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História Will I Love You? - Vinte e sete


Escrita por: AngelLaw

Notas do Autor


A atualização tarda mas não falha

Capítulo 27 - Vinte e sete


Fanfic / Fanfiction Will I Love You? - Vinte e sete

CAPÍTULO 27

ALÍCIA

- Vocês podem prestar atenção em mim, por favor?

Eu e todas as outras líderes de torcida paramos de falar para dar atenção a Clementina, que estava de pé em cima de um dos bancos do vestiário.

- O que será que a nossa amiguinha vai inventar hoje? - Maria Joaquina falou para mim num sussurro.

- Algo muito importante, Medsen - Clementina falou debochada, mostrando que ouvia tudo, até mesmo os mais discretos sussurros.

Ficamos esperando até que ela finalmente dissesse qual era a tal coisa importante sem dar nenhum pio.

- Mês que vem eu já estarei me formando, vocês sabem e, infelizmente, terei que deixar o nosso grupo de líderes para trás - começou a explicar. - E com isso, outra garota tomará o meu lugar.

- Claro que será você, amiga - Bibi sussurrou atrás de mim.

- Nem em sonho - respondi também num sussurro, olhando na direção dela.

Clementina nos encarou extremamente brava e tratei de me calar novamente. Adorava irrita-la, mas ultimamente eu estava evitando qualquer tipo de conflito com quem quer que fosse.

- Eu pensei muito em quem poderia tomar o meu lugar e confesso que foi uma decisão muito difícil. Vocês devem saber, uma capitã precisa ter o pacote completa. Além de dançar bem precisa saber liderar, saber ensinar, ajudar suas colegas... Tem muita coisa envolvida. E mesmo sabendo que ninguém jamais será tão boa quanto eu, tem uma que, talvez, consiga chegar perto.

- Fala logo, Clementina, a gente tá ansiosa - Maria Joaquina suplicou.

- Sendo assim - Clementina continuou. - No jogo final eu anunciarei Alícia Gusman como a mais nova capitã das líderes de torcida do nosso colégio.

E a partir daí ninguém mais perto atenção nela. Eu ainda estava em estado de choque quando todas as meninas vieram me parabenizar. Algumas não pareciam ter gostado muito da escolha, mas a grande maioria exalava felicidade por mim. Inclusive Majo e Bibi.

- Ai, amiga, eu sabia - Maria Joaquina falou. - Você é tão focada, responsável, faz tudo muito bem, tem tanto talento... Eu tô muito feliz por você!

Eu a abracei e agradeci, mas estava me sentindo estranha. Todas aquelas qualidades citadas não se encaixavam só a mim. Pensando nisso, esperei até que todas as meninas saíssem do vestiário para chamar Bibi e dizer

- Preciso da sua ajuda numa coisa.

PAULO

A quadra parecia ter virado uma festa. Havia acabado de contar pros caras sobre o novo capitão do time, que seria o Jorge, e todos ficaram muito felizes. Ele realmente era adorado ali.

Deixei que eles continuassem com a comemoração e fui pegar minha mochila no canto da arquibancada, onde encontrei Clementina.

- Já deu a notícia? - ela perguntou.

- Sim. Eles gostaram muito. E você?

- Também. E pelo visto todas adoraram.

- Estranho tudo isso, né? - falei. - Parece que já perdemos nosso posto, que não temos mais tanta importância assim.

Ela concordou com a cabeça, nitidamente desanimada.

- Vou sentir tanto a sua falta, Paulo. De você e da nossa relação.

Coloquei a mochila nas costas e travei o maxilar. Eu sabia onde Clementina queria chegar, mas não poderia seguir adiante com aquilo. Por isso, tomei fôlego e disse

- Da nossa relação como capitão e capitã? É, também vou. Fizemos um bom trabalho. Não só isso, mas tudo que envolve o time vai fazer falta, não acha?

E sem esperar que ela respondesse, dei de costas e sai andando para o mais longe possível.

*****

Mal entrei em casa e Marcelina já apareceu me perguntando onde eu estava.

- Qual é, Marcelina? E eu lá te devo satisfações?

- Hum, não quer me contar porque estava com a Clementina, não é?

- Do que você tá falando, garota?

- Você pensa que eu não vi, né, Paulo? - ela disse já ficando vermelha. - Você deixou a Alícia pra ficar com aquela garota estúpida! Que coisa mais ridícula. O que você foi fazer com ela ontem depois do colégio?

Fingi que não escutei nada e caminhei em direção ao meu quarto, mas não adiantava fugir já que Marcelina estava me seguindo pela casa.

- A Alícia viu aquela cena ridícula de vocês dois de braços dados. Onde você tava com a cabeça? Tem noção do quanto está magoando ela? Eu estou tão decepcionada, Paulo.

- Agora deu pra ficar defendendo a Alícia? - respondi bravo. - Você sempre detestou ela e você também sabe que ela errou comigo.

- Ela não errou! - Marcelina gritou. - Só estava tentando finalmente organizar a vida dela para ficar contigo longe de qualquer bagunça que pudesse atrapalhar vocês. Deixa de ser burro, Paulo.

Se Marcelina estava dizendo tudo isso, era porque ela certamente sabia de alguma coisa. Mas eu não me deixaria levar por suas palavras, mesmo que elas mexessem muito com meu coração.

- Paulo, você tem que ir atrás dela. Para de usar a Clementina como fonte de esquecimento, isso não vai rolar!

- Eu não usei a Clementina. Nós não fizemos nada, ok? Só fomos embora juntos ontem porque eu queria conversar com ela a respeito do time. Fui pedir a ela que deixasse seu cargo para Alícia, afinal ela merece isso demais. Entendeu agora?

Marcelina pareceu satisfeita com o que ouviu e abriu um sorriso presunçoso. Mas é claro que ela devia estar entendendo aquilo tudo errado, então precisei explicar. 

- Mas fiz isso por mim, porque quero o melhor pro time e não me perdoaria se visse as líderes de torcida em péssimas mãos. Não foi pela Alícia. E antes que você fique feliz, saiba que eu já não estou nem aí pra ela, não vou atrás dela, e da Gusman, eu só quero distância.


Notas Finais


Ai ai, esse Paulo...


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