História Who Is That Girl? - A Briga

-Quantas vezes eu vou ter que te dizer Isabelle? Eu não quero que você fique no porão!!!!- meu pai gritou.

 -Mas pai... É para um trabalho de escola! Eu preciso achar coisas sobre os meus antepassados, e escrever uma biografia sobre um deles!!!-gritei mais alto ainda.

  Meu pai sempre foi assim comigo: Isabelle não faça isso, Isabelle não entre aí, Isabelle estude mais, Isabelle arrume seu quarto, Isabelle essa roupa é muito curta, e blá blá blá. Eu não entendia o porque dele me tratar assim, até ontem...

 ~FLASH BACK ON~

 Acordei  no  meio  da noite, com  sede, calafrios, e com  dor de cabeça . Resolvi ir à cozinha  pegar um  copo da água  e um remédio. Ao passar pelo quarto  dos  meus  pais, escutei  uma conversa  entre  os dois :

 -VOCÊ SABE QUE NÃO TEM MOTIVO PARA TRATA-LÁ DESSE JEITO!- gritava  a  minha mãe. Ainda  bem  que  Helena  tem  o sono  pesado, que nem  eu, senão  ela  já  teria  acordado.

 -ELA NÃO É MINHA FILHA E NUNCA SERÁ! PODERIA SER SE ELA FOSSE MESMO ADOTADA, MAS NÃO! VOCÊ MENTIU REBECCA! ELA É SUA FILHA COM AQUELE MOSNTRO, E SE EU FOSSE VOCÊ EU CONTARIA LOGO PARA ELA! DO JEITO QUE AQUELE SER HUMANO É, NÃO VAI DEMORAR MUITO PARA ELA DESCOBRIR!- esbravejou  meu  pai, eu  não  estava  entendendo  nada... De  quem  eles  estão  falando?

 -Mauricio, por favor... Você não  pode  contar a ela!!-minha mãe falou em um tom mais baixo.

-Claro  que  não  vou contar  a  ela! Deixarei  você contar. E, está  tudo  acabado  Becca -disse meu pai .

 Antes  que  meu  pai  abrisse  a porta, sai correndo  para  a  cozinha.  Ao me  ver ele  perguntou  o que  eu  estava  fazendo, respondi. Ele virou-se  e deitou  no  sofá. Estranho.                        

~FLASH BACK OFF~

-Está me escutando Isabelle?- meu pai perguntou, me tirando dos pensamentos.

-Me desculpe pai, eu não estava prestando atenção- falei cabisbaixa.

-Filhinha, seu pai disse que temos um assunto muito sério para conversar com vocês duas- minha mãe disse calmamente, olhei para ela surpresa. Não sabia que estava aqui.

 Eu já estava ate imaginando o que eles iriam falar, deveria ser sobre a separação. Respirei calmamente,  e segui eles até a sala. Helena já estava lá.

-Bom, nós seremos rápidos. Eu e sua mãe decidimos que não está dando certo, e por isso vamos nos separar. Isabelle você vai ir para Paris com a sua Mãe e Helena. E vocês virão me visitar em todos os feriados. Bom é isso. Digam tchau para os seus amigos da segunda-feira que vem, porque vocês viajam na terça- meu pai disse sem emoção alguma, enquanto minha mãe estava quase tendo um ataque de choro. As vezes acho que meu pai não tem coração.

 Eu e Lena ficamos quietas por uns minutos. Eu tinha entendido a parte que eles iriam se separar, mas iir para PARIS? Deixar a vida que eu tanto lutei pra conseguir ter, para tras? E ainda por cima ter que visita-ló em todos os fins de semana? Isso não esta certo! Não é justo!

 -Papai, você não ama mais a mamãe?- minha irmãzinha perguntou. Coitadinha, ela só tem 5 anos!

-Não, ela fez uma coisa que me deixou muito magoado, minha querida-  meu pai respondeu carinhosamente. Ele sempre tratou Helena melhor.

 De repente me lembrei da briga de ontem, meu pai disse algo sobre uma de nós não ser sua filha... Eu estava começando a achar que era eu...

-Pai... Essa coisa por acaso foi me ter com outro homem?-perguntei , com medo da resposta.

- Sua mãe irá te explicar isso em Paris- ele disse grosso, me levantei e fui para o meu quarto.

UMA SEMANA DEPOIS...

  Foi difícil me despedir dos meus amigos, e mais difícil ainda do meu namorado. Eu prometi a eles que voltaria, mas vai ser difícil convencer a minha mãe a me deixar ir, ainda mais agora que eu sei que sou filha dela com outro cara! Quando falei sobre voltar ela me disse que não seria boa ideia, pois não teria com quem ficar, visto que meu ex-pai me odiava...

 Helena também estava sofrendo com isso, teria que fazer novos amigos, o que não seria tarefa fácil por conta do câncer que havia devastado seu cabelo aos 4 anos... Claro que seu cabelo já havia começado a crescer mas mesmo assim era dificil.

 Chegamos em Paris terça a noite, e fomos para a casa (mansão U.U) que  minha mãe havia comprado dias antes de virmos. Ela ainda estava reformando, mas dois quartos já estavam prontos. Mamãe dormiu em um e eu e Lena dormimos no outro. Foi uma longa noite...

     CONTINUA