História When You Touch my Hands (Asanoya) - O toque de suas mãos

Asahi caminhava apressado, enquanto o som de seus passos ecoava em seus ouvidos.

Ele não queria se atrasar para o treino, e foi com alívio que ele finalmente chegou na sala que era utilizada pelo time de vôlei da Karasuno. A sala estava vazia, o que indicava que os demais integrantes do time já estavam na quadra.

Sem perder mais tempo, Asahi trocou o uniforme pela roupa de treino e calçou os tênis. Já ia sair quando olhou para as mãos e decidiu que seria melhor colocar alguns esparadrapos para proteger os dedos e assim evitar alguma lesão.

Ele se voltou para sua mochila e a abriu, tirando um rolo de esparadrapo e uma pequena tesoura, mas neste momento a porta abriu.

— Olá, Asahi-san!

Asahi reconheceu a voz enérgica e se virou na direção de Nishinoya, que estava parado na porta.

— Oh, olá, Nishinoya. Como vai?

— Eu estou ótimo! A propósito, o Daichi-san me pediu para te procurar. Já está todo mundo lá na quadra e só falta você.

— Ok, eu vou colocar alguns esparadrapos nos meus dedos, diga ao Daichi que eu já vou.

— Você quer ajuda para colocar os esparadrapos? Assim vai ser mais rápido.

Sem pensar duas vezes, Asahi aceitou a ajuda. Nishinoya se aproximou e pegou a tesoura, e enquanto Asahi segurava o rolo, ele ia cortando pedaços de esparadrapo e colocando-os nos dedos do maior.

Um silêncio pairou na pequena sala, e Nishinoya estava tão concentrado que nem percebeu que estava sendo observado tão atentamente. Assim de pertinho, o Azumane podia observar cada detalhe do Yuu, desde seus cabelos espetados e a inconfundível mecha loira, até os olhos sempre atentos.

Por mais que tentasse, Asahi não conseguia descrever tudo o que sentia quando Nishinoya tocava em suas mãos.

Um misto de calor e arrepio atravessava seu corpo, fazendo seu rosto esquentar e o  coração bater mais forte.

Para Asahi, não havia ninguém mais lindo que Nishinoya, e ele poderia ficar o dia todo ali, admirando-o

— Asahi-san, você está me ouvindo? Asahi-san!

Como saído de um transe, Asahi piscou os olhos rapidamente e olhou para Nishinoya.

—M-me desculpe, Noya, eu não prestei atenção no que você estava falando. Pode repetir, por favor? — Ele respondeu, sentindo uma pontada de culpa por ter deixado o garoto falando sozinho.

Nishinoya resmungou baixinho com impaciência, e repetiu o que havia falado antes:

— Eu estava dizendo que suas mãos são muito grandes comparadas às minhas.

Ao dizer isso, Nishinoya uniu sua mão com a de Asahi, e ambos soltaram uma risada ao observarem a diferença entre o tamanho de suas mãos.

Os dois se olharam, fazendo com que o coração de Asahi batesse ainda mais rápido. Ele tocou carinhosamente o rosto de Nishinoya e se inclinou, aproximando ainda mais os rostos e iniciando um beijo calmo.

Asahi não pensava em mais nada. Tudo o que ele mais queria era ficar ali junto de Nishinoya, aproveitando aquele momento só deles.

Porém, o barulho de passos apressados no corredor os trouxe de novo para a realidade, e eles se afastaram no momento em que a porta se abriu, revelando Daichi.

— Aí estão vocês! — o capitão falou com a voz afobada. —  O que estão fazendo? O treino já vai começar.

— N-nós e-estávamos, quero d-dizer… — Asahi começou a falar, porém Nishinoya felizmente foi mais rápido e mais seguro:

— Eu estava ajudando o Asahi-san a colocar esparadrapos nos dedos, mas já terminamos.

Daichi olhou atentamente para os dois, como se procurasse por mais alguma explicação, mas no fim ele apenas deu um suspiro.

— Pois então vamos, já está todo mundo esperando na quadra e temos muito o que treinar hoje.

E assim os dois saíram, e sob o olhar de um Daichi desconfiado, foram para a quadra.

Asahi olhou rapidamente para Nishinoya, que respondeu com um piscar de olhos, e tudo o que Asahi mais queria era ficar sempre pertinho do líbero que tanto amava.