História Whiplash (MarkHyuck) - Love is (not) easy

Um clique e a porta da diretora se abriu expondo Irmã Judith que segurava em sua mão direita um pacote de jujubas e, no seu lado esquerdo, estava acompanhada de Mark Lee.

Naquele momento, seu mundo desabou sobre seus ombros e ele não queria acreditar nos seus olhos.

Mark havia dedurado todos eles?

Donghyuck correu até ele, mas foi impedido pela diretora de colocar suas mãos em Mark. Seus olhos buscavam desesperadamente pelos do canadense, buscavam pela verdade e torciam para que ela não fosse o que parecia.

“Mark, o que você fez?!” Ele perguntou, cerrando seus punhos. O outro apenas desviou o olhar para o chão com uma expressão de culpa e não respondeu. “Mark! Olhe pra mim, como você pode?!”

“Chega, Donghyuck!” A diretora interrompeu. “Mark Lee fez o que era certo! E não deixarei que o intimide dessa maneira! Afaste-se, agora!”

Donghyuck sentiu-se ser preenchido por raiva e desgosto. Mark realmente havia traído sua confiança e dedurado o Clube dos Oito para aquela megera.

"Eu confiei em você, Mark.” Foi tudo que conseguiu dizer antes de se afastar da irmã e de seu mais novo pet.

“Sinto muito, Hyuck.” Ele conseguiu ouvir o canadense sussurrar.

Era tarde demais para aquilo. Ele havia queimado todas as pontes entre eles.

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Mais tarde naquele mesmo dia, Donghyuck arrumava suas coisas nos dormitórios. Não importava como, mas ele arranjaria outro companheiro para dividir um quarto. Ele não ficaria mais nenhum minuto ao lado de Mark Lee.

Ele terminava de colocar suas roupas em sua mala quando Taeyong surgiu no cômodo com uma expressão um tanto curiosa e pacífica pra quem havia acabado de sofrer uma punição horrenda.

“O que está fazendo, Hyuck?” Ele perguntou, sentando-se sobre sua cama e observando o mais novo socar suas meias na mala.

“Não vou mais dividir o quarto com Mark depois do que ele fez. Ele não passa de um mentiroso.” Resmungou sem parar o que estava fazendo, mas Taeyong colocou uma mão sobre a sua para interrompê-lo. “O que foi?”

“Ele não teve escolha.”

“O que você está dizendo?” Donghyuck tirou sua mão com força e olhou perplexo para seu amigo. Ele não podia acreditar que estava tentando defender Mark. “Ele escolheu dedurar todos vocês.”

“Ele me procurou ontem a noite.” Taeyong suspirou. “Me disse que a irmã Judith havia encontrado as jujubas e o ameaçado a contar tudo, se ele não contasse você sofreria uma punição terrível sozinho. Ele fez o que fez pra te proteger, Hyuck.”

Ele precisou de alguns minutos para absorver a informação.

“Eu não pedi pra ele me proteger!” Rosnou, cerrando os punhos. “Você sabe que eu preferia levar a punição sozinho do que prejudicar o Clube! Ele não tinha direito de tomar essa decisão sozinho! Ele é um-“

“Eu disse para ele fazê-lo.” Seu amigo admitiu sem pestanejar. “Já havia boatos sobre o Clube e seus membros, nós seríamos pegos mais cedo ou mais tarde, Donghyuck.”

“Taeyong, o que você está dizendo-“

“Você devia ter visto os olhos dele só de imaginar em vê-lo machucado por causa dele, Hyuck. O garoto nunca mais dormiria em paz se ele não te salvasse dessa.” Taeyong suspirou novamente. “Eu explicarei a situação ao resto do Clube e não espero que eles me perdoem ou continuem confiando em mim, mas eu queria que pelo menos você perdoasse Mark.”

“Eu preciso de um tempo para absorver tudo isso, Taeyong.” Donghyuck acalmou-se novamente, sentando-se ao seu lado na cama. “Podemos trocar de quarto pelo menos por esses dias?”

“Claro, Hyuck.”

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Mark estava sentado em frente a saída dos fundos do internato, observando a vasta vegetação e linda paisagem à sua frente. Lágrimas escorriam por suas bochechas e seu coração estava apertado em seu peito após o que havia feito.

Eu confiei em você, Mark.

As palavras de Donghyuck se repetiam em sua mente e o cortavam como uma lâmina afiada. Tudo de bom que ele havia construído naquele inferno de internato agora estava destruído.

O Clube dos Oito o odiava. Donghyuck o odiava. Ele não tinha ninguém.

“Finalmente te achei.” Uma voz conhecida soou e ele ergueu a cabeça para encontrar Yuta olhando em sua direção.

Mark pensou ser uma alucinação. Yuta era a última pessoa que devia querer olhar para sua cara naquele momento, ele nunca confiou em Mark e ele estava certo todo aquele tempo. Mark realmente havia os traído.

O japonês sentou-se ao seu lado no degrau da pequena escada e tirou um pacote de cigarro do bolso, tirando um e acendendo.

“Quer um?” Ofereceu, mas ele recusou. “Você quem sabe.”

Mark fez seu melhor para limpar suas lágrimas à medida que o garoto tragava seu cigarro ao seu lado.

“Ah, eu adoro como isso aqui fica na primavera.” Yuta comentou, fechando os olhos e deixando a brisa esvoaçar seus cabelos.

“O que está fazendo aqui?” Ele teve coragem de perguntar num quase sussurro que atraiu o olhar do garoto para si e lhe deu arrepios.

“Sinceramente, eu vim para te dar um tempo difícil, mas ao ver que você já está fazendo isso consigo mesmo, desisti.” Yuta deu ombros, tragando seu cigarro mais uma vez.

“Eu não queria dedurar vocês, eu-“

"Eu sei que não.” O japonês o interrompeu. “O Clube já estava na mira da diretora, era uma questão de tempo até sermos pegos. É claro que você adiantou um pouco o processo, mas eu sei que aquela vagabunda usa nossas fraquezas pra conseguir o que quer.”

Mark voltou a olhar para os próprios pés.

Eu confiei em você, Mark.

“Donghyuck nunca vai me perdoar.” Ele fungou.

“Dê tempo a ele.” Yuta aconselhou. “Ele já perdeu muita coisa aqui, eu duvido que ele aceite perder você que nem perdeu Renjun.”

Seus olhos curiosos voltaram para a face do japonês.

“Quem era esse Renjun e por que vocês sempre falam tanto dele?”

Yuta abriu um sorriso de canto.