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História Who? - Terceiro


Escrita por: Jeonghanjo e Aronave

Notas do Autor


Demoramos demais? Esperamos que não. Eu tô muito ansiosa pra postar isso, e acabei atrasando alguns minutos porque tive que sair rapidinho, mas já estou aqui. Desde já, quero deixar claro que os comentários estão disponíveis para colocarem suas lamentações, comentários de raiva e xingamentos.

Até as notas finais!

Capítulo 3 - Terceiro


  Do Kyungsoo realmente não esperava que Byun Baekhyun atravessasse aquela porta mais uma vez. O seu coração estava doendo por causa da saudade que sentia de seu melhor amigo – denominado assim apenas em sua mente, já que não admitiria isso em voz alta jamais –, mas se acalmou ao ver o garoto poucos centímetros mais alto que si entrar naquele cômodo branco, sendo abraçado discretamente por Chanyeol.

Foi incontrolável, e, quando menos esperava, um sorriso em formato de coração descansava nos seus belos lábios cheios. Os namorados, comovidos com a cena tão atraente, pararam de frente para o menor dos três, observando a beleza que emanava do garoto.

Baekhyun tinha seus olhos fixos nas orbes brilhantes e iluminadas do Do, enquanto Chanyeol observava o coração fofinho que estava nos lábios cheios. Quando os dois saíram do transe interno, juntamente de Kyungsoo, eles só tiveram tempo de ouvir a voz um pouco quebrada – culpa da emoção, que, para alguns, poderia ser considerada exagero –, do baixinho:

– Baekhyun! – ele soava tão animado que contagiava o coração dos outros presentes naquela sala – Você veio! Você realmente veio! Chanyeol, ele está aqui!

Um sorriso de contemplação quase rasgava as bochechas do casal de namorados, que estavam totalmente encantados com a fofura que o menor dentre os três exalava. O Byun foi o primeiro a se aproximar, sentando na poltrona que ficava do lado da cama, segurando na mão de Kyungsoo e pedindo delicadamente para que ele continuasse deitado. Obedecendo o maior, o paciente continuou olhando para o teto com as costas no colchão duro da maca.

– Sim, eu estou aqui, Kyung. – Baek se pronunciou depois de um tempo alisando a mão do amigo – Vim porque eu senti sua falta, não vou negar. Você é muito especial para mim, e cortar contato com você repentinamente me fez mal. – revelou, fazendo um sinal para que Chanyeol pegasse uma cadeira e se sentasse ao seu lado.

– Me fez mal também, Baek. – o Do falou, com um bico nos lábios – Você simplesmente sumiu, sem mais nem menos! Eu fiquei preocupado, afinal, vocês dois eram os únicos que se importavam comigo, e se os dois sumissem?

– Kyun–

– Quando o Chanyeol me disse o motivo, eu mal fui capaz de acreditar. Sério, Baek, ciúmes? Eu não pensava que você poderia se sentir assim, mas depois de pensar um pouco eu até entendi. – respirou fundo, olhando para as orbes tristes do mais velho – Vocês precisam de um tempo apenas de vocês, eu sou mais como um peso. Eu não brinco quando digo que o Chanyeol nunca deveria ter entrado nesse quarto, não podia ser no de qualquer outro paciente?

– Não diga isso, Kyungsoo. – Chanyeol o repreendeu – Ter me enganado e entrado no seu quarto foi a melhor coisa que eu já fiz. Você mudou nossas vidas, e nunca ache que foi para pior. – se acomodou melhor na cadeira, cruzando as pernas.

– Me desculpe, Chanyeol. Mas sabe o quanto é difícil não ter pensamentos negativos no meu estado? Eu posso morrer a qualquer momento, e vocês vão se arrepender de ter me conhecido, porque vão sofrer com a minha ida, e–

– E você não vai morrer.

– Baek... – o menor tentou chamar o amigo, mas foi ignorado.

– Você não vai morrer, nós não vamos deixar. Não mesmo. – e sorriu confortavelmente, vendo os olhos marejados de Kyungsoo se fecharem, deixando que algumas lágrimas caíssem – Nós te amamos, Kyung. Nós dois, eu e Chanyeol. Um amor maior do que você possa imaginar, então, por favor, não fique falando que vai embora, porque nós não vamos deixar isso acontecer, okay?

– Certo. – e deu um sorriso que fez o coração do Byun e do Park dispararem.

– Você acha que o Kyung vai ficar bem? – o mais alto perguntou pela quinta vez.

– Eu não sei, Chanyeol, não sei mesmo. Eu gostaria muito de acreditar que sim, mas–

– Mas o doutor disse que o caso é crítico. Eu sei, Baek, eu estava lá. – o mais velho sorriu envergonhado, se sentando na cama.

Um silêncio confortável predominou no cômodo. Os dois estavam perdidos em seus próprios pensamentos, mesmo que esses tivessem o mesmo objetivo: Do Kyungsoo. Estavam nessa situação há algumas horas, desde que saíram do quarto do mais novo e foram até a sala do médico. E com as suas próprias palavras:

"Ele parou com a quimioterapia há algum tempo, mas já estamos pensando em voltar com o tratamento. O caso de Do Kyungsoo não é nada fácil, pois os tratamentos são extremamente caros e sabemos que ele foi abandonado aqui. A família está pagando os exames de longe, mas não poderiam pagar a quimioterapia mais uma vez; lembro de como a mãe dele ficou ao saber o preço. – mexeu em algumas folhas, prováveis exames do Do e outros pacientes seus, depois olhando diretamente nas orbes curiosas e decaídas do casal – Kyungsoo está em um caso grave. Ele estava tentando uma boa melhora, mas nos últimos exames nós encontramos sinais de retorno da doença."

– Chany – a voz de Baekhyun saiu em sussurro, e Chanyeol se assustou, já que o namorado raramente utilizava esse apelido consigo –, você já sentiu algo a mais pelo Kyung?

O mais alto sentiu a boca ficar seca e seu coração bater mais rápido. A pergunta repentina o pegou desprevenido, o deixando incapacitado de dar uma resposta imediata. Depois de quase um minuto de quietude absurda, a voz grossa ressoou no quarto:

– Já.

– Entendo. – seco, assim como o namorado, o Byun proferiu tal simples palavra, abandonando o quarto segundos depois.

Encarando o carpete do corredor, o baixinho começou a liberar as lágrimas antes presas dentro de si. Seus pensamentos trabalhavam como uma máquina, pensando em mil coisas ao mesmo tempo, deixando-o perdido dentro da própria mente. Tinha muitas coisas para dizer ao namorado, mas não tinha coragem o suficiente para desabafar.

Sem forças para ir até a sala, ele se sentou no meio do corredor, chorando e reprimindo seus gritos de angústia. Aquele segredo o deixava maluco, ainda mais por não poder compartilhá-lo com ninguém.

– Baek? – ouviu a voz do moreno, o que fez ele tentar apertar o carpete.

– Vamos, Baekhyun, você sempre quis ser direto. – murmurou – se bem que na prática é bem mais difícil. – se levantou vagarosamente, fitando os olhos curiosos do mais alto, enxergando-o dificilmente através de suas lágrimas – Eu também sinto algo pelo Kyungsoo. E não, não é algo fraternal ou de amizade, é igual ao que eu sinto por você. E, porra, isso é tão complicado!

– Posso te garantir que entendo. – um sorriso surpreendentemente sem mágoa tomou conta do rosto bonito – Se amar uma pessoa já é complicado, duas é ainda mais difícil, não é?

– Sim…

– Mas não podemos fugir disso. Só somos capazes de aceitar, não adianta negar. – e soltou um suspiro – O Kyung é realmente um conquistador de corações, hein? – o mais velho assentiu, correndo para os braços quentes do mais novo.

O breu da noite decaía sobre toda a cidade, assim como os comprimidos assovios do vento gélido chocava-se contra as barreiras. Uma noite qualquer e deserta, quieta e fria. Nem os grupos de jovens bêbados e rebeldes calcorreando pelas ruas podiam eliminar o silêncio e a quietude daquele dia acabado, onde todos dormiam enlaçados aos travesseiros ou lençóis.

Os barulhos metálicos e enferrujados dos balanços ou variados brinquedos do parque, zumbiam nos tímpanos atordoados de Chanyeol, que fitava fixamente um pequeno defeito no teto de seu quarto. As mãos esguias continham os dedos pálidos de Baekhyun, que adormecera assim que chocou-se com o colchão cercado pelo edredom cor bege.

O estralo agudo dos movimentos do relógio se enturmavam com o sonido perturbador da ventania lá fora, enquanto Chanyeol, simultaneamente, acompanhava-os com as pontas dos dedos no tecido do lençol, imaginando batidas na mente quase predominada por Do Kyungsoo. A vontade intensa de permanecer ao lado do pequeno, junte a Baekhyun, para sempre, sem míseros segundos separados.

Constatou as pálpebras unidas e a visão se tornar fosca, engolindo em seco ao ser obrigado a imaginar o nome “Kyungsoo” e a palavra “ausência” em uma única frase. Uma pequena dor extensa incomodou-lhe a garganta, percebendo a nitidez da vontade de chorar, após sentir as pontadas nos olhos.

A comprimida esperança pela vida de Soo, se esvaía aos poucos ao lembrar-se das palavras claras e afiadas do médico. O corpo se enrijecia a cada pedaço das lembranças, que tinha total consciência que um dia não passaria de momentos passados.

“— Posso estar hospitalizado e com uma saúde terrível, mas eu ainda não sou cego.”

A origem de tudo se baseava em um simples erro repentino, uma falta de atenção em meio aos números do quarto do hospital, porém um grande desenvolvimento e mudança em sua vida.

“— Gosto de como a Júlia se restaura após todas aquelas informações, ela me inspirou, sabe? Digo, não é como se eu estivesse refazendo o meu rumo e tentando ter uma vida melhor, mas gosto e aprecio a forma como ela consegue superar, com um belo empurro, mas ainda assim…”

As palavras, preenchidas por sentimentos e significados venustos, que saíam dos lábios avantajados de Do, despertavam sorrisos amplos e únicos nos de Chany.

Abriu vagarosamente as pálpebras cansadas e, provavelmente, roxeadas, sentindo os batimentos cardíacos agilizarem ao ter as ondas sonoras do telefone batendo contra seus tímpanos. Mordeu o lábio inferior já sentindo o rosto tornar-se vermelho, e a visão embaçada pelas lágrimas persistentes que acumulavam em sua esclerótica.

Ouviu o corpo alheio se levantando da cama compartilhada, se mantendo de costas para Chan, e introduzindo as palavras cabisbaixo:

— Está tudo bem… — ouviu a voz já abafada de Baekhyun, fitando os passos arrastados rumarem o seu corpo para fora do quarto, sob o sonido agudo do telefone.

O mais alto trouxe o travesseiro aos seus braços, sentindo o rosto umedecer-se pelas lágrimas que deslizavam pela pele macia e sem marcas. Virou-se trazendo os joelhos para mais perto do corpo, tentando engolir o choro que já o tirava fatias de arfadas. Fora frações de segundos até que o corpo de Baekhyun voltasse para o quarto, em meio às lágrimas que o tiraram gritos de desespero.

— Kyungsoo! — gritou Chanyeol sem pena das cordas vocais, apertando-se ainda mais contra o travesseiro macio e acolhedor, que logo fora substituído por Baek, que se enfiou em meio aos braços largos, lamuriando contra o alheio.

— Tudo vai ficar bem, Chany… — tentou dizer em uma voz calma, sendo estacado de todas as possibilidades pelo choro dolorido e cortante. 

– Não, Baek, não vai ficar tudo bem! – gritou com o namorado, que se encolheu sobre os lençóis – Não tem como tudo ficar sem o Kyungsoo. Não tem.

– Eu sei, Chany... – o mais velho disse e abraçou o mais alto, se agarrando com força aos ombros largos e chorando como nunca tinha chorado.

  Os soluços mais do que audíveis ecoavam pelo quarto, as lágrimas quentes caíam sem pausas dos olhos extremamente avermelhados, os corpos se uniam em um abraço confortável e caloroso, dizendo que, mesmo sem Kyungsoo, eles continuariam unidos. Por ele.


Notas Finais


Eu tô triste e é culpa da Raíssa. Ela pode dizer que é culpa minha, mas eu discordo, okay? Como estão os seus lindos corações? Bem, gostaria de fazer uma nota enorme, mas não há muita coisa que eu seja capaz de dizer, só que essa fanfic se tornou minha xodó assim como cada leitor. Fiquem bem, e não deixem de nos seguir!


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