1. Spirit Fanfics >
  2. When Love Arrives >
  3. Heart by Heart

História When Love Arrives - Heart by Heart


Escrita por: AnnaWrou

Notas do Autor


💠💠Título do capítulo: Coração por coração.💠💠

Boa leitura <3

Capítulo 9 - Heart by Heart


Fanfic / Fanfiction When Love Arrives - Heart by Heart

 

 

Me aproximei dela e acariciei seu rosto com delicadeza.

- Emm… quero que seja sincera… — Clamei-lhe e ela respirou fundo pelo nariz. — Como você está…?

- Embrulhada. — Com os dedos trêmulos, coloquei seus cabelos para trás, a ouvindo. — Eu senti o cheiro de comida e de repente senti uma náusea e tive que correr para o banheiro.

As palavras me surgiram na mente, mas não consegui pronunciá-las. ‘’Você está grávida?’’

- Eu trouxe sopa. Acha que consegue tomar?

- Não… — Ela negou fazendo uma caretinha.

- Tudo bem. Tentaremos depois… — Ela sorriu abatida.

- Me dá um beijo…? — Pediu-me.

Deitei ao seu lado na cama e levei minha boca à sua. Sua boca de veludo estava com gosto de enxaguante bucal de hortelã.

- Eu vou… — Ela murmurou em minha boca antes de se levantar rapidamente da cama e correr novamente para o banheiro.

Corri atrás dela e segurei em seu cabelo quando ela voltou a vomitar.

- Emma... o que você tem, meu amor...? — Arrastei as palavras, angustiado.

Ela me olhou com tristeza, mas sorriu fraco ao tocar meu rosto.


 

 

Emma

 

- Não se preocupe... é só um mal estar… — Tentei tranquilizá-lo.

- Como assim é só um mal estar? — Seu tom foi de espanto. — Você desmaiou e agora está vomitando, Emma! — De repente ele ficou mais impaciente ainda.

- Só me ajude a chegar na cama… — Suavizei meu tom.

- Não, eu vou te levar para o hospital agora mesmo.

- Não é preciso, amor...

- Por favor. — Ele pediu.

- Eu prometo... — Acariciei a lateral de seu rosto. — Eu prometo que irei ao hospital se não me sentir melhor…

Ele respirou fundo e murmurou algo consigo mesmo.

- Tudo bem. — Ele disse, fazendo cara feia. — Mas saiba que eu vou cobrar isso, Emma. — Soou irredutível e eu assenti com a cabeça.

 

Não diga a ele que você teve uma recaída.

 

Vocês acabaram de se casar, ele não vai querer cuidar de problemas desse tipo, Emma…

 

Debilitada, terminei de lavar a boca com o enxaguante bucal.

- ...me leva até o quarto...? — Perguntei-lhe e o senti me erguer em seus braços me levando até a cama.

- Está confortável? — Perguntou ao puxar meu edredom um pouco mais para cima, cobrindo-me.

- Estou. — Respondi sinceramente. — Fica aqui comigo…? — Ele assentiu vagarosamente e deitou-se ao meu lado no colchão passando os braços por minhas costas me abraçando.

Sua expressão estava estranha, ele provavelmente sabia que eu escondia alguma coisa.

E apesar de não saber o que exatamente tenho, eu tinha um palpite.

Poderia ser uma recaída de um problema que tenho desde 2013.

Meu cafetão nunca permitiu que eu saísse dos limites da boate, muito menos que fosse a um hospital, e por isso não sei o que há comigo, mas é algo que piora ao longo dos anos...

Respirei fundo e deixei minha cabeça cair na curva de seu pescoço sentindo-me protegida por seu abraço.

Apertei os lábios com força. Não, eu não ficaria doente de novo.

- Você está bem...? — Eu quis saber.

- Na verdade não.

- Por que?

- Estou preocupado. — Meu coração se apertou.

- Não se preocupe, amor... irei descansar o resto do dia e acordarei novinha em folha amanhã — Ele me olhou e sorriu fraco. — Anda, melhora essa carinha linda… — Não obtive uma resposta positiva. Longe disso, seu rosto continuou com a mesma aparência séria. Corri meu indicador por sua bochecha. — Por mim…? — Eu disse com um beicinho, finalmente o fazendo sorrir.

Aquele sorriso era o que eu precisava. Harry era o que eu precisava.

E me aproveitando da situação o beijei deleitavelmente… esquecendo de tudo que não fosse a alegria de estar em seus braços…

- Emm… — Ergui meus olhos para os seus. — Como anda o seu período menstrual…? — Respirei tão fundo que senti o peito arder.

- ...normal — Ele pareceu aliviado.

- Por um instante achei que estivesse grávida... — Engoli em seco querendo impedir o choro. — Tudo que quero é um filho seu, mas não agora... — Senti um vazio, como se um precipício tivesse se formado dentro de mim. — Preciso me estabilizar financeiramente primeiro. Você concorda? — Fiquei olhando para ele sem piscar, enquanto o abismo dentro de mim se expandia. — Emma?

Fechei os olhos por um momento.

- Claro que concordo, amor…

- Por que ficou assim... tão descontente…? — Seu tom carinhoso deu lugar a um tom preocupado.

Limitei-me a balançar a cabeça lentamente.

- Não foi nada — Senti ele me apertando ainda mais contra seu corpo.

- Também pensa em ter filhos…? Seja sincera.

- Penso… — Solucei no final da frase escondendo o rosto entre as mãos não segurando mais as lágrimas.

- Emma o que foi…? — Escondi a cabeça em seu ombro, ele me abraçou com força. — O que foi… você quer muito ser mãe…? — Assenti sem conseguir falar nada. — Eu vou te dar esse filho, amor… eu prometo — Sorri entre lágrimas, tentando em vão limpá-las.

Se ele soubesse que sou estéril, o nosso conto de fadas teria um final trágico...

E de repente a nossa eterna felicidade parecia estar a milhas de distância.

Senti meu coração revolver no peito.

Não sabia o que o futuro nos traria, e nem podia pensar nisso. Teríamos que viver apenas no presente, nesse maravilhoso e mágico agora de estarmos juntos. Ele me queria, e isto bastava. Mais, era mais que bastante.

Olhei para ele com profundo amor.

Ele era tão bom de olhar… fazia o meu coração disparar só por fazê-lo.

- Não faça isso comigo… não chore mais… — Assenti com a cabeça e limpei minhas lágrimas. — Obrigado…

Beijei a bochecha dele e o vi sorrir, com seus olhos fechando-se.

Nos apertamos em um abraço.

- Você acha que… — Meu estômago roncou. Ele riu acima da minha cabeça. — Acho que agora alguém está com fome — Assenti sem graça. — Vou esquentar a sua sopa — Ele me soltou para poder levantar da cama.

- Amor, não precisa

- Como não? É um horror sopa fria — Tive que concordar.

- Tudo bem, só não demora… — Pedi manhosa me pendurando em seu pescoço e puxando seu lábio inferior entre os dentes.

Ele sorriu e eu o soltei.

- Já volto, grudenta — Sorri vendo-o pegar o prato de sopa de cima do criado-mudo.

Suspirei comigo mesma.

Tudo que existia para mim agora era ele. Harry, Harry, Harry. Seu nome era uma verdadeira litania em minha cabeça… e aonde ele fosse eu estaria. Não queria me desgrudar dele por nenhum momento.

Eu o amava tanto...

- Aqui está — Ele disse trazendo um novo prato. O outro era branco e o que ele estava segurando era amarelo claro.

Coloquei um travesseiro em meu colo para receber o prato. Voltei-me com relutância para a sopa, pois fiquei novamente enjoada ao sentir o seu aroma. Mas respirei fundo pelo nariz.

E quando levei a primeira colherada até a boca, e apreciei o gosto, minha expressão não me deixou mentir, estava realmente gostosa.

- E aí… está boa? — Pareceu inseguro.

- Muito!

- Que bom. — Riu sozinho. — Pensei que ela não iria acertar no sabor

- Ela?

- Sim, foi a Barbie que fez — Ah… a Barbie.

- Hum… sei. — Não disfarcei meu ciúmes.

Ele mordeu o lábio.

- Se incomodou assim? — A última coisa que ele merecia eram críticas depois de tudo que fez por mim.

- Não… imagina. — Tentei responder com firmeza.

Ele riu sozinho.

- Você também é muito ciumenta… — Lhe fiz uma careta e ele riu mais um pouco.

Tomei mais algumas colheradas da sopa e só parei quando o meu estômago embrulhou.

- Você tomou com tanto gosto a sopa que fiquei a fim de experimentá-la — Meus olhos se voltaram para ele.

Meu sorriso foi puramente por educação, ele estava falando da sopa dela.

- O que acha de assistirmos algum filme na sala?

- Eu acho ótimo — Fiquei de pé sobre a cama e ele prontamente pegou-me no colo.

- Coisa linda — Cheirou minha bochecha.

- Olha aí quem apareceu, galera… — Disse Niall, assim que chegamos na sala — Tá melhor, Emma?

- Sim, estou. Obrigada, Ni.

- Ficamos preocupados, Emm — Disse Liam e sorri agradecida.

- Sentem aí, eu fiz batata frita — Niall disse e logo que sentamos Harry meteu sua mão na tigela e a encheu de batatas.

Ele começou a comer e prestar atenção na televisão. Estava passando um desenho animado, do qual todos os quatro estavam rindo.

Harry estava rindo, exibindo seus dentes bem feitos. Eu amava admirá-lo, deleitando-me com cada detalhe de seu rosto perfeito.

Comecei a fazer carinho na sua nuca com a ponta dos meus dedos. Ele estremeceu ao meu toque e se arrepiou continuando a comer e assistir a TV.

No decorrer do desenho sua cabeça foi abaixando… abaixando e logo estava sobre o meu ombro esquerdo, quieto, mas ainda acordado.

- …eu estou vendo você cochilando... — Cochichei baixinho.

- Um pouquinho...

- Quer ir pro quarto...?

- Quero...

Assenti e nos levantamos do sofá saindo da sala sem fazer qualquer barulho.

Liam e Louis já estavam dormindo e Niall estava quase.

Entramos no quarto e nos deitamos na cama.

Abracei seu pescoço, meus dedos afagando seus cabelos.

Ele virou um pouco o rosto para mim e tomou meus lábios com os seus… encaixamos nossas bocas, dando início a um beijo lento e profundo…

Suas mãos tocaram minha cintura, por debaixo do meu roupão… e o contato de seus anéis gelados na minha pele me fez sentir um calafrio súbito…

Antes de encerrarmos o beijo prendi seu lábio com os dentes, sugando-o, causando nele arrepios e consequentemente apertões em minha cintura…

- ...você me fez perder o sono… — Sussurrou-me e ri ao vê-lo pedir por mais.

- Então o que podemos fazer agora? — Ele me olhou pensando.

- Qualquer coisa que me deixe sem fôlego…

- Tudo bem… — Sorri travessa antes de atacar sua barriga com cócegas.

Ele explodiu em uma gargalhada gostosa se curvando para frente enquanto eu o maltratava.

Sua risada me enchia de alegria, adorava nossas brincadeiras fora de hora.

Ele já estava quase caindo da cama, tentando fugir das minhas mãos que o golpeavam e só assim me dei por satisfeita.  

- Idiota… — Disse ao tentar recuperar o ar. — E chega desse cacete de cosquinhas. — Não pude evitar gargalhar, claro que eu nunca iria parar.

Com calma toquei sua bochecha correndo meu polegar por sua pele macia o fazendo suspirar. Eu me sentia mole, devido ao efeito que me causava o seu penetrante olhar.

- Sabe Emm… valeu a pena esperar por você… — Ele fechou os olhos momentaneamente, apreciando o meu carinho. — Esse é o amor que eu sempre sonhei — Sorri quando os nossos olhos se encontraram. — Te dar esse anel foi o meu maior acerto… — Disse ao acariciar o diamante em meu dedo.

- Te amo tanto…

- Eu sei… eu também a amo… — Uma emoção doce e quente se espalhou por meu peito.

- Você pode por favor repetir…?

- Eu te amo. — Uma solitária lágrima rolou pela minha bochecha e assim colei nossos lábios.

Ele suspirou ao se perder totalmente em minha boca. E só nos separamos para buscar fôlego, grudando nossas testas e sorrindo um para o outro.

- What the fuck, estamos parecendo um casal meloso, senhora Styles — Eu gargalhei limpando meus olhos. Me sentia sensível demais.

 


 

                                                           No outro dia...




 

Despertei com o som dos pássaros e virei meu rosto olhando para Harry. Olhos fechados… ressonar baixinho... seu braço em torno da minha cintura.

Beijei sua bochecha com carinho e fui descendo os beijos até o seu pescoço. Sua cabeça inclinou para cima calmamente e eu senti que ele queria mais beijos por ali.

Continuei, ouvindo-o suspirar e acariciar as minhas costas com o seu polegar.

- ...isso é tão gostoso... — Assumiu levantando os cantos de sua boca e um sorriso singelo apareceu.

Sorri alheia e continuei o que fazia fazendo-o se encolher um pouco, e suspirar profundamente.

- ...você amanheceu bem hoje...? — Ele perguntou baixinho, preocupado com o meu bem-estar.

- Sim…

- Então, vamos passear?

- Onde?? — Fiquei de joelhos na cama.

- Quero te levar em um lugar

- Me diz, Hazza.

- Surpresa.

- Então vamos logo — Ansiosa, saltei da cama andando na direção do banheiro.

 

 

 

Harry

 

Enquanto Emma se arrumava no banheiro, cambaleei para fora da cama e aproveitei para trocar de roupa e desembaraçar o meu cabelo. Fiz um coque no alto na cabeça e comecei a calçar meus sapatos sentado na ponta da cama.

Assim que Emma saiu do banheiro encarei-a com um meio sorriso, as suas bochechas coraram.

Ela estava com uma calça skinny minha e uma jaqueta que também me pertencia e estava visivelmente enorme nela. Seu cabelo estava charmosamente solto, caídos nos ombros e só havia rímel em seus olhos.

- Tá linda. — Olhei-a dos pés à cabeça — Agora cadê o meu beijo de bom dia...? — Ela sorriu, se aproximando, o que fez o meu coração vibrar.

Uma de suas mãos segurou minha nuca, enquanto a outra ficou sobre o meu rosto quando os nossos lábios se conectaram.

Abracei sua cintura… o beijo estava calmo e ao mesmo tempo cheio de vontade. Depois que o partimos, ela sorriu e deu um beijo suave no meu pescoço.

Estremeci.

- Vamos, a gente come na rua. — Entrelacei os nossos dedos.

Saímos do quarto e logo em seguida de casa, eu já tinha em mente o lugar onde levá-la.

Caminhamos de mãos dadas e na terceira avenida dobramos a esquerda. Entramos no Starbucks e pedimos dois cappuccinos com canela.

- Quer comer alguma coisa...? — Perguntou-me alheia.

- Você. — Respondi de súbito e seus olhos se arregalaram chocados. — Estou brincando, você eu deixo para depois. Agora eu preciso me alimentar mesmo… — Comecei a olhar no cardápio.

- Olhe. — Ela também olhava o seu. — O que acha de tomarmos cappuccino com doritos?

- Não. Isso é nojento, Emma — Fiz uma careta e ela riu. Eu adorava fazer ela rir.

- Então pode ser pão de queijo?

- Você pode pedir o que quiser, Emm — Ela ergueu as sobrancelhas.

- Então vou pedir doritos. — Concluiu.

- Puta que pariu… — Acompanhei sua risada e levei a mão até a xícara dando um gole na minha bebida.

Fizemos os nossos pedidos e beijei a lateral de sua testa passando meu braço por trás de sua cadeira.

Estava passando a reprise do jogo dos Lakers na televisão, e nós dois ficamos assistindo em total silêncio. Mas ela estava tão cheirosa que ficava difícil me concentrar em qualquer coisa que não fosse ela.

E como os nossos pedidos já estavam prontos, logo chegaram à nossa mesa.

Ela pegou seu pacote de doritos e o abriu preparando-se para comê-lo acompanhado do cappuccino. Eu estava boquiaberto não acreditando naquilo.

Eu sei que gosto é gosto, mas o dela era muito estranho.

- Quer experimentar...? — Perguntou-me e mordi de imediato o meu pão de queijo.

- Não, obrigado. — Mastiguei-o.

- Deixa de ser bobo. Experimenta — Repudiei no mesmo instante.

- Deus me livre, Emma

- Vai, amor... — Apelou com uma vozinha manhosa.

- Tudo bem, eu provo — Aceitei e abri a boca. Ela colocou dois doritos dentro e em seguida tomei um gole do meu cappuccino.

E não é que o troço da mistura era bom?

- É uma delícia… — Fiquei chocado.

- Não é?! — Confirmou.

- Quero mais — E novamente abri a boca pondo a língua pra fora.

Depois disso tivemos que pedir mais três pacotes de doritos.

Terminado o nosso café, peguei minha carteira no bolso da calça. Eu só tinha três míseras notas de dez, o meu pouco dinheiro já estava indo todo.

A One Direction precisava arranjar mais shows e logo. Eu estava adorando mimar a minha esposa.

- Está pronta para a sua surpresa...? — Perguntei assim que saímos do estabelecimento.

- Pronta, pronta, estou pronta sim — Ela se curvou para frente me abraçando pelo pescoço. Suspirei naquele contato gostoso e acariciei suas costas, recebendo beijinhos na bochecha. — Vamos, vamos, vamos, vamos — Um sorriso tomou conta do meu rosto.

Rimos juntos e eu neguei com a cabeça entrelaçando nossas mãos. Maluca sempre, maluca mesmo.

Começamos a andar pela rua e estava um lindo dia ensolarado, de sol aberto, sem aquela nevasca de ontem, mas com ventos frios.

Sempre atento ao estado dela, caminhamos devagar e de longe vi a placa que eu queria. Mordi o lábio, nervoso e parei ficando de frente para ela.

- Agora eu preciso que confie em mim. — Ela me olhou desconfiada.

- O que está aprontando, Hazza?

- Você confia ou não? — Me senti ofendido.

- Confio.

- Então feche os olhos… eu vou te guiar até um lugar — Ela assentiu fechando os olhos.

E para ter certeza de que ela não iria espiar, coloquei uma mão sobre os seus olhos e guiei-a com a outra mão.

No que fomos nos aproximando do lugar, o som de latidos foi ficando mais alto a cada passo.

- Hazza nós… — Entrei com ela na loja.

- Agora pode olhar — Tirei a mão de seus olhos.

Ela abriu os olhos e a boca, maravilhada com o enorme pet shop e os bichos que haviam lá.

- Amor… — Ela não soube o que falar.

- Escolhe um... — Ela me olhou alerta.

- Jura que iremos ter um bichinho de estimação...?! —  Sua voz estava tão animada e exaltada, que estava chamando a atenção de algumas pessoas ao redor. — É sério isso?! — Sorri com o jeito dela e assenti. — Ai, amor, obrigada… — Ela me abraçou tão apertado que involuntariamente fechei um dos olhos com o aperto. — Vamos por aqui! — Disse puxando-me pela mão.

E entre carinhos e sorrisos, ela gostou dos cachorros e eu dos hamsters.

- Wow! Podemos comprar esse rato preto e enorme, por favor...? — Pedi.

- Não, não podemos, amor. Se os gatos da vizinhança o pegarem, irão comê-lo — Fiz um biquinho triste. Mas ela tinha razão.

- E nem podemos comprar um filhote de cachorro por que eu sou só um fodido com vinte dólares — Murmurei aborrecido e ela acariciou minha bochecha me consolando.

- Bichos não faltam por aqui — E até cobras tinham. Me arrepiava só de passar perto do aquário delas. — Olhe, tem mais para esse lado! — Alertou-me.

- Com licença, posso ajudá-los? — Perguntou-nos uma vendedora.

Nos viramos para ela.

- Oi… nós estamos procurando um bichinho de estimação… mas que não seja barulhento e nem... tão caro.

- Vocês dois são um casal?

- Somos casados — Respondemos.

- O que acham de periquitos Australianos?

Emma e eu nos entreolhamos confusos. Periquitos?

- Eles são aves pequenas e se bem cuidados têm uma esperança média de vida de 12 anos. Alimentam-se quase exclusivamente de sementes de gramíneas. São de hábitos diurnos, já que de dia buscam comida para alimentar seus filhotes, e de noite descansam, sendo muito importante para eles dormirem... e caso isto não seja feito de uma forma correta, poderá ocasionar vários problemas de saúde, principalmente quando domesticados. Eles também são inteligentes e fáceis de serem domesticados caso não queiram criá-los presos em uma gaiola.

- Eles são tão fofos… — Emma pareceu gostar da ideia ao admirar dois que estavam encostando seus bicos, fazendo carinho um no outro, dentro da gaiola.

- É a fêmea que escolhe seu parceiro e parece que essa já escolheu o seu — Sorrimos ao admirá-los. — Quando casais eles são classificados como os inseparáveis, pássaros-do-amor ou periquitos-namorados. Eles são fiéis aos seus parceiros até o final de suas vidas... — Emma me olhou com olhos brilhantes e emocionados.

- Eu quero esses, amor… eu quero esses dois… — Sorri de canto e ergui minha mão direita acariciando sua bochecha. — É perfeito para o nosso amor… não acha…? — Abri um sorriso maior ainda.

- Acho… — Ela roçou nossos narizes me fazendo sorrir.

- Obrigada… — Trocamos um selinho e nos viramos para a vendedora ao mesmo tempo.

- Queremos esse casal de periquitos apaixonados — Ela sorriu satisfeita e preparou-se para pegá-los.

- Amor, precisamos de uma gaiola — Lembrou Emma. — Ao menos enquanto tentarmos adestrá-los...

- Correto. Nós temos gaiolas do tamanho pequeno ao grande. E sempre prefira as de ferro, pois além de serem resistentes, também são mais higiênicas. Todas já vêm acompanhadas dos comedouros e bebedouros.

- Acho que a média está bom… o que você acha, Emm? — Ela concordou.

Decidimos e então a vendedora colocou os dois periquitos dentro de uma gaiola média novinha.

- Tudo deu 18 dólares — Disse ela e eu respirei aliviado. Se tivesse passado de vinte, eu não saberia o que fazer.

Entreguei o dinheiro para ela e recebi a gaiola de volta junto ao pacote de alpiste.

- Agora vamos pra casa, amorzinhos — Emma inclinou-se falando com eles.

- Ah, a branquinha é a fêmea, ela é albina. — Esclareceu-nos a vendedora.

- Okay. Obrigado(a) — Agradecemos e ela nos acompanhou até a saída da loja.

Emma e eu fomos até em casa olhando para a gaiola, vendo a interação entre eles.

Eles são muito amorosos um com o outro.

- CADÊ VOCÊS?? — Gritei assim que chegamos.

- Quem foi que morreu? — Liam apareceu na sala e logo em seguida os dois patetas.

- Mas que porra é essa? — Louis apontou prendendo o riso.

- Dois periquitos?! Dois periquitos?! — Niall perguntava incrédulo.

- Eles são nossos e se alguém aqui tocar neles além da Emma e eu, irão perder todos os dedos. — Avisei-lhes.

- Eu não faço a mínima questão — Niall falou cruzando os braços.

- Nem eu — Louis o acompanhou.

- Qual é, eles são bonitinhos — Liam foi o único que demonstrou simpatia por eles, aproximando-se.

- Vamos, amor. Eu estou ansiosa para encontrar um lugar para eles.

- Vamos — E saímos para o corredor lateral da casa. — O Sol bate aqui de manhã — Eu disse a ela ao pendurar a gaiola na parede.

- Então é perfeito para eles… — Ela sorriu, fazendo meu coração acelerar.

- Está feliz…? — Beijei seu cabelo, colando seu corpo no meu.

- Muito, muito — Ela me deu um beijo casto e desceu até o meu pescoço, me fazendo sorrir.

Apenas a abracei sentindo-a encostar a cabeça em meu peito.

- Só precisamos escolher um nome pra eles, amor… — Ela disse acariciando minhas costas.

- E escolher quem é de quem — Acrescentei.

- O macho representará você e se chamará Harold — Eu ri basicamente encantado.

- E a fêmea se chamará Emma — Ela riu, leve como uma pena.

- Você sabe por que eu os escolhi…? — Neguei com a cabeça, apesar de ter uma ideia. — Por que o amor deles é eterno e o nosso também… — Sorri, levando o lábio inferior entre os dentes. — Por que o que sentimos um pelo outro é também tão grande que só cabe dentro da eternidade.


Notas Finais


Existe esposo MELHOR que o Styles, senhor...?
Tá tudo lindo entre Erry, mas... o que vocês acham que a Emma tem...?
Me digam o que acharam do capítulo e até o próximo ❤️


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...