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História When Love Finds You - Separação


Escrita por: GraziSS

Notas do Autor


Oi meu povo, aqui estou eu com mais um capítulo de WLFY e o casal Calissa.
Nos vemos nas notas finais.

Capítulo 7 - Separação



Abri os olhos preguiçosamente, e a luz do sol já invadia a pequena cela.


Me sentei devagar na cama, louca para dar um beijo no meu lindo namorado quando percebi que ele não estava ali, provavelmente desceu para ajudar Rick na plantação como todos os dias.


Me levantei enrolada em um fino lençol e senti o corpo um pouco dolorido, e sorri com as lembranças de ontem, foi a melhor noite da minha vida, mal posso esperar para contar pra Maggie.


Arregalei os olhos assustada quando de repente ouvi um barulho muito alto que fez as paredes tremerem um pouco, parecia que algo tinha explodido.


Me apressei em vestir minha roupa, calcei minhas botas, coloquei a arma e o machado presos no cinto, e peguei a minha mochila de emergência que estava sempre preparada jogada em um canto da cela.


Seja lá o que for que esteja acontecendo aqui, tenho certeza que não é coisa boa, e eu não vou ficar pra morrer.


Saí da cela e olhei para todos os lados um pouco assustada quando não vi ninguém, nem ouvi vozes, desci as escadas correndo e quase tropecei.


- Merda - eu disse quando senti um pouco de dor no tornozelo, voltei a correr e só senti algumas fisgadas, nada que me vá me atrapalhar correr caso seja necessário.


Quando cheguei ao lado de fora, todo o ar que havia em meus pulmões foi expulso do meu corpo, parecia que eu havia levado um soco.


Eu não queria acreditar no que via, tentei inutilmente esfregar os olhos e com força para ver se não era mais um de meus pesadelos estúpidos, e quando os abri de volta, infelizmente vi que era realidade.


Havia zumbis por todos os lados, e nosso ônibus de fuga que sempre deixamos preparado não estava mais ali, percebi que um tanque havia derrubado as cercas e vi um cara de tapa-olho passar.


Eu nunca o tinha visto, mas eu  sabia quem era, Carl me contou tudo sobre o tal governador que sequestrou Glenn e Maggie e queria a prisão, e pra mim ele não passava de um babaca metido a chefão, eu queria ir lá e chutar sua cara até ele ficar todo desfigurado.


Senti mãos geladas segurarem meus ombros, me virei assustada com um grito preso na garganta e encontrei um zumbi com a boca podre se movendo na minha direção, com as mãos tremendo um pouco eu consegui empurrá-lo.


Ele só se afastou alguns centímetros, mas foi o suficiente para eu pegar a minha arma e atirar, passei a mão na testa percebendo que estava suando com o nervosismo do momento e passei os olhos pelo local tentando achar algum rosto conhecido, não encontrei ninguém.


Me virei rápido quando um choro de criança em meio ao caos despertou todos os meus sentidos, vi Judy sentada em sua cadeirinha no meio do pátio com zumbis caminhando pra ela, me desesperei, mesmo se eu corresse, eu não ia conseguir chegar a tempo.


Em um movimento rápido, mirei a arma e disparei nos imbecis.


Assim que eles caíram, fui correndo e a peguei ela no colo, sua cadeirinha estava cheia de sangue, e tudo que eu queria, era achar o Carl para irmos embora mas quando olhei ao redor novamente, eu não o vi em lugar nenhum, nem Rick.


Com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, comecei a correr desviando dos zumbis com Judy ainda chorando no colo, enquanto não ultrapassei as malditas cercas caídas, não parei um segundo.


Comecei a subir a colina correndo para poder chegar a floresta, e tentei me convencer a não olhar para trás, mas foi impossível.


Me arrependi no segundo seguinte, minha casa estava destruída, e eu destruída junto com ela, alguns zumbis estavam descendo a colina em direção ao barulho e á fumaça, eu não poderia ficar ali olhando, somente mais alguns minutos e ali estaria infestado.


Me obriguei a olhar para frente e recomeçar a caminhar, eu não estava acreditando que isso tinha acontecido, parece que foi á apenas alguns minutos que eu estava pensando que tudo poderia ficar bem.


Eu deveria saber, já deveria ter me acostumado, que nesse novo mundo, nunca mais as coisas vão ficar bem novamente.


Quando a prisão já havia sumido totalmente do meu campo de visão, me obriguei a parar de chorar, porque agora, eu só tenho uma certeza.


A certeza de que preciso me reerguer e seguir em frente, por mim, pela Judy, por Rick e Carl que com certeza agora acham que ela está morta, e pela minha família.


Não sei quanto por tempo eu caminhei, minhas pernas e braços doíam de carregar a bebê, que continuava chorando desesperadamente.


Estou tão vulnerável, ainda mais com ela, pois com esse choro, ela é como uma seta de neon apontado para nós e mostrando aos zumbis que tem carne fresca na mesa.


Além do mais, eu não vou poder nos proteger com os braços ocupados e doloridos.


Eu já havia saído da floresta e caminhava em uma estrada, sei o quanto é  perigoso, mas eu não poderia me dar ao luxo de passar a noite caminhando em uma floresta com a Judith.


Quando já estava perdendo as esperanças depois de tanto caminhar, avistei uma pequena vila e estremeci um pouco, vilas não me trazem boas lembranças.


Logo na entrada, avistei uma pequena lojinha de bebê, parecia intacta, com o fim do mundo ninguém se preocupou em saquear uma loja de bebês.


Apressei o passo, atenta a qualquer movimento a minha volta, e a qualquer mínimo sinal de perigo, eu não exitaria em sair correndo.


Cheguei na frente da pequena loja e abri a porta com cuidado, Judy no meu colo pareceu entender que precisava ficar quietinha.


Quando percebi que a loja estava limpa, coloquei Judy em um berço e fechei a porta com uma estante, havia uma porta de trás, e caso aconteça alguma coisa, teremos por onde escapar, fechei as persianas pois já estava escurecendo, e quando olhei novamente, minha cunhadinha dormia como um anjo, depois de tanto andarmos e de tanto ela chorar, era de se esperar que estaria exausta.


Suspirei olhando aquele corpinho pequeno dormindo tão serenamente em meio a toda essa bagunça.


Rodei pela loja e achei um canguru de carregar bebê - tudo que eu precisava - daria pra carregar Judy confortavelmente e ainda ter os braços livres, consegui umas roupas pra ela também e depois de mais vasculhar achei uma cozinha, abri os armários e graças a Deus achei três latas de fórmula.


Me sentei na bancada da pia, e comi um pacote de bolacha de água e sal e bebi um pouco de água.


Voltei para o espaço da loja, e Judy ainda dormia.


Ajeitei uma poltrona na janela para poder ficar de vigia e me sentei, infelizmente a poltrona era confortável até de mais, e eu estava me obrigando a manter os olhos abertos, eu não posso dormir, se Judith acordar chorando, ela vai chamar todos os zumbis, e eu tenho que estar alerta quando isso acontecer.


Olhei pela fresta da janela e as ruas já estavam escuras, um zumbi aqui e outro ali, nada que preocupasse muito.


A vontade de chorar me dominou mais uma vez e eu respirei fundo tentando controlá-la.


Eu sinto tanta falta do mundo como era antes, sinto falta dos postes iluminando as ruas, do barulho dos carros, das pessoas, e até da minha escola eu sinto falta.


Mas três coisas estavam me fazendo mais falta que qualquer outra coisa, meus pais, minha nova família e o garoto que devolveu a felicidade a minha vida.


Mas se ele pensa que vai escapar de mim assim tão fácil, ele está muito enganado.


- Esteja aonde estiver Carl Grimes eu vou te encontrar.


POV CARL


Quando o governador chegou com aquele tanque, nós sabíamos que tudo já estava perdido, ele disse que queria conversar, meu pai tentou argumentar dizendo que poderíamos viver juntos, mas todos ali sabiam que isso nunca funcionaria.


Quando ele cortou o pescoço de Hershel foi a linha que precisava ser atravessada para que a guerra entre nós recomeçasse.


Enquanto eu estava atirando em qualquer coisas que viesse pra cima de mim, me lembrei de Alissa, da nossa noite perfeita, e que ela ainda estava por ali, no meio de uma briga que não tinha nada a ver com ela.


Vi o governador e meu pai aos socos mas Mich deu um jeito nele.


- Judith - meu pai disse fraco, ele estava todo machucado.


- Vi a cadeirinha cheia de sangue - Michonne disse com um olhar triste - sinto muito.


Eu e meu pai começamos a chorar, e ao olhar rápido em volta enquanto fugíamos, tive a impressão de ver Alissa correr colina acima, e me agarrei a essa esperança de que pelo menos ela estava viva.


- Não olhe pra trás - meu pai disse quando chegamos ao topo da colina, fiquei tentado, mas não queria carregar essa imagem pra sempre.

 

Achamos uma casa antes do anoitecer, e assim que vimos que estava limpa, subi logo para um quarto deixando meu pai e Michonne na sala e tranquei a porta, me joguei na cama e deixei que tudo que eu estava guardando dentro de mim saísse na forma de um choro compulsivo.


Chorei pela minha mãe, pela merda que o mundo virou, pela Judy, pela Alissa, por todos que perdemos, e pela minha família.


Eu não me conformo em como meu pai quis ficar brincando de fazendeiro, enquanto o desgraçado do governador ainda estava vivo.


Eu queria descer lá e dizer umas verdades pra ele, mas eu não tive coragem, e nem nunca vou ter, apesar de tudo ele é meu pai, depois de passarmos por tudo isso juntos, vamos permanecer juntos.


(...)


Estamos caminhamos sem rumo á muito tempo, sem ficar no mesmo lugar por dois dias, sempre tentando achar mais dos nossos que possam ter sobrevivido, mas não encontramos ninguém.


- Carl olha - escutei a voz da Mich - pegadas - ela disse e apontou para o chão.


Não eram marcas do andar arrastado de sempre, eram realmente pegadas, o que significa pessoas, e pessoas significa que pode ser alguém do nosso grupo.


- Não sabemos quem pode ser, nem se é uma pessoa perigosa - meu pai disse.


- Mas podemos pelo menos olhar - eu disse com raiva e recebi um olhar reprovador em troca, recebi muitos desses nos últimos tempos.


- Vamos verificar, mas vamos com cuidado e qualquer coisa não hesite em correr - ele disse e concordamos seguindo em direção ás pegadas.


As pegadas nos guiou até uma casa simples de dois andares, que hoje é só mais uma abandonada no meio de tantas outras, quando chegamos na lateral da casa meu pai faz um sinal com os dedos indicando que devíamos entrar pela janela.


Entramos direto em uma pequena cozinha, e fomos andando tentando não fazer muito barulho enquanto passávamos pela sala, mas assim que começamos a subir as escadas, ouvimos uma arma sendo destravada.


- Parem aonde estão, agora.
 


Notas Finais


Não sei se ficou bom porque eu estava com sono quando escrevi esse, mas espero que gostem, e não me matem por eu afastar a Alissa do Carl de novo.
-Se gostarem comentem e se não gostarem comentem também.
Beijos e até o próximo.


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