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História Wings - Fifteen


Escrita por: manystuff

Capítulo 15 - Fifteen


PASSADO

Após uma longa conversa com Felicity e Iris, Caitlin resolveu que deveria continuar tentando convencer Lamount de 2016 a trocá-la de volta para seu tempo. Não seria fácil, principalmente porque o homem em questão estava com dificuldades de aceitar que era diferente dos outros e que foi afetado na explosão do acelerador de partículas. Então, seu trabalho seria em dobro: Fazer Lamount aceitar seus poderes de braços abertos e fazer com que ele a trocasse de volta.

Mas ainda tinha uma outra questão. Ela não poderia revelar para o Hudson Lamount de 2016 que foi a versão dele do futuro que a trocou. Ela sabia o quanto ele era desconfiado, então ele com certeza não a trocaria de volta, pois acreditaria que existia uma razão muito boa para que seu eu do futuro tivesse feito isso.

Ela faria isso sozinha, não poderia correr o risco de alguém ir com ela e deixar escapulir algum detalhe que não é para Lamount descobrir. Ela teria que fazer sozinha.

Saindo do STAR Labs após deixar Jax com Iris e Felicity, Caitlin entrou no carro e deu partida, logo ouvindo o motor roncar. Seu pé já estava no acelerador e o carro andou cerca de seis centímetros antes que ela tivesse que pisar rapidamente no freio, para não atropelar a silhueta que surgiu na frente de seu carro.

Barry.

Caitlin saiu do carro e bateu a porta.

— Você está bem? — Ela perguntou, aproximando-se do velocista escarlate.

— Perfeito. — Ele disse sincero, mas ela não pôde deixar de notar os traços sarcásticos em seus olhos e, quando Barry cruzou os braços, ela soube que ele já tinha uma ideia do que ela iria fazer se ele tivesse deixado o carro passar. — Onde estava indo? — Ele perguntou, ainda com seus braços cruzados.

— Ah, você sabe...supermercado. Comprar algumas...uvas. — Ela inventou, mas assim que as palavras saíram de sua boca e Barry levantara as sobrancelhas como se não acreditasse nem um pouco, ela soube que ela nunca aprenderia a mentir bem.

— Comprar uvas no supermercado? — Barry perguntou, da sua voz pingava a incredulidade sarcástica.  — Onde você realmente estava indo? — Ele perguntou novamente, agora suas feições estavam sérias e determinadas.

— Indo falar com Lamount. — Ela falou tão baixo que nem ela mesma ouviu direito, mas Barry ouviu. Que tipo de audição é essa? Barry nunca teve uma audição tão boa. Ótima hora para uma “super audição” tomar conta do corpo dele, ela pensou.

— Caitlin, nós já conversamos sobre isso. — Barry disse mantendo a calma. Desde a última vez que ela foi ver Lamount sem ele saber, ele não estava estável o suficiente para falar sobre ela visitando o homem novamente. — E na última vez que você foi o “visitar”, você disse que pelo menos deixaria um bilhete na próxima vez!

— Quem te garante que o bilhete não está lá dentro? — Ela perguntou desafiadora, apontando para o prédio do STAR Labs.

— Eu não vou tentar te impedir...— Ele começa e tem quase certeza que ouviu ela sussurrar para si mesma “não iria conseguir mesmo”. Revirando os olhos, ele continuou: —...então pelo menos deixe-me ir com você.

— O quê?! — Ela perguntou para ganhar tempo de pensar em uma resposta. Isso era exatamente o que ela estava tentando evitar. Ela sabia que se falasse com ele, ele se ofereceria para ir com ela, e ela teria que negar a companhia dele, já que ele pode estragar tudo. É claro que ela acredita nele e no potencial dele de esconder as coisas de Lamount, mas muito estava em jogo no momento, um erro na conversa com Lamount e ela e Jax poderiam ficar presos ali para o resto da vida. E a última coisa que ela queria é ficar ali, ela sem marido e Jax sem o pai. — Barry, eu não acho que seja uma boa ideia.

— É uma ótima ideia. Muito melhor que a ideia de você ir sozinha igual a última vez, e acontecer alguma coisa pior do que já aconteceu.

— Mas... — Antes que ela pudesse terminar de argumentar de volta, Barry a pegou no colo e correu em direção à casa de Lamount.

STAR Labs

Cisco Ramon caminhava em direção ao córtex. Passou horas e horas no porão do laboratório, pediu para não ser incomodado, pois estava trabalhando em algo. Acontece que esse “algo” era uma ideia que ele teve de um possível conserto na linha do tempo, fazendo que a Caitlin do futuro voltasse para o futuro e a do passado para o passado. Mas não deu em nada. Foram horas desperdiçadas, e Cisco estava começando a aceitar a ideia de que a única maneira para tudo ser ajeitado, fosse através de Lamount. Mas como diabos eles iriam convencer Lamount?

Seja como for, ele iria continuar tentando ajudar.

— Tio Cisco! — Cisco ouviu a voz de uma criança chamando pelo nome dele assim que entrou no córtex.

Levantando a cabeça ele viu Iris, Felicity e um garotinho, não devia ter mais de cinco anos de idade, cabelos e olhos claros. Nunca tinha visto o menino antes, como ele pode conhecê-lo?

— Olá...— Cisco responde, sem saber exatamente o que dizer.

— Eu tou no passado, tio. — O garotinho diz sorridente.

— Acho melhor você evitar esse tipo de comentário, Jax. — Felicity avisou rindo baixinho.

— Você é está passado? — Cisco perguntou rindo também, mas sua expressão alegre logo caiu quando ele realmente parou para pensar no que o garoto disse. — Espera, você disse que está no passado? — Cisco repetiu alarmado. Isso significaria que mais uma pessoa veio do futuro? Eles conheciam esse garoto no futuro? Ou ele era apenas mais uma das vítimas de Lamount?

— Sim, tio. A mamãe disse que a gente tá no passado. Ela disse que existe passado, presente e futuro e que a gente tem que voltar pro futuro. — Cisco observou enquanto as palavras do garoto saíam da pequena boca dele como se fossem a coisa mais normal do mundo. Só faltava essa!

— Ele veio do mesmo ano que a Caitlin veio? — Cisco direcionou a pergunta para Iris e Felicity.

— Cisco...— Iris começa, seu tom parecendo que ela estava prestes a soltar uma bomba com o que ela iria dizer. Cisco prendeu a respiração, preparando-se. — Esse é o Jax. — Ela continuou, mas o tom que ela usou anteriormente ainda não tinha deixado sua voz totalmente, o que significava que a bomba ainda não foi jogada.

— Prazer te conhecer, Jax. — Cisco disse, sem ao menos olhar para o garoto, ele ainda encarava Iris, esperando pela notícia, seja lá qual fosse.

— Ele é de 2023 também. — Iris recomeça, seu tom e seus olhos avisando discretamente que ele deveria se preparar, porque era na próxima frase que a bomba iria explodir. — Ele é filho da Caitlin.

Boom!

Residência de Hudson Lamount

— Barry! Eu não tinha aceitado que você viesse comigo ainda! — Caitlin reclamou quando ele a colocou no chão. Eles já estavam na varanda de Lamount e ela evitou falar muito alto para que ele não a ouvisse de dentro de casa.

— Viu, você mesma disse: “ainda”, ou seja, iria aceitar. Eu só nos poupei tempo. — Barry se explicou e passou a mão nos braços e no ombro de sua jaqueta que ficaram levemente empoeiradas com a correria.

Ele observou que Caitlin revirou os olhos com a resposta dele, mas logo depois se virou para tocar a capainha. Antes que ela apertasse o botão que faria Lamount vir atender a porta, ele a impediu.

— Espera! — Ele pediu e ela se virou para ele novamente. — Qual é a nossa história? O que vamos falar para Lamount?

— A verdade, tirando a parte que foi ele que me mandou para cá.

— Você não pode contar a verdade, Cait.

— E por que não? — Ela perguntou.

— Porque ele não vai acreditar. Se ele esconde tão bem que é um meta-humano, por que ele acreditaria que em um possível futuro ele teria se revelado à ponto de uma desconhecida saber sobre os poderes dele? Se fosse comigo, não acreditaria. — Barry deu de ombros. — E se acreditasse, iria calar minha boca e continuar negando para tentar mudar o fato que todos sabem sobre meu maior segredo. — Barry terminou e Caitlin pareceu pensar sobre o argumento do velocista. Fazia sentido, ela tinha que admitir.

— Então o que você sugere?

— Sinceramente? Não sei o suficiente para sugerir algo muito bom, mas eu lembro que você comentou que tudo isso que ele fez foi porque ele perdeu a filha dele, certo? — Barry perguntou e Caitlin acenou positivamente. — Então, embora seja cruel, eu usaria isso ao nosso favor. O futuro não deve ser mudado, se for muitas conseqüências virão, mas acho que nós deveríamos falar isso para ele. Contar que a filha dele morrerá em um futuro próximo. Ele vai fazer tudo o que nós dissermos para salvar ela, inclusive trocar você de lugar com a outra Caitlin se inventarmos uma razão consistente que envolve a esperança da filha dele não morrer. — Barry terminou e observou que Caitlin parecia que estava com pensamentos conflitos. E ele sabia o porquê.

— Você tem razão, é cruel. — Ela comentou. — Não acho certo o alimentarmos de esperança para depois ele perder todas. Fora que, se ele souber que a filha vai morrer, ele vai fazer o dobro do que ele já fazia para protegê-la, e isso pode mudar coisas e a filha dele pode sobreviver, tendo como resultado a linha do tempo alterada.

— Eu sei, mas honestamente, não vejo outra opção. Talvez se nós não contarmos quando ela irá morrer. Meses vão passar e provavelmente ele vai achar que nós estávamos mentindo, e quando ele baixar a guarda...— Barry parou de falar. Ele não podia acreditar que ele estava praticamente planejando a morte de uma garota inocente. Quanto mais palavras saíam de sua boca, mas ele sentia nojo de si mesmo por estar torcendo pela morte da filha de uma pessoa, de uma cidadã inocente que ainda tinha tanto para viver.

Mas ele sabe que não há outras maneiras. Caitlin precisava voltar para o tempo dela, ele via o quanto ela queria voltar, o quão conflita ela estava. Ele queria ajudar, ele iria ajudar, mesmo que isso significasse mentir para um pai desesperado.

— Tudo bem, vamos com a sua ideia. — Ele via o quanto aquilo a incomodava também. Ambos não queriam fazer aquilo, mas fariam, pois Caitlin precisava voltar para sua família e Barry faria qualquer coisa para ajudá-la.


Notas Finais


HELLOOOOOOOOOO!!
Galera, alguns dias atrás eu postei um aviso, perguntando se vocês gostariam que eu continuasse ou não, já que fazia muito tempo que eu não postava. Vocês me surpreenderam totalmente com mais de 70 COMENTÁRIOS, todos falando que queriam que eu continuasse, alguns muito inspiradores, pessoas que reservaram um pouco do seu tempo só para me dar um pouquinho mais de inspiração. Muito obrigada à todos, eu não tinha ideia que vocês gostavam tanto dessa fic, mas agora eu tenho e vou fazer o que eu puder para continuar postando.

Obs.: Se quiserem repetir a marca de 70 comentários, fiquem à vontade.

bye ;)


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