História Will You Be My Princess? - My Heart Stops When You Look At Me That Way

O dia amanheceu escuro, nublado, com cara de chuva, minha vontade era de ficar na cama, mas algo me dizia que eu tinha que levantar e enfrentar o dia de hoje com unhas e dentes, acordei disposta a vencer aquela competição, e eu faria de tudo pra isso acontecer.

- Nossa, já tá pronta? - Lia me olhou de cima a baixo, vendo que eu já estava vestida (link lá em baixo)

- Claro, to com fome, e eu quando to com fome, faço de tudo por comida - menti, acordei cedo porque fiquei pensando em Harry.

- Aham - Lia falou desconfiada - já vamos levantar, né Ju? - tacou o travesseiro nela -

- Já - resmungou -

- Vou dar uma volta pelo jardim, qualquer coisa, me liguem - avisei, abrindo a porta.

Saí do quarto, o sol já estava alto, me arrependi de não pegar um óculos de sol ao invés do de grau, mas enfim, continuei andando, fucei, fucei e achei a área da piscina, cheguei perto de uma espreguiçadeira e resolvi deitar um pouquinho, pegar um solzinho faria bem. Senti que o sol sumiu.

- Ai sol, volta - reclamei, e pareceu funcionar, pois o sol voltou - ai, obrigada seu lindo, te amo!

- Eu sei - ouvi a voz de Harry e arregalei os olhos - bom dia!

- Bom dia - sentei na espreguiçadeira - tá fazendo o que aqui?

- Eu é que pergunto - sentou ao meu lado - essa é minha casa, e uma área proibida para participantes.

- Desculpa, eu não sabia - ia levantar, mas ele me segurou - ué, não é pra eu ir embora?

- Ainda não, eu te permito ficar aqui, estou conversando com você - sorriu - é tão legal quando não tá com aquela armadura de justiceira e briguenta

- Eu não uso armaduras - me ajeitei na espreguiçadeira -

- Usa, não pode estar perto de uma pessoa sem dar uma patada - riu -

- Não é verdade! - falei, incrédula com ele

- É sim, me diga, por que tem medo de ser quem você é? - perguntou, parecendo compreensivo -

- Eu? Eu não tenho medo de ser quem eu sou! Você é que tem, eu é que deveria te fazer essa pergunta! - ele parecia pensar - vive por aí, parecendo que faz as coisas obrigado, eu não sou assim, quando eu não gosto de algo, simplesmente eu não faço ou não vou.

- Você não entende - falou ofendido

- Entendo, eu entendo sim - sorri - olha - não queria falar da redação, mas acho que ele já tinha lido - quando eu era criança, eu via você como uma criança boa, feliz, que fazia tudo o que queria e não se sentia obrigado, pensei que você era uma daquelas crianças perfeitas, sabe? Aquelas que a gente não conhece mas sente que elas são assim? Mas você foi crescendo... - cocei a garganta

- Eu fui crescendo... - fez com que eu prosseguisse -

- Você foi crescendo e mudou, não é mais o Harry sorridente, você virou um Harry ignorante, não trata as pessoas bem, com amor como fazia antes. Não se importa mais com os seus pais, ou com o seu povo - ele parecia sério, ofendido com o que eu havia falado

- O problema é que você, e o resto dessas pessoas, acredita em tudo o que vê na televisão ou o que lê em revistas - me olhava com raiva - pena que nem tudo é verdade, se você soubesse da verdadeira verdade não falaria isso

- Então quer me dizer que tudo o que eu vi, fotos suas bêbado, nu com garotas na piscina de um hotel... - exemplifiquei - é mentira?

- Não - colocou um sorriso sarcástico no rosto - o problema é que você não sabe como é seguir uma norma, não sabe como é ter que ser o certinho quando você quer ser feliz, sair com seus amigos sem ser vigiado, eu só queria ter meu espaço, só queria ser livre, feliz, não quero ser esse Harry - tinha os olhos vermelhos, eu iria falar, mas ele não deixou - todos acham que eu tenho uma vida perfeita, que to indo para as boates e bebendo por nada, mas na verdade eu to tentando fugir de todos os problemas, eu não sou assim - seu olhar tinha súplica, nunca fiquei tão mal assim.

- Sabe que beber não é alternativa para esquecer de todos os problemas - tentei ser compreensiva, ajudar, mas parece que piorei, pois ele riu - já tentou falar com seus pais? Talvez eles te entendam

- Entendem - riu com escárnio - entendem merda nenhuma, eu já tentei, tentei de tudo pra eles entenderem, mas eles NÃO entendem

- Mas eu acredito em você, isso basta - falei sorrindo

- Obrigada - sorriu - por que ta fazendo isso? - perguntou curioso

- Isso o que? - agora eu tava curiosa

- Me ajudando, tranquila, sem dar patadas, enquanto outras garotas estariam tentando me agarrar, me levar pra cama - explicou, bem que não seria má ideia, pensei comigo mesma mas preferi não sorrir agora.

- Falei pro seu bem, senti que precisava te falar isso - sorri boba

- Sabia que você foi a primeira pra falar isso pra mim? - perguntou - jogar tudo isso na minha cara? - me encarou

- Existe primeira vez pra tudo, não é o que dizem? - perguntei e nós rimos, depois de um dia brigando, estávamos em paz, sorri com isso, fazendo-o me encarar novamente e eu corei.

- Sabia que você fica linda envergonhada? - me olhou com aqueles olhos verdes lindos e com um sorriso encantador, juro que meu coração parou

- Não to com vergonha - sorri, tentando desviar meu olhar do dele, temi que ele visse o brilho que habitava em meu olhar

- Gostaria de ser a futura princesa da Inglaterra? - perguntou com um sorriso lindo no rosto, o que me fez sorrir abertamente e corar mais ainda, se ele pensava que eu estava morrendo de amores por ele, estava redondamente enganado, ou não.

- Não - falei rindo - não quero passar o resto da vida comendo coisas esquisitas e ao lado de um louco - menti e sorri para ele.

- Pois eu não acredito - se aproximou, tentei fugir, mas ele me segurou - não estaria aqui, nessa competição se não quisesse, estou certo? - sorriu vitorioso

- Está errado, estou aqui porque minhas amigas me obrigaram, estou aqui de má vontade se quiser saber - respondi vitoriosa

- Eu não acredito - ele falou, se aproximando mais ainda

- O que eu vou ter que fazer pra você acreditar que eu não to aqui porque eu quero? - encarei seus olhos, má ideia, na verdade péssima ideia -

- Isso! - sem nem esperar, ele grudou nossos lábios com força, tentei não retribuir o beijo, mas meu corpo falava totalmente ao contrário, fui perdendo as forças e acabei cedendo as suas vontades, estava ficando fraca com seus toques e seus beijos. Involuntariamente, minhas mãos subiram para sua nuca e se agarraram em seus fios de cabelo com força, minha boca cedeu passagem para sua lingua eufórica, o beijo foi se tornando cada vez mais gostoso, minha respiração estava começando a falhar e, para ajudar, ele mordia meus lábios me provocando, quando tentava me aproximar de seus lábios novamente ele fugia, como se estivesse brincando comigo, eu puxei ele com força e selei nossos lábios novamente, arrancando um sorriso de ambos, eu estava cedendo fácil demais, mas fazer o que se meu corpo não obedecia? Eu tentava, porém era impossível, e eu sorria a cada toque seu, como se sentisse que é ali que eu tinha que estar, eu sabia que eu o queria, mas não sabia que esse sentimento era tão forte a ponto de não querer me afastar mais. Sorri vitoriosa com o beijo, que foi se acalmando junto com nossas respirações, até que seu braço contornou o meu em um abraço aconchegante. Quando cessamos o beijo, eu ainda estava de olhos fechados, sentindo ele me encarar de muito de perto, sabia se eu abrisse os olhos, me afogaria em seus olhos verdes e não conseguiria mais sair dali, então apenas deitei minha cabeça em seu peito, tendo os cabelos afagados por suas mãos delicadas - eu estava certo - falou rindo, perto de meu ouvido

- Você é um chato, sabia? - perguntei, batendo em seu braço

- Luciani, Luciani - falou rindo e eu o interrompi

- Me chame de Curly, apenas de Curly - sorri

- Okay Curly, então me chame apenas de Hazza - falou rindo

- Então, como eu ia dizendo - continuei mas logo fui interrompida por uma voz que jurava ter ouvido outras vezes

- Harry, Hazz - Steffany estava chamando - eu sei que você veio nessa direção, seus pais estão te procurando - arregalamos nossos olhos e levantamos num pulo, se fosse algum soldado estávamos fritos, na verdade eu estaria, era proibido ficar com o Príncipe durante a competição e em um lugar proibido para competidoras. A voz foi se aproximando e ele me encarou, seriamos pegos ou fugiriamos daquele lugar?

Corri para a parte de trás de uma arvore que até aquele instante eu não tinha visto e Harry me seguiu, o olhei assustada.

- O que tá fazendo aqui? - perguntou - deixe que eu me esconda, e você saia daqui

- Ficou maluco? Se me pegarem aqui vai ser pior, eu to numa area proibida, se me pegarem vou ser expulsa, vá que depois eu me viro - eu disse me escondendo o máximo que pude, e ele me olhava incrédulo

- Não vou te deixar aqui sozinha! - disse decidido

- Do mesmo jeito que eu vim, eu posso sair, agora você vai - eu o empurrei sem vontade e ele foi em direção à voz, sabia que já tinha ouvido ela antes, logo um projeto de loira foi se materializando com um sorriso enorme no rosto, por que essa vaca tem que acabar com tudo?

- HAZZA! - ela berrou e se pendurou no pescoço dele - por que não me respondeu? Estão todos atrás de você, seus pais estavam preocupados

- Já disse que não sou mais criança, meus pais tem que parar com isso - rolou os olhos - eu os disse que ia dar uma volta - me deu vontade de voar no pescoço daquela piranha. Logo os dois sumiram da minha vista e eu dei meu jeito de voltar para o quarto.

- Laís, Laís, pode me dizer onde tava - Lia falou - estávamos te procurando feito loucas, não me diga que se meteu em encrencas!

- Foi a melhor trilha da minha vida - falei animada e me joguei na cama com um sorriso enorme e lembranças de nosso beijo

- Pode traduzir? - Julia sentou ao meu lado, confusa e eu as olhei animada.

- Conta! Conta! Conta! - falaram animadas

- Foi o melhor beijo da minha vida... - expliquei tudo para elas, cada minimo detalhe.

Fomos para o café da manhã, como sempre, a mesa da realeza estava sendo ocupada por Harry, sua irmã, o Rei, a Rainha e a vaca mal comida da Steffany. A lancei um olhar mortífero, o que fez Harry soltar um risinho e minhas amigas também.

- Bom dia, Senhoritas! - um guarda robusto falou - Estamos aqui para anunciar qual será a recompensa da prova do dia anterior - pegou um papel e começou a ler - O Principe Harry está lendo todas as cartas e irá escolher as três melhores, as vencedoras irão ter o prazer de um jantar romântico com o mesmo. O resultado será anunciado amanhã durante a tarde, lembro que, junto com as vencedoras, 500 meninas serão eliminadas, obrigado! - agradeceu e desceu do palco

Olhei aflita para as meninas, que me garantiram que eu iria passar, se Harry pegasse minha carta na mão, iria se apaixonar mais ainda por mim. Preferi torcer em silêncio.