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História Wild Ones - Back to the basics


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


Galerinha eu cometi um erro terrível no primeiro capitulo dizendo que a Lizzy tem 18 anos, na verdade ela tem 23 anos. Sorry!
Espero que gostem do Capitulo, boa leitura! ♥

Capítulo 3 - Back to the basics


Fanfic / Fanfiction Wild Ones - Back to the basics

“Baby, nós poderíamos voltar as origens...”

 

Após Joseph me dizer tudo o que eu deveria fazer, peguei meu cadillac e dirigi até Charming, foram mais de dois dias de estrada! Eu estava morta e acabada. Ao passar pela placa de boas vindas de Charming eu já comecei a reconhecer o cheiro das plantas molhadas, a cidade caipira me deixou um pouco nostálgica. Passei pelo pequeno parque onde costumava brincar quando criança, pela escola em que estudei até os quinze. Conhecia cada canto, nada mudara desde a última vez em que estive por aqui, isso já faz seis anos.

Apertei a campainha da mansão uma, duas, três vezes e nada de ninguém atender.

-Que droga, tia Betty! – a xinguei. Betty, isso mesmo, a vaca possuía o mesmo nome que o meu.

-Já vai! – ela gritou. Onde estão seus modos? – Desculpe eu esta... Elizabeth! – ela quase caiu para trás ao me ver, sorri vendo a surpresa da minha querida tia, parada ali na porta, branca como se tivesse visto um fantasma. Acredito que ela preferia ter visto um a ter visto Elizabeth Grant retornar ao lar depois de tantos anos.

-Tia! – fingi estar alegre – quanto tempo – falei.

-O que você está fazendo aqui? – ela perguntou, como se tivesse lembrando como se respira.

Olhei para cima e li os nomes “Wooldridge Grant”.

-Ah, lembrei que a mansão continua pertencendo aos Grant. – falei – não vai me convidar para entrar? Tanto faz... – passei por ela entrando na mansão, fiz uma cara de nojo ao ver como ela deixou toda a casa: um completo chiqueiro. – coloquei uma das minhas malas perto da mesinha e chamei algum empregado: ninguém me respondeu. – Cadê os empregados daqui?

-Tive que manda-los embora. – falou – as coisas estão um pouco difícil.

Coloquei as mãos em minha cintura

-E quem vai carregar minhas bagagens? – bufei, caminhei até perto do carro novamente e chamei dois garotos que andavam de bicicleta.

-Hey! Duzentos dólares para cada se levarem minhas malas para o meu quarto, segunda porta a direita no segundo andar.

Os garotos sorriram entre si e logo começaram o serviço, joguei-me em cima do sofá e logo um pó subiu fazendo-me tossir.

-Mas que porra... Você já ouviu falar de limpeza tia Betty?! – reclamei.

-Elizabeth não tenho tempo para limpeza, estou sempre trabalhando.

-Tá! Tá! Eu já ouvi o bastante. Cadê Marina? Estou morrendo de saudades dela.

-Está na faculdade – arqueei as sobrancelhas, surpresa. Eu não julgava Marina como uma das pessoas mais inteligentes que eu já havia conhecido, mas a garota era esforçada. Os garotos terminaram o serviço e eu lhes paguei o que devia.

-Vou para o meu quarto, preciso de um banho e arrumar minhas coisas.

-Está pensando em ficar? – ela perguntou, eu revirei os olhos. Odiava que ficassem no meu pé.

-Der, a pergunta correta será: Eu devo te deixar ficar? – falei olhando-a nos olhos, o medo tomou conta de si e eu ri com aquilo. Depois que tomei meu banho e arrumei minhas coisas, desci até a cozinha faminta; precisava comer alguma coisa. Betty estava sentada a mesa comendo alguma coisa nojenta, abri a geladeira e não havia nada de interessante ali para comer ou beber, apenas cervejas baratas.

-Como vocês vivem aqui? – disse sentando-me a frente dela.

-Elizabeth, por que voltou? Cidades pequenas te deixam entediadas... E está tudo tão calmo por aqui. – sua voz tinha um tom medroso, como eu gostava de ouvir. Acendi um cigarro e ri da cara da minha tia medrosa.

-Eu senti saudades – fingi um tom de voz ofendido, mas ela me conhecia bem: eu não sentia saudades. Gargalhei. – O que eu vim fazer aqui não é da sua conta. Fique fora dos meus serviços ou eu acabo com você, titia.

Ela ficou calada me encarando por alguns segundos.

-Eu vi no noticiário, eles estão atrás de você. Deixou uma pilha de corpos desde Chicago até Seattle.

-Não! – ergui o dedo e interrompi a chata falante. – eles estão em busca de outra garota! Que aparentemente fugiu de Seattle e está escondida perto das montanhas no Canadá. Aqui eu sou Elizabeth, filha do ex prefeito de Charming, e é só o que vocês precisam saber sobre mim.

-Por que matou todos aqueles homens? – perguntou

-Por diversão, é claro – não pude deixar de rir. Ela bufou e revirou os olhos, bebendo mais um pouco daquele chá horrível que ainda tinha a mania de fazer.

-Mãe? – ouvimos a voz de Marina ecoar pela casa – cheguei!

Betty levantou os olhos para mim, e eu soube que ela ainda não me queria próxima de sua filha. Como seu eu fosse a má influência aqui! Eu sorri e levei a garrafa de cerveja a minha boca.

-Lizzy! – ela disse arregalando os olhos entrando na cozinha – eu não posso acreditar, é você?

-Olá, querida. – respondi levantando-me e indo diretamente abraçar minha prima, da qual eu sentia falta. Ela abriu os braços e me recebeu num belo e aconchegante abraço.

-Como, quando, por que... – ela começou a falar exasperada.

-Hey! Não importa, eu voltei. – falei – tenho negócios aqui e vou ficar por um tempo.

 

Explicar para Marina o porquê da minha estadia em Charming não era uma tarefa tão difícil, tendo em vista que a garota sempre me admirou e quis seguir meus passos, porém, foi impedida pela velha gorda que ainda tomava seu chá na cozinha.

-Escuta... Amanhã uns amigos meus virão para Charming trazer umas pequenas amostras dos produtos que vou começar a vender, quero que você vá comigo.

Ela abriu um sorriso e seus olhos brilharam. Não havia uma razão especial para eu querer a loira comigo, eu simplesmente gostava da companhia dela.

-É como maquiagem, roupas, algo assim? Vai abrir uma loja? Vai nos tornar ricas? – disparou, eu ri com a inocência da minha querida prima.

-Yeah, honey, nós vamos ser ricas. Mas não trabalharemos com maquiagens e nem roupas, é algo mais especial. – Sorri pensando nas minhas doces e belas encomendas que já estavam a caminho de Charming, chegariam pela manhã seguinte. A noite, Marina me ajudou a arrumar meu quarto, o quarto principal, obvio. Ainda havia um cofre atrás do pequeno armário, o empurrei com delicadeza e digitei a senha que não saia da minha memória nunca.

-Tem um cofre ai? – ela disse vendo-me. – Aliás, mamãe me fez procurar por esse cofre a casa toda. – apenas sorri, o cofre se abriu e meus olhos brilharam ao encontrar as notas que estavam ali. Os olhos de Marina também brilharam. – Tanto dinheiro – comentou – quanto você acha que tem aí?

-7 Milhões. – falei, coloquei a caixa preta de veludo dentro do cofre e fechei-o novamente, Marina se encontrava confusa.

-Então, estávamos passando fome atoa todos esses anos? – disse, sentei-me na cama e acendi um cigarro. Traguei, soltei a fumaça e sorri para ela.

-Não. Sua mãe parece bem capaz, o que ela faz o dia todo? – disse sarcástica. – Todos esse dinheiro esteve esperando a minha volta. Não se preocupe, querida, as coisas vão melhorar.

Eu contava com isso.

Na manhã seguinte fui com Marina encontrar Vitaly e Katherine, eles estavam em Stockton, a cidade vizinha.

Estacionei o carro a uma distância considerável do galpão, xinguei-me por estar usando saltos.

-Lana! – Vitaly abriu os braços e me abraçou, Marina juntou as sobrancelhas provavelmente questionando-se sobre o nome que o rapaz acabara de me chamar. – Pontual.

-Vitaly, essa é minha prima Marina. Marina, este é Vitaly. Cadê a Katherine?

-Aqui – ela gritou acenando para mim, caminhamos mais um pouco e adentramos o galpão. – Trouxemos apenas uma caixa! Se os Mayans aceitar, o próximo carregamento será no sábado a noite, trouxemos tudo o que você vai precisar.

Enquanto falava eu a seguia, e Marina vinha no meu encalce. Observando tudo de forma silenciosa. Paramos em frente a um dos caixotes e Vitaly o abriu, retirou algumas palhas de cima das armas e logo o brilho delas tomou conta dos meus olhos, meu coração até acelerava por estar próxima a elas. Eram tão extraordinariamente belas. Peguei a primeira que eu vi, Kalashnikov 47. Ergui a arma e mirei para uma parede vazia.

-El... – Fuzilei minha prima com o olhar, tinha dito para não usar meu nome na frente de estranhos – O que estamos fazendo com isso?

-Lembra do que eu te falei ontem? É isso que vamos vender. – falei guardando a arma novamente. – Você não tem que se preocupar, querida, está tudo bem. – falei colocando as mão sem seu ombro, ela tremia. – Um dia, logo talvez, nós vamos embora dessa cidade com a maior quantia de dinheiro que podermos ter, ok? Só preciso que confie em mim.

Ela sorriu olhando em meus olhos. E eu soube que poderia confiar nela.

Administrar a venda de armas daquela cidade pequena deixaria tudo mais animador, se não fosse, eu não ficaria aqui. Apesar de Charming ser uma cidade tranquila, não era o meu negócio. Não viajei todo os Estados unidos para terminar em uma cidade caipira atoa. Katherine e Vitaly estavam aqui para me ajudar com a chegada das armas, eu só precisa contatar nossos novos clientes que estavam em guerra. Mayans motorcycle seriam ótimos compradores, o que eu não esperava era comprar uma guerra com outro moto clube local.

-Nós temos os nossos fornecedores... – Disse Alvarez retirando charuto da boca.

-Eu sei, Sons of Anarchy têm vendidos brinquedos para vocês – falei, indiferente – acha que é um bom negócio? Comprar armas do mesmo fornecedor dos seus inimigos? Acha que o Niners e os chineses não sabem quanto poder de fogo vocês tem? Laroy e Linn são amiguinho dos Sons ah décadas, pense nisso. – ele ficou quieto, se entreolhou com o seu VP (vice-presidente) e eu continuei – eu conheço o armamento que SAMCRO tem vendido para vocês, e quer saber? Consigo para vocês por um preço mais baixo.

-As armas são realmente muito boas. – disse o VP.

-Sim, para briguinhas de ruas! – respondi ao garoto, Alvarez coçou o queixo pensativo. Eu já o tinha ganhado desde o momento em que ele olhou para as minhas pernas. – eu não estou falando sobre brinquedos, mas sobre poder de fogo. Esse é um dos meus favoritos – peguei a arma e coloquei sobre a mesa – honestamente os armamentos russos são surpreendentemente belos! Minha querida Kalashnikov, ou AK-47 se preferir, russa. E essa aqui é diretamente da Alemanha, é uma metralhadora leve, calibre 5,56 mm, mais conhecida como HK MG4 – enquanto eu colocava as armas sobre a mesa eles as olhavam, admirados. – HK416, rifle simples de assalto, também com calibre 5,56 mm e alcance de 600m. É um dos melhores feitos na Alemanha... Minha adorável Uzi! – peguei a arma com cuidado – vocês conhecem ela perfeitamente, uma Thompson M1921, e para finalizar M16, usado pelo exército Americano, ah, e podem ganhar algumas granadas de brinde – sorri.

Eles continuavam calados, analisando as armas com cuidado, admirados, porém confusos. Olhei para Marina que estava estática, olhando para as armas aterrorizada. Ah, logo ela se acostuma! Me faz lembrar de mim.

-Elizabeth, não é? – Falou Alvarez com o sotaque Mexicano – por que confiaríamos em uma mulher desconhecida? Como você consegue essas armas?

-Como eu consigo não vem ao caso. – falei rapidamente e suspirando. – e confiariam em mim pelo mesmo motivo que confia em SAMCRO. – comecei a guarda-las novamente com cuidado.

-Não temos tanto dinheiro – disse um dos homens de colete.

-Ah, eu sei como a venda de Cocaína e Heroína está rendendo bons lucros em Stockton, Oakland, Richmond, Concord e Daly City. As vendas subiram 70% esse ano, não foi?

Eles ficaram assustados com o meu conhecimento sobre o trabalho deles. Não era difícil conseguir informações de dentro do moto clube, bem, pelo para nós mulheres não. É por isso que prefiro trabalhar com mulheres do que com homens, homens! Sempre abrindo a boca para as primeiras que lhes abrem as pernas.

-Eu sei de tudo, querido – disse colocando a última no caixote.

-Vamos ter que levar isto para a mesa – ele disse.

-Como quiser – respondi sorrindo – eu sei como as coisas são difíceis, fizeram um acordo com SAMCRO mas vou ter que continuar oferecendo meus serviços para outros clientes, nada pessoal apenas negócios. Vocês tem até amanhã a tarde para me responder. See you, boys.

Vitaly ficou de cuidar do caixote guardando-o no mesmo deposito.

A noite, Marina insistiu para que fossemos a algum lugar juntas. A garota me tinha como uma irmã mais velha, eu cedi aos seus pedidos, ela era a única que me restara. A única pessoa que eu podia amar e confiar intensamente, pois eu sabia que ela não me abandonaria como todos fizeram. Era o mais próximo do amor que eu conseguia sentir por alguém, as outras pessoas me causavam nojo e desprezo, foi assim desde os meus dezoito anos quando tive que aprender a me virar sozinha pelas ruas de Nova York.

Fomos à um bar beber algumas cervejas e conversar, ela me contava sobre um garoto que estava ficando mas como ele a tratava super mal na frente dos amigos.

-E o que você ainda está fazendo com esse idiota? – falei tomando um gole da minha cerveja.

Ela pensou um pouco.

-Eu gosto dele... E as vezes vale a pena, sabe?

-Honey, se ele só te quer as escondidas, por que você acha que isso valeria a pena? O cara é um idiota e não percebe a garota que tem aos seus pés. – ela abaixou os olhos um pouco triste. – Ah, não fique triste, eu estou aqui, vamos nos divertir. – disse tentando arrancar um sorriso dela, e consegui.

-Lizzy, olhe quem está aqui. – ela disse baixo, olhei para trás apoiando meu braço no encosto da cadeira. Meus olhos foram diretos nele, jeans, camiseta branca e colete. Estávamos no verão, então ele não estava usando uma de suas jaquetas como o sempre via. Ver ele trouxe uma mistura de sentimentos nostálgicos, mais uma onda de más e boas lembranças que deixaram-me zonza por alguns segundos. Uma mão no bolso da calça e a outra segurava um cigarro, o patch de presidente era visível. O que? Ele era o King agora? Fiquei com a boca aberta por alguns segundos. Estava começando uma batalha com Jax Teller! Meu primeiro amor, o meu primeiro homem, e eu não sabia disso.

Virei-me novamente para Marina.

-Está tudo bem? – ela perguntou preocupada, mas a voz dela parecia apenas um som de fundo na minha cabeça – Lizzy, está pálida. Pensei que ficaria feliz em vê-lo novamente.

-Quando Jax virou o presidente dos sons? – consegui soltar.

-Não muito tempo, uns dois anos. Desde que Clay foi dado como morto... – ela disse. Enterrei minha cabeça entre a palma das minhas mãos, minha intenção não era feri-lo e nem queria colocá-lo nesta batalha mas era tarde demais, eu não podia dar para trás. O passado ficou para trás, não importa o que fomos antes, o que importa é o agora.

 



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