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História Wicked City (NCT 127) - A terceira a aceitar


Escrita por: fireescorpion

Notas do Autor


Olá amores, tudo bem? 💙

Eu fico me perguntando se explico pra vocês o que aconteceu no capítulo, nas notas finais. 🤔

Capítulo 14 - A terceira a aceitar


Fanfic / Fanfiction Wicked City (NCT 127) - A terceira a aceitar






Era como estar presa a seu pior pesadelo. 


Um trovão cortou o céu escuro daquela madrugada, fazendo o corpo dela se reerguer imediatamente de onde estava deitada. O suor escorria-lhe a face, assim como a respiração estava descompassada. 


Sentia um gosto estranho na boca; meio amargo e acobreado. Avistou um copo de água ao seu lado, então estendeu a mão para pegá-lo e sorver alguns goles. O líquido fresco ajudou a aliviar o sabor ruim, o que para ela foi um alívio. 


Reparou que o quarto ao qual estava era um leito de hospital. O lugar era tenebroso, com uma enorme carga negativa sobre ele. Colocou os pés nos chão, estava descalça e sentiu um pequeno choque. Cada mísero centímetro do seu corpo estava doendo e ela buscava por uma resposta plausível.


O silêncio era sua única companhia. Lá fora, a chuva caía violentamente, fazendo o som do vento se chocar contra as janelas, criando barulhos estranhos como se fosse um assobio irritante. E mesmo que estivesse confusa, ela passou a caminhar, saindo do quarto. 


A iluminação nos corredores era precária, deixando o ambiente com uma coloração amarelada e anêmica. Ainda sim ela seguiu, buscando por alguém que pudesse lhe dar respostas. Caminhou vagarosamente até onde os funcionários da recepção costumavam ficar, mas não havia ninguém ali. 


– Olá? – chamou, mas a sua voz estava fraca demais para chamar a atenção e alguém. – Tem alguém aí? 


Não escutou nada além da chuva lá fora. Passou a caminhar, seguindo as instruções que davam acesso a saída de funcionários do hospital. Não deixou de pensar em como tudo estava estranho e que o perigo estava à espreita. Tinha aquela maldita sensação de estar sendo observada. 


Passou por um corredor onde a luz no final dele piaçava, provavelmente algum problema interno e devido a falta de manutenção. Aquele local era estranho e suspeito. Com uma carga ruim e pesada sobre ele. 


Ela forçou a visão, pois estava sem os seus óculos de grau. Por um milésimo de segundo, avistou um vulto bem no ponto escuro do corredor. Esfregou as têmporas, pensando ser algo causado pelo cansaço, mas não. 


À medida que as luzes piscavam, mais próxima aquela sombra estava. Geralmente nos alertam desde muito cedo sobre as reais intenções das pessoas e aquela jovem sentia que aquela coisa não queria o seu bem. 


Seu corpo deu o sinal de que o perigo era iminente e por mais que estivesse fraca, se forçou a correr. Os pés pesados percorreu o chão bem polido daquele hospital, tentando criar uma distância segura do que vinha atrás de si  


Escutando um zumbido que a fez ficar tonta, ela bateu com tudo contra uma porta de metal. Estava aberta para a sua sorte. Se virou brevemente, reparando que aquele ser não a alcançaria antes que ela entrasse ali. Os lances de escada até lá embaixo eram vastos, mas isso não a desanimou. 


Passou a descer rapidamente, vez ou outra tropeçando nos próprios pés. Obteve escoriações e alguns filetes de sangue umedeciam o vestido branco que ela usava. Após três lances de escadas, pôde ouvir a porta ser aberta com muita violência, como se duas pessoas estivessem brigando violentamente. 


Por algum motivo nada sensato, ela decidiu olhar para ver quem era ali, até que um corpo despencou. Foi jogado, mas o homem conseguiu segurar a tempo para não morrer naquela queda. 


– Socorro!! 


Ele gritou, só então que ela foi até ele, soltando um gritinho de surpresa por vê-lo naquela situação. 


– Por favor, me ajuda! Não deixe ele me pegar! 


Correu até ele, segurando firme nos braços fortes daquele homem que estava terrivelmente assustado e bastante ferido. 


– Vem, segura em mim! – mesmo sem forças, o segurou firme e tentou puxá-lo.

– Ele vai nos matar! Ele matou meus amigos! – começou a chorar desesperado. 

– Por favor, me ajuda. Vem logo! – usou toda sua força, mas parecia não adiantar muito. 


Em dado momento se deparou com uma mão suja de sangue e com aparência de ter sofrido graves queimaduras, puxando os cabelos daquele homem. Não demorou até que ela reparasse que mais três pessoas estavam penduradas a quem ela tentava salvar, puxando-o para baixo. 


– Me solta! Me solta! Não! – entrou em desespero, pois o semblante dele mudou, deixando ela ainda mais temerosa. 

– Você não quer mais me ajudar? – a voz que antes era carregada de medo, passou a conter um som gutural. – Sua vadiazinha religiosa. Não acha que eu mereço ser salvo? 

– Me deixa ir! – começou a chorar, sentindo o seus pulsos serem fraturados pela força que ele exercia naquele local. 

– Você não aprendeu nada, não é mesmo? – riu. Agora parecia que a voz daquelas pessoas as uniram em uma, ainda mais assustadora. – Você não tem salvação. Está manchada e suja, é uma maldita puta que se acha boa filha, mas eu te conheço bem. Eu sempre vejo você e eu sei o que você fez. 

– Cala a boca!! – exclamou com ódio. – Eu não fiz nada! A culpa foi dele, somente dele! 

– Você quis! – a boca dele passou a sangrar muito, então ele teve dificuldades de conversar. – E sabe o que eu vou fazer com você? O mesmo! 

– Não! Por favor – tentou sair dali. – Eu não sou a culpada! 

– Se não era, por que mentiu? – medo. Não sentiu nada além de medo naquele instante, e também naquela maldita noite em que seu maior trauma aconteceu. 

– Me deixa ir! 


Não tinha forças para lutar contra o passado e os pensamentos de culpa. Eles sim eram o verdadeiro vilão daquela história. Seu corpo foi puxado, sendo levado junto daquelas coisas, até o chão frio da saída daquele hospital. 


Não era aconselhável reviver seus maiores traumas naquele lugar. 


As coisas haviam desandado de uma forma que Daiane não sabia como consertar. Ela escutou Haechan e saiu com ele de carro. O plano havia dado errado e por alguma obra do maldito destino, um carro bateu contra a van, levando a amiga dela para um hospital. 


Após chegar no hotel, falou com Thaynara, que na hora se desesperou. Foi com ela às pressas até o hospital. A recepção tinha algumas pessoas esperando por atendimento, então caminharam até lá. 


– Oi, eu vim ver uma amiga minha, ela sofreu um acidente! – disse Daiane para uma mulher na recepção.

– São amigas da Rafaela? – as duas se viraram para o homem alto que não estava muito distante dali. 

– Quem é você? – Thaynara perguntou desconfiada. O jeito dele não passava muita segurança, fora que ele era de longe o tipo de pessoa que sua amiga mais evitava. 

– Sou Johnny. Fui eu quem consertei a van dela. 

– E o que está fazendo aqui? – desta vez Daiane perguntou, chamando a atenção dele para si. 

– Respondendo a sua pergunta, linda, fui eu quem a trouxe pra cá – foi sarcástico. – E eu fiquei bem preocupado. A batida foi bem no lado do motorista, ela estava desacordada quando eu abri a porta do carro. 

– Tem notícias dela? – Thay perguntou, tentando esconder a sua aflição. Vivia sentindo-se na obrigação de manter tudo sob controle e em paz, então julgou que havia falhado demais com a amiga. 

– Bom, ela ainda não acordou e segundo os médicos, não foi nada tão grave assim, apenas machucados externos, mas é bom ficar de olho nela, não?! – não que ele estivesse preocupado, mas o seu jeito despojado transparecia um ar de futilidade que Daiane odiava e ela o odiou. 

– Eu devia ter ficado com vocês duas, não devia ter saído! – Thaynara segurou o choro, não iria demonstrar fraqueza naquele instante. Sentiu uma mão tocando seu ombro, aquele valor aconchegante de antes. Se virou, encontrando Taeil com o seu costumeiro olhar doce e preocupado. A abraçou, tentando confortá-la.

 – A culpa não foi sua, Thay. Sabe como ela é. A Rafa nunca pensa em fazer coisas erradas ou ser ruim, ela não mente e nem pensa mal dos outros. Eu devia saber que aquilo não era certo e ter evitado – Daiane ficou sem jeito, acabou coçando o braço esquerdo em seguida. 

– É, vocês duas foram bem negligentes com a amiga de vocês. Que sorte a dela eu estar lá, não é mesmo?! – Johnny foi presunçoso, ganhando de Daiane um dedo do meio. 


Johnny apenas riu e se afastou. Aquilo não o afetou em nada, já que na maior parte do tempo ele não estava ligando para nada. Caminhou um pouco, até achar o quarto onde Rafaela estava. 


Uma enfermeira estava ali, mas saiu apressadamente assim que viu Johnny. Quando passou por ele, fez uma reverência como se ele fosse um rei, um deus ou uma figura muito importante. Ele riu baixinho, gostava muito daquilo, de ver o medo exalando dos outros ao seu redor. 


Após fechar a porta, foi até a jovem que começou a acordar. Quando ela o viu, perguntou se aquilo era real ou se ainda estava naquele sonho estranho que teve. Ainda sentia um medo enorme, assim como o cheiro de carne queimada estava impregnado nas suas narinas junto ao aroma de sangue. 


– Princesa, você acordou! – disse baixinho, caminhando até a cama onde ela estava. – Se sente melhor? 

– Eu não sei bem. Estou? – a forma incerta que a pergunta veio, fez ele dar de ombros. 

– Você está viva ainda, isso é bom, não?! 

– Não sei ao certo – suspirou. – Minha cabeça tá uma bagunça. 

– Está tudo bem, eu estou aqui com você – pegou na mão dela, depositando um beijo gentil ali. – Prometo que em breve sairá daqui. 


Deu um sorriso largo, tão aconchegante e carregado de verdades. Ela piscou algumas vezes, umedeceu os lábios em seguida e suspirou pesadamente. Queria fazer a pergunta, mas era tão sem noção, entretanto… 


– Você estava no meu pesadelo, Johnny. Eu te vi morrer – falou incerta. – Alguma coisa estava te perseguindo nesse exato lugar. 


Viu ele arregalar os olhos, para então franzir o cenho, como se tivesse tido noção de algo. Rapidamente ele mudou suas expressões, tomando novamente conta da situação e ficando bem próximo dela. Tão perto, que não tinha como fugir, tão rente que poderia beijá-la se bem quisesse. 


– Você tem uma imaginação bem fértil, sabia?! Nada pode me machucar, aqui eu sou deus – ele deu uma risada baixa e a viu replicar. Ainda estava meio grogue por conta da medicação. 

– É, você é o fodão. 


Ele julgou que sim. Tateou o bolso da sua jaqueta, tirando de lá um embrulho prateado que ele desembrulhou em instantes. O comprimido de cor roxa estava lá. Johnny olhou para ele com um certo fascínio. 


– Isso é para amenizar a dor e os pesadelos. Você ficará bem – ela olhou para ele, então abriu a boca. Se era uma medicação, pensou consigo que em breve estaria bem e longe dali. – Em breve eu venho te tirar daqui, ok? 

– Vou pensar se irei com você ou não. 


Ele deu um breve riso, cobrindo o corpo dela melhor e averiguando bem se ela tinha engolido o comprimido. Após isso, foi até a porta do quarto, saindo dali com tempo suficiente para não ser visto pelas amigas dela.  







Notas Finais


Qualquer coisa eu respondo nos comentários, mas sem contar muito dessa enredo doido que eu tirei do uc 😁😁


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