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História Where Did You Sleep Last Night? - Unicórnios,Boddah e Dinossauros no iate.


Escrita por: strokiszka

Notas do Autor


ooi,gente! tudo bem?
me desculpem a demora,essa última semana foi complicada para eu escrever. eu estava estudando a maior parte do tempo pq minhas provas começam nessa quinta :/ eu tinha escrito um capítulo inteiro mas acabei desistindo dele pq achei q n estava encaixando então tive q escrever outro,mudando a ideia central.
enfim,esse capítulo pode estar polêmico, - dependendo da visao de cada um - mas eu acho q nao tem nada demais...
ele está grande (nao sei se gostam de capítulos assim).
sem mais delongas,espero que gostem 💙

Capítulo 22 - Unicórnios,Boddah e Dinossauros no iate.


Fanfic / Fanfiction Where Did You Sleep Last Night? - Unicórnios,Boddah e Dinossauros no iate.

Antes que nossos amigos entrassem no quarto,peguei roupas limpas e corri para tomar um banho. Ouvi Dave abrir a porta e eles entrarem como uma manada. Terminei o banho,me vesti e saí,observando uma certa agitação em Nina.

- Oi,Mari! - Ela disse animada,sentada ao lado de Dave,em nossa cama.

- Oi,Nina. Que animação é essa? - Perguntei.

- Você não sabe a sorte que ela teve hoje. - Izzy respondeu,deitada na cama ao lado de Kurt.

- O que aconteceu? - Dave questionou,impaciente.

- É o seguinte: Como sabem,eu sou italiana e minha família é toda de lá. Acontece que um primo meu,quando eu ainda morava na Itália,saiu de lá e foi morar na Espanha e hoje eu encontrei ele no bar em que estávamos. - Disse,sorrindo.

- Mas não é apenas isso que é interessante. - Izzy interrompeu. - Fala de uma vez!

- Então,o último país que nós vamos visitar antes de voltar pra Seattle é a Espanha,e bom,meu primo nos chamou para ir com ele,de iate,daqui a três dias. Vamos para Ibiza. E lá ele é promotor de shows em uma casa de show e convidou o Nirvana para fazer um show lá.

- Meu Deus! De iate? - Gritei,expondo toda a minha animação. 

- Sim!

- Vamos fazer um show em Ibiza? - Dave perguntou,se levantando e começando a pular em cima da cama.

- Bom,vamos! - Respondeu Kurt.

- Ah,Nina,nem conheço seu primo mas já o adorei. - Disse.

- Ele é meio doido,sabe? Mas é um cara legal. - Ela sorriu.

Enquanto todos nós estávamos animados com a situação,Krist estava deitado,apenas observando. Acho que ele devia estar com ciúmes do primo de Nina...

Os três dias passaram voando. Aproveitamos nossos últimos dias lá e fizemos muitos passeios por Paris. Visitamos a Torre Eiffel,Arco do Triunfo,Catedral de Notre Dame e o Palácio de Versalhes. Nina ainda estava ignorando Krist e,infelizmente,eu voltei a ter pesadelos com a morte de minha mãe. Com a viagem eu estava conseguindo me manter longe das lembranças,mas,por algum motivo,elas sempre voltavam.

Nossas malas estavam prontas e encontramos o primo de Nina,que eu descobri se chamar Enzo,na porta do hotel. Ele nos esperava com uma van,que nos levaria até Montpellier. A viagem duraria três horas. Quando chegássemos lá,pegaríamos o iate e partiríamos para Iibiza. A viagem seria curta,duraria doze horas.

Já dentro da van,Nina e Krist tiveram que sentar juntos,já que Kurt,Izzy,Dave e eu ocupávamos os bancos e Enzo estava na frente,dirigindo.

- O que tem em Ibiza? - Kurt perguntou.

Izzy estava pronta para responder,mas Nina foi mais rápida.

- Um castelo. - Disse,sarcástica.

- Ah,jura?

- É o castelo da Branca Adormecida. - Krist entrou na brincadeira,com a boca cheia de sanduíche. Claro que o termo branca adormecida tirou algumas risadas de nós.

- É Bela Adormecida,idiota. - Dave disse em meio a risadinhas. - Branca de neve é outra princesa.

- Sem infância. - Nina murmurou,revirando os olhos.

- Ah,pra mim é tudo a mesma coisa. - Ele deu de ombros,mordendo seu sanduíche mais uma vez.

- O Krist é a própria branca adormecida. - Kurt fez aspas com as mãos. - É branco e só sabe dormir. - Deu um sorriso arteiro.

- E comer. - Complementei fitando Krist.

- Cadê seus sete anões? - Dave indagou,segurando o riso.

- Tenho quatro aqui no carro. - Disse Krist. - Temos a Mariah,Kurt,a Nina e o seu pau. - Apontou para Dave.

- Não me mete nas suas brincadeiras. - Nina falou seriamente,sem fitar Krist.

- Meu pau é anão? Não foi o que você disse ontem à noite. - Disse Dave.

- Eitaa! - Kurt exclamou. - Mariah,eu não deixava.

- Quando o mel é bom,a abelha sempre volta. - Dei uma risadinha.

Krist não estava mais dando ouvidos,estava muito concentrado em Nina.

- Vai continuar me ignorando,formiguinha atômica? - Ele cutucava o rosto dela com o dedo indicador.

Nina estava de braços cruzados,olhando para a frente.

- Fala comigo,minha anã. - Ele mordeu o sanduíche. - Fala comigo,pouca sombra.

Dave,Kurt e eu olhávamos para ela com expectativa,ansiosos para ver o que faria,e pela sua expressão séria,sabíamos que não seria boa coisa.

- Vai continuar me ignorando,piolho de anão?

- Com licença. - Nina abriu a janela da van,pegou o sanduíche da mão de Krist e o jogou pela janela.

- Minha comida! - Ele bradou. - Por que fez isso,sua maluca?

- Porque você é imbecil e me irritou. - Ela gritou de volta,recostando no banco.

- Enzo,para o carro! - Ele gritou,fazendo o homem nos olhar pelo retrovisar. - Ela jogou minha comida fora! - Expôs toda a indignação que sentia.

- Não,para não! Apenas siga. - Nina disse,fingindo estar calma.

- Eu paro ou não? - Enzo perguntou,confuso,nos olhando pelo retrovisor. Seu sotaque italiano era mais evidente que o de Nina.

- Não,continue,Enzo. - Disse ela.

- Você é uma... Uma... Uma malvada! - Krist bufou. - Era minha comida!

- Ai,Krist,era só um sanduíche! - Falei.

- Só um sanduíche? - Ele arregalou os olhos. - É sério isso?

- Nunca discuta com ele sobre comida. - Dave afastou meu cabelo e sussurrou em meu ouvido. 

- Nina,eu quero meu sanduíche de volta! - Ele gritou.

- Krist,a essa hora ele já foi amassado por um pneu,esquece! - Ela encostou a cabeça no banco e fechou os olhos.

- Não! Você é uma abusada!

- Você me chamou de que? - Ela arregalou os olhos.

- Ah,não... - Murmurei.

Os dois começaram a discutir. A discussão durou quase o nosso percurso inteiro,até que uma hora eu cansei.

- Caralho,deixem de ser chatos, puta merda! Calem a boca! - Berrei,fazendo todos me olharem surpresos.

A van finalmente ficou em paz,e chegamos a Montpellier. Já era noite e estava frio no porto. Tinham vários barcos,iates e lanchas,cada um mais lindo que o outro,aportado ali.

- Pessoal,cheguem mais. - Enzo,que conversava com um homem,fez sinal para nos aproximarmos. - Preparados para ficar doze horas dentro de um iate? - Perguntou,sorridente.

- Se ele for confortável,sim! - Nina respondeu.

- Pois então,vou lhes mostrar o luxo. - E então,ele apontou para um barco bem feio. Todos nós ficamos confusos por um segundo,até que ele deu uma gargalhada estridente. - Brincadeira,esse é o iate. - Ele apontou para o iate mais lindo que estava naquele lugar. Era imenso,bem no estilo dos iates dos filmes de Hollywood.

Me aproximei de Nina e cochichei.

- Seu primo é rico? 

Ela me fitou e deu uma risadinha.

- Sim,ele se deu bem na Espanha e agora é podre de rico.

- Caramba! Olha o tamanho disso! - Apontei para o iate. - O máximo que eu já cheguei perto desse foi pela TV. - Dei uma risadinha.

- Vamos entrar pessoal! - Enzo chamou.

Subimos as escadinhas na lateral e entramos na popa do iate,a parte de trás. Nela tinha um sofá,uma mesa com cadeiras e pratos,copos e talheres a decorando. Nessa área ficava também um espaço para preparação de comidas,como churrasqueira e pia. E claro,era aberto,nos dando uma visão ampla e tinha um toldo elétrico embutido no teto,para a proteção. Entramos na parte interna e,mais uma vez,fiquei impressionada.Toda a decoração mesclava tons claros e escuro, que davam aos ambientes ar de sofisticação. Madeira, couro, aço e tecido finos também estavam presentes em toda a decoração. No andar inferior,ficavam a suíte master,suíte vip,suíte de solteiro e os banheiros. Na suíte master tinha uma cama queen-size, amplas janelas com vista para o mar, escrivaninha, sofá e closet. Na vip haviam as mesmas coisas,tirando o sofá e o closet. No quarto de solteiro tinham duas camas,escrivaninha e janelas com visão para o mar. O andar de cima contava com uma grande sala que tinha sofás,TV,cômodas,decorações chiques e tudo mais. Tinha também uma cozinha. E por último,uma escada que dava para a área de cima, com uma pequena tenda e banheira de hidromassagem. A decoração se dava por espreguiçadeiras,sofás,pequenos freezers e outras coisas mais irrelevantes.

- Caramba,isso aqui não é um iate! É uma mansão! - Falei,observando aquele lugar.

- Está dizendo isso por que não viu a mansão onde eu moro. - Enzo respondeu,divertido.

- Está morando em uma mansão? - Nina ficou boquiaberta.

- Sim. - Ele sorriu.

Após a apresentação do local,Nina,Izzy e eu trocamos de roupas e fomos para a hidromassagem. Os meninos sentaram-se nas espreguiçadeiras para conversar,incluindo Enzo,já que ele tinha um motorista particular dirigindo o iate.

- Nossa,seu primo caga dinheiro,não é possível. - Izzy falou,prendendo seus longos cabelos pretos para não molharem.

- Ele deve mesmo. Nem eu tava ligada nesses luxos dele. - Respondeu afundando ainda mais seu corpo na hidro.

- Ele está se divertindo com os meninos. - Apontei para eles que gargalhavam entre si.

- Meu primo é todo zoeiro também. Ele que me apresentou as doideiras da vida.

Nesse instante,Enzo levantou e desceu,deixando os meninos sozinhos.

- Que doideiras? - Perguntei,voltando minha atenção para elas.

- Ah,besteirinhas de adolescente. - Deu de ombros.

- Vocês  já ficaram? - Izzy questionou,com um sorriso maldoso.

- Não!

- Ah,de você esperamos qualquer coisa. - Dei uma risadinha,fazendo Nina jogar água em meu rosto.

- Só porque eu sou groupie,é? Isso não tem nada a ver.

- Ele sabe que é? - Perguntei.

- Sim,da minha família só ele sabe.

Nossa conversa estava interessante que nem notamos quando Enzo se aproximava de nós.

- Meninas,trouxe algo para oferecer a vocês. - Ele se equilibrou nos calcanhares,apoiando seus braços na banheira. Sua mão segurava um papel de alumínio.

- Meninas,antes que ele mostre,lembrem-se: Ele é doidão. - Nina disse,tomando um peteleco do primo como resposta.

- Os meninos aceitaram,mas não sei qual pode ser a resposta de vocês.

- O que é? - Perguntei.

- Ácido. Já experimentaram?

Izzy e eu balançamos a cabeça em negação,diferente de Nina,que assentiu.

- Vão querer?

Fiquei um pouco acanhada. Eu tinha curiosidade,mas não sabia se era uma boa ideia.

- Não sei. - Mordi o lábio inferior,numa atitude insegura.

- Eu quero! - Izzy aceitou.

- Mariah? - Enzo chamou.

- Não sei se devo... Tenho medo,sei lá.

Nina tomou a atitude e me explicou o que era,o que eu iria sentir,tempo de duração e o lance da bad trip. Parecia ser algo inofensivo,então mandei o medo embora e deixei a curiosidade falar mais alto. Enzo desenrolou o papel alumínio e tirou de lá uns papeizinhos muito pequenos,nos entregou e colocamos em nossas línguas. Eu não sabia como iria me sentir,então saí da banheira e fui para a espreguiçadeira onde Dave estava deitado.

- Oi. - Falei,deitando ao seu lado.

- Você tomou ácido? - Ele perguntou ajeitando seu corpo para ficarmos confortáveis.

- Sim. - Suspirei. - E você?

- Sabe,eu já estava uns dois anos sem usar nada,mas acabei topando.

- Ah... Eu tô com um pouco de medo. - Confessei.

- Não fique. - Ele me fitou. - Eu estou aqui. - Entrelaçou nossas mãos. Apenas assenti e suspirei,olhando para o céu. O gosto amargo se espalhou por minha boca e minha língua ficou pesada. Minha boca ficou seca e nos primeiros minutos,minhas mãos e braços começaram a tremer. - Tá sentindo alguma coisa? - Dave indagou. - Sua mão está suada.

- Tô sentindo... Tô tremendo e parece que eu tô eufórica.  - Respondi sentindo meu peito ser invadido por uma felicidade repentina,que me fez sorrir.

- Está fazendo efeito.

- Eu vou levantar. - Aquela euforia pedia para ser extravasada de alguma forma,então levantei e comecei a balançar meu corpo no ritmo da música que saía do som do rádio: Even Flow,do Pearl Jam. Eu não prestei atenção em nada em minha volta,estava ficando com os pensamentos lentos. Dancei a música inteira e no fim,senti um peso em minha nuca e ombros. Fui surpreendida por uma moleza. As coisas ao meu redor começaram a tomar vida própria. Elas começaram a se movimentar e as cores ficaram mais vivas. Olhei para minhas mãos e elas faziam a mesma movimentação que uma respiração. Decidi deitar novamente ao lado de Dave,estava achando aquilo um pouco estranho ainda.

Após vinte minutos,eu estava viajando na maionese completamente. Dave já tinha saído de perto e eu estava sentada na espreguiçadeira,vendo duendes,gnomos e unicórnios passaram animados por mim.

- Ei,unicórnio fofinho,vem aqui. - Chamei,mas ele ignorou,apenas foi pulando para fora do iate. Levantei para ver até onde ele iria e pude ver o mar em cores neons. Ele se movimentava fazendo uma linda paisagem de cores. Eu olhava aquilo tudo,mas não conseguia prestar atenção por muito tempo. Logo eu estava olhando para o céu,vendo fadas e flores pelo ar.

- O que está vendo? - Kurt se aproximou. Ele parecia longe.

- Estou vendo lindas flores voando,assim como fadas. - Sorri. - Essas fadas me trazem paz. - O fitei. - Kurt,seu cabelo está brilhando. - Cerrei os olhos vendo os fios loiros mesclarem entre tons de rosa e roxo.

- E você está com três olhos. - Ele pôs o dedo indicador em minha testa,onde seria meu terceiro olho.

Dei uma risadinha pois eu estava viajando completamente. Tudo ao meu redor tinha vida própria,se movimentava,brilhava,enquanto coisas estranhas aconteciam. Sai de perto de Kurt e fui até a hidro,vendo Izzy dentro dela,que estava cheia de lava.

- Uau,você está dentro da lava! Como consegue? - Perguntei,inocente como uma criança.

- Você está muito doida. Eu não estou dentro da lava. - Sorriu. - Olha o que está acontecendo no céu. - Apontou para cima. - Eu gostaria de tirar uma foto disso. - Segui seu conselho e observei o céu.

Me deitei no chão e fechei os olhos,embarcando em um sonho lúcido. No sonho,o céu estava iluminado por uma linda aurora boreal,onde eu voava acompanhada de vários unicórnios e seres mitológicos. Abri os olhos novamente,vendo o céu ficar cheio de formas de animais,cheio de estrelas e cometas passando. Era esplêndido. Eu olhava fascinada,vendo e viajando na imensidão do universo,que sempre me chamou atenção.

- Ah,não! Não posso ver esses Et's. - Tapei os olhos com as mãos,esperando um bando de extraterrestres passarem apressados por mim.

Eu me sentia leve,como se flutuasse. Uma paz reinava em mim e uma certa emoção também. Comecei a pensar sobre mim,sobre coisas em meu mais profundo interior.

- A vida escorre por nossas mãos. - Levantei minha mão na altura de meu rosto e pude ver pequenas estrelas se formando na palma. - O tempo escorre por nossas mãos. Desperdiçamos nosso tempo deixando tudo para amanhã e quando vemos,nosso tempo acabou. Não quero fazer assim. Quero viajar em todo o meu eu,me conhecer e me levar até o meu extremo todos os dias,me dando o sabor da vida. Do que é viver de verdade. 

- Do que está falando? - Dave veio deitar ao meu lado.

- De como as pessoas deixam o tempo escorrer por suas mãos. Dave,precisamos viver! Sem medo! Nunca sabemos quando nossa vida vai acabar.

- Concordo. O mundo é tão grande e belo. Mesmo havendo tantas coisas ruins existem coisas boas para nos fazer lutar.

- Sim... Devemos dar mais valor aos nossos amigos e a sensação de felicidade que nos trazem. Assim como a música é para mim. As músicas me tiram da órbita,me dão apoio emocional quando eu mais preciso. - Nesse instante "Time" do Pink Floyd tocava no som, o que me ajudou a viajar ainda mais para dentro de mim.

- Música é tudo para mim. - Disse Dave,pegando minha mão e entrelaçando nossos dedos,enquanto observávamos o céu.

Eu continuava a viajar enquanto via coisas fora do normal,quando um estalo me fez lembrar de meu padrasto. Um frio percorreu minha espinha e eu senti muito medo. Quando eu me virei para olhar para Dave,me assustei. Não era ele e sim,meu padrasto.

- Eu vou te buscar até no quinto dos infernos,fedelha. - Ele disse com um sorriso amedrontador no rosto.

- Sai daqui! - Gritei,apavorada,me levantando.

- Eu vou te levar igual eu fiz com a sua mãe! - Ele gritou,enquanto se levantava e vinha em minha direção,dando passos lentos.

- Cade o Dave? - Olhei para os lados vendo meus amigos me fitando sem entender nada. Senti meu padrasto pegar meus braços e me levar para perto de uma espreguiçadeira,onde Izzy estava sentada. - Me solta,seu desgraçado. - Pedi.

- Mari,é o Dave. - Ouvi a voz de Izzy.

- Não é! - Gritei ao sentir os braços de meu padrasto passarem por meu corpo. - Sai daqui. - Numa atitude histérica o afastei e quase acertei um soco em Izzy,que foi mais rápida e desviou. - Dei as costas para ele,quando mais uma vez,senti meu braço ser puxado.

- Mariah,sou eu! - Dave disse,olhando em meus olhos.

- Onde ele tá? - Rolei os olhos pelo lugar.

- Amor,só tem a gente aqui. Ele não está. - Dave me abraçou,e eu aproveitei para descansar minha cabeça em seu peito,me acalmando. Aos poucos as coisas foram voltando ao normal.

- Ele estava aqui. Eu vi. Era o meu padrasto. - Falei,sentindo os dedos de Dave passearem por meu coro cabeludo.

- Não tem ninguém além de nós aqui. - Ele sussurrou.

Krist,Nina e Kurt se aproximaram.

- Krist,o que é isso na sua cabeça? - Nina indagou,com o cenho franzido.

- O que? - Ele passou as mãos pelos cabelos,procurando algo de errado.

- Tem galhos de árvore... Oh,meu Deus,vocês tá virando uma árvore. - Ela gritou e começou a tentar "escalar" Krist.

- Nina,eu não sou uma árvore! - Ele resmungou,a afastando.

- Mari,posso conversar com você? - Kurt perguntou.

Apenas assenti e Dave me liberou de seu abraço.

- Sobre o que? - Perguntei,me concentrado em ficar em pé,já que ver tudo se mexendo estava me deixando zonza.

- Ah,nada demais. Vamos lá para baixo. - Ele puxou uma de minhas mãos e me levou até o quarto. Me sentou na cama e sentou de frente para mim,na outra. - Eu sei o que preciso contar para ela. - Ele olhou para sua esquerda e falou,me fazendo estranhar.

- Pode falar.

- Então,é o seguinte... Boddah,eu já sei o que precisa ser dito. - Resmungou,irritado,mais uma vez olhando para sua esquerda. Cerrei os olhos buscando enxergar o mesmo que ele,mas não via nada.

- Quem é Boddah? - Questionei.

- Meu amigo imaginário. - Ele sorriu,dando de ombros.

- Acho que o ácido está te afetando. - Dei uma risadinha,cruzando as pernas em cima do colchão.

- Não. Eu sempre vejo o Boddah. - Ele respondeu seriamente.

Dei de ombros e comecei a ver duendes passando pela janela do quarto,mas fui interrompida por um estalo de dedos de Kurt.

- É o seguinte,eu e o Boddah temos um aviso para você. - Começou. - É algo muito sério. - A expressão em seu rosto me acanhou.

- O que é?

- Uma pessoa,alguém que te fez mal vai voltar para destruir sua vida. Tome cuidado.

Engoli em seco. Eu sabia de quem ele estava falando.

- Quando?

- Não sabemos. Mas essa pessoa virá. - Kurt se levantou e saiu do quarto. - Ah,e o Dave vai transar com você amanhã. - Gritou,subindo as escadas novamente.

Deitei na cama e esfreguei os olhos,tentando não me deixar levar pelo medo que aquelas palavras causaram. Alguns segundos depois ouvi alguns gritos.

- Sai! Sai daqui! Para de comer o tornozelo deles! - Era a voz de Dave. - Vocês não estão vendo? É o tornozelo de vocês! Está jorrando sangue. - Ele parecia muito desesperado.

Minha curiosidade bateu mais forte e eu subi as escadas correndo,vendo Dave correr em círculos com uma expressão de horror. Nina e Enzo olhavam tudo gargalhando,enquanto Kurt o encarava de braços cruzados,confuso,assim como Krist. Izzy estava na hidro,viajando,não prestava atenção.

- O que está acontecendo? - Perguntei,sentindo minha pele se arrepiar ao sentir a brisa fria da noite passando.

- Os dinossauros. Eles estão atrás de mim tentando comer meus tornozelos! - Ele berrou,correndo em círculos sem parar.

- Mas não tem nenhum dinossauro aqui! - Rebati.

- Tem sim e ele está mordendo seu tornozelo agora. Como você não está sentindo dor? - Ele arregalou os olhos,gesticulando exageradamente.

- Mariah,acalme o coitado. - Enzo disse em meio a risadas.

Dei de ombros e fui até ele.

- Dave, - segurei seus ombros o impedindo de correr - vem comigo. - Peguei suas mãos e desci para o quarto.

- Vamos antes que os dinossauros venham atrás de mim. - Ele deu uma corridinha,como se estivesse escapando de algo por pouco.

...


Notas Finais


esse lance do Dave ver dinossauros chapado de ácido é verdade kkkkkkk inclusive foi essa história que me inspirou a escrever esse capítulo doido.


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