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História Will You Be My Princess? - Eu te odeio!


Escrita por: lalaisxcurly

Notas do Autor


Mais um xx

Capítulo 14 - Eu te odeio!


Fanfic / Fanfiction Will You Be My Princess? - Eu te odeio!

Lígia não me deixou terminar, quando vi, ela havia fechado a porta do quarto, me deixando para o lado de fora. Eu suspirei e voltei a pensar no caminho que faria. Acho que hoje eu não precisaria me esconder, como todas tinham que montar suas apresentações, haviam meninas no jardim, outras lendo e outras recortando figuras. Eu não entendi direito o que elas queriam, mas preferi não dar bola para aquilo, decidi procurar um lugar que mais me deixasse lembranças dele. Eram vários lugares, mas claro que os mais marcantes eu não poderia visitar, seu quarto e seu carro. Um sorriso involuntário brotou em meus lábios, só de lembrar de seus toques suaves em minha pele, me arrepiava inteira. Afastei os pensamentos que me deixassem no mundo da lua e fui para onde tudo começou. Nossa primeira conversa, nosso primeiro beijo, minha primeira ilusão. Cheguei na área da piscina e agradeci por não haver nenhuma garota ali, mas como haveriam garotas se só eu guardava lembranças dele naquele lugar? Sentei na cadeira e me aconcheguei nela, deixando o violão apoiado ao meu lado e agora com o papel e o lápis na minha mão, deixei minha mente vagar por tudo o que havia acontecido desde meu primeiro dia naquele lugar, em como eu me iludi ao pensar que um dia ele realmente seria meu, não mais em sonhos e sim ali na realidade, em cada palavra que ele me dizia e eu ainda podia ouvir sua voz no meu ouvido, dizendo que me amava. Seu rosto tão bonito na visão de minha memória como eu me lembrava e que apesar de tudo eu poderia esperá-lo pelo resto da minha vida.

Foi fácil começar a escrever quando minhas lembranças tomaram conta da minha mente, a inspiração era mais forte. O lápis começou a correr rapidamente pela folha, muito mais rápido do que eu imaginava, eu tinha a letra em minhas mãos. Reli-a algumas vezes e alterei algumas coisas, logo ela estava pronta, algo que eu mesma havia escrito com o coração e todas as dores dele. Olhei no relógio e fiquei surpresa por ter escrito tudo em menos de uma hora. Relaxei alguns minutos e pensei que agora seria a hora mais complicada: a de por som. Peguei o violão, tirei-o da capa e coloquei sobre meu colo. Então comecei a juntar notas que mais tinham a ver com a letra da musica. Fiquei um bom tempo, se eu não me engano, umas duas horas para por som na primeira parte e no refrão da musica. Toquei-a algumas vezes até gravar a parte que já estava pronta. Feito isso, decidi que deveria relaxar mais um pouco para por som na parte final. Coloquei o violão na cadeira ao lado, junto com as folhas e fechei os olhos para tentar relaxar. Pelo menos tentar, pois ao fundo ouvia garotas e a gargalhada gostosa de Harry entre elas. Bufei e virei o rosto, tentando me concentrar em qualquer coisa e esquecer o que se passava ali. Relaxei, vendo o azul da piscina, o verde das plantas ao fundo e mais embaixo eu vi areia. Como assim areia ali? O que tinha de diferente ali de toda a área da piscina? Como sempre, uma curiosidade me invadiu e eu me sentei, pensando se devia ou não ir lá. Levantei e fui andando lentamente para não fazer barulho, como se tivesse alguém ali para me pegar no flagra. Andei um pouco mais rápido até que meus pés tocaram a areia. Eu não sei quem gostava de praia, mas ter uma simulação de praia ali era encantador ou estranho, não sabia distinguir. Havia uma vasta área coberta por areia, com cadeiras de sol e mais ao fundo, uma piscina que ia ficando mais funda conforme a distância. Era assustador o que aquela casa não poderia ter. Depois disso, não me impressionaria com mais nada. Tirei meus chinelos e coloquei meus pés sobre a areia, era uma sensação de alivio, muito reconfortante. Segui mais adiante e me deitei numa cadeira de sol, mas agora de lado oposto, minha barriga na parte da cadeira e as pernas na parte do encosto. Então apoiei meu rosto sobre meus braços e fiquei observando toda a extensão da água. Só de pensar em ter uma praia em casa me dava um arrepio. Seria bom, já que em Londres não tem praias por perto mesmo. Fiquei um tempo ali, observando sem pensar em nada. Era incrível como aquilo me relaxava. Deitei minha cabeça sobre meus braços e comecei a mexer na areia com o dedo indicador, mais a frente vi um graveto, o peguei e não sei por que, mas me deu vontade de escrever meu nome com o de Hazza na areia, e foi o que eu fiz, igual ao meu tempo de criança. Sentei na ponta da cadeira e então comecei a escrever “Curly e...” não pude terminar, paralisei na hora em que vi outra mão escrever na areia “Hazza”.

 Eu congelei de todas as maneiras possíveis, não ergui os olhos apenas observei o segundo nome escrito na areia e então aquele perfume idiota inundou meus pulmões. Eu expirei, tentando expulsá-lo, mas foi impossível, ele se sentou ao meu lado na cadeira e eu não consegui subir o olhar, a repulsa era maior do que todos os sentimentos. Ouvi-o respirar pesarosamente.

- Será que eu acertei o outro nome? – ele perguntou e eu continuei a fitar o chão.

- Deixe-me sozinha, por favor! – meu olhar subiu agora, encarando a água da piscina ao fundo.

- Desculpe-me pelo que eu te disse hoje – agora ele queria me pedir desculpas? Idiota. A raiva percorreu sobre mim e eu levantei, ficando de frente para ele, o encarando. Senti um frio na barriga quando nosso olhos se encontraram e ele me hipnotizou com aqueles olhos verdes. Me segurei.

- Agora você vem pedir desculpas, depois de tudo o que disse pra mim? Eu não acredito mais em você, Harry! – cuspi as palavras que estavam presas e chutei o seu nome escrito na areia. – Eu te odeio – saí andando, mas ele segurou meu braço, fazendo-me parar.

- Você não entende... – o interrompi

- Não entendo mesmo como eu fui capaz de acreditar em você! Em tudo o que disse pra mim! Aposto que disse isso para todas...

- Curly! – ele me segurou mais forte, fazendo nossos corpos se encostarem, tremi com tal proximidade, mas precisava permanecer forte – Será que dá pra você parar de falar e me escutar?

- Não, Harry. Eu não quero mais ouvir suas mentiras, seu tempo de brincar comigo já acabou! Arrume outra – me soltei dele e comecei a andar cada vez mais rápido para pegar as minhas coisas e sumir dali.

- Pelo amor de Deus, dá pra ser menos cabeça dura e me ouvir, Laís? – não o olhei, mas ele me seguia.

- Vai falar com a Steffany, vai, talvez ela te escute melhor – comecei a guardar as minhas coisas, não havia acabado a musica, mas não continuaria ali, nem morta.

- O que você estava fazendo? – ele perguntou me vendo guardar as coisas na capa do violão.

- Não te interessa! De qualquer maneira você vai ficar sabendo, amanhã!

- Você está fazendo uma musica pra mim? – ele parecia surpreso, olhei para os seus olhos, eles estavam brilhando, para que tudo isso?

- Sim, estou escrevendo o quanto você é um idiota, corno, vagabundo, que não vale nada, filho da mãe, um pilantra que só sabe enganar as pessoas e que vai acabar sozinho – eu soltei superior e o encarei, esperando seu olhar de desgosto, mas não, ele simplesmente abriu um sorriso e começou a rir.

- Eu também te amo – ele piscou

- Pare de ser ridículo, Hazza. Você me estressa! – peguei as coisas e saí dali, ele correu e parou em minha frente o que ele queria de mim afinal?

- Eu só quero saber uma coisa! – disse, segurando em meus braços, os cruzei entediada, ele continuou – Você ainda me ama? – seus olhos não desgrudavam dos meus, aquilo estava deixando meus pensamentos confusos. Pelo amor do santo Deus, se concentre Laís!

- Quer saber, Harry Styles? Quer saber mesmo? O que me dá mais raiva é que apesar de você ser um cafajeste, eu sempre te amei e por mais que eu tente negar, ainda te amo mais do que tudo nessa vida! Mas eu vou fazer de tudo pra te esquecer e eu quero conseguir, eu tenho que conseguir! Então me deixe ir, eu sei que só quer brincar comigo, então, por favor, não me machuque mais do que você já machucou. Eu só peço para você me deixar ir embora e seja feliz com quem você quiser, por favor! – eu falei cada palavra e ele me ouvia atentamente. No começo, seu rosto era feliz, mas conforme e fui falando, seu semblante foi mudando e seu rosto foi o mais triste que eu já vi. Seus olhos ficaram vermelhos, eu podia ver as lágrimas contidas ali, mas ele se segurou, não chorou na minha frente, apenas me olhou de relance e deu passagem para que eu saísse dali. Eu respirei fundo e então segui sem olhar para o seu rosto, porque se eu fizesse isso, eu voltaria e o agarraria, dizendo que tudo aquilo era uma grande mentira, eu não podia fazer aquilo, eu não iria fazer.

Voltei para o quarto, mas não as encontrei lá. Respirei aliviada, pelo menos teria um espaço de tempo para mim e meus pensamentos. Por mais que eu quisesse, não consegui segurar, as lágrimas invadiram meus olhos, com tanta força que eu mal podia enxergar. Será que ele me deixaria ir, desclassificando-me dessa prova? Eu não queria isso, por tudo o que é mais sagrado, eu não queria. Desespero e tristeza tomaram conta de mim e eu estava decidida a me deitar na cama e dormir até o dia seguinte, mas lembrei que tinha meia musica para colocar som. Aproveitei a ausência das meninas e terminei o mais rápido que pude essa musica. Peguei o violão e a letra e continuei compondo o som. Depois de um tempo, havia terminado tudo, respirei aliviada. Apesar de tudo, a correria, etc, a musica havia ficado boa. Bem, pelo menos eu achava. Agora de que modo ele veria essa musica? Será que significaria alguma coisa para ele? Acho que depois de tudo o eu disse, por mais que signifique, ele vai ouvir e me desclassificar. Mas que idiota que você também é, Laís! Eu não precisava ficar com ele, apenas ver seu rosto. Era como se ele fosse meu sol de todos os dias e eu sentia que estava ficando dependente dele. Como o dia precisava da luz e da escuridão, eu precisava dele mais do que tudo, mas eu tentava negar isso para mim mesma e para ele. Minha mente funcionava mais do que meu próprio corpo então senti meu estômago roncar de fome. Claro que eu estava com fome, não comi no almoço alegando estar sem fome, mas agora era quase noite e meu estomago clamava por comida. Eu não queria ir jantar e vê-lo novamente, só queria dormir para passar um pouco dessa dor.

Procurei pelo quarto e achei o pacote de biscoito que Lia mais gostava. Hesitei um pouco antes de pegar, pensando se ela ficaria chateada se comesse uma de suas guloseimas trazidas para cá, mas minha fome falou mais alto, abri o pacote e comi metade. Pelo menos se ela brigasse comigo, ainda teria metade e... acho que a bronca seria menor. Sorri imaginando ela me dando suas broncas engraçadas e com isso, deitei na cama e não tardou para que eu dormisse profundamente.

 

 Eu sentia umas mãos balançando meu corpo desesperadamente, mas não conseguia sair da cúpula onde estava. Estava gritando para que ele não fizesse isso, para que não se casasse com ela, mas ele não conseguia me ouvir. Eu gritava com todas as minhas forças, mas era inútil. Eu tentei entrar na igreja, mas os guardas não deixavam. Gritei mais alto e o vi virar o rosto, a procura de quem havia gritado seu nome, mas ele não conseguiu me ver, já que Steffany segurou seu rosto, repreendendo-o. Ele olhou para o padre que esperava por sua resposta, sorriu de canto e disse “Sim”. Senti minhas pernas vacilarem e caí de joelhos no chão junto com dois guardas que me seguravam na porta. Não acredito que o tinha perdido para sempre, não o meu Harry. Eu gritava por ele, mas a essa altura, ele não conseguia mais me ouvir, já que todos levantaram e aplaudiram.

Meu coração estava em pedaços vendo aquela cena. Minha vida já não tinha mais razão. Eu gritava pelo seu nome, na esperança de um retorno, mas ele não me ouvia mais. Foi então que eu abri os olhos e dei de cara com Mommy e Lia me encarando assustadas. Respirei fundo por perceber que aquilo era um sonho, fruto de minha imaginação que pretendia me deixar pior do que eu já estava.

- Curly, foi só um sonho ruim – Mommy me abraçou e eu afundei meu rosto em seu ombro.

- Foi horrível. Não quero perdê-lo, não quero! – disse desesperada e Lia segurou em meu rosto, para que eu a encarasse.

- Calma amiga, já passou! – ela me abraçou e pude notar seu olhar de surpresa para Mommy. Acho que elas não imaginavam que eu ia sonhar com isso, logo agora que ele havia me magoado.

- Nós ouvimos tudo – as encarei surpresa.

- Como assim ouviram tudo? Eu falei alto? – minha expressão deveria ser no mínimo pasma e então elas assentiram, senti minhas bochechas corando – eu não sabia que falava alto sempre – bufei.

- Bem, na maioria das vezes, sim! – Mommy me encarou.

- Mas Curly, ele não vale nada, você sabe disso, por que fica se iludindo? – Lia comentou.

- Sabe, já não tenho mais tanta certeza, ele me pediu desculpas ontem, mas eu não quis acreditar. – deitei novamente na cama.

- Como assim ele te pediu desculpas? – elas perguntaram com um sorriso no rosto.

- É, mas eu não acredito, não mais, chega! – disse desanimada.

- Mas você o ama tanto Curly! Acho que desde quando chegamos aqui, seu amor só fez crescer. Você tinha que ver como ficava quando estava tudo bem entre vocês – eu as encarei timidamente

- Como eu ficava?

- Parecia que sua alegria girava em torno dele. Se ele estava com você, estava tudo bem. Quando você contava que ele dizia que te amava, nossa... – elas riram e eu tapei meu rosto com as mãos.

- Ok, chega da sessão “deixar a Curly vermelha” – as duas riram mais ainda.

- Curly, vamos logo. Daqui exatamente meia hora, é o almoço! – levantei num pulo ao ouvir aquilo, quantas horas havia dormido? Pelas minhas contas foram umas 14 ou 15 horas! Nossa. Corri para o banheiro e as duas balançavam a cabeça rindo. Comecei a minha rotina matinal, escovei os dentes, lavei o rosto e entrei no box para tomar um banho rápido e ver se eu acordava de vez.

- A letra da música está tão linda, Curly! – ouvi Lia dizer.

- Está mesmo, uma das melhores composições – ouvi Mommy suspirar.

- Hey, eu queria que fosse surpresa, mas parece que as duas leram não é mesmo? – falei rindo quando peguei a minha toalha para me secar

- Pois é, esse é o mau de ter duas amigas, muito curiosas! – as duas riram e eu saí do box.

- Go, go, go Curly! Hoje sera um longo dia! – disse Lia, eu saí correndo, terminando de me secar, peguei uma roupa, me vesti e fomos almoçar, meu nervosismo estava começando a aparecer, estava me preparando psicologicamente pois essa não seria apenas uma prova cansativa. Além de esperar várias meninas se apresentarem, eu teria que me enfrentar ao cantar essa musica para Harry. O que mais poderia acontecer? Já que a besteira já estava feita com o que eu disse ontem.


Notas Finais


Gostaram? Beijos xx


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