1. Spirit Fanfics >
  2. Whiplash (MarkHyuck) >
  3. No rainbows

História Whiplash (MarkHyuck) - No rainbows


Escrita por: yutahaki

Notas do Autor


やっほ~! mais um capítulo pra vocês (eu particularmente amei escrever esse), espero que gostem e não se esqueçam de favoritar, comentar e mandar pros amigos o(≧▽≦)o
(spoiler: aparição johnten pq sim)

Capítulo 3 - No rainbows


O resto do dia passou mais rápido que Mark esperava. Ele teve a chance de presenciar algumas das aulas que teria pelo resto de sua estadia no seu internato, não era uma surpresa que a maioria das matérias tinham teor religioso e eram lecionadas por algumas das freiras que ele já tinha visto pelos corredores do lugar.

A aula sobre estudo bíblico foi mais interessante do que ele imaginava. Mark havia crescido em uma família religiosa, então nada daquelas escrituras eram novidade para ele e não havia mais o que ser aprendido. Por isso, ele perdeu uma grande parte de seu tempo olhando ao seu redor e analisando os outros garotos.

Seu colega Donghyuck estava naquela aula com ele, rabiscando alguma coisa em seu caderno – Mark tinha certeza que não era nada sobre a bíblia ou sobre a discussão religiosa que estavam tendo naquele momento. O garoto estava concentrado demais no que desenhava à medida que colocava a língua pra fora e cerrava seus olhos, era quase fofo.

Os outros rostos não eram conhecidos. Nenhum dos amigos de Donghyuck tinham os mesmos horários que os dois.

Mark se pegou reparando num garoto um tanto peculiar na fileira ao lado. Ele parecia mais velho que ele, porém sua estatura era pequena – eles deviam ter o mesmo tamanho – e o garoto tinha alguma coisa em sua boca, provavelmente, um pirulito, já que o palito branco era visível saindo de seus lábios.

O canadense não sabia se ficava em choque por o garoto ter conseguido uma comida proibida ou pelo fato dele estar tão descaradamente o exibindo, sem nenhum medo aparente de ser pego.

Não era uma surpresa que seus olhos não conseguiam sair do garoto, atentamente observando-o. Era impressionante como a irmã ainda não havia percebido mesmo que ele estivesse em uma das últimas fileiras da sala de aula.

Um som quase saiu de sua garganta quando Mark percebeu que o garoto fazia movimentos obscenos com o pirulito em sua boca destinados a um dos alunos sentados a sua frente. Ele estava simulando um boquete.

O canadense não conseguia ver o rosto do outro garoto, mas ele era bem maior que ele e não havia denunciado o outro àquela altura do campeonato, o que significava que estava gostando daquilo, no mínimo.

Mark parou de acompanhar a cena quando a irmã que lecionava aproximou-se de sua fileira e reparou o que o garoto do pirulito estava fazendo.

“Chittaphon, você não aprende, não é?!” Ela disse batendo uma mão em sua mesa enquanto ele ainda chupava o doce e cruzava os braços despreocupado. “Levante-se. Agora.” A mulher não aguardou os movimentos preguiçosos do garoto, puxando-o com violência para fazê-lo ficar em pé. “Gula é um pecado capital, Chittaphon, assim como a luxúria. Como devemos te punir?”

O garoto, Chittaphon, tirou o pirulito de sua boca e abriu um sorriso de canto antes de responder. “Eu até curto uns chicotes e umas algemas.”

Um estalo ecoou pela sala e Chittaphon caiu no chão após receber um tapa fortemente brutal em seu rosto, sua bochecha estava vermelha debaixo da mão que, agora, a cobria.

O garoto que se sentava na frente de Mark não pensou duas vezes antes de levantar de seu lugar e ajoelhar para ajudá-lo, colocando um braço em volta dele e cochichando algo em seu ouvido.

“Sr. Seo,” A irmã disse, colocando uma mão sobre seu ombro. “deixe Chittaphon sofrer as consequências de seus atos sozinho.”

No meio daquela confusão, os olhos de Mark procuraram pelos de Donghyuck que pareciam tão melancólicos e revoltados diante daquela situação. Ele se perguntava se seu colega de quarto queria interferir daquela maneira, se ele seria capaz de se arriscar assim por alguém.

 “Você o machucou.” O garoto quase murmurou, não saindo do lado de Chittaphon. “Era só a merda de um pirulito!” Dessa vez, sua voz era mais audível.

A irmã se chocou diante de tal insolência.

“Você sabe muito bem o que esse verme estava fazendo, Seo Johnny.” Esbravejou. “Volte para seu lugar imediatamente ou será punido junto com ele.”

O resto da aula continuou normalmente como se nada tivesse acontecido. Levaram Chittaphon para ser castigado em algum lugar que Mark não queria conhecer e Johnny voltou para seu lugar para assistir a aula.

*******************

 

Mark estava em seu quarto no fim do dia, deitado em sua cama, encarando o teto e perguntando-se o que fez para merecer acabar em tal situação. Ele tinha noção que havia desafiado seus pais e os desapontado, mas não importava o que qualquer garoto ali tivesse feito, nenhum deles merecia castigos tão brutais.

“Você pensa demais.” Donghyuck o tirou de seus devaneios, virando-se na cama para encará-lo. “Chittaphon pede pra apanhar, não é a primeira vez que ele faz algo do tipo e nem vai ser a última.”

Mark queria perguntar o que iam fazer com o garoto, mas talvez a resposta fosse muito amarga para terminar uma noite. Invés disso, ficou calado enquanto observava seu colega de quarto se levantar da cama e tirar uma toalha do armário.

“A gente devia ir tomar banho, está quase na hora das luzes serem apagadas.” O mais novo disse, entregando uma a ele à medida que ele concordava com a cabeça sem ânimo algum. “Não fique assim, Mark. Nós conseguimos nos divertir muito aqui sem ser pegos, Chittaphon queria ser pego.”

Mark não respondeu e o seguiu pelos corredores até o banheiro mais próximo. Seus olhos se arregalaram quando viram Yuta saindo de uma das cabines acompanhado de outro garoto, apenas com toalhas amarradas na cintura.

Donghyuck riu de sua cara.

“São poucas cabines pra muitos garotos, então é mais fácil dividir.” Ele explicou, mas algo em sua face indicava que ele estava mentindo. “Você pode ir primeiro e eu espero, se você não quiser dividir.”

Mark pensou por alguns segundos. Se os pegassem, ele seria punido e ele odiava sentir qualquer tipo de dor que fosse, mas se eles não compartilhassem a cabine, os chuveiros seriam desligados logo e Donghyuck não conseguiria tomar banho e seria culpa dele.

“Certo, vamos dividir.”

Um sorriso apareceu no rosto de seu colega de quarto e uma sensação estranha formou-se em seu estômago.

Mark já havia tomado banho com seus amigos antes, não era estranho, certo? Eram apenas dois garotos que não tinham nada de novo para ver compartilhando um chuveiro e um sabonete, nada demais.

Ele percebeu que talvez fosse algo demais quando Donghyuck começou a se despir em sua frente, deixando sua pele morena totalmente à mostra.

“Não vai tirar a roupa, Mark?” Um sorriso brincava em seus lábios à medida que ele tirava a última peça que faltava. “Melhor fechar a boca pra não babar.” Zombou, dando sua boxer na mão de Mark antes de entrar na cabine vazia.

Mark estava congelado no mesmo lugar de antes sem conseguir mover um músculo sequer. Ele não sabia por que, mas por alguma razão, ele sentia coisas ao ver a pele de Donghyuck, ao ver o corpo de Donghyuck e tudo dentro dele gritava de todas as formas como aquilo era errado.

Ele estava surtando.

"Não. Não. Não. Não, Mark.” Repetiu para si mesmo no espelho do banheiro, abrindo a torneira e jogando um pouco de água em seu rosto. “Ele é um garoto, Mark. Qual seu problema? Por que tá agindo como uma menininha?”

Maaark! Vem logo!” Donghyuck gritou da cabine.

Foi a última coisa que ele ouviu antes de sair correndo do banheiro. Era seu primeiro dia naquele internato, mas ele já sentia que estava se perdendo completamente. Se o objetivo de seus pais era purificá-lo, haviam o enviado para o lugar errado. Ele nunca estivera tão perto do pecado antes, ele dormia ao seu lado. 

 

 


Notas Finais


não esqueçam de comentar e até a próxima
♡(。- ω -)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...