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História Wild Love - Imagine Jackson - Ciúme de ex as vezes é útil


Escrita por: Izzy_C

Notas do Autor


Me deu vontade...

Só digo isso...

Beijos negros dessa Princesa das Trevas e do Mordomo Jeffrey!

Capítulo 4 - Ciúme de ex as vezes é útil


Fanfic / Fanfiction Wild Love - Imagine Jackson - Ciúme de ex as vezes é útil

Anteriormente/ IZZY ON

- Não precisa se desculpar. – Sua voz rouca me fez arrepiar, levantei os olhos e vi alguém tão...

AGORA / IZZY ON

Alguém tão... LINDO!

Era um homem que aparentava ter uns 25 anos, pele muito branca, cabelo castanho escuro liso com franja, lábios meio finos com um tom meio avermelhado, olhos negros que me olhavam com... Intensidade.

Ele usava um sobretudo preto, luvas de couro preta, uma calça social e um mocassim azul escuro.

Estava sério, segurando meu pulso com força, seus olhos analisaram minha pessoa da cabeça aos pés, mesmo estando agachada. Não me mexi, nem tirei meu olhar de seu rosto, nunca tinha visto um ser tão belo em toda minha vida. Quando nossos olhos se encontraram novamente, ele sorriu me mostrando seus dentes brancos, sorri fraco.

– Sinto muitíssimo. Estava completamente distraída... – Abaixei meu olhar para os papeis ainda no chão, recomecei a pega-los e me desculpei com a voz falhando.

O que estava acontecendo comigo? Nunca agi daquela forma antes! Não sou essa pessoa medrosa e envergonhada.

Ele riu e me soltou, ajudou a pegar suas coisas.

- Fique tranquila. Eu também estava distraído, essa coisa mais me atrapalha do que ajuda. – Seu tom era meio irritado, olhei para sua mão e vi o iphone. Peguei a pasta que estava entre nós, coloquei tudo que tinha em mãos dentro e o dono fez o mesmo. Ele trancou a maleta e me estendeu a mão para nos levantarmos juntos. Aceitei e ao estar em pé, percebi que seus olhos me encaravam e corei novamente. – Me perdoe pelo comentário, todavia, você fica linda corada. – As palavras foram ditas com calma e firmeza em um tom doce. Sorri em agradecimento e ele sorriu também, seus olhos desviaram para as flores em exposição que estavam à sua direita.– Peço que espere só um minuto. Por favor, não saia daqui, logo estarei de volta. – O homem entrou na floricultura, permaneci estática o esperando.

Por que eu estava daquele jeito? Por que fiquei vermelha? Por que estava com vergonha? POR QUE EU ESTAVA PARADA O ESPERANDO?

Nunca fui de obedecer ninguém, muito menos alguém que esbarrei na rua, menos ainda, alguém totalmente desconhecido que acabei de esbarrar no meio da rua.

Senti uma mão no meu ombro e me virei, vendo Marcos me olhar irritado, enquanto Luke e Ana me olhavam maliciosos, ao lado do mais alto.

– O que pensa que está fazendo? - Cruzou os braços me encarando furioso. – Não pode sair sem que eu esteja perto, nem falar com um desconhecido. – Essa criatura, vulgo Marcos, consegue me irritar muito rápido. Mesmo eu tendo virado escrava sexual, nunca o obedeceria.

– Eu acabei esbarrando nele, pois me virei para te olhar, só fui educada e o ajudei a guardar os papeis que derrubei, nada demais. – Meu ex tentou colocar a mão nos meus braços, mas eu desviei.

– Nada demais... Ficou estática o olhando super vermelha. Aliás, ainda está corada. – Luke disse sorrindo provocativo, minha amiga riu de minha expressão odiosa para o homossexual.

– Nós dois te entendemos, afinal, ele é um gato. – Riu pervertida, junto com meu amigo; revirei os olhos e respirei fundo, tentando ignorar a existência deles.

– Dane-se, vamos embora. Já deu o horário e tenho que te levar ao médico. –Aquela peste segurou no meu pulso e ia me puxar, se eu não me soltasse antes. – Vamos agora Izzy. – Se aproximou, quase colando seu rosto no meu. Pela forma como estava bravo, de punhos cerrados e voz firme, diria que Marcos estava com... Ciúmes.

– Marcos, sabe muito bem que não manda em mim. Não vou te seguir se não quiser, muito menos abaixar a cabeça para você. – Cruzei os braços e o fitei séria. Ele respirou fundo e me encarou cansado

– Por favor, va... –

- Estou atrapalhando? - Senti um novo arrepio quando aquela voz grossa chegou aos meus ouvidos. Virei-me e ele estava encarando o mais alto, com um buque de rosas negras em suas mãos. – Acredito que não. Isso é para você, senhorita. – Voltou seus olhos para mim e sorriu carinhosamente, estendendo as flores. – Sinto dizer-lhe, porém tenho que ir. Foi um prazer vê-la, espero que nos encontremos novamente. – Peguei as rosas e fiquei vendo-o enquanto se afastava, coloquei as flores próximas do meu nariz, aspirando seu cheiro bom e forte. Senti uma mão forte me segurar pelo antebraço e me puxar para o lado oposto.

– Vamos! Agora! – Me debati até conseguir me soltar do mais alto, esse se virou e me fuzilou. – O que foi agora? – Meus amigos vinham atrás de nós, cochichavam e riam baixo.

– Eu sei andar sozinha. – A frieza em meu tom era notável, Marcos apenas revirou os olhos e saiu andando. Comecei a segui-lo e logo os dois fofoqueiros já estavam do meu lado.

– Você devia ver a sua cara. Ficou paralisada enquanto olhava aquele gato. – Me deu uma cotovelada e riu travessa, Luke colocou o braço direito ao redor do meu pescoço e eu apenas mantive minha cara de tédio.

– Ele não era só gato, era gostoso e aquelas roupas o deixavam muito sexy. – Riu malicioso e a mais baixa concordou com a cabeça. – Nossa “Demi” até ganhou um buque daquele homão da porra. – As roupas do Luke estavam machucando a lateral esquerda do meu corpo.

O gay usava um agasalho azul com botões enormes no tom ouro, uma calça jeans preta, um sinto dourado com pedrinhas verdes e um all star vermelho de cano alto; total oposto do Marcos, que usava um sobretudo marrom com uma calça de moletom preta e um tênis Adidas preto e branco.

– Podem parar, viu? Ele foi muito gentil em me dar essas flores, contudo, essa não era sua obrigação. Aquele homem fez porque quis. – Os dois riram um tanto quanto alto.

– Primeiro: O gostosão te deu esse buque porque ele quis, só que, se ele quis é porque algo em você chamou sua atenção. – A azulada afirmou

– Eu aposto nas pernas. – A menina concordou com a cabeça e eu bufei impaciente. – Segundo: Uma certa Izzy ficou tão aérea com aquele Deus grego que se esqueceu de fazer a primeira pergunta que se faz quando conhecemos alguém. – Olhei confusa para o Luke. – “Qual é o seu nome?” – Com essa fala, senti como se um clique ocorresse dentro da minha cabeça.

Como foi que eu esqueci de perguntar o nome dele? Balancei a cabeça tentando esquecer essa indagação. Não tinha o por que de saber, nunca mais o verei mesmo.

– Já deu! Não quero mais ouvir sobre isso. –

– Não estamos falando nada de mais... Apenas que você teve uma paixonite pelo homem que esbarrou no meio da calçada. –O loiro mostrou a língua enquanto Ana ria travessa. Dei uma cotovelada no abdômen do Luke e um tapa leve no ombro de minha amiga.

– Eu não tive uma “paixonite” por aquele cara. – Estávamos entrando no estacionamento coberto que meu ex tinha deixado o carro. Esse estava uns 2 metros a nossa frente.

– Vão para a frente do carro! Eu vou pagar e já vamos voltar para o... o... Vocês sabem. – Seu tom era sério e suas pisadas, fortes. Eu sabia muito bem a razão dessas atitudes.

Desde que começamos o namoro, Marcos se mostrou um homem ciumento e um tanto quanto possessivo. Sempre que algum moço, mesmo que meu amigo, chegasse muito perto, ele fechava a cara e fuzilava o homem. Quando chegávamos em casa, meu ex me prensava contra a porta de entrada e dizia milhares de vezes no meu ouvido, com uma voz grave e claramente irritada: “Você é só minha, minha e de mais ninguém!”

Suas ações me irritavam, afinal, eramos namorados e não donos um do outro. Nunca gostei dele dizer que eu era “sua”, me sentia como um aparelho eletrônico que você compra. Sou um ser humano e pertenço somente a mim.

Fomos para perto do veículo enquanto o mais alto pagava, aqueles dois sem noção ainda estavam me irritando.

– Talvez não teve uma “paixonite”, entretanto, vontade de transar com ele, você teve. – A fuzilei enquanto essa se escondia atrás do nosso amigo, para não apanhar. O gay ria que se matava, e eu realmente queria matar os dois.

– Não tive vontade de transar com ele. – Fui firme.

– Não teve o que? – Mais que droga, esse ser tinha que estar atrás de mim justo agora? Vi as expressões de medo dos dois provocadores a minha frente. Me virei lentamente para Marcos que mantinha uma expressão furiosa. Seus olhos trasbordavam raiva, seus punhos estavam cerrados e tremendo um pouco, seus dentes estavam trincando dentro de sua boca. Mantive indiferença ao olhar para ele. – O que você disse? –

– Disse que não tive vontade de transar com ele. – Cruzei os braços e esse apenas me fuzilou ainda mais, ele destravou o carro e foi até a porta do motorista.

– Entrem! – Os dois maricas correram para o banco de trás; eu caminhei lentamente até o banco passageiro dianteiro, abri a porta, me sentei, coloquei o sinto, pus as rosas no meu colo e olhei para frente esperando-o dar a partida.

Passou-se uns 5 minutos e nada, o que caramba aquele idiota estava pensando? Ia me virar para perguntar quando senti uma respiração quente no meu pescoço. Marcos tinha se aproximado e mantinha a raiva dentro de si, pois sua respiração estava pesada. Vi pelo retrovisor interno aqueles dois se encolhendo dentro de um abraço. Não me atrevi a olhar o motorista, apenas encostei minha cabeça no banco.

 – Não acha que tem algo para me dizer? – O olhei de canto e pude perceber que um pedido de desculpas da minha parte era esperado.

Pedir desculpas pelo o que? Não fiz nada. Não pedi um buque, não derrubei os papeis propositalmente, não fiquei vermelha nem com vergonha por que eu queria... Arghhhh tenho que esquecer essa parte.

– Sim, acho. Se você continuar com essa atitude infantil, não vamos sair daqui hoje. – Ele bufou e sua respiração bateu contra a minha pele. O motorista se voltou para frente e começou a dirigir. Depois de 20 minutos em completo silêncio, chegamos no beco sujo e úmido.

– Desçam. – Marcos ordenou, Luke desceu e pegou as sacolas dos 3 no porta malas, Ana foi em direção à porta e ficou esperando ela ser aberta. Quando eu ia descer, aquele idiota me segurou pelo pulso. – Aonde você vai? – O olhei confusa e ele me olhou sério.

– Descer. Caso não lembre, você acabou de falar para todos descerem. – Meu ex me olhou como se eu fosse uma criatura estranha.

– Eu disse que ia te levar no médico. De as flores para a de cabelos azuis e fique sentada enquanto coloco os dois para dentro. –

– O nome dela é Ana! – Gritei o olhando brava. Será possível que ele não decora o nome dela? Já saímos para comprar roupas antes, é inacreditável que esse ser não grave.

– Ok. Ana. – Chamou a garota que se aproximou da minha porta. – Pegue esse buque e deixei na cama dela. – Apontou primeiro para as rosas e depois para mim.

– Está bem. – Abaixei o vidro fume e entreguei as flores a minha amiga.

O maior saiu do carro, abriu a porta e chamou a secretária. Ela apareceu, deu espaço para os meus amigos entrarem e sorriu para o Marcos que se virou antes dela fazer tal ato. Meu ex entrou novamente no carro, colocou o sinto, fechou a porta e começou a dirigir. Ficamos uns 10 minutos em silêncio até eu perguntar aquilo que estava me deixando um pouco nervosa.

– Para que me levar no médico? – Percebi seu olhar carinhoso em mim. Toda vez que eu quebrava o clima após uma briga nossa, ele me olhava assim.

– Esse médico é ginecologista, como você vai... Ter seu primeiro “cliente” hoje, queremos ter certeza que você está... está... –

– Sexualmente saudável e impossibilitada de passar algum tipo de DST? – Completei olhando o sinal vermelho.

– Exato. É um dos preparativos para sua estreia. –

– Você fala como se eu fosse uma estrela de k-pop e não uma prostituta. – Não tinha olhado em seus olhos desde que começamos a ir para o consultório. O sinal abriu e fique olhando as lojas de roupa que passavam rapidamente, à medida que Marcos acelerava.

– Você não é uma prostituta. – Senti a tensão em sua voz, ele negava isso para si com todas às forças, no entanto, não tinha como dizer o contrário.

– Vou ser a partir de hoje à noite. –

– Enfim... Temos horário marcado com o Doutor Taeyang e depois... –

– Espera! Doutor? O ginecologista é homem? – Primeira vez que vi sua face desde que ele entrou novamente no carro, e a olhei assustada. Pode ser até frescura, contudo, sempre me consultei com ginecologistas mulheres, pois me sinto mais à vontade. – Isso é sério? – O castanho estacionou o carro na frente de um prédio de uns 20 andares e me olhou desanimado.

– Eu sei que não gosta disso, mas esse cara é da confiança de minha mãe. Todos aqueles que são “alugados” são atendidos por ele. – O mais alto saiu do carro, deu a volta e abriu minha porta. – Também não gosto da ideia de ele te examinar, porém é o que temos. – Sua mão foi estendida para mim, a ignorei saindo do veículo e ficando a 5 metros da porta de entrada. Marcos trancou o carro, pegou no meu braço e me arrastou para dentro.

Aquele lugar parecia um hospital, paredes brancas, todos de jalecos, com pranchetas nas mãos. Fomos até a recepção que era uma mesa em formado de meia-lua com duas moças, uma ruiva e uma morena, usando roupas brancas.

– Com licença, temos consulta com o Doutor Choi Taeyang. Meu nome é Marcos e eu liguei marcando para a minha namorada, essa linda moça, no caso. – Nos aproximamos da ruiva e ele disse calmo, apontando para mim. Ela levantou o olhar e sorriu ao nos ver.

– Pois não. Já vou ver... – Essa digitou um pouco e logo sorriu novamente – Senhor Marcos Soares e senhorita Isadora Ambrósio? – O maior concordou com a cabeça. – Ótimo, seu horário é ao meio dia. Chegaram bem na hora. Por favor, peguem o terceiro elevador à sua esquerda, sigam até o terceiro andar e esperem no corredor. Logo o doutor chamará. – Disse por fim e voltou a olhar a tela.

Fui arrastada até o elevador. Marcos apertou o botão e começamos a subir, a porta foi aberta e nos deparamos com um corredor não muito comprido; havia 6 portas à direita e uma fileira de cadeiras à esquerda. Fomo até o meio e nos sentamos de frente para a porta com o nome do médico gravado no meio dela.

– Eu não devia ter feito algum exame antes de vir até aqui? – Disse baixo olhando para o chão, meu ouvinte se aproximou e disse olhando para minha boca:

– Há 1 semana minha mãe foi no seu dormitório, pegou uma amostra de sangue, saliva e pediu para você fazer xixi em um potinho. Se lembra? – Realmente, a cretina tinha feito aquilo. Passei minha mão pelo braço direito, me lembrando da picada provocada pela agulha, aquela cafetina fez questão de me fazer sentir dor enquanto pegava evidencias minhas.

– Infelizmente. – Continuei fitando o chão e aquela peste continuou aproximando sua boca da minha.

– Foi com aquilo que fizemos alguns exames prescritos pelo ginecologista. – Colocou sua mão sobre a minha, fazendo-me o encarar com nojo. – Queria que eu tivesse a picado. Seria mais carinhoso do que minha mãe. Ela não sabe como tratar uma mulher como você. – Sua voz estava ficando mais grave, enquanto suas palavras soavam doces nos meus ouvidos, já sentia sua respiração em meus lábios e seus olhos estavam fixos nos meus. Me afastei, tirando sua mão da minha.

– Provavelmente, essa falta de conhecimento é hereditário. – O fitei fria em resposta, vi seus olhos irem ao chão enquanto ele suspirava tristemente.

A porta a nossa frente foi aberta, relevando um oriental magro, alto, com olhos negros e cabelos negros, puxados para trás com um gel brilhante. Ao por seus olhos em mim, sorriu safado e estendeu sua mão. Ele usava uma blusa social, uma gravata preta, uma calça de smoking, sapatos sociais e jaleco. Me levantei e acetei sua mão, o maior se aproximou, encostando seu corpo no meu.

– É um prazer conhece-la. Meu nome é doutor Choi Taeyang, contudo, pode me chamar apenas de Taeyang. – Havia um pouco de malicia na sua voz, o que me fez perder o restinho de paciência que eu tinha. Será possível que eu não posso ficar livre de homens abusados? O empurrei e entrei pisando duro em seu consultório, os dois ficaram parados na porta me olhando perplexos enquanto me sentava em uma cadeira de frente para a mesa do médico.

– Peço desculpas doutor Choi. Ela é meio... Impulsiva. – Disse se sentando na cadeira ao meu lado e me olhando feio. O de jaleco riu falso, fechou a porta, deu a volta na mesa e sentou de frente para nós, me encarando descaradamente.

– Sem problemas. Ela não é a primeira mulher que é... Impulsiva, no meu consultório. – Seu sorriso atrevido estava me deixando enojada. O vi pegar uma série de envelopes brancos e os abrir, ele examinou atentamente os papeis. – Pelo que posso ver, está tudo em ordem com a senhorita. Seus exames estão ótimos, nada fora do comum. – Sorriu falso e eu me mantive séria. Seu olhar sobre mim era devorador; estava me segurando para não acerta-lo bem no meio do rosto pálido. – Agora... Vamos examinar o aspecto “físico”. – Disse safado, enquanto abria uma gaveta da mesa retangular, logo um par de luvas de plástico amarelo apareceu em suas mão. – Por favor, retire as botas, a calça e sua calcinha. Deite na “poltrona”. – Apontou com a cabeça para a cadeira de atendimento, enquanto colocava as luvas. Me levantei, retirei o sobretudo e joguei na cabeça do Marcos, fui até aquela “poltrona”, retirei as botas, a calça e a calcinha de renda azul escuro. Me deitei, ficando com as pernas dobradas; meu ex se levantou, deixando minhas roupas no seu lugar, e foi para perto de mim, permanecendo encostado na parede, ao lado da cadeira. O médico tarado se sentou em um banquinho giratório e ficou de frente para minha intimidade. – Abra as pernas, querida. – Balancei a cabeça negativamente – Por favor, preciso te examinar. – “Você quer fazer outra coisa, isso sim.”. Com muito arrependimento, eu abri, ouvindo seu risinho baixo. Fiquei meio tensa e olhei para o Marcos, que mantinha uma expressão séria, observando atentamente cada passo do ginecologista. – Visualmente, não tem nenhuma anomalia. Nenhum sinal de doença, infecção, inflamação... – Senti ele colocar um dedo no lábio maior esquerdo e senti um calafrio passar pela minha espinha.

– Já chega, doutor. – Seu tom autoritário tinha sido muito bem usado, já que o Taeyang tirou a mão e se afastou. – Ela não tem nada, certo? - Se aproximou daquele que estava sentado, o encarando sério. O médico concordou com a cabeça e se levantou, voltando para sua cadeira.

Marcos olhou para meu rosto, fazendo um esforço enorme para não olhar minha intimidade. A verdade é que ele já me viu nua diversas vezes, já que eu costumava tomar banho de porta aberta. Enquanto me lavava ficávamos conversando; ele, parado na porta do banheiro, ficava me olhando de cima a baixo e mordendo o lábio inferior de tempos em tempos.

– Feche as pernas, se levante e coloque a roupa novamente. – Me sentei e ele me entregou minhas vestes, as coloquei e sentei novamente na cadeira de frente para o ginecologista. – Ela está liberada? - O fato do meu ex estar sendo tão curto, grosso e direto estava me divertindo um pouco.

Aparentemente ele ainda sente ciúmes, e que bom que esse sentimento mesquinho estava presente para me ajudar nesse momento constrangedor. O doutor anotou algumas coisas em sua prancheta e olhou para nós dois.

– Sim, ela está. Não há nada de errado com essa... Bela moça. – Mordeu o lábio inferior enquanto me olhava de cima a baixo. – Podem ir. – Nos levantamos e o mais alto já estava na porta a abrindo, fui em sua direção e ele me deu espaço para passar. Coloquei o pé para fora da sala e ouvi a afirmação do ginecologista, que estava virado de costas para a saída. – Estarei presente no seu leilão mais tarde senhorita, procure um senhor “Doctor of Love”, serei eu. – Espera... Leilão?!

 



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