História Whole Lotta Love - Take Care of Me

Eu acordei por volta das 08h30 e minha cabeça doía por causa de ontem à noite; Bendita bebida. Olhei para o lado e dei de cara com um Eddie sonolento babando no travesseiro. Dá vontade de apertar estes bochechões dele às vezes.

Levantei da cama e tomei um belo banho gelado para poder espantar a ressaca logo, aproveitando que ninguém tinha acordado ainda. Olhei-me no espelho e eu particularmente fiquei chocada. Meu rímel estava todo borrado e meus cabelos negros estavam descabelados. Coloquei uma roupa mais casual e fui para a cozinha preparar um café da manhã pra galera em forma de agradecimento: Ovos, café, panquecas e tudo o que tinha direito.
Como o final de semana estava acabando, iríamos voltar para casa hoje, infelizmente, apesar de eu estar com saudades do Jerry e da Emma. Deixei tudo pronto na mesa e cobri algumas coisas para que as mosquinhas não fizessem a festa.

Voltei para o quarto e me deitei ao lado de Eddie, que ainda estava dormindo. Comecei a pensar longe quando Eddie me abraçou de lado, me puxando para mais perto dele.

–Bom dia. –ele sorriu, com a cara amassada.

–Bom dia, dorminhoco. –o abracei de volta, agora sorrindo também.

–Que horas são? –ele perguntou, procurando um relógio pelo quarto.

–Devem ser quase nove horas. –respondi. –Já arrumou suas malas? –era minha vez de perguntar, levantando.

Ele segura meu braço manhosamente.

–Fica aqui comigo. –ele faz bico. É uma criança mesmo.

–Eu tenho que arrumar minhas coisas. –sento ao seu lado, rindo da cara de sono dele. 

–Arruma mais tarde. –ele abraça minha cintura, pondo a cabeça no meu colo e fingindo dormir. –Vão acordar daqui a pouco, aproveita aqui comigo. –ele dá um sorrisinho e eu arqueio a sobrancelha, rindo. –Pode ser do jeito que você quiser. –ele olha pra mim e dá uma piscadela, voltando a fingir dormir depois.

–Você é muito safado, Edward. –rio.

–E você adora.

–E muito convencido também.

–E você adora mais ainda. –ele me puxa pra deitar com ele e deposita beijos no meu rosto e pescoço.

–Você está muito safado ultimamente. –sorrio, enquanto ele continua beijando minha bochecha.

–É porque eu não agüento contigo. –ele deita de barriga pra cima. –Estou com fome. Eu poderia comer um boi agora.

–Que horror! –rio. –Eu fiz café, mas ninguém acordou ainda.

–Duvido, esses caras são tão gulosos que já devem ter comido tudo em silêncio e você nem percebeu. –ele faz a típica cara pensativa dele.

–E você é um deles. –eu digo e ele gargalha.

–Com certeza. –ele diz e nós ouvimos um barulho na cozinha. –eu falei. –sussurrou, rindo.

Nos levantamos e fomos pra cozinha, nos deparando com Stone e Jeff devorando as panquecas. Eu olhei para Eddie e ele gesticulou a mesma frase que ele disse antes de virmos pra cá, o que me fez sorrir com a fome dos meninos.

–Bom dia! –Eddie diz animado do que o normal, o que deu um susto nos dois, que estavam distraídos com a comida. Ele pegou um prato e colocou os ovos ali e se sentou para tomar café.

Os dois ficaram invertendo os olharem para nós com caras de pateta e com a boca cheia de comida. Jeff como sempre, com aquela carinha fofa e, Stone? Estava com aqueles olhões olhando pra mim e com cara de culpado. Estava hilário.

–Vou chutar que Mike e Dave ainda estão dormindo. –eu disse, me sentando ao lado de Jeff.

–Pior que estão. –respondeu Jeff, que já estava voltando a devorar suas panquecas rapidamente.

–Jeff! –Eddie o repreendeu.

–Desculpa. –Jeff disse e comeu mais calmamente, o que fez Stone gargalhar.

–Não é nada. –dou de ombros. –Digamos que meu irmão é... Meio esfomeado. –rio lembrando do Jerry.

Depois disto tomamos café normalmente e cada um foi arrumar suas coisas, já que tínhamos que sair cedo para não chegar muito tarde em casa.

(...)

Já estávamos de volta a Seattle, e era final de tarde. Eu estava morrendo de saudades do meu irmão e da minha amiga, mesmo sabendo que o novo namoradinho dele possivelmente pode estar lá. Sinto meu corpo se arrepiar só de pensar nisso.

Eu e Eddie entramos no nosso apartamento e fomos direto colocar as malas nos seus devidos lugares para não ter que carregar aquilo de um lado para o outro.

Ouço a campainha tocar e abro a porta.

–Violet, abre rápido! –Eddie disse, entrando voado enquanto eu o encarava sem ação. –Fecha, fecha!

–O que foi, garoto? –perguntei, rindo do desespero dele.

–Eu preciso que você me prometa uma coisa. –ele sentou no famoso sofá azul que tinha na minha sala, apontando do seu lado para que eu pudesse sentar, e foi o que eu fiz.

–O que?

–Você vai contar o que aconteceu pro Jerry e pra Emma. Principalmente pra Emma. –ele diz, sério.

–Eddie... É difícil, você sabe.

–Não, Violet. –ele suspira. –Guardar isto para você é difícil. Você tem que desabafar, pôr tudo pra fora, entende? O fato é que você nunca vai estar preparada; E isso vai ficar guardado pra sempre, e você só vai piorar cada vez mais.

Agora era minha vez de suspirar.

–Eu sei. –sinto meu rosto ficar quente e meus olhos marejarem. –Mas e se a Emma gostar desse cara? Eu não vou pedir pra ela parar de ver ele só por causa de mim. –as lágrimas rolam pelo meu rosto e Eddie me abraça.

–Talvez foi só um caso de uma noite, Violet. E mesmo assim, ela é sua melhor amiga. É tão importante pra ela saber quanto foi pra mim. –Ele diz e eu aperto o abraço, conseqüentemente fazendo mais lágrimas caírem. –Não chora. –ele desfaz o abraço e seca meu rosto com a palma da mão; Mas não adianta.

–Porque caralhos isso foi acontecer comigo, Eddie?!? O que eu fiz pra merecer isso? A vida é uma merda! –ponho as mãos nos olhos, chorando tudo o que eu tinha pra chorar. Era a última coisa que eu queria fazer, pois a expressão de Eddie ficava cada vez mais triste e preocupada.

–Você não fez nada. Não chora. –ele volta a me abraçar, meio sem saber o que fazer. Ele se afasta um pouco e volta a secar as lágrimas em meu rosto, colando nossos lábios e ali selando um beijo calmo. Infelizmente nosso fôlego não nos deixou ficarmos mais tempo.

–Eu prometo. –eu digo e ele se surpreende. –Eu tenho que encarar isso, né?

Ele sorri.

–Essa é a minha garota. –ele diz, colando nossos lábios mais uma vez.