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História Wicked Game - Eighteen


Escrita por: prfiromccartney

Notas do Autor


ola gente aqui estou mais um dia

nada a declarar...

boa leitura <3

Capítulo 19 - Eighteen


Fanfic / Fanfiction Wicked Game - Eighteen

- Eu vou pegar a sobremesa – meu pai sussurra por trás de mim e nos deixa a sós.

                Me aproximo sutilmente de Pamela que continua com os olhos colados no espelho.

                - Ela era muito bonita – ela fala quase num sussurro.

                - E era mesmo, tanto por dentro quanto por fora – digo encarando aquele rosto que me proporcionou tantas boas lembranças.

                - Você não merecia ter perdido ela – ela comenta mais baixo do que antes.

                - É... eu também acho que não, mas não pude fazer nada a respeito, minha mãe era enfermeira, cuidava tanto dos outros que esqueceu de cuidar de si... – depois que falei aquelas palavras foi como se uma carga que pesasse toneladas houvesse caído sobre mim, estava me sentindo aquele menino que acabara de perder a mãe novamente. E como se Pam tivesse sentido o impacto que aquelas palavras me causaram, olhou para trás e correu a mão pelo meu rosto.

                - Não guarde essa dor, por favor. Eu sei que você superou, você é forte, não é? – ela pergunta olhando no fundo dos meus olhos.

                - É delicado, Pam... – digo sentindo minha voz embargar.

                Não, depois de anos não.

                - Eu sei... Paul, lembra que minha vida não foi das melhores? Nós dois somos calejados, sabemos o que é sentir dor e descontamos isso nos vícios, não? Mas estamos nos curando, temos que ser forte, você tem me fortalecido tanto, deixe-me fazer o mesmo por você – ela diz com convicção segurando meu rosto com as duas mãos.

                Fecho meus olhos derramando as únicas duas lágrimas que residiam em meus olhos e olho para ela mais uma vez, e está sorrindo, sorrindo como da primeira vez que a vi sorrir. Devo admitir que aquilo sim me fortaleceu, era a garota cinzenta que eu conheci, agora colorida e me deu a entender que por minha causa.

                - Você não existe... – digo beijando seus lábios – Obrigado – sussurro e olho para a foto de Mary repousada no canto do espelho e sorrio de leve, sei que ela está bem onde estiver.

                 Depois de mais um tempo juntos, conhecendo meu quarto, descemos para a sala onde meu pai está com uma bela tigela e torta de maçã nos esperando. Enquanto comemos, meu pai senta-se ao piano e toca algumas músicas perguntando para Pam se conhecia alguma ou se já havia ouvido na infância. Fico um pouco nervoso ao ver meu pai perguntando de sua infância, mas ela responde naturalmente que não conhece e me dá uma piscada, confortando-me por completo. Estávamos melhorando juntos.

                Eram 15h quando resolvemos ir embora, me despedi com um forte abraço em meu pai que pediu que aparecêssemos mais vezes, Pam o abraçou também e pegamos a estrada de volta para Londres.

                Quando chegamos ao apartamento Ringo e George iam entrando também mas pararam assim que nos viram.

                - Ali estão os pombinhos – Ringo apressa-se em dizer e sorri nos abraçando, Geo faz o mesmo.

                - Nós viemos te contar a última que aconteceu – diz Geo.

                - Tudo bem, vamos entrar – subimos para meu apartamento e Pam estava na cozinha quando Geo contou a “última”.

                - O John está preso – diz George sobriamente e fico estático.

                Não estático apenas pela notícia, mas também para o lugar que estou olhando, da sala tem uma vista boa para sacada que é onde eu encontro um cinzeiro inocentemente repousado ao chão, não seria ruim se não tivesse inúmeras bitucas lá.

                Volto a realidade e encontro Pam ao meu lado, George está explicando o porquê.

                - Ele se meteu em uma briga na rua e também agrediu uma garota, embriagado – Ringo conta.

                - Não esperava isso dele, quer dizer, ele atacou o Paul mas desde que comecei a trabalhar com ele, ele não parecia capaz...

                - Mas é... As pessoas as vezes não aparentam ser o que são – diz George.

                - É verdade... – digo com certa arrogância na voz o que deixa todos confusos – Eu... bem, vou tomar um banho – falo e sem mais delongas deixo o cômodo e vou para o banheiro.

                Fico durante longos minutos em baixo do chuveiro, sentindo-me extremamente chateado, cercado pelas palavras ditas por Pam em meu quarto em Forthlin Road. Eu só queria saber o porquê de mentir tão descaradamente para mim. Por que?

                Quando saio, Ringo e Geo já foram embora, Pam está na sala assistindo televisão com Martha. Visto meus pijamas e vou para a cozinha, onde encontro aquele whisky da última vez que bebi. O derramo em um copo e torno a tomar. Um copo, dois, três...

                - Paul? – Pamela aparece apoiada na porta do cômodo – Aconteceu alguma coisa?

                Fico um longo tempo em silêncio, estava quase terminando o quarto copo, não queria conversar, só queria ficar comigo mesmo. Viro-me de maneira desajeitada e levo a garrafa e o copo para o sofá.

                - V-você está bebendo... Por quê? – ela me segue e agacha-se em minha frente – Por que não quer me dizer?

                - Pelo mesmo motivo que você não me diz o porquê de ainda fumar – respondo quase num sussurro sentindo um nó na garganta, estava extremamente emotivo.

                Ela se encolhe e me olha, sei que está se sentindo culpada e me levanto esquivando-me de suas mãos em meus joelhos.

                - Por quê? – digo sentindo meu rosto esquentar rapidamente – São tantos por quês! – grito – Mas o primeiro é por quê falar aquelas coisas para mim sendo que boa parte é mentira? – sinto lágrimas quentes escorrerem por minhas bochechas – Aquele sorriso também foi mentira?

                Pamela não diz nada, apenas me olha como se eu tivesse me tornado um mostro horroroso.

                - Como vou confiar em você? COMO? – pergunto em prantos – Por que você não se ajuda?

                - Pelo mesmo motivo que você! – ela grita e deixa as lágrimas cair – Eu não consigo, Paul! E sei que você não consegue também, somos dois fodidos na vida que se encontraram o que você esperava?!

                - Mudança... – digo num tom quase inaudível enquanto soluço baixo.

                - Lamento, mas acho que desse jeito não vamos conseguir – suas palavras intimidam o ponto mais profundo do meu corpo, é como um forte soco no estômago – Eu sou fraca, será que você não poder ver?!

                Olhos para ela sem entender, sentindo lágrimas e mais lágrimas caírem.

                - É isso, Paul. Eu sempre decepciono, faz parte do meu show – ela diz como se fosse a coisa mais normal do mundo – É melhor conversarmos amanhã.

                Ela anda até o quarto e ouço o tilintar de chaves.

                - O-onde você vai? – pergunto quando ela passa por mim.

                - Para casa... – ela fala com certa dor na voz e sei que se eu implorasse ela ficaria, mas meu orgulho aumenta quando estou alcoolizado – Boa noite, Paul.

                E então, estou sozinho com Martha e uma garrafa de whisky.

                Bebo mais alguns copos e vou para o quarto, logo de cara encontro a flor que dei a ela no dia anterior, estava intocada num copo com água, continuava bonita e serviu para me entristecer mais.

                Sem pensar duas vezes me atirei na cama e dormi.


Notas Finais


ai gente :(

mas então, meus nenes....

o que estão achando? gosto de ouvir suas opiniões sz


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