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História Will I Love You? - Vinte


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


Fiquei muito feliz com os comentários de vocês no capítulo anterior, por isso voltei logo! Obrigada por tudo, gente 💖

Capítulo 20 - Vinte


Fanfic / Fanfiction Will I Love You? - Vinte

CAPÍTULO 20

ALÍCIA

Acabou que tudo deu errado. Esperava que o dia da festa fosse um dos melhores, mas terminou um horror. Eu sabia que tinha agido errado, que não deveria ter deixado Mário se aproximar de mim da forma como fez. Também sabia que não estava agindo da forma como eu gostaria. Mas Paulo não sabia disso, e então ficou absolutamente chateado e bravo comigo.

Tentei falar com ele na festa, mas ele sumiu, então achei melhor voltar a procura-lo só no domingo, quando provavelmente ele estaria mais calmo. Mas errei. Ele ficou ainda pior ao me ver na porta de sua casa. Voltou a ser seco e rude, da mesma forma como ficou quando tive aquela primeira conversa com Mário. Ele estava tão distante de mim e isso me doía tanto. Tentei explicar toda a situação, mas a única coisa que ele quis foi um tempo sozinho. Então, sem poder fazer nada, respeitei seu pedido.

Na segunda-feira, voltei para casa assim que as aulas terminaram. Paulo, Clementina e o treinador teriam uma reunião sobre o time, por isso não haveria treino.

Quando cheguei em casa, encontrei Jaime sentado no sofá. Estranhei completamente. Mesmo que não houvesse treino, ele fazia parte do comitê, então teria que estar no colégio de qualquer jeito. Por isso, logo o questionei a respeito.

- Não faço mais parte. Resolvi sair.

Fiquei surpresa com sua resposta. Joguei minha mochila em qualquer canto da sala e me sentei ao seu lado.

- O que houve? Resolveram te tirar de lá? Mas você sempre foi tão competente...

- Não, Alícia - ele respondeu. - Eu mesmo quis sair. Na verdade, acho que fiquei ali mais tempo que o necessário. Você sabe que eu só entrei no comitê para ficar perto de você e te proteger caso fosse necessário. Então eu deveria ter saído logo quando você saiu também.

Peguei em sua mão, sua voz estava tão desanimadora que eu imaginava que ele precisasse de algo para lhe dar forças.

- O que aconteceu, Jaime? - voltei a perguntar.

- Aquelas pessoas perderam o rumo, Alícia. Todos fazem um bom trabalho para o colégio, mas quando se trata de outros assuntos, eles são terríveis. E você sabe o quanto eu odeio injustiça, falsidade...

Concordei com a cabeça mas fiz uma cara meio confusa. Eu continuava sem entender muito bem.

- A Valéria. Parece que foi ela quem mandou o Mário ir atrás de você no sábado, na festa. Hoje na última aula estávamos na sala do comitê e escutei ela falando disso com as meninas, e elas estavam rindo, felizes da vida por terem prejudicado você e o Paulo. Eu sei que o namoro é fachada, mas elas não sabem, então elas realmente estão felizes por acharem que estragaram algo.

Meu coração se apertou de tristeza. Mesmo depois de tanto tempo elas continuavam querendo me prejudicar. Não sei por que eu ainda ficava surpresa com aquilo.

- Você está triste por causa da Valéria? Por ela ter te decepcionado? - perguntei. - Você gosta dela, não gosta?

Jaime me encarou e apertou minha mão.

- Alícia, eu estou triste porque não gosto que façam algo para você. A Valéria, bom... Eu nem sei o que ela significa pra mim. Eu só sei que eu não podia mais ficar em um lugar onde só existem pessoas que fazem o mal. Principalmente para quem eu amo. O ano já está acabando, eu poderia ter aguentado mais um pouco, mas não dá, não. Quero terminar meu último ano no colégio de uma forma boa, longe deles.

Então o abracei. Eu estava com uma vontade tão grande de chorar, mas segurei minhas lágrimas para não parecer que tudo aquilo estava me abalando muito. Meu irmão estava triste por coisas que aconteciam comigo, e embora fosse algo fofo, eu me sentia mal por deixá-lo mal.

- Vai ficar tudo bem, Jaime, o seu lugar mesmo é no time. Então pode ter certeza que o seu final de ano será incrível, nada disso te fará falta.

Ele me abraçou ainda mais forte.


*****

Terça-feira, logo após a aula, já me encontrava na quadra esperando todos os outros chegarem. Eu nem sabia se haveria algum treino aquele dia, mas todos tinham sido convocados para estarem ali, então pelo menos algo importante deveria ser dito.

Não demorou muito até que todos tivessem chegado, então sem enrolar, Paulo começou a dizer para todos.

- Estamos próximo ao final do ano, por isso agora só nos resta mais um jogo, que será o de encerramento. Ele acontecerá logo depois da última semana de aula, e uma semana antes do baile de final de ano. Nós teríamos que treinar muito para conseguir fechar tudo com chave de ouro, porém, como vamos começar as provas finais, teremos que reduzir os treinos. Sendo assim, nós, garotos, teremos treinos três vezes na semana. Já as líderes, a Clementina que vai decidir.

E assim ele passou a fala para ela

- Já temos a base de tudo, então só vamos aprender uma coreografia nova. Por isso, dois treinos serão o suficiente. Vejo vocês aqui todas as segundas e quartas, meninas.

Todas nós concordamos e logo depois fomos dispensadas.

Fui andando com Majo e Bibi até a saída do colégio, até que avistei Paulo passando sozinho pelo portão.

- Eu vou falar com ele, tudo bem? - disse a elas.

- Claro, amiga - Bibi respondeu. - Depois a gente conversa.

Me despedi das duas e corri até Paulo, que andava rapidamente pela calçada. Quando o alcancei, ele me olhou mas desviou o olhar rapidamente. Estava me evitando de novo.

- Paulo, está com pressa? Achei que pudéssemos conversar.

- Não posso, Alícia, tenho que estudar. As provas finais estão aí e os vestibulares também. Pode parecer que não, mas eu me importo com isso.

- Eu posso te ajudar a estudar - falei um pouco envergonhada. Tudo para conseguir passar pelo menos um pouco de tempo com ele.

- Não precisa, valeu.

Respirei fundo mas continuei a segui-lo. Estava quase correndo para conseguir acompanhar suas passadas rápidas com minhas pernas curtas, e vendo que eu ainda estava atrás dele, Paulo parou no meio da calçada, me fazendo parar também.

- Qual foi, Alícia? - ele perguntou sério.

- Eu não quero que a gente fique nesse clima estranho de novo. Eu sei que eu errei, mas por favor, Paulo, me perdoa.

Ele passou a língua pelos lábios e seus olhos, bem apagados e desanimados, me analisaram por completo.

- Eu tô chateado. Tenho mais sentimentos do que se possa imaginar, Alícia, e ver aquilo foi bem cruel pra mim. Sabe, você me coloca nessa situação de namoro falso só para se livrar do Mário e tentar viver em paz, mas aí na primeira vez que ele aparece para te provocar de novo, você se rende. Então de quê adianta a gente fazer tudo isso, sustentar toda essa farsa? Sendo que você nunca se ajuda, nunca deixa ele de lado e dá valor a quem realmente se importa com você.

E mais uma vez eu estava apanhando de suas palavras. Queria responder, rebater tudo aquilo e dizer que ele estava enganado, mas ele não estava. Por isso as palavras fugiram de mim, eu não sabia mesmo o que dizer. Sendo assim, só concordei com a cabeça e dei as costas, deixando ele sozinho na calçada e caminhando sozinha até a minha casa.

Como sempre eu estava fugindo dos problemas. E da verdade, que eu insistia em não aceitar.


Notas Finais


Gente, eu sei que vocês querem muito que Paulo e Alícia fiquem juntos logo, sem que nada de ruim aconteça com eles. E eu também quero isso. Mas estou escrevendo essa história com calma, com mais detalhes, porque era assim que eu pretendia que ela fosse. Por isso, pode ser que hajam diversos empecilhos até que eles consigam ficar juntos pra valer. Vocês já devem ter percebido que, em questões de sentimentos, a Alícia é muito, muito confusa, e eu estou explorando esse lado dela, por isso as coisas demoram um pouco a acontecer, ou acontecem de forma inesperada e indesejada.
Mas eu prometo que no fim das contas, tudo ficará bem.

Muito obrigada por vocês estarem acompanhando. Escrever essa fanfic está me ajudando bastante nesse período conturbado de quarentena, e ler os comentários de vocês me deixa muito feliz. VOCÊS SÃO TUDO 💖


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