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História Where I live - Capítulo 5


Escrita por: Kashi_

Notas do Autor


Boa leituraaa

Capítulo 6 - Capítulo 5


5 – Capítulo 5

JAMES POV

Acordei assustado ao sair de um sonho bizarro com Scorpius pedindo por socorro enquanto vários alunos mais velhos em fila o machucavam.

Eu estava prestes a tentar ajudar ele quando descobri que eu estava na fila, e não conseguiria sair dela até ferir o garoto mais novo.

Os gritos histéricos dele ecoavam na minha cabeça de forma estranha, e quando abri os olhos, vi que já tinha amanhecido.

– O que foi, James?

– Nada.

– Parece assustado.

– Não foi nada – Respondi para um dos garotos que dividia dormitório comigo.

O local estava um tanto vazio devido ao feriado de hoje, e provavelmente toda a escola estaria.

Me vesti rapidamente e desci, em busca de Lily e Albus, porque era um ritual nosso no feriado da chegada da primavera tomarmos café da manhã juntos.

Sempre era um dia em que não víamos nosso pai, que tinha um ritual de ir ao túmulo de mamãe.

Ela amava as flores, e adorava a primavera, então em nossa família era um dia para celebrarmos sua vida.

Ao chegar no salão principal, avistei os dois sentados na mesa da grifnória, e me acomodei entre eles, bagunçando os cabelos dos dois.

Eu não era bom com palavras, e o máximo que conseguia era fazer isso, como se mostrasse que ficaríamos bem, os três.

Faziam cinco anos desde a morte de nossa mãe, e não era uma ferida recente. Já éramos habituados e acostumados com isso.

Mas daqui uma semana seria seu aniversário de morte, e não era um sentimento agradável pensar na falta que ela fazia.

– Eu montei um grupo de meninas do segundo ano – Lil começou a contar – Nós decidimos lutar contra garotos machistas, que acham que são melhores do que a gente.

– Você já é assustadora sozinha, com um grupo... – Comentei e ela revirou os olhos, mas parecia animada.

– Parece legal, Lily – Albus contou sorrindo – Já tem muitas garotas?

-Até agora só eu. Mas vou colocar um aviso no quadro, e vou ir em busca delas.

– Se quiser, posso colar um cartaz no salão comunal da Sonserina.

– Valeu, Albus.

O resto do café foi tomado no mais perfeito silêncio, enquanto eu via as poucas pessoas indo e vindo.

Realmente, não eram muitos alunos que ficavam no castelo nos feriados.

Mas o que me despertou foi Scorpius andando calmamente, seguindo até a mesa da Sonserina.

Parecia como em qualquer outro dia.

Loiro, bonito, silencioso.

Não tinha o rosto vermelho, não parecia ferido ou abatido.

Revirei os olhos quando ele mexeu na franja loira impecável daquele jeito que fazia as garotas suspirarem, e me voltei para meu irmão que também o olhava.

– James me contou sobre o caso Scorpius – Lily contou após mastigar uma torrada – Parecia arrependido de ter se metido na sua amizade.

– Eu não sei o que fazer sobre ele – Albus confessou – Eu queria que fôssemos amigos. Ele parece sozinho e triste as vezes. Não parece ser ruim.

– Você está chateado – Pontuei confuso, e Albus deu de ombros – Porque de repente esse menino é tão importante?

– Não é essa questão, James. É só que as pessoas sempre falam tão mal dele. Eu mesmo tinha algum preconceito contra Scorpius, só pelo o que dizem. Mas eu vi que ele não é assim. Ninguém merece ser julgado e apontado como ele é.

– Você tem razão – Confessei, voltando a olhar para Scorpius, querendo entender o que poderia ter acontecido.

O que era aquilo que eu tinha visto ontem?

A vontade de comer se foi quando lembrei de como ele parecia ferido, atirado no chão sujo do banheiro, vomitando.

Quando terminamos o café, cada um foi para um lado e me permiti ir para meu quarto, pegar minhas coisas para fazer todos os deveres atrasados que tinha e que deveria entregar na próxima semana.

Isso tomou grande parte do meu dia, de forma que acabei não indo almoçar, e acabei cochiando de tarde, saindo da cama apenas para jantar.

Albus e Lily não estavam ali, o que me fez suspirar e comer rapidamente, evitando conversar com os meus amigos que estavam por ali, porque queria pensar sobre o que deveria fazer com Albus.

Eu contaria para ele o que tinha visto? Malfoy tinha pedido para não contar...

Mas Albus era meu irmão. Eu deveria contar a ele... Aquilo. Que eu nem sabia direito o que era.

E porque Scorpius não queria que eu contasse?

Decidido a fazer o que Lily tinha dito, e ir tirar as respostas com o próprio Malfoy, esperei ficar mais tarde, peguei a capa e fiz ronda pelos corredores, seguindo até o banheiro da murta.

De fato, estava trancado por algum feitiço que não consegui quebrar, então me sentei ali no corredor e fiquei esperando, decidido a esperar, por ter certeza de que ele estava ali.

Demoraram alguns instantes para finalmente alguém sair, e era um garoto de capuz, que não vestia uniforme, e sim roupas casuais.

Não consegui ver o rosto dele, porque o mesmo saiu apressado, e meu foco era outro.

Tentei entrar, mas dessa vez o feitiço continuava firme, e minha única alternativa foi esperar, até que finalmente ele saiu de dentro do banheiro.

Ele parecia pálido e tremulo, e caminhava com dificuldade, sempre parando, e apoiando as mãos nas paredes, como se andar fosse algo extremamente doloroso.

Levantei, tirando a capa, e me aproximei, vendo ele se sobressaltar quando toquei seu ombro, assustado.

– Malfoy – Chamei, tirando a mão do ombro dele, notando como o garoto tremia e parecia mole.

Eu nunca tinha estado tão perto dele, e via como seus olhos eram incrivelmente azuis, chegando a soar até mesmo um pouco cinza no contorno.

Mas o que me pegou desprevenido é que um dos olhos dele estavam roxos. O lábio cortado e com sangue acumulado, e isso era apenas o que eu conseguia ver.

Me senti nausear ao imaginar o restante do corpo dele.

– E-Eu... – Sua voz soava baixinha, quase como se falar doesse, e a palidez dele estava me assustando.

Estava prestes a perguntar se ele estava bem quando o garoto caiu para frente, e eu o peguei antes que fosse ao chão.

Deitei ele, completamente em pânico sobre o que fazer.

Se eu o levasse para a enfermaria, o que diria?

Se ficasse ali, iriam nos pegar e pensar que eu tinha feito aquilo.

E se largasse ele ali... Bem, não parecia certo.

Chacoalhei ele, dando tapinhas em seu rosto e chamei seu nome varias vezes, me mantendo atento caso alguém se aproximasse.

Como ele não acordava, fiz o que pude para apoiá-lo nas costas e passei a caminhar lentamente devido ao peso, sentindo a respiração entrecortada dele contra o meu pescoço.

Alguns instantes depois, com a sorte de não termos encontrado ninguém no corredor, me permiti caminhar devagar, checando que não tinha ninguém no salão comunal da Grifinória e entrei devagar, cobrindo ele com a capa da melhor forma que pude junto ao meu corpo, rezando que devido ao horário ninguém resolvesse levantar.

Pé ante pé, entrei no meu dormitório e o coloquei sobre a minha cama, fechando as cortinas, e finalmente suspirei resignado.

O que faria com aquele garoto machucado e desmaiado?

Decidido a tentar, da melhor forma possível, curar os ferimentos que eu soubesse, e ver a extenção de como ele estava acabado, levai as mãos até a camisa dele, e estava tentando abrir o primeiro botão quando sua mão voou em direção a minha.

Ergui o rosto, vendo ele acordado e assustado, e fiz sinal para que ficasse em silêncio, e lancei um Abaffiatto, para não sermos ouvidos.

– Você desmaiou no meio do corredor.

– Onde...? – Sua voz estava extremamente rouca.

– No meu dormitório. Tentei te acordar. Precisamos dar um jeito em... Tudo isso – Indiquei a ele, que se sentou na cama franzindo o cenho de forma dolorida – Pensei que talvez não fosse querer ir para a enfermaria.

– Não – Concordou – Você trouxe minha...– Ele se virou de um lado para o outro, e encontrou a bolsa que ainda estava pendurada em seu braço, e revirou ela – Eu tenho ditamno aqui. Serve para a maioria dos ferimentos.

Assenti, sem saber ao certo o que fazer ao ver ele me olhar em dúvida, e engolir seco.

– Eu... Posso ir? – Perguntou e parecia realmente duvidosos se eu o deixaria ir, o que me fez ter uma vertigem ao pensar em que tipo de coisa ele achava que eu faria com ele.

– É claro! – Respondi indignado.

– Obrigado – Sorriu, e mesmo que machucado, parecia um gesto da forma que Albus falava sempre. Calmo e gentil.

Se ergueu com dificuldade, e eu suspirei ao imaginar aquele garoto desmaiando de novo sozinho no corredor.

– Eu te levo – Contei e ele assentiu, parecendo incapaz de recusar, talvez ao perceber a forma como estava.

Decidido a não usar a capa para não denunciar o meu segredo e o do Al, descemos da torre em silêncio, e ele parecia bem curioso, embora sempre com uma expressão de dor, quando passamos pela sala comunal da Grifinória.

Já estávamos descendo bem vagarosamente as escadas quando ele finalmente resolveu dizer algo.

– Você não vai fazer nenhuma pergunta? – Questionou, parando por um segundo, fechando os olhos e respirando fundo.

Algo nele parecia doer muito, porque descer as escadas parecia uma coisa extremamente difícil.

– Porque me pediu para não contar para Albus?

Ele pareceu surpreso pela pergunta, abrindo os olhos e se virou para mim com uma expressão de confusão.

Era extremamente desconfortável ver ele tão machucado.

As garotas achariam ele tão irresistível se vissem como ele estava agora?

– Albus é... uma pessoa boa. Verdadeiramente boa, e você não precisa conviver muito com ele para ver. Ele tem uma...generosidade no coração dele. Chega a soar um tanto puro. Eu e ele somos de universos diferentes – Explicou com um sorriso, parecendo não se incomodar com o que dizia.

– Parece até que está dizendo que você não é uma boa pessoa.

– Você viu o que eu faço, Potter. Não percebe? Albus é uma pessoa pura demais para estar perto de mim.

– O que exatamente você faz? – Questionei, percebendo que ele não se incomodava em falar sobre. Ele parecia completamente em paz, embora frequentemente desviasse os olhos de mim e apertasse uma parte específica de suas costas.

– Não precisa perguntar se você já sabe a resposta.

Me silenciei, ainda com a cabeça em um turbilhão de coisas para digerir.

Era muita informação em pouco tempo.

– Porque deixar fazerem isso com você ?

– Não é sempre que fico assim – Sorriu de forma singela, quase doce.

Scorpius realmente era completamente suave, como a coisa mais leve que poderia existir.

– É o segundo dia seguido que...

– Feriados. Aproveito que não teremos aula, e assim posso... atender pessoas mais... entusiasmadas, por assim dizer. Bom, acho que pode me deixar por aqui. A entrada da minha casa é logo em frente – Contou sorrindo – Obrigado por me acompanhar e me ajudar quando desmaiei.

– É... – Respondi vago, incerto sobre o que dizer.

– Eu pensava que Albus era estranho por ser assim tão bom, mas vejo que não é algo dele. É algo dos Potter – Sorriu e se virou, voltando a andar de forma lenta, parando vez ou outra.

Fiquei ali vendo o garoto manco sumir ao fim do corredor, e me deixei escorregar e sentar no chão.

Quem é Scorpius Malfoy?


Notas Finais


Eu vi que perguntaram sobre a Gina, mas não respondi pra não dar spoiler. Perceberam que Gina e Astória não estão vivas? Sabem o que isso significa?
O que acham do nosso pequeno Malfoy misterioso?
KKKK
Até o próximo!


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