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História White Magnolia - Magnolia Liliflora


Escrita por: AyegoPrincess

Notas do Autor


Oi gente bonita, dessa vez o capitulo esta curtinhos mas não se enganem com ele não

Capítulo 25 - Magnolia Liliflora


Kyungsoo praticamente carregava Baekhyun, que mal se aguentava em pé. Talvez aquela tenha sido realmente uma ideia ruim. Eu deveria ter tirado aquilo da cabeça deles na hora do almoço quando Kangin e Yesung não apareceram. Deveria ter ido atrás deles.

Pelo menos agora eu sabia que Baekhyun estava bem, por que se na primeira parte do caminho ele estava num completo silêncio, agora ele não parava de conversar com Kyungsoo, mesmo que isso lhe roubasse todo o ar. E o outro nem reclamava. Provavelmente se sentia muito mais aliviado que incomodado com todo aquele falatório. 

— É ali! - Baek de virou com tanta empolgação que quase escapou dos braços de Kyungsoo, logo recebendo um daqueles famosos olhares de reprovação. — Eu disse que eu sabia onde era. - ele falou olhando para Kyungsoo e ignorando a cara fechada do outro, segurando o rosto dele com suas mãos e depositando um selar em seus lábios. — Tá, eu não sabia. Mas eu sabia que ia encontrar. - ele continuou falando sozinho, como se nenhum de nós estivesse ali.

— Como assim não sabia? - Sehun perguntou nitidamente irritado. — Você nos fez caminhar nessa floresta, por que sim isso aqui é uma floresta e não um jardim, por horas e nem sabia para onde estava indo? Já está quase anoitecendo e se a gente levar o mesmo tempo pra voltar podem ter certeza que a gente só chega para a segunda aula de amanhã.

— Ei, o importante é que a gente está chegando e tá todo mundo bem - disse Yixing colocando a mão sobre o ombro de Sehun numa tentativa de acalma-lo.

— Só vamos terminar logo com isso - ele disse desviando do toque do outro e caminhando na frente em direção à construção cinza.

Os menores seguiram na frente e eu atrasei meu trio propositalmente. Sungmin olhava inexpressivo em direção à aquele lugar. Quase como Baekhyun estava alguns minutos antes.

— Sungmin - chamei seu nome tentando atrair sua atenção. Ele me olhou sem relutar e eu acabei soltando um suspiro aliviado. — Você conhece esse lugar?

— Não. - ele respondeu monossilábico voltando a olhar na direção da construção. — Porém sinto uma energia negativa vindo daquele lugar. - ele disse pausadamente, como se analisasse bem as palavras. Então ele soltou minha mão e seguiu caminhando sozinho atrás dos outros.

Desta vez olhei para Ryeowook que apenas me sorriu como se dissesse que estava tudo bem e poderíamos continuar com os outros. Segurei sua mão com mais firmeza e voltei a caminhar.

 

 

Yesung esta nitidamente me evitando desde que me beijou. Aquilo já me incomodava e muito. Não eu não gosto dele. Não gosto de homens. Mas poxa, ele realmente acha que eu vou mudar com ele por causa disso? Somos amigos. Se eu nunca esperei que esse tipo de coisa acontecesse comigo? Claro que não. Mas eu deveria esperar, afinal, um cara bonito como eu. Mas esse não é o ponto Kangin. Vocês dois tem que lidar com isso como adultos, afinal somos os mais velhos.

E foi por isso que ao invés de almoçar como meu estômago pedia eu resolvi seguir Yesung após a aula. 

Pra falar a verdade eu não sabia muito bem o que eu iria dizer a ele, mas eu sabia que aquela era a decisão madura a tomar. Pelo menos esperava que aquela fosse. Eu nunca fui a pessoa mais madura do grupo, e nem quis ser. Dá muito trabalho, as pessoas esperam muito de você. Quando você é a criança grande do grupo qualquer coisa que faça que seja diferente de seu comportamento habitual se torna algo à ser comemorado. Um exemplo disso é Kyuhyun. Ele e Ryeowook brigaram e todos estão estranhando por que ele sempre lida com tudo de uma forma tão madura.

Eu e Yesung não, sempre fomos muito brincalhões. E eu sinto a falta dele aprontando e pregando peça nos outros comigo, ou simplesmente rindo dos outros comigo.

— Yesung! - chamei por ele ao percebe-lo notar minha presença. Ele apertou o passo mais ainda. Resolvi então correr atrás dele, e quando o alcancei segurei sua mão com firmeza para que não pudesse escapar. — Ei, calma ai - eu ri tentando aliviar a situação. — Precisamos conversar. - conclui mas ele continuava de costas pra mim.

Esperei por qualquer tipo de resposta por um bom tempo, mas nada aconteceu e eu acabei perdendo minha paciência. Olhei em volta, percebendo que havia uma sala perto de nós, torci para que ela estivesse vazia e fui caminhando até lá, sem soltar sua mão. Ele não mostrou qualquer tipo de resistência, apenas me seguiu em silêncio.

Para minha sorte a sala estava realmente vazia. Guiei Yesung até a cadeira do professor e o fiz sentar nela. 

Ele prosseguia sem me olhar, e eu senti que aquilo não iria mudar durante toda aquela conversa. Ser adulto e responsável realmente não é nada fácil. Respirei fundo, pensando bem em como eu iria começar aquela conversa de um.

— Olha, Yesung. Nós somos amigos a muito tempo, então eu realmente não acho que preciso ter nenhum tipo de frescura pra conversar com você sobre o que quer que seja. - estava sendo sincero, esse é o jeito como eu vejo as coisas. — Eu entendi que você gosta de mim. Eu posso até ter demorado para perceber isso, mas eu sei que sim. Sei pela forma como você tem me evitado depois que me beijou. E cara, eu preciso te dizer uma coisa. - ele prosseguia sem me olhar, então decidi tomar uma atitude. Me ajoelhei em sua frente segurando suas mãos para chamar sua atenção e eu finalmente consegui. Não consegui conter o sorriso vitorioso em mim. — Desculpa - ele me olhava nitidamente assustado com tudo aquilo. Mas resolvi ignorar aquilo e continuar falando. — Me desculpe por te machucar e não ser capaz de retribuir os seus sentimentos. Eu te amo. Amo como um amigo, um irmão. Você é uma das pessoas mais importantes da minha vida e acredite em mim quando eu digo que realmente não quero te perder. Você acima de qualquer pessoa sabe o quanto eu não levo nada a sério e costumo brincar sobre tudo. Mas eu sei o quanto isso deve ser importante pra você, então pela primeira vez na minha vida eu vou levar um assunto a sério. Por favor me desculpe por não ser homem o suficiente pra você. 

 

 

Quando chegamos à porta do tal mausoléu os garotos prosseguiam na porta simplesmente parados.

— Estão com medo de entrar? - brinquei rindo da situação. Não é como se pudesse ter algo ali que nós não esperássemos. Como ninguém disse nada, soltei a mão de Ryeowook e furei o bloqueio passando por entre eles e entrando no lugar. E assim que eu entrei entendi o por que deles estarem tão chocados. 

Assim como no labirinto maluco, ali havia uma grande pintura que ocupava toda a parede à frente. Desta vez éramos todos nós, sorrindo em frente ao prédio do colégio. Estavam todos ali, incluindo Leeteuk, que nunca havia pisado naquele lugar. Um arrepio percorreu a minha coluna. Aquela imagem com certeza era mais perturbadora que a outra. Éramos nós, sorrindo, dentro de um mausoléu.

— O que isso esta fazendo aqui? - perguntou Baekhyun, mas eu não sabia o que responder.

Caminhei mais em direção à pintura. Assim como da outra vez Sungmin e Ryeowook estavam abraçados junto com a turma, mas eu não estava junto com o grupo. Comecei a procurar por mim em todos os cantos da pintura. Não que eu fosse supersticioso, mas eu não sei o que seria melhor, me encontrar ali ou não. 

Mas lá estava eu. Na janela de nosso quarto, e assim como da ultima vez meu rosto estava completamente deformado. Manchas do lado direito e o olho, do mesmo lado, completamente branco, assim como na pintura do labirinto.

— Sungmin! - chamei por ele, que logo fez o mesmo processo que eu havia feito para entrar. Ele havia sido meu primeiro suspeito da ultima vez, mas algo me dizia que ele não era o autor daquilo, mas ainda assim poderia saber de algo a respeito.

Assim que seu olhar caiu sobre o quadro pude vê-lo tomar um susto. Ou ele não sabia do que se tratava ou se assustou por ele estar ali. Depois de alguns instantes analisando ele voltou a olhar para mim e levou outro susto. Aquilo me fez virar imediatamente para trás, onde eu sabia que estavam as criptas, o que eu não esperava mais uma vez era encontrar nossos nomes nelas.

— Eu quero sair daqui, Soo - Baekhyun choramingou dando as costas para tudo aquilo e sendo dali, dando espaço para que Ryeowook finalmente pudesse olhar aquilo. 

Acabei percebendo que do outro lado haviam mais delas, era um total de doze lapides. De um lado estavam os nomes de Ryeowook, Sungmin, Baekhyun, Kangin, Suho e uma em branco. Do outro lado estavam o meu, o de Kyungsoo, do tal Henry, o de Donghae, o de Leeteuk, e o de Yixing. 

Aquilo só poderia ser uma armação. Uma brincadeira de muito mal gosto. Afinal, além de Leeteuk nenhum de nós estava morto. E para brincar com a morte de Leeteuk esse garoto tem que ser realmente uma pessoa altamente desequilibrada. 

Voltei a olhar para Sungmin, mas ele ainda parecia chocado com seu nome gravado na pedra de mármore branco. Ele estava bem em frente à ela, apenas lendo seu nome 'Lee Sungmin’’, ou pelo menos o observando.

— Você sabe quem pode ter feito isso? - perguntei para Sungmin, mesmo sabendo que ele estaria distante em pensamentos. Mas ainda assim ele assentiu.

— Isto é um aviso. Para que parem de se meter nessa historia. - ele disse enxugando uma lágrima que escapou de seu olho. 

— Se você sabe quem foi a gente pode simplesmente contar ao diretor. - disse Yixing. O outro se virou rapidamente em sua direção e pude ver o mais novo tomar um susto. 

— Não podes dizer nada disto à ele - ele disse nervoso, como se aquela fosse a pior opção imaginada, quando ela era apenas a mais obvia. — De qualquer forma. Não posso dizer nada. - ele abaixou a sua cabeça e saiu andando dali. Voltei a olhar mais uma vez o quadro e a minha figura sozinha e doente.

— Vamos, não tem nada útil para nós aqui. - disse parando em frente à Ryeowook e estendendo minha mão em sua direção. Ele não demorou a segura-la, mesmo sem tirar os olhos de dentro da edificação. Resolvi então abraça-lo, lentamente nos girando para que ele parasse de olhar para aquilo. 

— Aqueles não somos nós. - afirmei esperando que passasse a olhar para mim, e ele logo o fez. Naquele momento eu pouco me importava se os outros estava olhando para nós ou não. Para o que eles iriam pensar ou não. Eu já estou cansado de fingir não amar meu melhor amigo. Ele assentiu de leve mas eu ainda assim senti que ele não acreditava totalmente em minhas palavras. — Consegue me sentir não consegue? - o apertei ainda mais contra o meu corpo e ele assentiu mais uma vez. Peguei então nossas mãos que ainda estavam entrelaçadas e as levei em direção ao meu coração. Por mais que eu houvesse colocado a palma de Ryeowook contra meu peito eu conseguia sentir o quanto ele estava acelerado. — Consegue sentir? - ele assentiu agora sorrindo, como se soubesse onde eu quero chegar. — Só você estando vivo para fazer meu coração bater desse jeito e se o meu coração esta batendo é por que eu estou vivo também. - ele riu de minha constatação.

— Oh casal número dois, vamos que já esta anoitecendo e estamos sem guia - ouvi Sehun reclamar. Soltei Ryeowook de nosso abraço sem soltar nossas mãos e sai dali encontrando apenas Sehun e Yixing do lado de fora. 

— Para onde foram os outros? - perguntei procurando por eles nos arredores. 

— Bem, quando Baekhyun disse que iria embora ele foi mesmo e Kyungsoo foi com ele. E depois que o Sungmin deu aquele xilique e saiu lá de dentro ele foi embora também. A gente ficou na duvida se deveríamos seguir um dos dois, mas achamos melhor esperar para vocês não voltarem sozinhos. - respondeu Sehun. Eu realmente não acreditei que Baek fosse nos deixar.

— Tudo bem, vamos antes que fique escuro. Kyungsoo estava com as lanternas. 

 

 

— Baekhyun! - gritava Soo atrás de mim. Mas não. Eu só ia parar quando conseguisse sair daquele lugar horrível.

Eu achava que iria me sentir melhor quando chegasse no mausoléu e algumas de nossas perguntas fossem respondidas. Achei que ia me sentir melhor, ou pelo menos achar que aquilo havia valido a pena. Mas não. Aquilo só conseguiu me fazer ficar mais angustiado e perdido.

Corria o mais rápido que conseguia, torcendo para que as teimosas lágrimas não desviassem o meu caminho. E para a minha teoria sorte, eu logo encontrei a porta, subindo as escadas o mais rápido possível e logo deixando também o quarto. Nem sabia ao certo se Kyungsoo ainda me seguia. Espero que sim, mas meu desespero não me deixa olhar para trás.

Segui escada a baixo, me desviando dos alunos que teimavam em transitar em minha frente. Estou pouco me importando se eles vão perceber o louco correndo entre eles. Quando eu conseguir sair daquele lugar serei eu rindo. 

E como um vislumbre do cosmos, eu avistei a grande porta de madeira se abrindo enquanto eu corria em sua direção. Como se aquele lugar me ajudasse a sair dali. Como se suas paredes entendessem o que estava acontecendo ali e quisesse me libertar. 

Mas antes que eu realmente conseguisse sair, Suho entrou pela porta e ela voltou a se fechar. 

Não, não. Eles não podem me prender aqui!

Me atirei contra a porta, tentando com todas as minhas forças fazer com que a porta se abrisse mais uma vez. E nada funcionava. Minhas pernas falharam e eu acabei por me deixar levar pelas pesadas lágrimas.

— Sungjin? - ouvi alguém dizer aquele nome e por simples reflexo acabei me virando na direção da voz. Hyukjae estava do outro lado da sala mal iluminada, caminhando lentamente em minha direção. — Você está bem?

— Do que me chamou? - perguntei. Eu já deveria estar alucinando mais uma vez. Talvez esse seja o plano do bruxo ou quem quer que seja. Fazer com que todos fiquemos loucos e nunca mais consigamos sair daqui. Assim seremos todos seus brinquedos pra sempre.

— Baekhyun. - ele concluiu com um sorriso. — Não é esse o seu nome? - eu tenho certeza de que ele me chamou de Sungjin. 

Olhei para Suho como se ele pudesse ler minha mente e me dar uma confirmação. Mas ele não o fez. Acho que se ele realmente o tivesse feito eu ficaria mais desesperado que aliviado. O garoto apenas me estendeu a mão com um meio sorriso. Sua mão ainda estava enfaixada com algumas ataduras e ainda assim ele tentava me ajudar. 

Me levantei sozinho e o abracei com todas as minhas forcas, voltando a chorar em seus braços.


Notas Finais


Espero que estejam gostando....algo a dizer?


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