente e voltou a me abraçar, me fazendo sentir que estou onde deveria estar, que estou onde é o meu lugar.

Um sorriso enorme se formou em meus lábios ao abraçá-la de volta.

 

Sim, aqui é o meu lugar...

 

- Foram cinco dólares, senhor — Despertou-me o taxista.

Procurei minha carteira no bolso e antes mesmo que conseguisse tirá-la, Emma estendeu o dinheiro ao taxista.

- Ei! — Exclamei para ela.

- Não tem problema, Hazza, vamos! — Puxou-me pelo braço para fora do carro.

- Emma, qual é, era eu que tinha que ter pago! — Resmunguei orgulhoso.

- Como você é primitivo...

- Só quero ser cavalheiro. Além do que foi eu que te convidei para virmos, então sou eu que tenho que pagar tudo.

- Não vou deixar que gaste o seu suado e precioso dinheiro com isso — Abri um sorriso involuntário e fiquei em silêncio. — Agora vamos, gatão — Sorri acanhado antes de entrelaçarmos nossas mãos.

Caminhamos até a bilheteria do cinema, recebendo todos os olhares das pessoas. Vestida ou nua, Emma chama muita atenção.

Dos homens e principalmente das mulheres.

- Por que todos estão olhando para mim…? — Cochichou-me insegura. — Rosalyn disse que esse era o seu vestido mais comportado...

- Estão te olhando assim porque você é linda, relaxa. — Ela sorriu completamente mole, acho que foi a primeira vez que fui romântico com ela. — Olha. Ali estão os filmes em cartaz — Apontei para o letreiro luminoso e ela olhou, observando-o.

 

 

Filmes em cartaz:

 

Guardians of the Galaxy

The Grand Budapest Hotel

The Amazing Spider-Man 2

Interstellar

Noah

The Lego Movie

The Hobbit: The Battle of the Five Armies

 

 

- Você tem alguma ideia do que assistir? — Perguntou-me incerta.

- Podemos ver O espetacular homem aranha 2, eu vi o primeiro e achei irado

- Eu também gostei

- Perfeito então. — Caminhamos até a máquina que imprime ingressos.

- Por que paramos aqui? — Perguntou-me e aproveitei para pegar minha carteira do bolso.

- Nossos ingressos sairão daqui

- Mas não tem ninguém atendendo — Dei uma risadinha fraca. Ela parecia ser de outro mundo.

- Os guichês onde as pessoas atendiam foram substituídos por essas máquinas já faz um tempo, Emma

- Você deve me achar uma alienígena — Resmungou.

- Acho mesmo — Ela me olhou escandalizada.

- Sua sinceridade é um encanto — Fiz cara de sonso e prendi o riso, deslizando os dedos pelo cabelo.

- Então...? Vai ser o espetacular homem aranha 2 mesmo?

- Sim — Ela assentiu sorridente.

- Ok — Me preparei para colocar o dinheiro na máquina e assim que fiz apareceu na tela: equipamento em manutenção.

- Que falta de sorte... — Disse Emma.

- É só irmos para a… — Olhei e vi que as filas das outras três máquinas estavam quilométricas. — Pró...xima.

 

Só pode ser brincadeira.

 

Suspirei fundo, e mesmo já tendo desistido de assistir qualquer coisa, entrei na fila com ela.

- Estou ansiosa para assistir esse filme com você, Hazza — Ela disse animada.

- Eu também — Respondi desanimado, por ver tantas pessoas à nossa frente. Não sairíamos dali antes da meia-noite.

Ficamos esperando, esperando, esperando, até uma senhora conseguir quebrar o cartão de crédito dentro da máquina.

 

SÓ PODE SER BRINCADEIRA!

 

Em decorrer disso tivemos que trocar de máquina OUTRA VEZ.

Mas nosso azar não terminou por aí, assim que chegamos na nova fila, dois idiotas, que estavam na nossa frente, berrando um com o outro, deixava impossível não ouvir o que eles falavam:

- Cara! Aquele filme do espetacular homem aranha 2 só prestou porque a Gwen morre no final — Eu olhei para Emma que ao mesmo tempo olhou para mim.

Senti vontade de socar aqueles dois idiotas por arruinarem totalmente O NOSSO FILME!

Emma suspirou fundo, não se deixando desanimar.

- Podemos escolher outro filme, Hazza... — Ela disse ao observar que a minha mandíbula estava travada.

- É o jeito. — A raiva ficou perceptível na minha voz.

Ela assentiu e deitou a cabeça em meu peito, se aconchegando em meu corpo. Fechei os braços em sua volta e a sensação de ficarmos abraçados é a melhor do mundo. Fechei os olhos e senti meu corpo relaxar no seu.

- MAS EU QUERO VER ‘’TÁ CHOVENDO HAMBÚRGUER!’’ — Gritou uma criança atrás da gente na fila.

- Querido, esse filme não está em cartaz, você tem esse DVD em casa, não lembra? Estamos aqui para assistir Lego

- Mas eu quero ‘’Tá chovendo hambúrguer’’ — Ele disse ao começar a chorar.

- Acalme-se, filho. No filme Lego chove hambúrguer também — Disse a mãe e novamente prendi o riso.

- EBA! — A criança gritou com alegria.

É incrível como as crianças mudam de humor rapidamente.

- Já imaginou os nossos pestinhas...? — Sussurrei no ouvido da Emma.

Ela sorriu triste e olhou-me com os olhos cheios de lágrimas.

-  O que houve? — Preocupei-me.

- Nada, foi um cisco que caiu no meu olho

- Nos dois?

- Sim... — Ela os esfregou com os dedos.

Calmamente peguei seu rosto entre minhas mãos e assoprei cada olho com cuidado.

- Pronto? — Perguntei encarando seus olhos ainda avermelhados.

- Pronto… — Ela sorriu fraco roçando seu nariz no meu.

Virei-a de costas para mim e abracei-a por trás, depositando um beijo em sua nuca. Esperamos mais um pouco na fila e finalmente chegou a nossa vez de comprar os ingressos.

- Qual vai ser o filme? — Rapidamente perguntei ao ficar de frente para a máquina.

- Não sei, amor… pode ser Os Guardiões da Galáxia — Assenti com a cabeça.

Tirei as cédulas da minha carteira e tentei colocar na máquina, porém ela retornou todas as cédulas para fora.

- Que porra é essa? — Perguntei para o equipamento como se ele fosse me responder.

- Mas o que houve…? — Emma quis saber.

- Essa filha da puta que não está aceitando as minhas cédulas! — Respondi ao tentar colocá-las de novo.

Mas ela não estava aceitando o meu dinheiro.

- Tenta o meu — Ela disse me entregando uma cédula de 10 dólares.

Coloquei e a máquina aceitou de primeira.

Meu sangue ferveu de raiva.

- Essas máquinas não vão mesmo com a minha cara — Resmunguei antes de sairmos ao guardar minha carteira no bolso. — Quer pipoca? — Perguntei-a enquanto caminhávamos até as salas, de mãos dadas.

- Não. — Negou com a cabeça.

- Quer algodão doce? — Ela sorriu travessa. — Já vi que sim. Vamos. — Puxei-a pela mão na direção do carrinho. — Um algodão doce, por favor — Pedi ao senhor. E sequer me reconheci, nunca peço por favor.

- Não vai querer também, Hazza?

- Não, prefiro chocolate com pipoca.

O senhor fez o algodão naquela máquina esquisita e por fim entregou-o para Emma. Paguei o que devia e saímos para a loja de doces.

Fiz a festa dentro da loja. Comprei chocolates, bombons, pipoca doce. Eu voltei a ser criança.

Saímos da loja com a Emma de mão dada comigo e na outra seu algodão doce. Minha mão esquerda estava na dela e na outra estava uma gigantesca barra de chocolate.

- Vamos pra sala? — Perguntei enquanto mastigava.

- Por mim tudo bem

Andamos até a sala 13, onde iria passar o filme dos guardiões. A medida que íamos entrando na sala, Emma ia apertando a minha mão. Olhei para ela que parecia maravilhada com a enorme tela de cinema.

- Como é grande, Hazza… — Ela levou uma das mãos até a boca.

- Enorme, né? — Ela assentiu ainda incrédula. — Vamos sentar. Nossos assentos são os J3 e J4.

Nos sentamos nas poltronas e respiramos fundo ao mesmo tempo.

- Pensei que não ia dar certo nossa saída hoje, tudo deu errado — Comentei e ela riu.

- Claro que deu certo. Estamos aqui… juntos… e prontos para assistir ao filme. — Me abraçou de lado.

- Não estou gostando dessas poltronas… — Comentei e olhei para o fundo da sala. — O que acha de irmos mais para lá?

- Eu acho ótimo.

Nos levantamos e fomos para um lugar mais reservado.

- Gostou daq… — Fui calado com um beijo. Sorri em sua boca e rodeei sua cintura com meus braços correspondendo ao contato de nossas línguas.

Só paramos de nos beijar quando começaram os trailers.

Voltamos nossa atenção para a tela, embora por dentro eu quisesse apenas procurar o motel mais próximo.

E tudo piorou quando lá para o meio do filme ela colocou a mão em minha coxa direita e começou a acariciá-la. Minha respiração ficou presa em meus pulmões e senti um calor infernal no lugar que sua mão me tocava.

Olhei para ela que puxou meu rosto na direção do seu. Sua mão encontrou a barra da minha blusa e assim ela a levantou lentamente, expondo minha barriga. Ela circulou meu umbigo e fez carinhos na minha pele.

Gemi e agarrei seus cabelos subitamente, depois tentando tirar sua mão do meu ventre.

Percebendo minha relutância em esquentar as coisas, ela acariciou meu lábio inferior levemente com sua língua, fazendo todo o contorno do meu lábio com ela. Me provocando. Me instigando. Me desafiando a resistir.

Ela mordiscou de leve meu lábio e depois o chupou.

Eu tinha que resistir...

Mas ao invés disso, abri a boca dando-lhe ainda mais acesso.

Eu não queria resistir, aquilo estava tão gostoso. Ela é gostosa, a sensação de sua boca na minha é gostosa. A sensação de sua língua provando e brincando com a minha é gostosa.

A sensação era tão boa e tão plena, que leves gemidos escapavam por entre os meus lábios.

Ela não estava sendo doce, somente no começo, quando ela estava testando o território. Mas depois, seu beijo ficou feroz, cheio de desejo e paixão. Um beijo que refletia os meus próprios sentimentos...

Ao me ouvir gemer de novo, ela aprofundou o beijo, tornando-o mais desesperado. Ainda com sua mão em minha nuca, me impedindo de recuar, ela me puxou pra mais perto, envolvendo minha coxa com sua outra mão e com um movimento rápido, ficou por cima de mim, no meu colo posicionando uma perna ao lado da minha coxa esquerda e a outra ao lado de minha coxa direita.

Oh meu Deus.

Senti algo duro sob meu jeans.

Eu a desejo tanto, que sinto minha barriga doer e o meio das minhas pernas latejar.

Suas mãos estavam viajando pelo meu rosto, por meu cabelo, cada vez mais me enchendo de tesão…

Sentindo uma necessidade gritante de fazer pressão no meio das minhas pernas, então comecei a me esfregar contra a sua calcinha. Esfreguei para frente e para trás, aplicando a pressão necessária para me deixar em chamas.

Foi a vez dela de gemer, foi um gemido de puro desejo, feroz, baixo, mas quase animalesco.

Continuei me esfregando nela, devorando sua boca, e deixando que ela devorasse a minha...

Ela segurou o meu quadril me impedindo de continuar com o movimento que estava levando ambos à loucura. Ela parou o beijo e me encarou com um olhar repleto de luxúria, buscando ar, antes de retomar nossas carícias.

- Eu te quero tanto, Emma. Você não tem ideia do quanto... — Eu também estava ofegante depois do nosso beijo selvagem. — Ou melhor, acho que você não tem ideia do quanto eu te quero agora… — Nós dois rimos da minha observação.

Ela voltou a grudar nossas bocas e aprofundou o beijo tornando-o mais intenso, mais faminto e apaixonado.

Espalmei minha mão em suas costas e com a outra segurei em suas nádegas que estavam a mostra devido ao seu vestido erguido…

Ela pegou um punhado do meu cabelo e puxou, expondo meu pescoço, não chegou a ser doloroso e sim sexy. E começou a depositar carinhosos e suaves beijos na minha clavícula, então sua trilha de beijos foi subindo, passando pelo meu pescoço e chegando até a pele atrás de minha orelha… estive arrepiado durante todo o seu percurso…

Tenho certeza que ela danificou a parte no meu cérebro que é responsável por formar pensamentos coerentes. Estávamos quase transando em público.

Ela mordeu meu pescoço e com isso senti novos arrepios deliciosos.

E mesmo de olhos fechados, vi alguma coisa vermelha e brilhante, parecia ser uma luz, se aproximar da gente.

Bruscamente abri os olhos e vi o lanterninha do cinema.

- Ei, vocês! — Exclamou ele. — Seguranças!

Peguei Emma pelo braço e comecei a correr e pular por cima das pessoas, por entre as poltronas ouvindo todos gritarem, resmungarem, e xingarem a gente.

Corremos rampa a baixo com os seguranças perseguindo-nos. Emma não controlava a risada.

Conseguimos chegar ao lado de fora do cinema e despistá-los entrando em uma das lojas.

- Eu não acredito que você nos fez ser expulsos do cinema — Ralhei ao tentar recuperar o fôlego.

- Foi divertido — Ela disse rindo. Se o sorriso dela não fosse tão lindo, eu me permitiria ficar furioso.

- Agora temos que ir embora. Esses idiotas vão nos caçar até nos encontrar — Ela assentiu entrelaçando os nossos dedos.

Saímos do shopping e pegamos um táxi ali mesmo.

Ela foi o caminho inteiro pegando no meu cabelo me fazendo cochilar mesmo sem sono.

- Amor? Chegamos — Ouvi a voz dela e abri os olhos desencostando a cabeça do seu ombro.

- Então até logo, gata maravilhosa. Foi ótimo te ver — Disse o taxista. Epa!

- ESCUTA AQUI, SEU… — Ela tentou me conter.

- Hazza, Hazza, esse é o Douglas, nós nos conhecemos há anos, está tudo bem!

- Ah, então ele também foi seu cliente?!

- Foi — E ela ainda respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo.

- Vamos logo, Emma! — Abri a porta do carro e puxei-a pelo braço.

Fiquei em silêncio ao caminharmos até em casa.

- Essa foi uma noite e tanto… — Comentou ela, para quebrar o clima.

- A pior! Quase terminamos na delegacia! — Resmunguei ainda enciumado.

- Os meninos irão adorar mais essa história — Ela disse antes de abrir a porta.

Entramos e estava tudo escuro. Olhei no relógio e pela hora, quase meia-noite, todos já estariam dormindo.

Caminhamos até o nosso quarto e assim que entrei no cômodo caí sobre a cama.

- Hazza…?

- Me deixa em paz. — Sentei de costas para ela no colchão e senti ela me abraçar calmamente pelo pescoço. — Que porra você está fazendo?

- Estou te abraçando...

- E por que?

- Porque eu não quero ficar brigada com você. Não importa com quem estive no meu passado, eu só quero você, meu badboy cabeludo... — Um meio sorriso escapou da minha boca.

Virei meu rosto para ela.

- Eu também só quero você... — Ela sorriu com a minha declaração. — A culpa não foi sua. Foi minha, eu sou um idiota ciumento. — Ela puxou-me pelos ombros nos deitando na cama.

- Você é o meu idiota ciumento. — Fingi rolar os olhos e assim ela sorriu me enchendo de cócegas.

Tentei protestar, o que nada adiantou, tive uma crise de risos intensa. Me contorcendo, eu ri tanto, que comecei a engasgar com minha própria saliva e só assim ela parou.

E depois que o meu colapso de risos cessou, ficamos apenas nos encarando, sorrindo um para o outro.

Os meus batimentos cardíacos não me davam mesmo uma folga...

Então olhando em seus hipnotizantes olhos azuis, que parecem me tirar da realidade e me levar para outra dimensão, eu resolvi falar:

- Emma… — Fiz uma pausa e ela me deu um sorriso enorme.

- Pode dizer…

- E-eu eu… eu acho que estou me apaixonando por você.


Notas Finais


Erry ❤️
Me digam o que acharam do capítulo e até o próximo ❤️


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