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História Which his side? - Storm In A Drop Of Blood


Escrita por: belatalbot

Notas do Autor


Outro capítulo, outro gif. kkkkkkk Enfim, espero que gostem. Boa leitura xoxo.

Capítulo 66 - Storm In A Drop Of Blood


Fanfic / Fanfiction Which his side? - Storm In A Drop Of Blood

- Ainda acho que eu deveria ter contado a Ruby sobre o plano do reverendo Holter. – disse Sam colocando as últimas madeiras no altar para Vicky.

- Eu discordo. – disse Dean jogando gasolina sobre o altar de madeira onde estava o corpo de Rudy. - Dá última vez que tentei falar com ela sobre algo que a envolvia, ela me ameaçou dar um mata-leão e eu estava dirigindo. – relembrou Dean acendendo o isqueiro.

- Quando isso aconteceu? E sobre o que você tentou falar com a Ruby? – indagou Sam surpreso colocando o corpo de Vicky sobre o altar de madeira.

- Foi quando fomos resgatar a Bela. E tentei falar sobre você, daí ela surtou. – disse Dean acendendo o fogo no altar de madeira de Rudy.

- É claro que ela surtaria. Afinal, era você. – comentou Sam rindo, se recordando dos conselhos amorosos que Dean lhe deu recitando frases do filme Hitch.

- O quê? – indagou Dean não entendendo o que Sam queria dizer com aquilo.

- Enfim, eu vi que você deu algo do porta-malas para a Ruby, enquanto eu pagava a conta no Biggerson’s, ela pretende caçar algo? – perguntou Sam colocando o corpo de Vicky sobre o altar de madeira e depois o acendendo.

- Sim, sim, nós negociamos. – Dean agora se empolga. - Troquei algumas balas mata-bruxa por uma assinatura Premium na Amazon Prime. – disse Dean vitorioso. - Agora vou poder assistir todos os filmes de Halloweens. Hora de Picar e Fatiar.

- Hora de picar e fatiar? – indagou Sam confuso.

- Nunca viu O Dia de Todos Os Santos? – questionou Dean para Sam que não esboçou nenhuma reação. - David Yaeger? – Sam continua estático. - O cara da machadinha?

- Ah, esse cara dos filmes de terror clichês. – lembrou Sam entediado.

- Clichês? – indagou Dean semicerrando os olhos.

- É... Eu já vi os trailers e é sempre a mesma coisa. Uma garota corre e tropeça do nada, um cara vai à cozinha de madrugada e pergunta “quem está aí?”, o cara da machadinha aparece e todo mundo morre. Como eu disse clichê, igual a todo filme de terror existente. – disse Sam dando de ombros.

- Não! O Dia de Todos Os Santos é um clássico e não tem nada de... – dizia Dean quando viu várias nuvens de fumaça preta sobrevoarem o céu igual à vez que eles abriram os portões do inferno acidentalmente e só foi possível fechar com a ajuda de Ellen Harvelle e Bobby Singer. - Sammy...

- Demônios? – disse Sam confuso.

- Corre pro carro, agora! – gritou Dean puxando o irmão. Eles entram no carro e Dean dá à partida cantando os pneus.

Alguns minutos antes...

- Você conseguiu as balas mata-bruxa com o Dean? – perguntou Bela enquanto dirigia o carro para sair de Seattle.

- Isso responde sua pergunta? – disse Ruby convencida tirando uma bala do pente de sua arma para mostrar a Bela.

- Você roubou o Dean? Estou começando a ficar orgulhosa de você, Ruby. – brincou Bela olhando de relance para a loira que colocava a bala de volta no pente.

- Na realidade, eu negociei com ele. Eu dei a senha de sua conta Premium na Amazon Prime em troca das balas. Ele ficou tão empolgado para maratonar todos os filmes de Halloween e do David Yaeger que nem questionou o porquê. – respondeu Ruby dando um sorriso amarelo.

- Céus! Eu estou cercada de bons escoteiros. – disse Bela revirando os olhos entediada.

- Mas... Eu posso trollar o Dean e trocar a senha da sua conta na Amazon Prime antes dele conseguir chegar ao bunker e logar, se isso te deixar feliz. – disse Ruby com um sorriso travesso desbloqueando o celular.

- Talvez me deixe feliz um pouquinho, mas só um pouquinho. – disse Bela gesticulando com uma mão fazendo ficar um espaço mínimo entre o dedo indicador e o polegar para dar ênfase.

- Está feito. Mudança de senha realizada com sucesso e surto do Dean em carregamento. – brincou Ruby balançando o celular para Bela revelando a confirmação da nova senha.

- Com certeza, essa foi a melhor coisa que você disse hoje. – brincou Bela.

- Eu sei. – concordou Ruby.

- Mas voltando à bala mata-bruxa, você tem certeza que elas vão funcionar na Rowena? Porque não achei nada de especial nelas. – questionou Bela não pondo muita fé.

- A não ser que Rowena seja uma bruxa imortal igual ao Papa Midnight, então sim, elas funcionam. – explicou Ruby.

- Eu não estou tão certa disso... – comentou Bela se lembrando da história que Rowena lhe contou sobre Papa Midnight, quando desvia o olhar para o retrovisor lateral e percebe fumaças negras sobrevoarem o céu e atingirem todos os carros que vinham atrás.

- Por que diz isso? – indagou Ruby.

- Talvez porque eu tenha o pressentimento de que estaremos mortas se aquilo ali nos alcançar. – esclareceu Bela apontando para trás. Ruby coloca a cabeça para fora da janela e vê as fumaças negras se aproximarem.

- Puta merda! – xingou Ruby soltando o cinto de segurança.

- O que você vai fazer? – perguntou Bela apreensiva revisando entre olhar para a pista e para Ruby, enquanto pisava fundo no acelerador.

- Nos proteger ou pelo menos tentar. – disse Ruby passando para o banco de trás, ela abre a bolsa de Bela e pega o batom.

- Você só pode estar brincando! Isso não é hora de retocar a maquiagem, Ruby! – reclamou Bela revoltada ao ver a loira passando o batom nos lábios.

- É a minha cor de batom favorita em uma edição limitada, eu precisava me despedir dele. – justificou Ruby agora usando o batom para desenhar símbolos de proteção no teto e nos vidros do carro, quando o tempo começa a desacelerar fazendo com que tudo exceto Ruby ficassem congelados. - Bells? – chamou Ruby apreensiva, mas ela não obtêm resposta, era como se ela tivesse presa em um filme pausado.

- Ruby, nós precisamos conversar. – disse Atropos aparecendo do nada ao lado de Ruby que levou um baita susto e pulou para o lado.

- Quem é você? E o que quer? – questionou Ruby acuada encarando a irmã Destino.

- Eu sou Atropos, a irmã Destino responsável por cortar o fio da vida de todas as criaturas viventes. – Atropos ajeita os óculos. - E esse não é o primeiro encontro que temos... – Ruby se espanta ao ouvir isso. - E sobre o que quero, bem, apenas veja. – disse Atropos tocando instantaneamente na testa de Ruby que ao sentir o contato do dedo do Destino, a loira temeu achando que iria morrer.

Os olhos de Ruby se movem agitadamente com tantas coisas sendo vistas, ela vê o demônio Dean lançar a lâmina contra ela na Jamaica como uma última tentativa de matá-la em vão, pois Ruby já havia voltado no tempo, ela vê a Terra do futuro ficando instável após a lâmina quebrar a Caveira de Cristal, ela vê o demônio Dean viajando pelo tempo em busca dela, desde os anos 80 até 2007 em Black Rock onde eles tiveram o confronto final.

Ruby ainda vê a primeira Ruby em Black Rock que portava a faca mágica roubada do demônio Ruby chegar no Camaro, logo após o Impala, ela vê a segunda Ruby que havia furtado a Colt após enganar Astaroth ser ejetada da cabine telefônica e se esconder detrás da caixa de correios para que a primeira Ruby não a visse, ela também vê a última Ruby que portava o pé-de-coelho e estava com a arma carregada com uma única bala selada do diabo ser ejetada da porta da frente do Biggerson’s no mesmo instante que os Winchesters tiraram a foto de milionésimo cliente, ela vê que após matar o demônio Dean, uma onda eletromagnética vinda da lâmina a atingiu em cheio, ela se vê no conservatório ajudando Dean a matar Caim, ela vê a gota de sangue cair de seu nariz no chão e por fim, ela vê sua gota de sangue brilhar em uma luz rosa e Castiel tocar fazendo com que um portal do inferno se abra e assim justificando o por quê de ter fumaças negras voando sobre o céu de Seattle.

- Eu fiz isso. – disse Ruby ofegante olhando em choque para Atropos. - Eu preciso consertar isso. – Ruby desce apressada do carro e corre para o meio da rodovia.

- Isso foi mais fácil do que eu pensei. – disse Atropos para si mesma admirada pela cooperação de Ruby e se teletransporta para o lado da loira. - Geralmente eu não sou de mexer os pauzinhos para evitar mortes, mas hoje terei que fazer uma exceção. – Atropos puxa Ruby à uns dois passos para trás. - Pronto, aqui está ótimo para você fazer o feitiço e não morra para os Winchesters não alterarem pela enésima vez o fluxo natural das coisas para lhe trazer de volta, porque se isso acontecer, eu eliminarei todos vocês.

- O quê? – indagou Ruby fazendo uma careta e Atropos desapareceu fazendo o tempo voltar ao normal com as fumaças negras vindo em direção à Ruby. - Ok... Podem vir, cretinos! Aperite portas inferi. Punire hoc malum in eternais flammis. – recitou Ruby fazendo gestos com as mãos para abrir novamente um portal flamejante a fim de devolver aqueles espíritos demoníacos para o inferno.

Uma das fumaças negras vendo que não tinha como evitar desviar do portal passa por dentro de um carro fazendo com que a porta fosse arremessada em direção à antiga posição de Ruby que compreendeu o porquê Atropos a fez dar dois passos para trás. Enquanto isso, Bela continuava a dirigir concentrada ultrapassando os veículos, até que ela olha para o retrovisor interno para questionar Ruby sobre se ela havia tido alguma ideia para salvá-las daquela enrascada, porém, Ruby não estava lá.

- Ruby? – disse Bela desacreditada se virando para trás, para ter certeza se a loira realmente havia sumido, quando uma fumaça negra em busca de possuir Bela, bate violentamente na lateral do Mercedes amassando a porta, fazendo Bela perder o controle do carro e batendo contra a grade de proteção da pista. A fumaça tenta novamente, mas não consegue devido aos símbolos de proteção desenhados com batom por Ruby, logo, a fumaça é puxada para trás devido à força de atração do portal aberto pela loira há um quilômetro atrás.

[...]

Castiel acorda e vê que estava sendo carregado por dois demônios, um segurando em cada braço. Ele vê uma espada angelical presa em cada cinto daqueles demônios. Castiel inclina um pouco o rosto e os reconhece, aqueles demônios estavam possuindo os corpos das pessoas que Caim matou.

- O que está acontecendo? – indagou-se Castiel, quando o demônio percebe que ele acordou. Então Castiel não vê outra alternativa a não ser lutar.

Os olhos de Castiel brilham numa luz azul e ele arremessa o demônio que segurava seu braço esquerdo contra um carro, o outro demônio, o que segurava seu braço direito tenta puxar a espada angelical para atacar o anjo, porém Castiel o incinera com as mãos.

Ao virar o seu olhar para o demônio que ele havia arremessado, uma espada angelical havia sido lançada em sua direção, porém Castiel em puro reflexo segurou aquela lâmina antes que perfurasse seu olho e atira de volta contra o coração do demônio que morre na hora.

- Por que esses demônios estão usando esses corpos? – questionou-se Castiel mais uma vez. Ele olha para trás e vê uma luz rosa implodir dentro do conservatório. Castiel pega a espada angelical presa no cinto do demônio e vai verificar. Ao chegar, ele percebe que todos os corpos haviam sumido. - Isso definitivamente não é bom.

[...]

O Impala estava parado fora da estrada. Dean acorda e vê Sam com um corte na testa ao seu lado apagado.

- Sammy! Sammy! – chamou Dean preocupado sacudindo o ombro do irmão que acordou atordoado.

- Dean? O que aconteceu? – disse Sam tocando na testa ao sentir dor e constatar que se tratava de um corte.

- Eu não sei, mas... – Dean para de falar ao ver o capô do Impala todo arranhado.

- Mas o quê? – indagou Sam, porém Dean saiu do carro feito louco. - Dean, para onde você vai?

- Não, não. Meu carro não. – disse Dean molhando o polegar com a saliva e esfregando no capô como se aquilo fosse retirar os arranhões. Sam olha ao redor e se lembra do que houve.

- Dean, de onde será que aqueles demônios vieram? Será que havia um portal... – dizia Sam tentando ligar os pontos, porém Dean não estava escutando tudo o que ele fazia era jurar matar todos os demônios que arranharam o seu carro. Sam recua uns passos para trás para dar espaço para o irmão processar aquela “tragédia” e puxa o celular para ligar para Castiel e ver se ele sabe de algo.

- Sam, você e o Dean ainda estão em Seattle? – questionou Castiel assim que atendeu a ligação.

- Sim, nós estamos. Por quê? Você também viu os demônios voarem por todo o céu? – disse Sam tocando na testa novamente para ver se ainda estava sangrando.

- Não, sim, eu não sei. – respondeu Castiel arqueando as sobrancelhas confuso. - Eu fui atingido na cabeça por algo e quando acordei, eu estava sendo carregado por demônios... – Sam interrompe Cas e pergunta:

- E você está bem?

- Sim, eu estou. Não precisa se preocupar, eu os matei, depois vi uma implosão vinda de dentro do conservatório, fui verificar e não havia mais nenhum corpo lá...  – esclareceu Castiel meio desconfortável, depois ficando em silêncio.

- O que é que você não está me contando, Cas? – perguntou Sam percebendo que havia mais coisa devido ao desconforto do anjo.

- Bem, Sam... Eu não tenho certeza e não quero te preocupar, mas, lembro que antes de ficar desacordado, eu vi algo luminoso no chão, quando me aproximei identifiquei que era sangue. – disse Castiel se sentindo meio culpado pela teoria que criou.

- E...? – perguntou Sam apreensivo.

- Eu acho que era da Ruby. – disse Castiel sem rodeios, enquanto praguejava mentalmente contra si mesmo. Ele sentia que de alguma forma estava traindo Ruby, por lhe atribuir como responsável por aquilo.

- Impossível! Ela estava com a gente no Biggerson’s há meia hora atrás... – Castiel interrompe Sam dizendo:

- Eu não estou dizendo que ela está morta, Sam. Eu sei que ela está bem. Eu estou me referindo que achei uma gota de sangue que acredito ser dela.

- O quê? – indagou Sam pasmo. - Como isso pode ser possível? O lugar era uma chacina, havia sangue para todo lado. Como você pode ter certeza que essa gota em especial era da Ruby? Isso não... – argumentou Sam não vendo lógica naquilo e Castiel lhe interrompe novamente:

- O local que o sangue estava, era na posição exata em que a Ruby ficou para abrir o portal para enviar Caim para o inferno. Eu tenho certeza. Nós precisamos falar com ela. Há algo de errado com o sangue dela. Ele brilhava em uma luz rosa forte.

- Tudo bem... Deixe que eu informo a Ruby sobre isso. – disse Sam esfregando a nuca.

- Sam... – disse Castiel em tom repreensor.

- Eu não vou acusar a Ruby sem ter prova nenhuma e você também não deveria. – retrucou Sam indignado.

- Não estou acusando ela, mas isso faz muito sentido para mim. Pois, como você explica eu poder sentir a presença da Ruby, Sam? E nesse momento, ela está na rodovia. E se não acredita em mim, ligue para ela, enquanto isso, eu vou para o céu, procurar por respostas, retorno quando der. – disse Castiel convicto e irritado com Sam desligando a chamada em seguida.

- Cas? – chamou Sam sem resposta. - Droga...

- Algum problema com o Cas? – perguntou Dean receoso.

- Não, ele está bem. – respondeu Sam pensando sobre a possibilidade do anjo estar certo, porque ele nunca tinha visto Ruby abrir um portal antes, ele achava que a mágica feita por Ruby se restringia apenas em trocar de lugar com Bela e lançar a moeda no ar para enganá-los quando lhe convinha.

- O Cas descobriu quem foi que causou essa bagunça? Para eu caçá-lo e matá-lo, claro que isso só depois de torturá-lo lentamente. – disse Dean rancoroso fechando os punhos.

- Ele acha que isso tem a ver com a Ruby... – disse Sam buscando o número da loira na lista de contatos.

- O Cas acha que ela abriu um novo portal e deixou milhares de demônios fugirem? – questionou Dean surpreso por Castiel culpar Ruby ainda que não intencionalmente, afinal, o anjo tinha uma ligação fraternal com a loira.

- Pois é. – respondeu Sam enquanto esperava a ligação completar.

- Para quem agora você está ligando? – indagou Dean curioso.

- Ruby. – respondeu Sam impaciente pela loira não atender.

- Boa sorte com isso. – comentou Dean indo verificar as laterais do Impala para ver aonde mais havia sido arranhado.

- Não é o que você está pensando. Não estou dando uma de Eminem. – justificou Sam, porque sempre que ele mencionava a Ruby, seu irmão relembrava da história de Mariah Carey com o rapper. Após alguns minutos, a telefonista informa que o número que Sam ligou está indisponível ou fora de área, mas Sam não se dá por vencido e tenta novamente, mas a telefonista da mesma resposta fazendo com que Sam xingasse o celular, enquanto tentava pela terceira vez.

- É melhor eu tentar ligar para Bela, caso a Ruby esteja determinada a ignorar suas ligações. – comentou Dean, uma vez que, enquanto eles estavam no Biggerson’s para pagar as batatas-fritas de Ruby, ela começou a ignorar tudo o que Sam falava, após ele chamar o “X-Tudo com batatas” que ela pediu de “X-Infarto com hipertensão”.

O Mercedes estava com a traseira batida na grade de proteção da pista, a buzina apitava incessantemente fazendo com que Bela acordasse, ela se vira de supetão para trás em busca de Ruby e sente sua costela doer.

- Pra onde ela foi? – perguntou Bela tentando entender o que aconteceu com a loira, como que Ruby sumiu do nada? Bela força a mente tentando lembrar, mas a buzina estava atrapalhando sua recapitulação. - Eu não consigo pensar com esse barulho infernal. – reclamou Bela descendo do carro.

A britânica olha de um lado para o outro, ela foca o olhar para a direção de onde veio, ela tira a 9 mm do cós detrás da calça, solta um “vamos lá” e começa a caminhar em busca da loira. O celular de Bela e o de Ruby tocam quase que simultaneamente dentro do carro, porém a britânica não ouviu devido ao barulho constante feito pela buzina.

- Onde foi que ela se meteu? – questionava-se Bela preocupada, enquanto caminhava pelo acostamento por quase um quilômetro, verificando a maioria dos carros ali largados que estavam sem nenhum passageiro ou motorista, era como estar preso em um cenário de The Walking Dead.

- Ruby! – continuava Bela a chamar, quando ela finalmente encontrou Ruby. A loira estava caída no meio da rodovia. - Ruby! – gritou Bela torcendo para que a loira estivesse apenas desmaiada e não morta, ao chegar perto o suficiente, Ruby gritou rangendo os dentes e se encolhendo:

- Fique longe de mim, Bells!

- O quê? – disse Bela confusa.

- Eu disse... – Ruby decide se levantar mesmo com dificuldade e se vira para Bela revelando que toda sua pele estava tomada por veias luminosas em um brilho rosa. - Fique longe de mim!

- O que houve com você? – disse Bela espantada se aproximando para tentar ajudar a loira. - Isso é consequência da viagem do tempo?

- Não há tempo para explicar... Você precisa sair daqui, Bells. Eu não sei quanto tempo vou aguentar... – disse Ruby com a voz rascante e estendendo a mão para a britânica não se aproximar mais.

- Não. – disse Bela com a voz firme, por mais que seus instintos a mandassem correr feito louca para o mais longe possível. - Eu não vou deixar você e não há nada que você possa dizer que irá me fazer mudar de ideia.

- Eu sei. – disse Ruby sorrindo para Bela sem mostrar os dentes, ela dá as costas para a amiga a fim de realizar o feitiço, mas Ruby não tem a oportunidade de falar nenhuma palavra, pois o seu corpo começou a sofrer rachaduras liberando não apenas feixes de luzes rosas, mas abrindo inúmeros portais, enquanto a loira abraçava o próprio corpo como se fosse conter a dor.

- Droga. O que eu faço? – questionou-se Bela espantada vendo a amiga entrar em uma espécie de fusão nuclear.

- Eu pre-ciso... – disse Ruby rangendo os dentes tentando andar para o portal mais próximo com dificuldade.

- Ruby! – gritou Bela compreendendo o que Ruby pretendia fazer, a loira iria se sacrificar se jogando em um dos portais do inferno para permitir a explosão. - Não faça isso, é loucura! – Bela anda contra a pressão que vinha da loira para tentar alcançá-la.

- Bells... – Ruby para de frente ao portal e olha para a amiga. - Eu já estou morta, mas você não precisa estar também. – A loira fecha os olhos, abre os braços e se permite ser tragada pelo portal.

- Não! – gritou Bela sentindo a pressão sumir conforme Ruby caia por aquela imensidão sem esperança. Bela corre em direção ao portal por onde Ruby foi engolida, mas antes que ela sequer pense em saltar, do portal ao lado salta um velho conhecido.

- Bela Talbot? É mesmo você? – disse o moreno abrindo um sorriso cheio de dentes reconhecendo a ladra logo de cara.

- Gordon Walker. Eu adoraria ficar para conversar, mas tenho coisas urgentes para fazer. – respondeu Bela puxando lentamente a 9 mm do cós detrás da calça e olhando de relance para o portal.

- É claro que você tem. – disse Gordon dando um passo a frente, enquanto Bela recuava um para trás. - Sabe? Enquanto eu estava no purgatório, eu fiquei me questionando como que os Winchesters sabiam que eu iria atrás deles, daí depois de muito tempo pensando descobri que a única pessoa que poderia tê-los avisado era uma certa ladra vagabunda.

- Então, talvez você deva voltar para o purgatório e pensar um pouco mais, quem sabe você não descobre que é tão fracassado à ponto de permitir que uma criatura patética como um vampiro fosse capaz de te transmutar. – debochou Bela provocadora não se deixando intimidar.

- É fácil você dizer, mas vamos ver como a ladrazinha arrogante se sai contra um vampiro com sede de vingança. – Gordon revela as presas afiadas e parte em direção de Bela que saca a 9 mm, atirando a queima-roupa contra Gordon que parece não se importar com os tiros, ele desarma Bela, a segura pelo pescoço tirando os pés dela do chão e diz com zombaria:

- Qual o problema, Belinha? Você não consegue se virar sozinha sem a ajuda dos amiguinhos, Sam e Dean Winchester?

Bela balbucia algo, enquanto se debate no ar e vendo que os portais estavam se fechando.

- O quê? Fale mais alto, eu não consigo te escutar. Talvez seja porque estou saboreando o momento de apertar sua traqueia e vê-la agonizar. E então, quando você estiver quase morrendo, eu vou rasgar o seu pescoço e beber seu sangue até a última gota. – disse Gordon curtindo o momento e Bela se esforça e murmura com dificuldade:

- Você pode ser... Ser um vam... Vampiro. Mas você ainda tem... A fraqueza de... Todo homem.

- E que fraqueza seria? – debochou Gordon, quando Bela tacou o dedo no olho dele, o que lhe deu a ladra uma sensação de nojo, mas serviu para fazer o vampiro a soltar e depois, ela dá um chute com o bico do sapato bem no meio das bolas de Gordon que se encurva praguejando contra Bela, que por sua vez, não perdeu tempo e se atirou no portal mais próximo na esperança de não ser tarde demais para Ruby.

- Maldita! Dessa vez você não vai se safar! – gritou Gordon se recompondo imediatamente apesar de ter ficado com o olho direito vazado e se lança no portal logo atrás.


Notas Finais


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