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História Wildest Dreams - Four


Escrita por: drunkzialler

Capítulo 4 - Four


Justin's Point Of View

Marcos e Jack me explicavam como seriam as sessões enquanto esperamos Annabelle ficar pronta. Pelo que eles me falavam, esse ensaio seria bastante interessante. Eu nem conseguia entender porque Annabelle estava demorando tanto. Aparentemente, haveria roupa de menos. Eu mesmo, já pronto, vestia uma cueca branca da nova coleção da Calvin Klein – afinal eu tinha que divulgar a marca – e uma calça jeans folgada. 

Pelo que eu entendi, seriam 2 fases. As duas teriam como objetivo a sensualidade. Seria hipocrisia se eu dissesse que não estou gostando disso, afinal, desde ontem, quando conheci a senhorita Beaumont pessoalmente, não consigo tirar os olhos dela. Além de linda, é gostosa pra caralho. 

Mal podia esperar para vê-la em trajes sensuais. Ou quem sabe sem traje algum. 

Mais um tempo esperando e ela chegou junto de um funcionário. Eu fiquei a encarando discretamente enquanto Marcos acenava para que ela se aproximasse. Ela estava vestida em um roupão, assim como eu. Nem preciso dizer que estava ansioso para vê-la sem esse obstáculo para meus olhos.

— Querida. Eu e Jack já explicamos o ensaio para o senhor Bieber, então ele vai te guiando durante as sessões, de acordo? – perguntou Marcos.

— Pode ser. – ela respondeu timidamente. Ela estava linda, mais do que o usual, se é que era possível. Seus olhos esverdeados estavam destacados e seu cabelo levemente bagunçado. Ela me olhou pelo canto do olho e sorriu de lado. Ela parece não perceber o quanto é sexy. Se soubesse, não me daria um sorriso desses.

Marcos mandou todos para seus lugares para que o ensaio fotográfico começasse. Mas eu não desviei meus olhos dela, que parecia distraída com a afobação de todos naquele local. Queria que seus olhos encontrassem com os meus novamente. Segurei em seu pulso chamando sua atenção para mim.

— Vamos começar em frente à cama. – guiei-nos para nossas posições. Aquele roupão já estava me irritando, então decidi me livrar dele. – Posso? – perguntei indicando o roupão, tirando-o assim que a permissão foi dada. Propositalmente, arrastei meus dedos por seu pescoço e a vi se arrepiar. É gratificante saber que eu não sou o único afetado por nosso contato. 

Ao retirar seu roupão, vi que ela vestia apenas uma camisa social masculina que, de alguma forma, delineava suas curvas e batia na metade de suas coxas fartas. Os botões estavam todos em suas casas, não deixando margem para um decote digno daquele corpo. Minha vontade era de abrir todos aqueles botões, mas desviei o olhar de seu corpo antes que fizesse algo de que me arrependesse depois.

Me preocupei em tirar meu próprio roupão. Percebi seus olhos esverdeados encarando meu tronco desnudo e não demorou muito para que ela se virasse desviando o olhar. Ri de seu jeito tímido.

— Todo mundo em suas posições! Tudo certo. Justin, vá para trás de Annabelle. – Marcos pediu e eu o fiz. Como indicado anteriormente por Jack, e talvez como aquilo que eu queria desde quando a vi vestida nestes trajes, segurei em sua cintura por trás e colei nossos corpos. Ela se arrepiou mais uma vez quando minha respiração quente bateu em seu pescoço. Dessa vez ri presunçoso. O que eu gostaria de fazer com essa mulher...

A equipe fotográfica tirava algumas fotos mas não pareciam satisfeitos. Então, Marcos parou com tudo e se dirigiu até nós. Ele abriu os dois primeiros botões da camisa social que Annabelle vestia. O que eu queria fazer desde que a vi pela primeira vez nessas vestes. Ou talvez parte do que eu queria.

Isso fez com que grande parte de seu busto aparecesse e, caralho, minha imaginação não se equiparava à realidade. A renda vermelha deixava-a com um ar completamente sexy e tive que usar meus dotes teatrais para que não transparecesse nada em meu olhar. Annabelle pareceu indignada, mas não falou nada.

Mais algumas fotos assim e Jack sugeriu que já haviam fotos suficientes para a primeira fase. Concordando, Marcos e a equipe começaram a se preparar para a segunda e última fase. Então comecei a tirar a calça, assim como me fora instruído. Annabelle pareceu legitimamente surpresa ao ver meu ato, até que Marcos chamou sua atenção. 

— Beaumont!  Tire a camisa social, por favor. 

E se eu achava que ela estava surpresa antes, agora parecia que a coisa mais inusitada havia acontecido, a julgar por seus olhos arregalados. Ela olhava em volta como se todos fossem rir e dizer que era piada. Vendo que não era brincadeira, ela fechou os olhos e respirou fundo. Ela era tão linda e espontânea. Pessoas que não forçam suas ações são difíceis de se encontrar no meio artístico.

Então ela começou a desabotoar a camisa social. E a cada botão fora de sua casa, eu a comia mais e mais com os olhos. Depois de abrir completamente a camisa, Annabelle a jogou no chão. Acho que ela é a mulher mais gostosa que eu já vi. Suas coxas e seios fartos contrastavam com a cintura fina e a barriga lisa. A visão dela vestida assim sobre os saltos pretos me fez ficar duro. Parecia uma daquelas modelos de asinhas. Seus longos cabelos batiam um pouco acima da cintura e estava com o rosto corado. 

Ela olhou para meu rosto e pareceu saber exatamente o que eu estava pensando. Talvez nem meus anos de faculdade e as diversas experiências na atuação eram suficientes para camuflar o tamanho tesão que eu sentia por ela naquele momento. 

— Justin, sente-se na cabeceira da cama, por favor. – fiz o que ele pediu. – Agora Annabelle, suba no colo do Justin de frente. – Annabelle fez mais uma de suas caras surpresas mas dessa vez ela tentou disfarçar. Ela aprende rápido. 

Receosa, se ajoelhou na cama com um joelho de cada lado de meu corpo. Sem contato. Ela parecia insegura e envergonhada. Obviamente, não estava acostumada com esse tipo de coisa.

— Não se preocupe. – falei para ela baixinho. Segurei firme em sua cintura e gentilmente a desci sob mim. Ela olhou para mim o tempo todo, o que fazia com que eu ficasse mais duro ainda. Ela com certeza já havia percebido meu estado. Annabelle estava tensa e tentava amenizar o máximo possível o contato entre nossos corpos. – Tente relaxar. – sussurro.

Ela olha para mim durante alguns segundos e finalmente relaxa em cima de mim. O pleno contato entre meu corpo e o calor entre suas pernas me fez arfar. Eu parecia um virgem com a primeira namorada, caralho.

— Isso. Annabelle, se aproxime mais do corpo do Justin.– disse Jack. Ela olhou para seu empresário pedindo por socorro. Há! Até parece que não estava gostando. – Ah, vamos! Não tenha vergonha! – continuou ao ver a relutância de Annabelle.

Então ela fez o que ele pediu. E puta merda, depois eu ia agradecer Jack por isso. Ela se acomodou bem em cima do meu pau e colou nossos troncos. Minhas mãos que ainda seguravam firmemente sua cintura coçaram para descer até sua bunda, mas forcei-as para que elas continuassem ali, aumentando o aperto.

Ela envolveu meu pescoço com os braços e aproximou nossos rostos. Os fotógrafos adoraram e começaram a tirar mais um monte de fotos. Virávamos nossos rostos em diferentes posições. Annabelle sempre com o seu sorriso no canto da – deliciosa – boca.

— Está ótimo assim. Agora quero um beijo. – disse Marcos manejando sua câmera profissional de um lado para outro. Olhei de volta para Annabelle e ela fez o mesmo. Com a mão direita, segurei a lateral de seu rosto e acariciei sua bochecha com o polegar. Ela, por sua vez, subiu as mãos para meu pescoço e colou nossos lábios. 

Só podia sentir os flashes enquanto sentia seus lábios nos meus. Eles eram macios, assim como sua aparência indicava. Mas, cedo demais, ela se afastou. 

— Quê isso princesa? Dê-nos um beijo de verdade. – depois de hoje vou pagar uma cerveja para Jack. É como se ela estivesse fugindo de algo. Ela pareceu se conformar e aproximou nossos rostos novamente. Dessa vez fui eu que pressionei nossos lábios e não perdi tempo para entreabrir meus lábios e separar os seus com a língua. Com isso, ela se remexeu sobre mim procurando alguma posição mais confortável, ou talvez, mais contato. Gemi. A puxei mais para mim, se é que era possível, e a beijei de verdade. Da maneira que alguém como ela merecia ser beijada.

Embrenhei meus dedos em seus cabelos e os puxei. Pude ouvi-la gemer. E caralho. Era melhor que ela não tivesse o feito. Isso foi a margem que minha imaginação precisava para que imagens dela gemendo meu nome passassem a tomar a minha cabeça. 

Desci a mão que permanecia em sua cintura para sua bunda e pressionei meu pau em sua virilha e nós dois suspiramos por entre o beijo. 

— Já tá bom pessoal! Eu pedi um beijo, não um pornô! – lembra daquela cerveja? Esqueça-a. Mordi seu lábio inferior, partindo o beijo contrariado.  – Acredito que já temos o necessário dessa posição. 

Relutante, deixei Annabelle se afastar, mas sempre encarando seus olhos. Seu cabelo estava mais bagunçado pelos puxões e seus lábios estavam inchados, completamente gostosa. 

— Tem razão, nessa posição já deu. Agora quero Justin por cima. – disse Marcos. Quando Anna saiu de cima de mim, a vi olhar para baixo. Segui seu olhar e ela encarava a montanha na minha cueca bóxer branca. Olhei de volta para ela e ela estava novamente corada. Me encarou e sorriu de lado, convencida. Olha só, ela sabe brincar!

Ela, não quebrando nosso contato visual, deitou-se na cama e me chamou para cima dela com o indicador. Daqui a pouco meu pau ia rasgar a cueca. Fui para cima dela e sem querer saber de nada, a beijei novamente. 

Pressionei nossas intimidades e controlei meu peso com um dos braços apoiado ao lado de sua cabeça. Nossas línguas lutavam em um beijo selvagem.  Eu podia ouvir os cliques das câmeras. Anna subiu as duas mãos para meus cabelos e os puxou, assim como eu fiz mais cedo. Pela falta de ar, desci meus beijos por seu pescoço.

Sua pele era cheirosa e deliciosa. Enquanto eu deixava um rastro molhado por seu pescoço, ela pressionava minha cabeça contra sua pele com as mãos. Subi para sua orelha e mordi o lóbulo, causando mais um gemido. Passei a brincar com o elástico de sua calcinha com meus dedos. Claro que eu não iria despi-la, ainda mais na frente de todos, mas em minha imaginação, eu imaginava diferentes cenários de como isso seria se fosse pra valer. E também queria provoca-la um pouco. 

— Chega, chega! – Marcos acabou com a minha – nossa – festa. Parti o beijo e abri os olhos. Anna continuava com os olhos fechados. Depois de alguns segundos abriu-os vagarosamente e eu pude ver um brilho neles. Desejo. Acho que eram os olhos mais bonitos que eu já havia visto em toda minha vida.

— Então né, a parte do suspense foi pro brejo. Não é mais sobre o que querem saber. É sobre o que não querem. – apontou para mim e eu sabia que ele falava da minha ereção. 

— Você que pensa que não querem. – sorri malicioso.

— Tudo bem, acho que por hoje já deu. – disse Marcos. Olhei de volta para Anna e tirei uma mecha de cabelo que estava em seu rosto e passei para trás de sua orelha. – Pelo amor de Deus! Alguém separa aqueles dois antes que eles se comam. – rimos do drama e eu sai de cima dela. – Vamos marcar o dia para as fotos casuais e ao ar livre serem feitas e avisamos a todos. Todos liberados. Obrigado.

Fiquei de pé ao lado da cama e encarei Anna ali. Como queria que fosse de verdade. Ah. A queria na minha cama. Gemendo meu nome. Ela percebendo meu olhar sobre si, riu envergonhada e cobriu o rosto com as mãos. 

Logo fomos encaminhados para nossos camarins. Nem preciso comentar que aproveitei ao máximo a visão de seu corpo seminu antes de que ela recolocasse o roupão. Vesti o meu também. Foi um alívio esconder minha ereção das pessoas em volta. 

Mas parei para pensar. O que que deu em mim? Cadê o profissionalismo? Não quero nem saber o que as pessoas dali pensariam de mim. Um ator que não consegue nem controlar a cabeça de baixo. Maldita Annabelle e sua sensualidade. 

Quando cheguei em meu camarim, fui direto para o banheiro tomar uma ducha fria para acalmar os ânimos. 

...

 

— Cara... O que foi aquilo? – perguntou Jack assim que me aproximei dele. O pessoal já estava indo embora. Wilson ainda estava ali, então deduzi que Annabelle ainda não havia ido.

— Ah sei lá cara. – dei de ombros. 

— Eu até entendo. Se tivesse aquela ninfeta nas minhas mãos... – após Jack falar isso, uma raiva descomunal tomou meu corpo. Não sei da onde vinha isso, mas só a ideia de alguém passar as mãos em Annabelle me fazia enxergar vermelho. Preferi ficar calado para não dar mais motivo ainda para ser questionado. – Ali a princesa. – apontou para o canto da onde Annabelle vinha. 

Usava o mesmo vestido de quando chegou e o cabelo estava preso desleixadamente. Linda. Já estava me irritando com esse constante reconhecimento. 

Ela foi até seu empresário e eles conversaram brevemente. Wilson andou alguns passos e olhou para trás, esperando por Anna. Ela, por sua vez, olhou em volta como se estivesse procurando por alguém. E esse alguém, aparentemente, era eu. Assim que seus olhos encontraram com os meus, ela sorriu e acenou. Virou-se e foi embora junto de Wilson.

— Olha só. Já está abrindo as pernas... – eu já estava puto com esses comentários chulos de Jack sobre Annabelle. 

— Não fale assim. – falei firme. Ele levantou as mãos como um sinal de rendição e sorriu sarcástico. Dei-lhe um olhar raivoso e fui embora. 

 

Anna's Point Of View

Apenas quando entrei em meu camarim que pude soltar minha respiração. Mesmo com todas aquelas pessoas em volta, não pude deixar de me envolver com Justin. Suas mãos passando e apertando pelo meu corpo ou puxando meu cabelo. Seu pênis totalmente duro sendo pressionado contra a minha intimidade. Seus beijos... Eu estava completamente excitada. Encharcada. Nunca estive tão feliz em ser mulher, pelo menos eu conseguia esconder o meu estado. Já Justin... Me lembro de salivar só ao encarar o volume em sua cueca.

Eu não era disso. Quero dizer, eu sou meio safada, confesso, mas não sou de ficar excitada assim tão fácil. Minha safadeza se restringia aos meus pensamentos, não influenciava em minhas escolhas. E saber que, seja qual for o efeito que ele tem sobre mim, eu também consigo afeta-lo, me deixava satisfeita de certa forma. Afinal, não estamos falando de alguém qualquer, estamos falando de Justin Bieber.

Mas cadê o meu profissionalismo? Não posso me deixar levar por desejos carnais, isso poderia destruir minha carreira. Poderia ficar conhecida como alguém que se envolve com os colegas de trabalho. 

Mas que porra eu to pensando? Me envolver? Justin tem uma noiva! O que eu estava pensando? Não posso me deixar levar pelos beijos, ou músculos, ou tatuagens...

Não, essa história acaba aqui. 

Hoje vou sair com Matt. Quem sabe não começamos algo sério. Bem, tudo no seu tempo. Acabei me lembrando de que não cheguei a enviar o meu endereço para ele. Peguei meu celular e enviei uma mensagem dando as informações.

— Você ainda não tá pronta? Vai logo menina! – Doniya entrou no cômodo e disse ao ver que eu ainda estava de roupão. 

— E você Doniya? Você e Pierre me escondendo as coisas... – cruzei os braços e fiz uma cara de reprovação. Com a correria de mais cedo, acabei não a questionando sobre esse assunto.

— Ah desculpa An. Will falou para a gente não dizer nada. 

— Por que vocês souberam antes de mim, afinal?

— Porque  nós vamos fazer parte da equipe de moda! – disse animada. – Vou te deixar linda, como sempre.

— Hum.

— Aah, você não está chateada né?

A ignorei de brincadeira e fui para o sofá onde eu havia largado as minhas roupas. Peguei-as e fui para o banheiro me trocar. Quando tirei o roupão, acabei encarando minha imagem no espelho. Meu cabelo estava como um legítimo "pós-foda" graças aos puxões de Justin. Hum... Eu gosto quando ele puxa meu cabelo...

Balancei a cabeça em reprovação e voltei a me concentrar no espelho. A lingerie caiu bem em meu corpo. Quem sabe eu não a roube para mim. 

Coloquei minha própria lingerie e meu vestidinho leve. Sai do banheiro e encontrei o camarim vazio. Calcei as rasteirinhas e prendi o cabelo em um coque – muito mal feito, por sinal. 

Sai do camarim e fui em direção a Will que estava parado perto da saída. 

— Você vai embora agora? – perguntei.

— Vou sim. Na verdade, estava te esperando. Queria te pedir uma carona, se não for incômodo.

— Imagina. – sorri. Ele é formal demais. Revirei os olhos.

— Obrigado. Vamos? – perguntou se virando e andando até a saída. Mas antes de ir, eu queria dar uma olhada nele. Rodei meus olhos pelo estúdio fotográfico e quando o achei, vi que ele já estava me olhando. Sorri. Eu não era a única... Acenei com um "tchauzinho" e segui Wilson que me esperava já na porta.

...

 

Cheguei em casa depois de duas longas horas de ensaio junto com meus colegas da série que participo atualmente. Talvez eu fosse dar um tempo para focar no filme, mas isso dependia mais de Wilson do que de mim. Foi bom passar um tempo com eles, até por que a maioria deles eram meus amigos. Grant Gustin e Julia Goldani por exemplo. Julia é brasileira, e como minha mãe também é, eu sei falar na língua portuguesa. Assim, quando queremos irritar Gus, nós começamos a falar em português e ele fica todo extressadinho. Teve uma vez que ele tentou traduzir no Google Tradutor, mas dava uma tradução mais errada que a outra.

Alex já fazia sua festa enquanto eu me dirigia para a dispensa pegar sua ração. Ele novamente havia comido tudo. Vou ser mãe de um cachorro obeso, já estou prevendo.

Depois de alimenta-lo, fui para o banheiro e preparei um banho de banheira. Enquanto a mesma enchia, fui para a cozinha e peguei algo para beber. De tanto ensaiar as minhas falas, minha garganta ficou seca. Bebi um copo d'água e fui  para meu quarto e apertei o botão do telefone para ouvir as mensagens de voz. Voltei para o banheiro e desliguei a torneira ao ver que a banheira já estava suficientemente cheia. 

Me despi e entrei na mesma enquanto escutava as mensagens. Não havia nada de importante, apenas uma em que uma das assistentes de Will me lembrava sobre a premiação Critics' Choice Awards que ocorrerá daqui a duas semanas. Não lavei o cabelo nem o rosto, iria reaproveitar toda a produção pela qual passei hoje.

Vi no visor do celular que já eram 19:05, então não demorei muito e sai do banho, me secando e envolvendo na toalha. Fez calor o dia inteiro, então optei por um vestido novamente. Escolhi um azul turquesa de alças finas que delineava minha cintura e era rodado nos quadris. Batia um palmo acima dos joelhos. Coloquei um salto branco aberto de tirinhas e peguei uma bolsa Gucci também branca.

Separei tudo que eu precisaria e sentei no sofá esperando que Matt me ligasse para que eu descesse. Alex subiu no sofá e se deitou ao meu lado com a barriga para cima, muito folgado. Fiz carinho em sua barriga até que meu celular começou a tocar. 

— Oi Matt.

Oi Anna! Já estou aqui em baixo.

— Ah ok, estou descendo. Beijos. – desliguei a chamada e sai do apartamento, tranquei a porta e esperei pelo elevador. Não demorou para que este chegasse e eu entrei na cabine de metal. Os elevadores não demoravam muito nesse prédio pois eram 4. 

Cheguei a portaria e vi um Hyundai IX35 preto esperando em frente ao prédio. Cumprimentei o porteiro e andei até o carro. Abri a porta e entrei.

— Boa noite. – disse dando um beijo na bochecha de Matt.

— Boa noite. Você está linda. – disse ele sorrindo enquanto ligava o motor e dava a partida.

— 'Brigada. Você também. – sorri.

No rádio tocava “The Show Must Go On” do Queen, e eu começei a cantarolar baixinho. Adorava essa música. Matt olhou para mim de canto e começou a cantar junto comigo. Era engraçado, por que ele cantava muito mal. Gargalhei alto quando ele tentou um gritinho junto com Freddie Mercury. 

— O que foi? 

— Nada. – ri. – É que você canta mal. – ri mais ainda da sua cara de indignado.

— Canto muito bem.

— Canta não. Mas não se preocupe, você é bonito. 

— Hum. – ele me olhou novamente e fez uma cara de convencido. – Compensa? 

— Acho que sim. – ri pelo nariz e me estiquei no carro, alcançado sua bochecha e plantando um beijo nela. 

O carro parou em frente a um restaurante. Matt saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim. Um verdadeiro gentleman, raro hoje em dia. Sai do carro segurando sua mão que estava estendida em auxílio. Ao contrário do que pensei, Matt não soltou nossas mãos, ele entrelaçou nossos dedos. Sorriu para mim e eu retribui. Seu sorriso era brilhante. Matt deu as chaves para um dos manobristas e nós dois entramos no restaurante. 

O estabelecimento era bonito e elegante. Chegamos até o maître e Matt deu nossos nomes. O homem pareceu feliz em me ter em seu restaurante. Ele nos transferiu para uma mesa mais afastada para que pudéssemos ter mais privacidade. Matt afastou a cadeira para que eu sentasse e assim o fiz. Ele se acomodou a minha frente e o gerente nos entregou os cardápios. 

— Pelo visto a especialidade daqui são patos. – comentei ao ver que 95% daquele cardápio era composto por pratos de pato com algum acompanhamento.

— Por quê? Você não gosta? – perguntou receoso. 

— Nunca provei. – dei de ombros. Ele ainda parecia nervoso. Coloquei minha mão sobre a sua. – Mas tenho certeza que vou adorar. – ele deu um meio sorriso e voltou a prestar atenção no menu. Fiz o mesmo. Era sempre pato com alguma coisa. Não sabia se ia conseguir chegar a uma conclusão. Matt parecendo se decidir, fechou o menu e o pôs sobre a mesa.

— Acho que vou querer um confit de canard e o magret de canard. Como é esse prato? – perguntou para o gerente que estava parado ao lado da mesa esperando nossa decisão. 

— São sempre pratos principais. O confit, precisamente a coxa do pato, vem acompanhada por batatas douradas com alho. O magret ou o filé do pato é degustado crocante por fora mas rosa no interior. – finalizou.

— Ah, então acho que vou querer isso mesmo. Anna? – chamou minha atenção. Era minha vez de escolher. Fui pela maneira mais fácil.

— Vou querer o mesmo, por favor. – disse colocando o meu menu sobre o de Matt. 

Monsieur. Mademoiselle. – fez uma leve reverência. Pegou os cardápios e se afastou.

 


Notas Finais


Espero que gostem :)
Até o próximo
Bjs


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