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História Wicked Souls - Um golpe certeiro


Escrita por: Chrissy_RDC03

Notas do Autor


oi oi

boa leitura :)

Capítulo 19 - Um golpe certeiro


Fanfic / Fanfiction Wicked Souls - Um golpe certeiro

“Não cobiçarás a mulher do teu próximo; e não desejarás a casa do teu próximo, nem o seu campo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.”

(Deuteronômio 5:21)

*Evangeline*

Karen havia pintado as minhas unhas de preto e aquele parecia ter sido o evento do dia para mim. Eu nunca havia visto nada igual antes do clube, e havia percebido como todas as garotas daqui pareciam ter as unhas coloridas, assim como seus cabelos. Apesar de mais curtas do que as da maioria, eu não conseguia parar de admirar as minhas mãos enquanto a loira cuidava do meu cabelo. Eu não havia pedido por nada daquilo, mas ela parecia se divertir fazendo aquilo com todas as garotas do clube. Ela havia encontrado algo que ela gostava de fazer, e ainda ganhava dinheiro com isso. Eu esperava que algum dia eu encontrasse algo assim também. Não é que eu não gostasse de ajudar Abby no bar. Eu só sentia que havia muito mais para descobrir ainda sobre mim mesma. Cada dia parecia conter um aprendizado novo, o que particularmente me empolgava.

— Garota, você é um espetáculo e tanto. — Karen disse quando pareceu finalizar o meu cabelo. Ela jogou as longas mechas para frente para que eu pudesse ver o resultado final de frente para o espelho. Eu nem precisava dizer que acreditava que toda vez que me encontrasse de frente para o meu próprio reflexo, me lembraria de Zayn atrás de mim, me pressionando contra ele enquanto me tocava. Eu pisquei algumas vezes, tentando afastar aqueles pensamentos impuros da minha mente sem muito sucesso. Foquei em meus cabelos, que agora tinham ondas bonitas e pareciam muito mais sedosos e macios. Eu havia comentado com ela sobre a possibilidade de cortar um pouco do comprimento para poder ficar como todas as outras, mas Karen praticamente me proibiu de pedir por aquilo mais uma vez, alegando que seria um crime aproximar uma tesoura do meu cabelo, e que ela o achava lindo como era. Savannah e mais algumas garotas presentes concordaram com ela.

— Uau, o que você faz é incrível, Karen! — Eu sorri, agradecida, observando seu sorriso satisfeito. — Muito obrigada.

— Eu não fiz nada demais. A modelo ajuda, você sabe. — Ela piscou para mim, o que me fez rir.

Eu me levantei da cadeira, só então me dando conta de que mais garotas haviam entrado no apartamento de Karen. Eu estava distraída demais com algumas revistas, mesmo que às vezes me distraísse das imagens coloridas e da leitura para ficar admirando as minhas unhas. Elas conversavam entre si, algumas pintando as suas próprias unhas ou fazendo aquilo umas pelas outras, e outras apenas tagarelavam. Notei que até mesmo Lori estava ali, com o suas costumeiras amigas. Fiz questão de não me aproximar muito de nenhuma delas, mas isso não impediu que a ruiva fixasse o seu olhar em mim com uma carranca e olhos semicerrados.

— Vem cá, gatinha, você ainda não nos contou como foi a sua primeira noite no quarto do Malik. — Savannah trouxe o assunto à tona, deixando a sua revista de lado e puxando uma das pernas para cima da cadeira, com um enorme sorriso malicioso no rosto. Eu arregalei os meus olhos quando todas as garotas presentes viraram as cabeças na minha direção, interessadas.

— Eu deveria ter algo para contar? — Perguntei, trêmula.

— Oh, você não vai conseguir nos enganar. — Karen passou por mim e bateu o seu quadril no meu antes de passar um dos braços por cima dos meus ombros. — Rolou alguma mão boba? Ah, por favor, deve ter rolado no mínimo um boquete!

Eu sequer sabia do que ela estava falando.

Todas pareceram se empolgar com o assunto, falando ao mesmo tempo, o que me deu um pouco de tempo para pensar melhor no que eu poderia responder. Eu não conseguiria falar sobre o que tinha acontecido. Sequer saberia descrever. Eu não tinha ideia do que Zayn e eu éramos. Isso se fôssemos algo. Todos aqueles questionamentos podiam me deixar tonta e confusa em segundos.

— A garota claramente não sabe do que vocês estão falando. — Lori apontou, sendo a primeira a notar a dúvida estampada em minha testa, cruzando as pernas com um sorriso convencido no rosto. — Ela é toda pura e virginal. Não é como se Malik gostasse desse tipinho. Se ele quisesse a porcaria de uma freira ele procuraria por uma em um convento.

Pura e virginal.

Nem mesmo eu acreditava mais naqueles termos. Eu poderia ser menos experiente que todas ali, sem exceção, mas depois de ter visto tanto, eu não acreditaria que tinha nada menos que uma alma corrompida pelo pecado.

— Ah, querida, não se engane. Você só está se mordendo de ciúmes porque ele pediu exclusivamente por ela e não por você. — Savannah exclamou, sorrindo abertamente, o que causou mais conversa paralela. Pelo menos eu não precisei responder sobre o que tinha acontecido dentro daquele banheiro. Por Deus.

— Eu estou longe de ser uma freira, Lori, mas sou grata por você achar que eu sou pura a esse nível. — Eu sorri para ela, tentando vencê-la pela gentileza, mas tudo que ela fez foi revirar os olhos, o que acabou me irritando. Ela nunca havia mostrado arrependimento pela forma com que me tratava, então eu acredito que também não era obrigada a fazer o mesmo. — Até porque eu acho que freiras dificilmente fariam o que fizemos.

— Eva! — Savannah exclamou, surpresa, o que me fez rir. Eu só dei de ombros, arregalando os olhos para ela, que tinha um sorriso orgulhoso no rosto.

— Eu preciso ir agora. Abby deve estar esperando por mim. — Caminhei até a minha jaqueta de couro pendurada em uma das cadeiras, onde havia deixado quando entrei. Antes de sair, no entanto, fiz questão de agarrar Karen pelos ombros, deixar um beijo em sua bochecha e enfiar uma nota de vinte dólares em seu bolso de trás da calça jeans. Ela não me deixou ir embora antes de antes bater em meu bumbum. Sorridente, deixei uma Lori ainda mais mal-humorada para trás.

Assim que saí pela porta do apartamento de Karen, por coincidência, Jayden parecia estar prestes a entrar ali. Ele usava uma regata branca sem estar com a sua costumeira jaqueta de couro por cima, o que deixava os seus braços musculosos expostos. Eu confesso que aquilo acabou atraindo o meus olhos, por mais que eu tentasse controlar.

— Oi! — Eu disse, surpresa e um pouco nervosa.

— Oi, Eva. Eu estava justamente procurando por você.

— Bem, você me encontrou. — Eu sorri, enfiando as minhas mãos nos bolsos de trás da minha calça. A forma como Jayden me encara parecia ficar cada vez mais intensa, e eu percebi que ele raramente desviava os olhos do meu rosto, como se estivesse assistindo a um filme interessante no qual estava vidrado.

— Eu queria lhe entregar algo. Estava organizando o meu quarto e acabei encontrando isso. — O loiro tirou a corrente fina e dourada de uma pulseira do bolso, e o que me chamou a atenção foi o pingente de cruz. Eu engoli em seco, sem saber como reagir. — Sei que você passou por muito e não tenho dúvidas de que isso deve ter abalado a sua fé. Mas não quero que você esqueça quem você realmente é. Acredite, é muito fácil quando se está dentro dessas paredes.

Eu não saberia dizer o que senti com aquilo. Acho que um pouco desconfortável, mas também um pouco encantada. Eu ainda não sabia reconhecer a que pé a minha fé estava, visto que eu ainda não sabia qual era a minha relação com Deus agora. Ao mesmo tempo que em tudo dentro de mim praticamente grita que eu ao menos deveria ter um pouco de amor próprio e estar magoada por ter sido enganada a minha vida inteira, eu me pergunto se o modo de vida que eu estou levando agora não seja o errado. Eu queria muito acreditar em um Deus bom que é incapaz de punir. Um Deus misericordioso, que ama a todos igualmente e que protege os seus filhos a todo custo, como um bom pai. Por mais que eu tentasse, era muito difícil mudar um ponto de vista construído por outras pessoas ao longo dos anos. 

De qualquer forma, eu tenho cicatrizes demais para simplesmente esquecer tudo que eu passei. Não só eu, já que para centenas de meninas naquela comuna, o pesadelo ainda não havia acabado. Talvez nunca acabasse. Talvez as suas vidas acabassem antes que conhecessem o outro lado. Antes que tivessem a oportunidade de uma nova chance.

Eu não saberia dizer o que Jayden fazia para manter a sua fé, quais eram as suas razões, o seu passado. Eu não sabia nada sobre ele, para falar a verdade, já que ele nunca havia me dado abertura para perguntar. Portanto, tudo que me restou foi pegar a pulseira em minhas mãos com um sorriso leve.

— Obrigada. — Eu toquei o pingente, incerta sobre o que fazer em seguida. — É muito atencioso da sua parte.

Sem dizer uma só palavra, Jayden colocou a pulseira em meu pulso esquerdo, e, me pegando de surpresa, ele o levou até perto do seu rosto para deixar um beijo ali, olhando dentro dos meus olhos. Eu ofeguei, confusa, e ele apenas sorriu como se nada tivesse acontecido. Passando um braço por cima dos meus ombros tranquilamente, ele abaixou o rosto para falar comigo enquanto andávamos lentamente pelo pátio principal do complexo.

— Você está diferente hoje. Fez alguma coisa? — Ele pareceu me inspecionar de cima a baixo, procurando pelo que havia mudado.

— Karen quis me usar de cobaia. — Eu dei de ombros. Talvez a mudança não fosse assim tão marcante.

— Eva, eu tenho um pedido a fazer.

— Pode falar.

— Eu e mais alguns membros do clube precisaremos ir até um festival em Austin hoje à noite para entregar uma mercadoria, a trabalho. Se estiver interessada, eu tenho a garupa da minha moto livre pra você. — Com a boca tão próxima da minha orelha, era difícil me concentrar em suas palavras. — O Boulevard é o melhor festival anual da cidade. Os Wolves nunca ficam de fora. Eu tenho certeza que você vai gostar, gatinha.

— Eu...

Graham!

O meu corpo inteiro ficou tenso ao ouvir a voz de Zayn logo atrás de mim, e pude sentir que o mesmo aconteceu com Jayden. Nos viramos ao mesmo tempo e nos deparamos com o moreno que quase parecia soltar fogo pelas ventas, andando em passos pesados e determinados em nossa direção. Não pude deixar de notar que ele tinha algumas manchas vermelhas em suas roupas. Sangue — constatei, assustada. Me surpreendi pela minha primeira reação ser a mais pura preocupação, mas ele não me deixou falar. Não quando trocava olhares tão duros com o homem loiro ao meu lado.

— Acredito que você tenha um trabalho a cumprir no galpão agora. Por que não vai lá dar uma olhada, hum? — A forma como tensionou a mandíbula, com os punhos fechados enquanto inclinava a cabeça para o lado, praticamente irradiando desafio pelos olhos para Jayden não passou despercebida por mim. Jayden tirou o braço de cima de mim, mas não cortou o contato visual com Zayn. Tudo ali parecia gritar “PERIGO”, e a atmosfera era pesada. A cada vez que aqueles dois acabavam se encontrando, mais grave e iminente a possibilidade de um enfrentamento entre os dois parecia ficar. Jayden passou rente a ele e seus braços quase se tocaram. Para acabar com o meu alívio, Zayn segurou-o pelo mesmo, e eu pude jurar que ouvi o barulho das suas mandíbulas trincarem por estarem tão tensas. — O neonazista está sangrando como um saco de farinha rasgado. Mantenha-o vivo caso eu precise de mais informações mais tarde.

— Sim, senhor. — Jayden praticamente resmungou, quase como se tentasse controlar uma careta. Eu só pude respirar normalmente depois que Zayn o soltou, caminhando para longe. Quando se virou para mim, o moreno fez uma rápida análise minha, me olhando de cima a baixo.

— Você pintou as unhas. — Constatou, agarrando uma das minhas mãos e a olhando de perto, sério. — E o seu cabelo está ondulado.

— Você reparou? — Disse, boquiaberta. Eu não sabia dizer porque gostava tanto da ideia de ele ter percebido de cara o que havia de diferente em mim.

— Eu reparo em tudo. — Ele fez tentar parecer que não era nada demais, pigarreando. — Vamos sair hoje à noite. O clube inteiro. Esteja pronta.

— O festival de Boulevard?

— Como você sabe?

— Jayden acabou de me contar sobre. Ele me convidou para ir na moto dele.

— Você não vai com ele. Você vem comigo. — Respondeu, rápido, com os olhos arregalados.

— Ele me convidou antes. — Zayn se aproximou, deixando o rosto quase colado ao meu, parecendo bravo ao semicerrar os olhos e franzir as sobrancelhas negras.

Isso não é um convite.

Eu não sabia dizer por que as minhas pernas ficaram tão trêmulas, e tudo que eu consegui fazer foi arfar.

— Tem sangue nas suas roupas. — Eu sussurrei, sem saber ao certo por quê. Zayn se afastou, olhando para baixo e checando as manchas.

— Não é meu. — Eu franzi as minhas sobrancelhas. Saber que o sangue não era dele me deixava aliviada, mas confesso que saber que ele provavelmente estava machucando outra pessoa há minutos atrás me perturbava um pouco. — Eu precisei fazer isso, Eva. Por todos nós.

Eu não tinha dúvidas daquilo.

E além do mais, eu gostei do fato de ele ter dito “nós”. A sensação de finalmente pertencer a algum lugar ainda me deixava empolgada.

— Eu sei. — Sussurrei. Algo dentro dos seus olhos me fez perceber que ele provavelmente esperava por outra reação. Talvez não esperasse que eu aceitasse tudo aquilo tão rápido, e para ser sincera, eu também estava surpresa por mim mesma por aceitar aquilo. De qualquer forma, Zayn pareceu aliviado quando suspirou pesadamente, já que os músculos tensos de seus ombros relaxaram e ele deu um passo em minha direção, com a expressão, agora, desarmada. O moreno segurou o meu rosto com as duas mão, inclinando levemente a minha cabeça para trás para poder olhar dentro dos meus olhos. Eu me surpreendi por aquele gesto público. Qualquer um poderia nos ver ali, no pátio, à plena luz do dia, mas Zayn não parecia se importar ou sequer lembrar desse detalhe.

— Eu não sou bom, Eva. O que quer que você esteja procurando de benigno em mim...não vai encontrar.

— Eu vejo mais bondade em você do que vi nas pessoas com as quais eu convivi em toda a minha vida.

Ele arfou, entreabrindo os lábios e franzindo as sobrancelhas em um misto de confusão e choque. O seu polegar direito fez um mínimo movimento de carícia em minha bochecha enquanto ele parecia perdido em pensamentos, mas tudo que ele fez em seguida foi se afastar, pigarreando. Olhou para os lados, um pouco preocupado, checando se alguém havia visto aquela cena, e então enfiou as mãos nos bolsos de trás da calça.

— Você não me disse que conheceu o meu pai.

— O seu pai? — Eu franzi as minhas sobrancelhas, confusa. Ele apontou para a direita, onde um homem moreno que usava um moletom azul largo e que tinha um cachorro ao seu lado acenou animadamente para mim, ao longe, sorrindo. Eu acenei de volta e de repente eu me lembrei dele; a semelhança entre os dois se tornando óbvia. — Oh. Agora eu vejo. Ele foi muito gentil comigo ontem.

Para me deixar mais confusa ainda, Zayn riu de forma irônica, desviando o olhar, parecendo achar graça do que eu disse. Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa, ele voltou a falar.

— Esteja aqui às seis horas. Eu vou estar esperando por você.

E dito isso, ele simplesmente começou a fazer o caminho até o seu apartamento, me deixando plantada no pátio.

 

[...]

 

— Savannah? Tank está chamando por você! Está na hora de irmos! — Eu exclamei, entrando no apartamento dela. Vasculhei o quarto, mas assim que tive um vislumbre do banheiro, finalmente a encontrei. Ela estava sentada sobre o vaso sanitário e eu me preocupei instantaneamente assim que vi que ela estava chorando. Eu me agachei na sua frente, com os olhos arregalados esquento ela limpava as lágrimas que haviam manchado um pouco as suas bochechas com a máscara de cílios. — Sav?! Você está bem?! — Ela assentiu com a cabeça, suspirando profundamente, tentando limpar a área embaixo de seus olhos. — O que aconteceu?

— Eu vinha desconfiando há algumas semanas, mas não achei que realmente fosse ser isso. — Só então eu notei que ela tinha um pequeno palitinho branco e azul em uma das mãos, o qual ela me mostrou. — Olha, Eva.

— O que é isso? — Ela riu em meio às lágrimas pela minha falta de conhecimento.

— É um teste de gravidez. — Eu entreabri os meus lábios, finalmente entendendo do que ela estava falando. Mesmo chorando, ela não conseguia parar de sorrir ao me mostrar com a ponta do dedo indicador com a unha pintada com o esmalte preto desgastado as duas linhas cor-de-rosa no palitinho. Acho que eu estava surpresa demais por tamanha tecnologia, já que na Ordem não havia nada daquilo para indicar quando uma mulher estava grávida. Era preciso muitos meses de enjoo e talvez uma barriga já começando a marcar as roupas para que as mulheres notassem qualquer mudança em suas rotinas. Savannah gargalhou, o que era particularmente estranho quando se tratava dela, que quase nunca demonstrava emoções em excesso. Ela parecia estar no meio de um surto, mas pelo menos, ela não parecia triste. — Eu estou grávida!

Sem aviso, ela jogou os braços ao meu redor e me abraçou com força. Eu nunca tinha visto uma reação de felicidade tão genuína como aquela. Na comuna, algumas mulheres até pareciam satisfeitas quando descobriam que estavam grávidas, mas nunca era tão intenso assim.

Savannah voltou a chorar, e agora a sua voz tinha um tom de preocupação.

— Cacete, eu estou grávida. — Ela se afastou rapidamente, me segurando pelos ombros e me olhando com os olhos arregalados. — Você está quieta.

— Acho que eu só estou surpresa.

— Oh, Tank vai enlouquecer. Nós não estávamos planejando, mas também não estávamos sendo exatamente cuidadosos a respeito...

— Eu nunca vi um bebê por aqui. Na verdade, é raro ver crianças também. Não parece um ambiente muito...educativo. Para ser sincera, eu achei que os homens daqui não estivessem muito interessados em se tornar pais. — Não que qualquer homem da Ordem estivesse. Claramente eles só se importavam com números.

— Acho que todas as crianças da geração passada já cresceram. Somos os progenitores da nova. — Ela sorriu, orgulhosa. — E ninguém está pronto para se tornar pai ou mãe até que aconteça. Pelo menos é o que eu espero. Não consigo guardar segredo de Tank por muito tempo. Talvez eu conte para ele no festival. — Ela cobriu a boca com as duas mãos por alguns segundos, com os olhos castanhos marejados, até que tirou-as dali e deu um gritinho agudo, batendo as botas nas lajotas do chão do banheiro, o que me fez rir junto com ela. — Precisamos ir. Eles já devem estar de saco cheio por esperar.

Savannah segurou a minha mão, me ajudou a ficar em pé e me puxou para fora de seu apartamento às pressas, o que nos fez rir enquanto descíamos as escadas correndo. Logo alcançamos todas as pessoas que pareciam estar esperando apenas por nós duas.

— O que vocês estavam fazendo para demorarem tanto? — Tank perguntou, curioso, quando eu e Savannah nos separamos e ela se sentou na garupa da moto dele, que parecia desconfiado enquanto amarrava uma bandana vermelha sobre os cabelos castanhos que alcançavam os seus ombros.

— Nada demais. Papo de mulher, fofinho. — Ela piscou um dos olhos para mim, apoiando as mãos nos ombros de Tank para deixar um beijo em sua bochecha, que pareceu esquecer o assunto momentaneamente.

Diminuí o ritmo quanto mais perto eu chegava de ter que decidir com quem eu iria até Austin. Jayden parecia estar esperando por mim do outro lado do pátio, parado em pé ao lado da sua moto, e Zayn já estava montado na mesma, já que ansiedade parecia ser o seu segundo nome. Lori não estava muito longe dele, parecendo estar apenas esperando pelo menor dos sinais da parte dele para que pudesse ir com ele. Antes que eu pensasse em cruzar o pátio para ao menos falar com o loiro, Zayn segurou o meu pulso e me fez parar onde estava. Aquele movimento fez com que ele tocasse a pulseira com o pingente de cruz que eu havia ganhado mais cedo, e é claro que ele reparou em minha nova aquisição, prendendo os olhos semicerrados ali e parecendo entender tudo em segundos. O seu toque quente e firme foi suficiente para que os meus braços e as minhas pernas se arrepiassem por inteiro, e ele não precisava dizer nada para me fazer suspirar, olhando diretamente em meus olhos com deboche em um olhar que parecia dizer “qual é, você sabe que quer vir comigo.” Sempre tão confiante sobre si mesmo. Aquilo acabava comigo. Olhei para Jayden, fazendo um pedido de desculpas silencioso, que fechou a cara. Talvez não estivesse irritado comigo, porque não acreditava que eu tinha uma opção de escolha, já que se tratava do desejo do presidente do clube, mas definitivamente irritado com Zayn. Ele não era o único. Lori se afastou em passos pesados e com os braços cruzados, encontrando outro motociclista que poderia a levar, sempre me tendo como mira. Me apoiando em um dos seus ombros, passei a minha perna pelo assento na moto, como já estava ficando acostumada, mas dessa vez, algo diferente. Zayn virou um pouco cabeça para o lado e tocou a minha perna esquerda desde a minha coxa até o meu tornozelo. Eu senti como se estivesse derretendo quando vi que muitos seguiram o toque dele com o olhar, talvez se questionando o que aquilo poderia significar. Eles não eram os únicos.

— Vão ter tiras em todo lugar, e todos vocês sabem que se não mexermos com eles, eles não mexem com a gente. Não quero saber de provocaçãozinhas de merda. Já temos problemas demais para arranjar mais um com o estado.

Todos assentiram em concordância, dando início em suas motocicletas só depois que Zayn o fez, como sempre, sendo o primeiro a sair pelos portões, como o guia; a ponta da frente de um triângulo. Eu não resisti e olhei para trás só para checar aquela massa de motociclistas atrás de nós. Nunca perdia a graça. Eu abracei a cintura de Zayn quando ele acelerou ao chegarmos ao asfalto das estradas principais, e, para a minha surpresa, ele soltou uma das mãos do guidão para poder entrelaçar os nossos dedos. Foi apenas por alguns segundos, mas eu ainda sentia o seu toque mesmo depois ele me soltou. Eu suspirei, deitando o meu rosto em suas costas e fechando os meus olhos enquanto o vento fresco da noite empurrava todo o meu cabelo para trás, ouvindo o conhecido, e agora até confortável roncar dos motores das motocicletas.

Depois de pouco mais de vinte minutos na estrada, tivemos que costurar entre os carros do centro de Austin para chegar até a alameda que estava fechada para o festival. Se tratava de uma grande rua cercada por um vasto conjunto de árvores, onde vários carros estavam estacionados por perto, causando um certo tumulto. Ignorando as placas que diziam onde todos deveriam estacionar, Zayn conseguiu entrar na alameda, se infiltrando entre cones e passando por três pessoas que vestiam coletes laranja neon com pequenos chapéus pretos e que tentaram dizer que ele não poderia fazer aquilo. Surpreendentemente, apesar das tentativas, eles não insistiram. O moreno seguiu até uma área de grama livre onde foi o primeiro a estacionar a moto, e assim fizeram todos os outros membros do clube. Uma música agitada e com um ritmo marcante tocava alto nas caixas de som espalhadas por todo o lugar quando eu desci da garupa, e com uma breve olhada ao redor, já pude perceber que como sempre, éramos o centro das atenções. Olhares assustados, de admiração ou de pura curiosidade. Fosse o que fosse, a sensação não tinha mudado. Eu ainda gostava daquele novo tipo de frio na barriga por ter temida ou ao menos respeitada. Sem pensar, ajeitei a minha postura, ficando mais ereta e jogando os meus ombros para trás.

Pump it, huh? — Harry disse, esfregando uma mão na outra e apoiando um dos pés em cima de uma das caixas de som, talvez, se eu não estivesse enganada, se referindo à música com uma careta. — Cadê a porcaria do rock? Estamos no Texas, porra.

— Não fiquem muito longe. Precisamos mostrar que estamos em grupo. O que nos resta agora é esperar. E por favor, sejam discretos. — Zayn explicou para todos enquanto eu observava tudo ao meu redor com a maior curiosidade do mundo. Pessoas andando para lá e para cá, crianças correndo e gargalhando com doces nas mãos, garotos e garotas andando de skate. Ao longe, haviam construções com luzes tão coloridas que eu quis saber imediatamente do que se tratavam. — Aquilo é um parque de diversões. Posso mostrar pra você depois. — O moreno me pegou de surpresa ao apontar com a cabeça para onde eu olhava. Eu assenti, sem conseguir evitar de procurar saber de mais coisas ao meu redor. Vi uma mulher comendo algo em um palito ao longe, o que me fez franzir as minhas sobrancelhas quando a minha barriga roncou.

— O que é aquilo?

— Empanado de salsicha. Você está com fome? — Eu assenti. Zayn tocou o fim das minhas costas e me conduziu pelo caminho até a comida, comprando para mim junto com uma latinha de refrigerante. Ele pediu o mesmo para ele, e já que todos os outros lugares pareciam ocupados, resolvemos nos sentar na grama, ainda perto das motocicletas enquanto os outros membros do clube preferiram por explorar ao redor. Depois de alguns minutos em silêncio, eu resolvi trazer um assunto à tona.

— O que é a mercadoria que vocês entregam?

— Como? — Ele pareceu ter entendido direito, mas era como se quisesse que eu confirmasse. Como se ele não tivesse certeza de que eu realmente queria saber sobre aquilo.

— A mercadoria. Jayden me falou que ele é um dos encarregados de entregá-la hoje.

— Claro. — Resmungou, mal-humorado. — As mercadorias são drogas, Eva. — Eu pisquei, esperando que ele explicasse melhor. Zayn levou o seu tempo, bebendo o último gole do seu refrigerante e amassando a latinha com uma mão só logo em seguida. — Na verdade, depende. Às vezes são armas. Em um festival como esse, todos esperam que nós sejamos os fornecedores.

— Então vocês entregam em troca de dinheiro?

— Exato. Mas não somos nós que saímos entregando de mão em mão.

— E por que as pessoas compram? — Ele lambeu o lábio inferior, formulando uma resposta para uma pergunta que, imagino eu, deveria ser complicada pela sua reação.

— Algumas pessoas são viciadas. Outras só querem se sentir melhor. Mais leves. — Explicou com cautela.

— Eu imagino que isso não faça bem a elas, certo?

— Nos preocuparmos com a saúde delas não faz parte do nosso trabalho. São eles que procuram por isso, nós não vamos atrás. Não é problema nosso.

— Entendi. — Eu coloquei a minha franja atrás da orelha, observando o movimento nas ruas por alguns segundos. — E sobre Rooker?

— O que tem ele? — Ele suspirou pesadamente, saindo de seu estado reflexivo, começando a exibir a carranca que sempre aparecia quando mencionavam o nome daquele homem.

— Você nunca me disse por quê eles são nossos rivais.

— Eva... — Zayn disse o meu nome como um aviso, como se aquela fosse uma área cinzenta. Eu não tinha dúvidas de que era, mas eu não aguentava mais ficar no escuro sobre todos os assuntos relacionados ao clube.

— O que aconteceu? O que ele fez? — Ele não olhou para mim por tempo suficiente para que eu achasse que ele apenas havia optado por me ignorar. Eu pousei a minha mão sobre a dele e, a princípio, ele não esboçou reação alguma, até que aparentemente conseguiu afrouxar um pouco da tensão em sua própria mandíbula para poder falar.

Ele matou a minha mãe.

Eu arfei, surpresa. Não saberia o que dizer a ele depois daquilo, e ele ainda não conseguia me olhar.

— Zayn...

— Serkan era um de nós. Assim como eu e muitos outros, ele nasceu naquele complexo, mas foi abandonado pela mãe, que não era uma old lady, e sim uma prostituta. Em uma noite, o pai dele, Ahmet, encheu a cara e tentou dar em cima da minha mãe, tentou força-la a transar com ele, e quando ela negou, ele a agrediu. Quando o meu pai descobriu, ele ficou tão puto da cara que o matou com as próprias mãos. — Eu cobri a minha boca com as minhas duas mãos, atônita, o que chamou a atenção de Zayn, que finalmente me olhou. — Não me olhe assim, Eva. Ele desobedeceu uma lei. Todo mundo no clube sabe que as mulheres comprometidas são território proibido. Se você tenta algo com alguma delas, você morre, e isso não é negociável. Ahmet sabia disso, e não importa se ele estava com a bunda cheia de cachaça. Ele morreu porque mereceu morrer. — O moreno grunhiu, gesticulando com as mãos e com os olhos cheios e mágoa e ódio velho guardado há anos. — É óbvio que Rooker se voltou contra nós pela morte do pai. Ele tinha dezesseis anos. Ao invés de ir até o meu pai como um homem de caráter faria, ele sabia que não teria chances. Foi covarde o bastante para ir até a minha mãe quando ela estava indefesa. Ele a fez de refém e atirou nela na minha frente. Foi um golpe certeiro, porque aquele foi o fim do legado de Yaser como presidente. Foi o seu maior castigo. Permanecer vivo, mas sem a coisa mais importante da vida dele.

— E o que aconteceu depois? — A minha voz saiu em um sussurro, trêmula.

— Eu tive que assumir a presidência do clube porque meu pai não tinha mais condições de fazê-lo. Rooker tentou me pedir perdão porque estava com medo, e alguns membros do clube resolveram ficar do lado dele porque achavam que ele era apenas um adolescente inconsequente e perdido, e que estava genuinamente arrependido. Se ninguém tivesse ficado do lado dele, porra, eu não teria hesitado em o matar, mas não poderia tomar aquela decisão sozinho. Eu não podia correr o risco de mais pessoas se voltarem contra o clube. Por isso, eu o expulsei, e ainda assim, muitos também resolveram sair com ele. Depois de um tempo, eu descobri que o filho da puta havia criado um clube com as pessoas que o seguiram e se tornado o Prez. Os Renegades. — Ele sorriu com escárnio, balançando a cabeça de um lado para o outro enquanto arrancava grama do chão com uma das mãos. — Parece que ele escolheu esse nome só pra zombar da minha cara, porra.

Eu ainda estava perplexa demais para dizer qualquer coisa. Zayn tirou um maço de cigarros e um isqueiro de dentro do bolso interno da sua jaqueta de couro, acendendo um deles logo em seguida com movimentos mecânicos, decorados. Ele estava um pouco elétrico por conta do assunto delicado, mas depois de apenas uma tragada, pareceu ficar mais calmo, soltando a fumaça pela boca lentamente. Se fosse assim, eu até entendia o porquê das pessoas comprarem esse tipo de droga. Eu não conseguia tirar os meus olhos dele mesmo quando ele olhou para mim.

Ele é meu primo. — Resmungou, dando de ombros, fazendo pouco caso.

— Primo?! — Eu arregalei os meus olhos.

— Meu pai matou o próprio irmão por causa de uma mulher. Tem dúvidas de que ele enlouqueceu?

Eu engoli em seco, tentando desenvolver as palavras que eu queria dizer, mas que pareciam estar embaralhadas na minha mente.

— Você faria o mesmo? — Eu praticamente sussurrei. Zayn tragou o cigarro mais uma vez, levando o seu tempo soltando a fumaça para frente depois de alguns segundos antes de olhar para mim, sério. — Faria o mesmo por alguém?

Ele pareceu me analisar por inteira com aqueles olhos castanhos capazes de me fazer perder o controle sobre os meus braços e pernas. Eu esqueci como se falava. Por Deus, eu não ficaria surpresa se esquecesse como se respirava quando ele me olhava daquele jeito. Zayn aproximou o rosto do meu e eu arfei, sem conseguir evitar de olhar para a sua boca entreaberta tão próxima da minha.

— Sim. Se alguém tentasse ter o que é meu, eu o faria sem pensar duas vezes. — Ele continuou me encarando, e eu, por alguma razão, não desviei o olhar. — Meu pai não é “gentil” como você disse, Eva. E nem eu.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a música eletrônica que tocava de dentro de um grande salão chamado Shakespeare’s Pub do outro lado da alameda simplesmente parou. Segundos depois, ouvimos a voz de Harry.

No microfone.

— É o Styles? — Zayn perguntou, ficando em pé, o que me fez fazer o mesmo que ele.

— Acho que sim. — Respondi, confusa.

— Mas o que foi que eu disse sobre sermos discretos, porra?!

Zayn caminhou em passos rápidos e decididos até o salão, e eu não tive outra opção a não ser atravessar a rua ao seu lado. Quando entramos pela porta, não foi difícil de encontrar o cacheado de olhos verdes no recinto, afinal, ele estava literalmente em cima de uma mesa. Com um microfone com o fio enrolado em uma das mãos, ele ditava algo para todas as pessoas presentes fazerem, e com uma rápida olhada pelo lugar, vi que a maioria dos membros do clube também estavam ali.

— Styles! Mas que inferno ele está fazendo?! — Zayn exclamou, tentando chamar a atenção dele, mas não obteve muito sucesso.

— Ok, está na hora de melhorar esse negócio com um pouco da música da minha terra. Creio que todos vocês conhecem essa. — Sem dizer mais nada, ele começou a bater os pés na madeira da mesa até criar um ritmo viciante, também batendo palmas eventualmente. Logo, todos o acompanharam, parecendo saber exatamente o que fazer. As paredes pareciam vibrar com todos se movimentando ao mesmo tempo como um som só, enquanto os garçons e garçonetes do salão não sabiam o que fazer diante daquela anarquia. E então, para arrematar, Harry começou a cantar, fazendo toda uma cena dramática e sendo o centro das atenções de todos. Depois de algumas palavras ritmadas, o coro de diversas vozes pareceu um só quando todos exclamaram “we will, we will rock you” duas vezes quando Harry apontou o microfone para a multidão. Sem conseguir evitar, eu cobri a minha boca com as duas mãos para esconder de Zayn que eu estava rindo. Muito.

— Ele enlouqueceu. — Zayn balançou a cabeça em incredulidade, cruzando os braços. — Eu vou esfolar a cara dele no pneu da minha moto depois disso.

Era uma letra fácil de decorar, com uma única frase como refrão, e não demorou muito para que eu pegasse o jeito da coisa. Para quebrar o gelo, eu comecei a fazer o que todos faziam ao nosso redor, também cantando o refrão junto com todos, batendo palmas para o alto e me juntando à massa de botas fazendo barulho contra a madeira. Eu podia ver que Zayn estava me observando e eu não conseguia parar de sorrir. Depois de alguns segundos, ele não resistiu e acabou rindo, ainda balançando a cabeça como eu percebi que fazia quando achava que alguma coisa era loucura. Bati o meu quadril no dele, tentando incentiva-lo a fazer o mesmo, mas eu sabia que era uma batalha perdida. Ele nunca daria o braço a torcer. Bom, pelo menos eu havia conseguido arrancar alguns sorrisos dele, no mínimo.

Depois que a música acabou, em meio a uma salva de palmas, gritos de comemorações e um Harry que se curvava na mesa com um braço atrás das costas em um agradecimento exagerado, ouvi a voz de Tank exclamando algo do outro lado do salão. Ele tinha Savannah no colo, que estava com os olhos marejados enquanto ele erguia um dos punhos fechados para cima.

Eu vou ser pai, porra! — Ele gritou para todos, elevando as comemorações a um outro patamar. Diversos membros do clube se dirigiram aos dois para lhes desejar parabéns em meio à abraços agressivos e piadinhas sobre paternidade, mas Zayn continuou ao meu lado. Ele me olhou com a boca entreaberta, surpreso, enquanto eu não conseguia evitar de sorrir diante daquela cena.

— Você já sabia. — Ele afirmou, decodificando a minha reação.

— Ela estava fazendo um teste de gravidez no banheiro quando eu a encontrei hoje mais cedo. — Eu dei de ombros, ainda sorrindo.

— Isso é louco. Eu literalmente vi esses dois se conhecendo. — Apesar do choque, foi a minha vez de decodificar a expressão dele. Alegria. Zayn estava feliz por aqueles dois. Eu não saberia dizer porquê ele afirmava tanto que não era um homem bom quando tinha atitudes como essa. Ele simplesmente parecia não enxergar.

Os lobos do inferno.

Eu e Zayn nos viramos para trás ao mesmo tempo, e eu congelei dos pés a cabeça ao conhecer aquele homem do dia no parque de McKinney Falls, principalmente depois de saber sobre a a sua história.

Parados no batente das portas do salão, Rooker e mais alguns membros do Renegades nos encaravam; alguns com deboche, outros com diversão. Serkan, no entanto, encarava Zayn com desafio, inclinando um pouco a cabeça para o lado, semicerrando os olhos castanhos e estampando um sorriso leve e sarcástico no rosto. Olhando assim, as semelhanças entre os dois pareciam óbvias agora.

— É sempre um prazer ver você, primo.


Notas Finais


Me perdoem pelo capítulo meio chato e parado, mas ele é importante. Eu prometo que a partir do próximo a história vai ficar mais interessante :)

Até o próximo capítulo!


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