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História When The Heat Comes - ShortFic - Capítulo 15


Escrita por: Lundgren

Capítulo 15 - Capítulo 15


De olhos vendados, Emma sentia o suave movimento do carro, percorrendo alguma parte da cidade enquanto um rock antigo tocava na rádio.

—  Não vai me dizer nem se já estamos perto de chegar? — a ômega perguntou com um sorriso nos lábios. 

— Não, e já pedi para você ter paciência — a alpha rebateu, ostentando também uma expressão feliz.

Naquele dia, elas completavam duas vezes todo o ciclo lunar juntas e, com a ajuda dos pais e dos filhos de Emma, Regina decidiu fazer uma coisa especial para comemorar a data. Estacionando a camioneta próximo de onde elas ficariam, a alpha desceu e fechou a porta do motorista devagar, ao mesmo tempo em que admirava o céu, onde uma lua vermelha envolta por um círculo platinado se sobressaia rodeada por pequenas estrelas. 

— A lua dos amantes — Mary chegou perto, falando baixinho para que Emma não a escutasse. 

A ômega continuava dentro do carro, de olhos vendados e ouvindo música. 

— Existe uma lenda sobre os nossos ancestrais, os primeiros híbridos de humanos e lobos, mudarem a cor dos olhos para vermelho e platinado quando entravam no cio... Era assim que estabeleciam a conexão de almas que teriam por toda a vida. Por isso, quando essas cores se juntam, significa o elo do amor verdadeiro se formando. — a alpha mais velha comentou, também contemplando a beleza do céu. 

Regina olhou de relance para a mulher grisalha.

— Você acabou de inventar essa história, não foi? — a dona do bar sussurrou com bom humor. 

Mary encarou-a com ar ofendido: — Claro que não! Vocês, das grandes cidades, deveriam se envergonhar por não conhecerem a herança cultural do nosso povo.

Mills sacudiu a cabeça. 

— Tá bom —  Regina olhou para Emma que parecia impaciente dentro da camioneta e se virou novamente para a sogra — Obrigada por nos esperar aqui —  sorriu de maneira agradecida, sentindo-se mais tranquila porque a outra alpha garantiu a segurança do espaço antes dela chegar com Emma — Ficou lindo, Mary —  olhou ao redor, satisfeita como tudo estava perfeito e combinava com a paisagem natural que cercava o lugar — Estou ansiosa em saber se ela também vai gostar — fez um gesto de cabeça apontando a loira inquieta dentro do carro.

— Vai sim — Mary disse de forma tranquilizadora —Depois de tudo que passou, é muito bom ver minha filhota feliz de novo e fico aliviada em saber que ela encontrou em você o cuidado e o respeito que tanto merece — foi sincera, antes de mencionar em seguida — David, às crianças e eu estaremos numa cabana perto daqui. Se perceber ou farejar qualquer movimentação estranha, não hesite em nos chamar — mostrou o walkie-talkie na mão — Deixei o seu lá dentro —  apontou para a tenda iluminada a poucos metros de distância.  

Regina assentiu com a cabeça. A partir do instante em que planejou passar aquela noite especial com Emma no meio da floresta, ela também soube que precisaria se manter atenta e cuidadosa. 

As alphas se despediram e Regina observou Mary seguir por uma trilha cercada por árvores, iluminando o caminho com uma lanterna. Quando a luz desapareceu, a alpha mais jovem contornou o veículo e abriu a porta da passageira.

— Pensei que tinha me esquecido aqui dentro — a ômega falou, meio resmungando, meio aliviada. 

Com um sorriso nos lábios, Regina ajudou Emma a descer e puxou-a para os braços, bicando seus lábios nos da outra, retrucando em seguida: 

— Se continuar sendo rabugenta, vou deixá-la com os olhos vendados, prefeita Swan. 

— Ah, sim… como se eu não tivesse mãos para tirar essa venda ridícula do rosto. — contestou, já levantando uma das mãos para descobrir os olhos. 

Porém, Regina foi rápida e agarrou-lhe os dois pulsos, segurando-os nas costas de Emma enquanto se divertia com a frustração dela. 

— O que você dizia? — provocou, encostando vagarosamente a outra contra a camioneta.

— Que se você tirar a venda dos meus olhos, vou te recompensar de um jeito bem gostoso — murmurou num tom persuasivo. 

A expressão de Regina ficou mais maliciosa.

— Você é muito safada mesmo… Tinha que ser política. 

Emma mordeu o lábio, exibindo um ar insolente. 

— Apenas sei o momento de recuar, alpha! E aprendi cedo a usar as armas que tenho.

Curvando-se, Regina arrastou o nariz no pescoço de Emma para cheirar o perfume natural dela. Talvez Mary tivesse razão. Havia uma atmosfera primitiva e mística naquela noite, acentuada pela opulenta lua no céu brilhando sobre a floresta ao redor e deixando o cenário perfeito para se unir a Emma de uma maneira ainda mais especial. 

Traçando com os lábios o caminho da mandíbula da ômega, Regina ficou excitada com o gemido baixo que Emma soltou por entre os lábios entreabertos.

— Você vai ser minha essa noite — Regina ronronou enrouquecida, antes de mordiscar o queixo de Emma. 

A prefeita sentiu o tesão pairar no ar. 

— Serei todas as vezes que você quiser, alpha — aquiesceu, trêmula e ofegante.

Regina soltou os pulsos de Emma e afastou a venda dos olhos dela, antes de beijá-la num impulso cheio de desejo. Elas ficaram por minutos absortas no contato molhado e febril de suas bocas enquanto no céu estrelado, a lua brilhava mais vermelha e platinada. 

Quando o beijo acabou, elas estavam com os olhos semicerrados e ainda com os lábios bem próximos. Regina olhou para Emma de um jeito extremamente amoroso, mantendo as mãos ao redor do rosto bonito da ômega enquanto sentia uma emoção pungente dentro do peito. Decidiu que aquele era o momento de propor o que já deveria ter proposto há algum tempo. 

— Você aceita namorar comigo, Emma Swan? 

O olhar da ômega se encheu de ternura e felicidade.

— Sim, eu aceito — correspondeu sem hesitar, jogando os braços nos ombros protetores de sua alpha doce e gentil para beijá-la de novo com um consentimento profundamente apaixonado. 

Depois de parar o beijo, Emma olhou pela primeira vez ao redor, surpreendendo-se ao encontrar uma tenda fechada armada num espaço descampado entre as árvores. O vento balançava sutilmente as pequenas luminárias presas em cordões amarrados nos galhos que iluminavam os arredores da tenda.

— Que lindo, Regina! —  Emma murmurou deslumbrada, segurando na mão da alpha e dando os primeiros passos na direção da tenda — Quando disse que teríamos um encontro especial, pensei que você me levaria a um restaurante. Mas isso… é muito mais íntimo e perfeito. — não conseguia disfarçar sua emoção. 

A alpha também não escondeu o riso satisfeito diante da reação feliz de Emma. 

— Preciso esclarecer que a ideia foi minha, mas tive ajuda para arrumar tudo — Regina achou melhor dizer, não considerando justo levar todos os méritos.

Emma olhou-a do mesmo modo encantado.  

— Isso não importa… Continua sendo a surpresa mais doce e atenciosa que alguém já fez para mim. 

Sentindo-se igualmente emotiva, Regina puxou Emma de novo para os braços. 

— Faço qualquer coisa para ver você feliz assim —  declarou sem rodeios, antes de fitar o céu sobre elas —  Olha como a lua também está bonita… vermelha e platinada! Dizem que ela só fica assim em ocasiões especiais, quando as almas de amores ancestrais se encontram. —  mencionou num tom suave e brincalhão. 

Emma fez o mesmo que a outra, percebendo a magnitude da lua flutuando no céu acima das copas da árvores. 

— Parece que alguém anda conversando muito com dona Mary Margaret. — Emma implicou num tom igualmente brincalhão, voltando a fitar as feições bonitas da namorada.

Regina desceu os olhos para admirar o semblante de Emma iluminado pela luz da lua também.

— Você me ofende ao supor que eu não conheço as antigas lendas do nosso povo — riu meio sarcástica.

Emma acariciou brevemente o rosto de Regina, encarando-a de maneira ainda carinhosa e mais penetrante.

— Você não precisa conhecer as lendas, quando é capaz de fazer a realidade ser bem mais fascinante. 

Completamente rendida, a alpha sentiu os lábios macios da ômega tomando os seus de novo e se encantou mais uma vez pela doçura intensa do beijo dela, enquanto uma luz vermelha e platinada banhava os corpos do casal de namoradas.



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