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História When you Break - Hurricane


Escrita por: Brailights

Notas do Autor


Nesse capítulo não tem música :(
MAS deixo a dica de no final deste capítulo, vocês ouvirem Hurricane - Thirty Seconds to Mars.

Capítulo 13 - Hurricane


Rapidamente me levantei do chão e corri para o banheiro. Havia adormecido perto da porta e pelo visto Jamie não tinha dormido no hotel. Vomitei até minha vida naquele vaso sanitário. Mais enjoos. Dessa vez sem motivo aparente. Franzi o cenho assim que o último gorfo saiu da minha boca e comecei a pensar no que eu poderia ter feito para estar passando tão mal naquela manhã. E o pior de tudo que eu estava sozinha. E se eu piorasse? A quem eu iria pedir socorro? Tirei forças de dentro da alma e me levantei. Caminhei devagar até a pia e lavei bem o rosto e a boca. Sei que a noite passada não tinha sido das melhores, sonhar novamente com minha irmã grávida havia me deixado mais preocupada. Mas..

Impossível. – Censurei meu pensando. Não tinha condições de eu estar grávida. Minha fertilidade era quase zero. Algo que por muitas vezes me deixava arrasada. Meu sonho era ser mãe, mas o problema grave em meu útero de ovários policísticos me impediria para sempre de realizar tal almejo.

Voltei então a vomitar o resto de ácido e alimentos que tinha comido ontem. Minhas costas e estômago doíam da força que meu corpo fazia em pôr todo aquele líquido asqueroso para fora. Então senti alguém por trás de mim e quando levantei os olhos e olhei pelo espelho era Jamie. Abri a torneira e lavei minha boca rapidamente e o empurrei. Eu não queria que ele me visse naquele estado. Jamie então compreensivamente saiu do banheiro. Fechei a porta, mas não a tranquei, meu medo de piorar cada vez mais era crescente.

-Maggie? Está tudo bem? – Perguntou Jamie preocupado atrás da porta. Respirei fundo e engoli de certo modo a vontade imensa de vomitar.

-Não. – Sussurrei. Então abri a porta e encarei Jamie. – Desculpa. – Por conta do desespero, me desfiz em lágrimas. Jamie caminhou até a mim e me abraçou forte. Senti um perfume doce marcante em suas roupas e deduzi de que ele passou a noite com uma mulher, aquilo me fez chorar com mais força e enjoar cada vez mais.

-Vamos a um médico. – Afirmou Jamie e neguei com a cabeça. Me afastei dele e caminhei até a cama, me deitando. – Maggie! – Brigou ele com o tom de voz baixo. – Você está fraca novamente. Precisamos ir a um médico.

- Irei ficar bem. – Teimei puxando o lençol para me cobrir. Confesso que assim que deitei me senti um pouco melhor. Jamie então se aproximou e se sentou ao meu lado, acariciando meu rosto com o polegar logo em seguida.

- Deixa de ser teimosa. Vamos?! – Suplicou ele preocupado. Aquele gesto era muito gentil da parte dele, mas o perfume adocicado não saía das minhas entranhas. Aos poucos os enjoos foram sendo substituídos por pensamentos malignos. Continuei quieta e então fechei os olhos para não ter que encarar Jamie. Ele desceu sua mão pelo meu pescoço, medindo minha temperatura. Ele ainda estava muito preocupado, mas não me questionou mais sobre ir ao médico. Acho que ele havia percebido de que eu não iria ceder aquele momento.

-Você se sente melhor? – Sussurrou Jamie.  Respondi afirmando com a cabeça. – Dormiu bem? – Continuou ele.

-Não. Retornei a sonhar com minha irmã. – Sussurrei em seu tom e abri meus olhos.

-Hey! Você têm irmãos? – Ri baixo com a expressão de surpresa que Jamie me lançou.

-Sim. Tenho 3 irmãos. Rose. Maya e Paul.

-Você falou que sonhou com sua irmã, qual delas?

-Rose. Ela está grávida e faz um bom tempo que não conversamos desde que uma briga de família me separou dela.

-Briga de família? – Jamie tirou seus sapatos, ficando apenas de meias e se ajeitou na cama, mostrando-se curioso sobre minha árvore genealógica e seus problemas estruturais.

-Sim. Minha mãe e Rose estão brigadas desde que ela fugiu de casa para se casar com um cara. Infelizmente Rose me culpa pelo ódio que a mamãe tem de seu marido. Pior que.. – Respirei fundo. Me doía contar aquela história. – Eu não tenho nada a ver com isso. Sei que ele não é um dos melhores homens do mundo, mas ele trata ela bem. Ele faz ela feliz e eu fico grata por isso. Mas ela acha que eu que tenho culpa de ter contado sobre os erros de Jonh no passado. Mas não fui eu! Eu juro que sou inocente. – Fechei os olhos. Respirei bem fundo novamente. – Esse é o problema, as pessoas sempre tem ideias erradas a respeito de mim. Só sabem me julgar! E na maioria das vezes são pessoas por quem eu daria minha vida, enquanto elas não me dariam nem uma trocado.  

-Eu sinto muito. – Me confortou Jamie.

-Está tudo bem. Bom, ficaria melhor se eu soubesse se ela e o bebê estão bem. –Soltei um suspiro pesado e passei a mão no rosto. Meu estomago voltou a revirar e então fechei os olhos.

- O que foi? – Jamie então segurou minha mão, notando que eu estava voltando a passar mal.

-Os enjoos. Eles voltaram. Mas eu não tenho mais nada para vomitar. – Falei baixo, apertando os olhos enquanto meu estômago revirava cada vez mais.

- Já falei para irmos no médico, não? –Fiquei quieta e Jamie apertou minha mão.

- Hum? – Indaguei. Jamie não respondeu. Abri então meus olhos e o encarei. Seu olhar era de repleta censura e raiva por minha teimosia. Ele continuou calado até que sua expressão ficou pensativa e ele soltou minha mão. – O que foi? – Eu quem estava passando mal, mas após aquela expressão quem ficou preocupada foi eu. Me sentei com cuidado na cama mesmo ainda enjoada, esperando alguma resposta de Jamie. – FALA MENINO!

-Maggie. Qual a probabilidade de você está grávida? – Jamie se levantou com cuidado da cama. Arqueei minhas sobrancelhas. Ele parecia assustado e com medo do que eu estava prestes a responder.

- Quase zero. Por que? Acha que estou grávida? – Soltei uma risada de deboche. Aquilo era ridículo. Era óbvio que eu não estava grávida e nem havia perigo daquilo acontecer. Porém aos poucos fui me recordando de que Jamie não sabia que eu era doente então meu riso logo morreu.

-O que é engraçado? Nós transamos. Pessoas que transam e são férteis podem engravidar. – Continuou ele. Sua expressão ficava cada vez mais séria e irritada.

-Jamie. Compre um exame de farmácia. Veremos realmente se estou grávida ou não. Mas não diga que eu avisei. – Me levantei da cama com cuidado porém furiosa e fui para o banheiro novamente. Ao fechar a porta, me encostei na mesma. Me encarei pelo espelho e respirei fundo. Enquanto eu fazia uma avaliação do quão fodida eu aparentava estar fisicamente ( e psicologicamente), Jamie pediu o teste de farmácia por telefone.

- Qualquer coisa eu estou aqui. – Falou ele atrás da porta. – Alô. Eu gostaria de fazer um pedido de um teste de gravidez... – Minha mente bloqueou a voz de Jamie e qualquer ruído existente fora daquelas quatro paredes. Era só eu e aquele espelho. Meu cabelo loiro mechado já dava espaço a cor natural dos meus fios, pretos. Eu estava mais magra. O rosto cansado indicavam de um alguém que desconhece a paz por anos. Desci o olhar pelo meu corpo e observei minha barriga.

-Será que? – Sussurrei para mim mesma. – A possibilidade é bem baixa, mas não totalmente impossível. – Sorri de canto e comecei a acariciar minha barriga. Isso era mais que um sonho. Imagina um ser pequenino gerado por mim? Essa era minha paixão! Tanto como mulher de possuir uma família, como de trabalho. Eu queria ser obstetra. Era um amor que não tinha explicação. Ver da onde a vida começa, ajudar, estar ali presente. Quem sabe eu estava a um passo de poder realizar tal almejo. Por hora não de ser médica e sim mãe. Levantei meu rosto e me encarei, ainda acariciando minha barriga. Meu sorriso estampava meu rosto. A esperança não tinha morrido. Eu poderia sim ser mãe, mas aos poucos fui caindo na realidade. Como uma garota de 18 anos que só tem um emprego e deu uma pausa nos estudos iria ser mãe? Não! Meus pais iriam ficar com raiva de mim e quem sabe até me rejeitar. E olha o pai da criança?! Tudo bem que eu não sabia como era Jamie como pai, mas sua instabilidade machucaria muito a mim e quem sabe ao suposto bebê. Era tudo uma loucura. Aquilo realmente não poderia acontecer.

-Maggie? Está tudo bem? – Me assustei com Jamie tentando abrir a porta. Me desencostei da mesma e me virei. Ele já estava com o teste de gravidez na mão. Mal pude perceber que esse autorretrato da minha vida durou longos minutos. Respirei bem fundo, agora sim eu estava com medo. Eu queria sim ser mãe, mas não naquelas condições. Rezei para que minha doença naquele segundo tivesse falado mais alto que meu desejo.

-Tudo bem. – Peguei o exame da mão de Jamie e ele continuou imóvel. O medo era algo que falava mais alto dentro daquele banheiro. – Eu vou fazer e deixarei em cima da bancada e você me falará o resultado. Tudo bem? – Falei baixo. Ele só confirmou com a cabeça antes de sair do banheiro.

      Gelei. Eu estava mortificada. Peguei aquela caixa e li as instruções. Ao terminar de ler, sabia exatamente o que fazer e confesso que eu não queria mais saber da verdade. Queria jogar para o alto e ignorar aquilo tudo. Fazer o que eu fazia de melhor dos problemas, ignorar. Desci minhas calças e me sentei no vaso sanitário e realizei tal procedimento. Agora era só sentar e esperar. Sentada eu ainda estava então o jeito era esperar. Engraçado era como uma listra iria mudar toda a minha vida.

Duas listras = Grávida

Uma listra = Não grávida.

Aquilo era hilário e aterrorizante. Uma vida inteira decidida em 10 minutos de espera e uma listra de cor vermelha. Me levantei do vaso e vesti minha roupa. Deixei o exame em cima do balcão de acordo com o combinado e sai do banheiro. Caminhei até a cama e me deitei novamente. O enjoo e as dores tinham passado, mas o medo continuava cada vez mais vivo. Jamie então me encarou por breve minutos antes de entrar no banheiro e recolher o teste. Assim que ele voltou, me sentei na cama. Minha respiração já estava mais do que audível. Ele então me encarou após olhar pro teste. Aqueles segundos de silêncio pareciam vidas. Eu estava prestes a gritar com Jamie para ele dizer o resultado quando ele correu e subiu em cima da cama. Alegremente ele anunciou.

- NEGATIVO! – Ele então começou a pular de felicidade com o resultado. Confesso que não entendi muito bem tamanha alegria por eu não estar grávida. Na realidade eu entendi muito bem, mas meus sentimentos e pensamentos estavam bagunçados demais para poder contestar alguma coisa. Era bom mesmo que eu não estivesse grávida. Naquelas condições era loucura. Um suicídio pra ser honesta. Não que a criança teria culpa, não, mas aquilo iria devastar nossas vidas. A minha em especial. Jamie então largou o teste e me pegou pelas mãos, me obrigando a levantar e pular junto com ele. Dei um sorriso amarelo, mas no fundo aquilo me magoara. Ele não queria ter filhos comigo, ele não queria nada comigo. Eu realmente era apenas uma fodinha fixa qualquer.

-Hey! – Jamie então percebeu que eu não estava tão alegre quanto ele. Aos poucos fomos parando de pular e novamente me sentei na cama. – Você ainda continua passando mal? – Neguei com a cabeça. – O que foi então?

-Nada. – Respondi baixo. – Eu só não estou afim de pular. – Menti em partes. Eu realmente não queria pular e tão pouco comemorar aquilo.

-Mesmo? – Questionou Jamie preocupado.

-Mesmo. – Olhei pro lado. Ele então se aproximou de mim e beijou a minha testa.

- Eu vou banhar. Tive uma noite longa. Pode viver sem mim por alguns minutinhos? – Brincou ele.

- Já vivi tanto tempo, inclusive passei a noite sozinha. O que são mais alguns minutos. – Me deitei na cama. Infelizmente levei aquela brincadeira muito ao pé da letra, deixando Jamie sem graça. Ele não se defendeu, apenas engoliu calado e foi tomar seu banho. Fechei meus olhos e passei longos minutos quieta. Eu não tinha forças para lutar contra minha mente e tão pouco organizá-la. Então resolvi calar todos meus pensamentos e me balançar aos poucos. Caindo assim no sono.

Quando acordei, já era de tarde. Jamie estava deitado ao meu lado me encarando. Seu olhar era sereno e preocupado. Não sei bem se era comigo ou se tinha mais alguma coisa, então criei coragem e resolvi perguntar, mesmo com receio de saber qual seria sua reação e resposta.

- O que foi? – falei baixo.

-Nada. Eu estava apenas te observando dormir. Se sente melhor? – Sua voz era mais baixa que a minha. Ele levantou sua mão e acariciou meu cabelo.

- Sim. Obrigada pela preocupação. – Meu corpo respondeu ao carinho de Jamie com leves suspiros. Retornei a fechar os olhos, apesar de serenos, seus olhos ainda me davam medo e vergonha.

- Senti tanto a sua falta. Desculpa. Eu tive que sair para resolver um problema. – Falou Jamie enquanto me puxava para um abraço forte. Me perdi naqueles braços. Inalei seu cheiro como quem cheira uma carreira de pó. Como era bom sentir ele ao meu lado. Mas apesar das carícias e palavras de Jamie, eu ainda queria saber o que tanto lhe afetava. Ou melhor, queria saber onde ele havia passado a noite.

- Posso saber que problema? –Perguntei baixo e hesitante.

- Shhh. Não vamos falar dele. Fica aqui comigo, hum? – Ele então me apertou com mais força e respirei fundo. Voltamos a ficar em silêncio. Mil perguntas começavam a rondar minha mente, sem falar dos cortes que a minha cabeça fazia para a cena da manhã em que Jamie pulava feliz pelo teste de gravidez ter dado negativo. No fundo aquilo me doeu.

-Posso te perguntar uma coisa? – Perguntei por impulso. Depois de um breve vácuo de Jamie, ele respondeu que sim. Durante esse intervalo não consegui encontrar uma desculpa para mudar o curso da pergunta. Mas eu já tinha falado, agora o jeito era ir até o fim.

- Claro.

-Você não quer ter filhos?

-Oi? – Jamie curioso, se afastou de mim para me encarar e obrigatoriamente abri meus olhos e o encarei de volta.

- Você não pensa em ser pai?

-Não só penso, como sou.

-Oi? – Agora era eu quem estava curiosa. - Pai? Você tem filhos?

-Sim. Duas meninas. – Arqueei minhas sobrancelhas. Jamie nunca havia me falado de suas filhas.

-Duas meninas? – A cada palavra que Jamie falava, eu ficava cada vez mais surpresa.

- E um menino, mas ele faleceu. – Oi? Agora sim era informação demais para um dia só. Me soltei então de Jamie e me sentei na cama. Ele continuou deitado de lado me olhando.

- Ele faleceu? Eu sinto muito. – Sussurrei.  Eu tinha ficado sentida. Jamie era novo para ter sofrido com a dor de perder um filho.

- Tudo bem. Confesso que no fundo eu ainda tenho esperanças de que Gerard ainda esteja vivo. Constantemente ainda faço buscas.

- Espera. Você ainda não tem certeza de que ele faleceu? – A história estava ficando cada vez mais assombrosa.

-Calma. Deixa eu te explicar. – Jamie então se sentou na cama. – Gerard era meu filho com Alice. Ela morreu. Ela sim eu tenho certeza que morreu, mas antes disso ela sequestrou meu bebê.. – Seus olhos começaram a brilhar. Eu estava adentrando na vida de Jamie. Nunca ouvi falar nessa tal Alice e tão pouco no filho deles. Me dei conta de que eu realmente não conhecia nada sobre esse cara. – Ela no começo quando namorávamos, pensamos sempre em casar, ter filhos.. Até que um dia ela engravidou e no começo foi tudo maravilhoso. Seria meu primeiro filho e eu estava super animado. A mulher da minha vida esperava meu primeiro herdeiro. Parecia ser a coisa mais linda do mundo até ela tentar abortá-lo. Tentar se matar. – Ele respirou fundo para não chorar. Eu não sabia mais se queria continuar escutando aquela atrocidade. – Ela chamava a criança de ‘’coisa’’. Ela dizia que aquele menino seria a maldição de nossas vidas. Resolvi então interná-la. Ela estava completamente louca e eu queria manter meu filho vivo, já que meu amor por ela eu tive que matar. Então quando Gerard nasceu, eu ainda tentei aproximá-lo de Alice, mas ela simplesmente rejeitou a criança. Tentou até agredi-lo. Aquilo me partiu por inteiro. Então me afastei dela e comecei a criar Gerard sozinho. Até um belo dia depois de dois meses, ela voltou e falou que tinha mudado. Infelizmente tive uma recaída e ficamos. Ela agiu bem com Gerard e finalmente as coisas pareciam ter entrado no eixo. Assim que Gerard completou quatro meses, ela forjou um sequestro e levou meu filho para Austrália. Ao chegar lá eu tentei recuperá-lo, prometi o dinheiro de tudo que eu tinha, mas nada era o bastante para resgatá-lo. Até que eu e meu irmão tentamos ir de encontro aos bandidos. Nessa loucura eu fui atingindo e apaguei, perdendo assim a memória. Enquanto a Alice que apareceu na cena do crime foi baleada na cabeça e morreu na hora. Quanto ao meu filho.. – Havia lágrimas no seu olhar, aquilo estava massacrando sua alma. A culpa era algo óbvia em seus olhos. Ele se culpava pelo desaparecimento/morte do filho. – nunca mais o vi. – sussurrou, terminando assim de falar. Fiquei completamente sem ação.

-Eu sinto muito. – Só consegui dizer isso. Jamie então pegou minha mão e olhou para ela, começando a brincar com meus dedos.

-Eu sinto que ele está vivo. Sabe? Eu daria tudo para encontrá-lo. – Sua voz estava embargada de dor. Segurei então sua mão firmemente e com a outra mão livre levantei o rosto dele.

-Não desista! Lute. Continue. – Falei com ‘’força.’’ Dando ênfase nas palavras, dando assim apoio moral a ele.

- Eu não aguento mais. – Jamie então começou a chorar e aquilo sim me partiu. Nunca tinha visto ele chorar antes. Às vezes eu pensava bem se Jamie tinha sentimentos, mas ao ver aquela cena tive a certeza de que ele era um homem completamente sozinho e machucado pelo passado.

-Hey.. Sei que não sou grande coisa. – Levantei mais minha mão e enxuguei suas lágrimas – mas eu estou com você. Para qualquer coisa e eu não vou te deixar fracassar. Não vou te deixar desistir. – falei baixo, mas havia força em minhas palavras. Eu nunca tinha sido tão sincera na minha vida. Naquele momento eu estava assinando um acordo de cuidar daquele homem pelo resto da minha vida. Jamie então me encarou e aqueles olhos tristes. Aqueles olhos azuis tristes nunca fizeram tanto sentindo como agora. O abracei bem forte e o escondi no meu pescoço na tentativa de protegê-lo de tudo e todos. Eu queria ser sua protetora. Eu iria ser sua protetora. Eu estava mais do que disposta a ficar e encarar todos os problemas da vida daquele homem.

-Nunca me deixe. Por favor. Eu preciso de você. – Sussurrou Jamie entre lágrimas no meu pescoço. O apertei com mais força e fechei os olhos, segurando assim minhas lágrimas. Como doía. Como aquela cena segmentava os cacos do meu coração.

- Nunca. –Depois que falei isso, Jamie limpou o rosto e se afastou de mim. Abri meus olhos e o encarei. Assim que nossos olhares se encontraram, ele me beijou com força. Havia dor e desejo naquele beijo. Retribui na mesma intensidade. Aumentando a força a velocidade daquele contato cada vez que Jamie clamava por mais.

- Please.. – Gemeu ele nos meus lábios. Afirmei com a cabeça e fui descendo as mãos pelos braços de Jamie até segurar suas mãos. Assim que as segurei, peguei elas e as percorri pelo meu corpo.

- Just yours. –Gemi enquanto nos beijávamos.  Jamie então partiu o beijo e me deitou na cama. Tirou minha roupa lentamente sem tirar seus olhos dos meus. Eu queria fechar os olhos, mas eu não conseguia. Aquele olhar era hipnotizante até ficar completamente vazio. Assim que a dor sumiu de seu olhar e o vazio se fez presente, desviei meu olhar. Aquilo me machucava, mas não o impedi de continuar. Lentamente, após me despir, seus dedos foram percorrendo cada célula da minha pele, me arrepiando por inteiro.

- Just mine! – Sua mão livre se moveu rapidamente e ele acertou um tapa em cheio na minha cara, segurando meu maxilar depois para encará-lo. Gemi baixo de dor com aquele ato. Ao mesmo tempo que era gostoso, era dolorido.  – Look at me! - Então Jamie me soltou e foi se despindo. Não controlei meu desejo e desci o olhar pelo corpo dele. Seu membro já estava bem duro. Salivei ao ver aquela cena. Seu corpo escultural, aquele homem do qual eu amava, duro, apenas esperando por mim. Seus dedos novamente retornaram a percorrer meu corpo até minha vagina. Como eu estava excitada. Como aquele homem me deixava louca. Ele então acariciou meu clitóris, deixando seu dedo ultra molhado. Depois ele subiu e passou seu dedo babado pelos meus lábios. O chupei com força, o meu gosto misturado ao seu toque era algo que eu sempre queria provar mais e mais. Sem aguentar mais após se deparar com meu olhar de súplica pelo seu corpo, Jamie se posicionou entre as minhas pernas e socou seu membro com tudo em mim. Soltei um gemido alto de dor e prazer. E assim foi nosso coito. Jamie socava lentamente seu pênis em mim enquanto eu gemia alto. Para melhorar meu apoio, o segurei pelos gomos da bunda e cravei minhas unhas ali, fazendo ele soltar um grunhido baixo de dor.

-Bitch! – Outro tapa em minha cara foi certeiro, mas dessa vez ele não me segurou pelo maxilar. Ele simplesmente segurou meu rosto de lado rente ao travesseiro e fez questão de socar seu membro com mais força e velocidade enquanto gemia mil e um palavrões na minha orelha. Meu orgasmo nunca havia sido tão intenso como estava sendo naquela transa. A mistura de dor e prazer nunca foi algo tão vivo entre nós. 8 e 80 se consumindo em meio ao pecado da luxúria. Assim que estávamos perto de finalizar aquele ato, Jamie me segurou com força pelo pescoço, me sufocando de leve e aproveitando para se apoiar, para assim poder me estocar até gozar.

-Huh. LORD! – gemeu ele, chegando quase lá. – Bitch!

-HUH! FUCK!- Assim foi meu último gemido antes de gozar.

Assim que gozamos, ele caiu sobre mim e novamente envolvi ele em meus braços. O abracei com bastante força e ele em retribuição ao meu ato, beijou meu pescoço de leve, fazendo-me sorri de canto. Como todas as outras vezes, ali era onde eu me sentia bem. Ali era meu lar. Ali era onde eu devia ficar. 


Notas Finais


E por mais uma vez agradeço pela leitura de vocês! Espero que continuem gostando e lendo. Qualquer dúvida, sugestão, crítica, por favor, fiquem a vontade.
TWITTER DA FIC: @WYBFIC
TWITTER DA DONA: @_LarissaMonte


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