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  3. 08

História Wings of Freedom: The Levi Ackermann story. - 08


Escrita por: Ladyh_Arya

Notas do Autor


Oi amores, como vocês?

Espero que tenham passado o carnaval bem, em casa, todos seguros ♥

Perdão a imensa demora, eu comentei da minha mudança? Maior bagunça, espero não mudar de casa pelos próximos 150 anos e_e
&Enfim, eu estou trazendo mais um cap, com 1h de atraso e agora, vou trabalhar na minha outra historia. Até sábado eu trago o próximo ♥

Eu espero que sinceramente vocês gostem, eu particularmente escrevi chorando. E como sempre escrevo ouvindo musica, ja elegi uma musica tema para os dois, mas vou revelar em um cap muito especifico ♥

Sem mais delongas: Boa leitura, desculpem os erros e vejo vocês lá em baixo ;*

Capítulo 8 - 08


Fanfic / Fanfiction Wings of Freedom: The Levi Ackermann story. - 08

Continuação do Flash back.

Levi Ackermann:

 

Vivi minha vida toda sendo o mais racional, frio e até mesmo bem mais calculista do que eu imaginava que seria. Mas claro que naquele momento, eu perdi todo meu juízo.. Se fosse uma pessoa que ria fácil, teria rido de mim mesmo na frente de Aeris com certeza.

Como pude deixar de perceber que ela estava ali, na minha cama? Que diabos estava ofuscando minha mente para que justamente eu, não tivesse percebido aquela silhueta deitada tão confortavelmente na minha cama? O intrigante da cena, não era o fato dela estar encolhida, com a mão no rosto tremendo de vergonha por eu estar apenas de toalha na frente dela, eu já estava acostumado com aquelas histerias. Imaginava, que depois do acontecido de mais cedo, a última coisa que Aeris queria, era deitar na minha cama. Porque? Porque aquilo me deixou tão tenso?

Tentei analisar melhor a situação e me peguei atraído por ela, mais do que eu achei que era capaz. Existia algo em Aeris que eu só entendi que sentia naquele momento. A inocência dela, ao mesmo tempo que me incitava em protege-la, também me fez deseja-la como eu jamais desejei alguém na minha vida toda. Era estranho, diferente, me deixou confuso e nervoso. Por isso avancei tão rapidamente, tentando conter aquele fogo, aquela ansiedade, que em vez de me irritar como sempre fazia, me deixava ainda mais compenetrado a entende-la, em saber o que ela pensava e sentia. Não dei uma foda para minha falta de roupas, eu queria estar perto dela. E quando a toquei, uma descarga elétrica passou pelos meus nervos e eu tive que suspirar e conter meus ímpetos selvagens porque, eu queria tirar aquela inocência dela e não era certo, eu tinha que proteger aquilo, sim!

Não queria que Farlan o fizesse, eu não queria que ele a tocasse ou tivesse aqueles lábios lindos nos dele. Eu queria, eu queria ela por inteiro. Mas porquê? Eu devia protege-la, era o meu dever! Eu fiz isso a minha vida toda, certo? Eu me neguei a dar a ela a mesma vida que eu tinha por medo de fazer ela perder aquele olhar tão generoso e amável, porque sabia que faltava disso no mundo.

Não! Tinha que ser outra coisa, aquele misto de sentimentos, sensações, desejo, cuidado, estavam me deixando tão maluco, que quando me dei conta, já tinha empurrado ela na cama e subido sobre seu corpo.

Ela ia me dizer e me fazer entender tudo que estava sentido. Claro que ia, era ela inteligente o suficiente para ter notado o que eu não notei. Mas o que eu não havia notado? Esse era meu maior desespero. Me peguei focado demais querendo saber o que ela sentia por Farlan, e se eu não tivesse impedido, aquele maldito beijo ia acontecer, o que será que aconteceria depois? E se ela o amasse? Eu a perderia? E se ela o escolhesse? Enquanto nos tentávamos um diálogo, em meio àquela tensão toda, a timidez dela e minha ansiedade, minha mente girava e meu corpo, buscou conforto no corpo dela. Acho que se eu a abracei uma ou duas vezes durante aqueles quase 10 anos que ela estava comigo, foi muito. Mas eu descobri que seu corpo era muito quente, assim como seu toque era tão acolhedor e me deixava com uma vontade de ter mais. Tive medo que ela saísse dali então a segurei contra a cama com todo cuidado do mundo, só pra ela entender que eu gostaria que ela ficasse ali, quieta e me respondesse as coisas.

Nenhuma daquelas respostas gaguejadas era a que eu queria ouvir. Ela mordeu o lábio e isso me excitou. Não era a primeira vez que ela fazia aquilo e eu sei que ignorava meus pensamentos por desejar eu mesmo morder de leve e faze-la gostar. Mesmo a querendo tanto agora, me dando conta que eu a desejava de forma ardente, como um homem deseja uma mulher; ainda tinham coisas que eu não sabia lidar, que eu não entendia, e em vez de ficar irritado comigo mesmo, eu busquei ela para me acalmar.

- Esse beijo, o seu primeiro beijo, ele é meu. Não é um problema que você não saiba como beijar.

Eu disse no ouvido dela, da forma mais carinhosa que eu encontrei de fazer, abismado com aquele autocontrole muito difícil de manter porque estava ansioso. Movi os lábios pela pele dela, doce, cheirosa, quase que uma porcelana de tão fina e macia, como se aquele fosse meu último minuto de vida, pois meu coração batia muito forte. Se fosse, eu levaria comigo o gosto dela, na minha boca, pois assim seria muito mais fácil viver no inferno.

“Porque Aeris? O que é isso? ”

Quando me dei conta, já havia fechado os olhos e selado nossas bocas. Deixei meu suspiro escapar sem medo dela perceber e aos poucos, soltei seus pulsos para encaixar nossas mãos e laçar nossos dedos, apertando ali com carinho.

“Carinho...?”

Aquela sensação de tensão sumiu, e deu lugar a outras que eu jamais, JAMAIS, senti na minha vida. A imensurável doçura dos lábios dela era o sabor mais delicioso, viciante e polido que eu já experimentei até ali. Eu sei que devia ter dado mais chances de ela responder se me permitia beijá-la, já que Farlan pediu por aquilo. Me descontrolei e agora, estava perdido naquela boca. Eu só pensava nela, no gosto dela, na língua macia e molhada que a minha encontrou quando invadi lentamente seus lábios. Ela, sem experiência nenhuma, tentou me acompanhar e eu me peguei ainda mais empolgado porque a garota, inocente como era, se entregou e se empenhou em se seguir. Nunca em toda minha vida, eu me senti tão cativo de uma mulher e tão absorto, perdendo os sentidos, o controle, a firmeza de mim mesmo. Nossos corpos ganharam um encaixe perfeito e meu peito, ganhou aconchego naqueles seios macios que eu já tinha percebido que existiam. Movi meus lábios com lentidão, até ela se acostumar, não queria assusta-la, mas dentro de mim, minha alma queimava e suplicava para que eu a tomasse pra mim por inteira e a fizesse minha. Eu ainda lutava e entender como proteção havia virado desejo. Algo tão intenso, que eu achava não ser capaz de sentir intensidades tão profundas. Depois de alguns minutos, senti minha respiração faltar, e afastei os lábios, mas não pude manter o cessar do beijo por mais tempo. Aeris não me impediu, nem deixava que eu soltasse sua mão. Ela me segurava com força e me surpreendia com aquilo. Não abri os olhos, não pude, busquei os lábios dela de novo e começando pelo inferior, chupei lentamente antes de mordiscar e puxar com cuidado. Tive que engolir um certo “rosnado” na minha garganta porque estava claramente excitado. O encaixe dos nossos quadris me permitiu sentir a virilha dela se juntar com a minha. Não sei se ela estava notando, mas estava realmente difícil controlar a pulsação e os estímulos do meu membro enquanto ela estava embaixo de mim. Soltei uma das mãos dela enquanto a beijava e desci por sua cintura fina, parei ali e agarrei com vontade, e então, ela gemeu pra mim. Aquele som foi indescritivelmente delicioso de ouvir. E eu queria mais, muito mais deles. Apertei de novo e senti que ela tremeu. Desci a mão e agarrei a coxa dela, pele na pele, a caricia ali foi tranquila, mas conforme meus dedos avançavam, invadi o tecido da camisola dela, e senti, a tira da lateral da calcinha enroscando nos meus dedos. O limite, era aquele, eu sabia! Ela não era qualquer mulher, ainda era uma garota, e talvez ir além significasse demais, pra nós dois.

“O que significava tudo aquilo? ”

- Levi...

Ela me chamou e eu não respondi, continuei buscando os lábios de Aeris numa fome sem fim.

“Eu não quero parar, eu a quero...mais! ”

- Levi...!

Consegui com algum esforço capturar a língua dela, e enquanto sugava suavemente, abri meus olhos pela primeira vez desde que o beijo começou para olhar para ela. As bochechas ainda estavam muito rosadas da timidez, mas seus olhos, estavam abertos me fitando com uma intensidade perturbadora. Se não tivesse sido chamado por aquele olhar, eu iria continuar me deixando levar e então, recuei com cuidado, retirando minha mão de dentro da camisola dela.

“O QUE EU ESTOU FAZENDO? ”

- Assustei você? – Perguntei baixo, enquanto retirava um pouco do peso do meu corpo de cima dela.

- Não! Está...tudo bem!

Ela desviou o olhar por um tempo e aquilo me deixou nervoso, mas eu não recuei, sentia que ela tinha algo a dizer.

- Diga o que está pensando. Está arrependida?

“PORQUE DIABOS ISSO ME IMPORTA? ”

- Não! Eu quis...mais do que achei que queria! – Ela respondeu sinceramente e voltou a me olhar. Senti meu coração vibrar com aquela resposta, mas não fui capaz de sorrir muito. Foi rápido. Mas acho que ela havia notado.

- Posso fazer uma pergunta? - Questionou a menor.

- Sim.

O que poderia ser? O que viria após o nosso beijo?

- O que você sente por mim? – Franzi o cenho automaticamente ouvindo a voz dela, baixa, lutando contra a timidez enquanto me olhava.

- Como assim? – Eu perguntei de volta.

- É....O que eu sou pra você!

“O que você é..pra mim? ”

Meu corpo todo ficou paralisado. Acho que eu suportaria qualquer outro tipo de pergunta, menos aquela. Eu estava nervoso, tenso, eufórico, explodindo, como nunca explodi, por uma coisa tão simples como um beijo. Não foi qualquer beijo, foi diferente de todos que eu já tive, e me fez querer mais. Mas eu ainda não me entendia. Aquilo era amor? Paixão? Desejo?

Eu não conhecia amor e paixão, só conhecia o desejo, os meus impulsos, a violência. Tudo que eu queria, eu tinha, mas não sabia pedir. Sabia que eu era um cara egoísta na grande maioria do tempo, sem me ligar muito a palavras simples como “por favor e obrigada”. Mas com Aeris era diferente. Eu não queria ser impulsivo e agressivo em nada com ela. Ela não deveria ser uma mercadoria a ser roubada, nem com força nem com agressividade. Mas, como demonstrar as coisas? Como se demonstra o que está aqui, dentro de mim?

“Ela vai se assustar com esse caminhão de confusão que eu estou sentindo. MERDA! ”

- Levi? – Ela chamou minha atenção, estava ansiosa. Desviei o olhar e ergui meu corpo, saindo enfim de cima daquele corpo quentinho, para me sentar no colchão, enquanto Aeris se erguia e se ajeitava.

- Você...me atrai. - Eu disse depois de longos minutos absorto nos meus monólogos mentais, sentindo o peso e a expectativa dos olhos dela.

- E o que mais?

“MAIS? O QUE MAIS EU DEVERIA DIZER? ”

- O que mais pode haver?

Vi que os olhos dela ficaram confusos, então suspirei pesadamente irritado, comigo mesmo.

- Sentimentos, talvez. – Ela falou um pouco triste e aquilo me desesperou, então eu me adiantei:

- Você é muito bonita! Nós...nos conhecemos há muito tempo e....

“TSC! O QUE EU ESTOU DIZENDO? ”

Me odiei por soltar aquilo tão rapidamente e de forma exasperada, me calando antes de completar aquele lixo de frase. Eu tinha que encontrar uma boa resposta, mas ela só não vinha. Meu estômago estava amarrado num nó muito apertado e eu sentia que poderia morrer sufocado a qualquer instante com tanta angustia e ansiedade de encontrar uma resposta para tudo.

- É somente isso que importa? Beleza? O tempo que somos amigos?

“NÃO! CLARO QUE NÃO, SUA LERDA! EU QUERO DIZER O QUANTO EU...”

Coloquei a mão na testa e mordi o lábio de nervoso. Não sabia dizer o que eu queria dizer e nem sabia se era certo dizer. Pelo seu tom de voz, ela estava ficando cada vez mais distante, triste e decepcionada, era a última coisa que eu queria! O fato era, que todos os casos que eu já tive, nunca exigiram sentimentos. Uma noite, sexo e fim. Sem carinhos, sem toques complacentes, sem beijos amorosos, sem corações palpitando e esse maldito e irritante nó na minha garganta. Eu estava diante da pessoa que eu mais me importava, descobrindo o quanto a desejava ardentemente, e o quanto tive medo do seu beijo ser dado a outra pessoa, junto do seu coração. Seria isso...amor?

- Eu...não sei! – Respondi finalmente.

- Você não sabe? – Ela perguntou imediatamente a minha resposta.

Notei pela primeira vez que a minha doce Aeris era mais firme do que eu imaginava. Estava ali, tentando ver meu coração e eu estava me fechando, correndo, desviando. O nervosismo estava me fazendo suar, me levantei e me afastei da cama sem dizer nada. O silencio sempre foi a melhor saída para todos os meus problemas internos. Eu me acalmava no silencio, estabilizava minha alma e conseguia ver tudo claramente, friamente quando o mundo fazia silencio pra mim. Mas aquele, provavelmente foi meu maior pecado.

- Certo. Tudo bem, me desculpa! – Era voz dela, e eu ouvi o choro contido nele.

- Aeris, está arrependida?

Minha voz saiu mais grave do que eu esperava e eu me odiei, pois ela ia chorar. Eu devia mesmo calar a boca e deixa-la ficar tranquila, mas eu tinha necessidade de saber se tinha significado tanto para ela o tanto que significou para mim.

- Eu jamais vou me arrepender de ter beijado a minha pessoa mais importante, Levi.

“Mais…importante? ”

Fiquei paralisado e nervoso, sem palavras. Eu não imaginava que eu era a pessoa mais importante da vida dela. Porque eu? O que eu tinha feito pra ganhar esse lugar? Era porque estávamos juntos desde sempre, não é?

Em seus olhos, existia a expectativa que eu tomasse a frente e falasse. Ela esperou, enquanto me olhava, com um ímpeto tão intenso que me deixou ainda mais tenso. Desviei o olhar pois estava muito irritado comigo, aquela foi a deixa, a resposta, o silencio. O mais doloroso que eu podia dar a ela, lutando para me entender e dizer o que eu estava pensando. Mas não saia, eu não sabia como dizer. Pela primeira vez na minha vida inteira, em 18 longos anos, eu tive medo de dizer o que estava pensando. Sendo que jamais disse a ninguém, o que estava sentindo.

- Vou dormir na sala esta noite. – Ela disse, me fazendo voltar a terra longe dos meus pensamentos pesarosos. A garota se colocou de pé, apanhou seu cobertor e saiu rapidamente do quarto. Eu, idiota, covarde e extremamente sem jeito algum para lidar com aquilo, fiquei ali, igual uma múmia imprestável e morta.

Durante os minutos que se passaram eu analisei tudo, cada coisa: Nossa longa amizade, o medo dela amar Farlan, o quase beijo deles, seu corpo embaixo do meu, seu beijo doce... Lembrei da primeira vez que a vi, de todos os incômodos que suas gentilezas e fragilidades me causavam, os sorrisos fáceis, a agressão de Kenny, a primeira vez que quis dar o mundo a ela só pra que ela nunca mais ficasse assustada. TUDO! ELA ERA O CENTRO DE TUDO PRA MIM! Podia não ser o sentimento mais limpo do mundo vindo de mim, que sempre não medi esforços para minhas vulgaridades ditas, meu sarcasmo, minha antipatia, minha irritação, mas estava ali, dentro de mim, gritando para sair e eu não consegui dizer. Se aquilo era amor, eu tinha que arrumar um jeito de dizer, um jeito de entender. Como funcionava? Se eu falasse aquele caminhão de coisas ela ia entender sem se magoar?

O soco na parede veio assim que ela já tinha ido fazia alguns minutos e só a dor me fez perceber, que eu machuquei o coração da pessoa que também era a mais importante da minha vida, pois não era capaz de dizer uma simples frase.

- TCH!

Meus dentes trincaram com força e eu fechei os olhos. Estava me consumindo! Até ali, eu nunca havia me apaixonado por ninguém, nem sentido amor e....NÃO! Não era algo recente, era antigo, era...desde sempre...! Por isso me sentia tão responsável por ela. Queria proteger e não deixar que nada acontecesse com ela. Se alguém a machucasse, isso me machucaria também. Eu ficaria louco! Mas não bastava apenas protege-la, eu queria mais, eu queria ser mais...eu...!

“Preciso descobrir se isso que eu sinto é amor! ”

 

--

Os dias seguintes foram os mais estranhos da minha vida toda. Primeiro porque, Aeris parecia distante, triste e mais distraída do que era normalmente, e eu, virei uma porta ambulante. Segundo, Farlan e ela haviam se aproximado demais para o meu gosto, a ponto de ter encontrado ele dormindo no sofá, alegando que tinha cedido o quarto para ela dormir. Sim, havia quase uma semana que nós não dividíamos o quarto. Como eu dormia pouco, havia pensado em ceder o espaço todo para ela, não ligaria em ficar na sala, mas nem essa oportunidade eu tive, pois sempre que eu queria ter um momento a sós com ela, e tentar dizer sobre meus sentimentos e esclarecer as coisas, alguma coisa atrapalhava.

- Ei, está ocupada? – Perguntei certa manhã após o café, me certificando de que Farlan não ia nos interromper com sua típica animação. Aparentemente, ele tinha saído após o desjejum.

- Não, já acabo aqui! Precisa de alguma coisa?

Odiava amar aquele tom gentil na voz dela, sempre pronta para fazer qualquer coisa que fosse, por todo mundo. Estávamos na cozinha e ela se ocupava guardando a louça do café que já havia lavado. Aquele, aparentemente era meu “dia de folga” e normalmente, eram aqueles dias que eu usava para sair e leva-la comigo.

- Apresse-se e se arrume, vamos dar uma volta.

Eu tento não ser seco com as palavras, mas as vezes não dá. Até tentei suavizar a minha expressão ao olha-la daquela distância. Pela primeira vez em dias, ela dedicou um olhar só pra mim, um pouco tímido eu diria, mas era muito intenso e sincero, aquilo me fez internamente tremer. Suspirei discretamente e antes de sair dali, para dar a ela espaço e tempo para terminar aquilo e fazer sei lá o que para que nós pudéssemos sair, acrescentei:

- E tente não tropeçar e se machucar no processo.

Virei as costas e então ouvi ela rindo. Eu sorri. Enfim, talvez aquele fosse um sinal de que as coisas se encaixariam.

--

 - Acho que compramos tudo!

Ela disse animada e acho que no calor do momento, laçou meu braço enquanto minhas mãos se ocupavam com as sacolas. Em dias normais, andar com Aeris pendurada no meu braço não seria nenhum problema, exceto que agora, ela quase virou uma pimenta vermelha de tão corada, e eu, senti meu coração saltar ao olhar seu sorriso e seus olhos brilhando de animação.

Nas minhas folgas, eu a levava para um banho rápido de sol, e depois, voltávamos para fazer compras para a casa ou o que quer que ela quisesse. Um livro novo. Chá.  Ela não era o tipo de garota que se importava com roupas novas. Suas roupas eram sempre simples, costuradas por ela mesma.

- D-Desculpa!!

Ela se adiantou em dizer, me soltando rapidamente e sorrindo sem jeito. Analisei as feições dela e meus pensamentos, começaram a me trair, pela milésima vez naquela maldita semana.

- Você me irrita quando pede desculpas por tudo.

- D-De...!

Eu não soei duro como costumava, mas não queria que ela tivesse mudado comigo. Bem, eu não fiz por onde, mas isso me incomodava. Com Farlan, ela não havia mudado em nada. Pelo contrário, ela o olhava fixamente, sorria, brincava, lia para ele. E todas aquelas coisas, que ela também fazia comigo e mais. Isso não estava mais acontecendo entre nós dois. Nunca mais a encontrei adormecida na minha cama, nem pedia para segurar sua mão ou se enroscava ao meu lado para tagarelar sobre algo que tinha lido. Estávamos nos distanciando, e eu não suportava mais aquilo.

Mantivemos um silencio incomodo por uns minutos enquanto caminhávamos. Estávamos no pequeno comercio central do subterrâneo e aparentemente, era um dos dias em que os mercadores tinham recebido mercadorias novas, pois estava bem cheio. Quando me dei conta, estávamos parados em frente a uma barraca grande e nova aparentemente, pois além de ter várias frutas, grãos e ervas, ainda tinham flores a venda.

- Escolha uma. – Eu disse assim que notei o olhar deslumbrado dela na variedade de cores das flores.

- N-Não, está tudo bem. Temos o suficiente, e elas são caras.

Virei meu olhar diretamente para ela, e soube que fui severo pois ela juntou as mãos contra o peito.

- Não me importo com isso. Escolha uma.

Eu insisti. Vi que o vendedor estava distraído com outro cliente, por isso, não precisávamos ter presa com aquilo.

- Porque quer me dar uma flor, Levi? – Sua voz estava mais firme agora, e ela estava seria , focada.

“Porque sim, sua lerda! ”

- Porque sim, não tem um motivo.

Aeris simplesmente me olhou de volta e sem responder, saiu dali. O que ela queria que eu dissesse? O que tinha demais dar uma flor a ela?

- Ei, qual o seu problema?

Eu corri, colocando todas as sacolas em uma das mãos para que a livre, eu pudesse impedi-la de sumir no meio das pessoas assim que a alcancei. Por sorte, estávamos num beco vazio, ninguém nos veria conversar ali.

- Não tenho problema nenhum. Só não me parece certo!

- Não parece? Ah claro, o certo é Farlan. Ele pode te dar uma flor e sei lá, tudo que quiser.

“MAS QUE MERDA EU ESTOU DIZENDO?!”

Soei irritado e sentia meu cenho franzido porque era algo que estava explodindo dentro de mim. Ciúmes, e eu não fui capaz de controlar.

- Então esse é o motivo? Você quer me dar uma flor porque Farlan me deu uma?

Eu não acredito que nós estávamos discutindo, pela primeira vez na vida. Era até, revigorante e um pouco assustador ver como ela reagia as coisas, como ficava irritada, porque era isso que eu via nos olhos dela agora. Mas mesmo irritada, ela ainda parecia frágil e seu tom, não excedia nenhum limite.

- E se sim? Você vai recusar? – Questionei.

- Vou! Eu não quero que você gaste nada comigo só porque Farlan me deu tal coisa, já tenho o que eu preciso.

Ela contestou de volta e isso fez meu sangue ferver. Não vi Aeris se irritar com Farlan por ter comprado uma maldita flor pra ela.

- Então é isso, ele pode e eu não. Faz todo sentido.

Dizer aquilo me doía, mas era mesmo o que parecia. Eu queria ver a alegria dela em ganhar um presente daquele porte vindo de mim. Será que então nós poderíamos melhorar um com o outro e quem sabe, eu poderia entender melhor o que eu sentia e enfim dizer?

- Do que você está falando, Levi? Você nem sabe porque quer me dar algo assim.

Agora ela parecia a beira das lágrimas e eu juro que era a última coisa que eu queria que ela fizesse. Realmente, aquilo deveria ter um significado maior do que somente dar algo para competir com Farlan, eu estava sendo um idiota completo.

- Tch! Esqueça isso, vamos embora.

Desviei o olhar para dar as costas a ela, mas tive que parar, pois ouvi seu choro baixo.

“Eu fiz de novo...MERDA! ”

- Ei, o que foi?

Diferente das outras vezes ela não escondia o rosto com as mãos e então, eu fui tomado pela ansiedade de fazer ela parar chorar. Me aproximei e segurei seu queixo, fazendo ela me olhar enquanto aqueles adoráveis olhos estavam marejados de lágrimas, o que eu odiava que acontecesse.

- Você diz...pra esquecer. Mas eu não posso, eu não posso!

“Como assim não pode? Você não quis a bendita flor, eu aceitei! ”

- Ei, pare de chorar.

Soltei o queixo dela e comecei a limpar as lagrimas da menor com os dedões, ela me impediu de terminar, segurando meus pulsos com delicadeza.

- O que viria depois, Levi? Você me daria uma flor e me pediria um beijo?

Fiquei tenso com aquelas palavras que soaram tão triste. Ela lutava para não continuar a chorar, mas parecia que tinha mais coisa a dizer, por isso, eu não respondi.

- E assim que me beijasse ia fazer como fez no outro dia? Ou seria como agora? Ia pedir para que eu esquecesse do beijo também?

Os lábios dela se tornaram uma linha muito fina pois parecia quase impossível ela não chorar. Eu me odiei, me odiei demais. Tudo aquilo era culpa minha, pela minha maldita confusão. Tentei consertar tirando o dia para estar ao lado dela, talvez assim algumas coisas voltassem a funcionar, mas não, eu tinha que dizer. Estraguei tudo com meu jeito torto e meu ciúmes imbecil. Porque eu tinha ciúmes de Farlan? Porque ele tinha atitudes que eu não tinha? Porque ele era mais corajoso e lutava por Aeris? Porque ele sabia ser gentil? Não sabia se era uma coisa ou todas as coisas, mas ele fazia certo. Ele lutava do jeito dele e alcançava o coração dela, pois isso, ela não chorava por ele. Mas e eu? Porque tinha que ser tão torto?

Quando me dei conta que estava na terra, preso pela gravidade, na frente dela, o meu centro, senti que nossos corpos já estavam juntos e minhas mãos, se soltaram do rosto dela. Nem sei pra que inferno foram as sacolas que eu segurava, mas a minha destra, apoiava-se no muro atrás da garota loura, enquanto minha outra mão, tomou o queixo dela e meu dedão passeou por aqueles lábios tão doces. Nós nos olhávamos, e ela, não parecia assustada nem tão mais triste, só surpresa. Ela tremeu, eu sentia porque era bom em notar o comportamento das pessoas, sem contar a proximidade intensa dos nossos corpos. Eu adorava o cheiro dela, era tão suave, tão docinho, como ela toda. Estava tão perto que o hálito quente dela nublava minha mente e me deixava quase cego, exceto, pela luz intensa daquele olhar castanho claro, que desde sempre foi meu guia, pra longe da minha própria escuridão.

- Eu não quero que você se esqueça daquele beijo. Fiquei com medo que se arrependesse.

Finalmente eu disse alguma coisa que deu vida as expressões dela. Os olhos não marejavam mais, porém as bochechas dela iam corando conforme eu me aproximava e apertava o corpo fino contra a parede sólida a suas costas.

- E se viesse a se esquecer, eu faria você se lembrar. – Eu disse, parando de acariciar a boca de Aeris com o dedo, para levar a minha própria e reiniciar a caricia, agora usando meus lábios.

- Levi...!

Ela me chamou e eu não pude responder porque já estava me entregando. Quando Aeris entreabriu os lábios para suspirar, ou tomar fôlego, que seja, me apressei para guardar minha língua naquela boca linda, feita pra mim, em busca da dela com toda urgência do mundo. Só agora eu podia entender um pouco mais sobre mim mesmo. Eu deveria parar de ser idiota com ela e beija-la mais vezes. Sentar e conversar com ela, tentar responder a suas perguntas mesmo que aquilo me custasse um pouco da minha auto paciência mínima. Ela me entenderia, ela me ouviria, pois ela era tudo, tudo para mim!

Nossos lábios estavam na iminência de se selarem completamente e eu estava prestes começar a vagar pelo mundo, me perdendo naquele beijo, quando nós ouvimos um barulho assustadoramente alto de uma arma de fogo sendo disparada. No impulso de protege-la, me coloquei a sua frente, buscando na direção do barulho, ver alguma coisa. Já podia-se ouvir os gritos das pessoas no pequeno comercio, correndo em pânico e depois, mais disparos. Ouvi também o barulho do DMT e dos ganchos se prendendo pelas construções. Seria a polícia militar? Tirando eles, os únicos que possuíam o equipamento eram...

- Fique aqui!

Eu disse enquanto corria para a entrada do beco onde estávamos e tentava ver através da confusão o que estava acontecendo. Realmente, era uma perseguição e não envolvia a polícia militar (ainda), e sim, meus companheiros como eu presumi.

“TSH, MERDA! ”

- O que está acontecendo?

Aeris perguntou assustada quando eu voltei pra ela. Constatei que tinha que retirar ela dali o mais rápido possível. Apanhei as sacolas no chão e a fiz segurar, enquanto a minha mão livre, encaixava na lateral do rosto dela.

- Tome, vá pra casa! Se seguir pelos becos você vai conseguir chegar. Estará segura lá.

- Mas e você? Levi, eu não vou sem você!

Se ela começasse a chorar de novo ia ser um problema, eu não ia conseguir me concentrar. Fiz um carinho desajeitado no rosto dela, olhando-a com meu olhar mais sério.

- É perigoso demais pra você ficar aqui agora! Preciso que não seja teimosa e vá pra casa, me espere lá. Ok?

Ela assentiu positivamente, porém relutante. Antes de nos separamos ela ainda me deu um último olhar e eu fiquei assistindo ela sair correndo dali, pelo lado longe do tumulto. Agora que Aeris tinha ido e eu sabia que ela estaria a salvo, podia me concentrar.

 --

Ser um bom criminoso no subterrâneo significava que sua cabeça estaria sempre a leilão e você teria inimigos. Eu tinha, aos montes, mas poucos tinham realmente a coragem de vir me enfrentar. Encontrei um corpo caído no chão no meio do comercio, e reconheci que era um idiota pau mandado de um dos lords que guardavam as escadarias. Nunca havia percebido que eles também usavam o DMT, mas ele não se importaria de me emprestar, certo? Já estava morto, com um tiro no meio do peito.

- Tsc, que nojo! Espero que alguém venha limpar essa porcaria.

Depois que consegui me equipar, segui o barulho e a confusão toda pelo meio da cidade. O quadro parecia ser meio preocupante. Os homens estavam armados enquanto meu grupo, não. Vi Farlan, ele liderava. Mas não entendi como aquela confusão chegou aquela situação sendo que normalmente, ele era muito cauteloso. Como conhecia tudo ali muito bem, peguei um atalho pela direita e depois de alguns minutos, consegui alcança-los.

- EI, SEU IMBECIL! O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

Farlan olhou para mim e sorriu.

- Bem vindo Levi, a diversão começa agora!

Farlan apontou para mais dois de nossos companheiros que carregavam sacos cheios do que, eu não saberia. Mas aparentemente, eles tinham roubado direto da escadaria. Fiquei possesso, não era assim que nós fazíamos as coisas. Era uma boa triplicar os lucros, mas ainda assim muito arriscado. Os tiros continuaram e nós abrimos a formação.

- QUANDO EU PEGAR VOCÊS, NÃO VOU SER TÃO PIEDOSO QUANTO A POLICIA MILITAR SERIA. LIXOS!

Não reconheci quem gritava, estava focado demais em desviar dos tiros e com o impulso certo, voltar. Uma faca era tudo que eu precisava, e eu sempre tinha duas comigo. Enquanto Farlan os distraiu, eu tomei um atalho a direita, subi, a todo gás e quando desci, estava atrás dos perseguidores. Derrubei três, quase que de uma vez só. Restaram mais três, e dois deles, pareciam não ter armas de fogo consigo.

De onde eu estava, ouvia Farlan rir e comemorar com os outros que estávamos “ganhando” aquela pequena batalha. Fiquei irritado porque, estava ficando sujo do sangue daqueles porcos e perdi a oportunidade de beijar e me entender com Aeris por causa daquela negligencia toda. Avancei e derrubei mais um desarmado. Foi a vez de Farlan dar a volta, pois o perseguidor que atirava, estava na cola dele, se ele bobeasse, iria ser atingido.

“QUE DROGA! ”. Eu pensei, já com a mira cravada no meu próximo alvo.

Aconteceu o que eu não previ mentalmente da forma mais infernal possível. Farlan desacelerou para se virar e enfrentar o cara da arma, mas ao fazer isso, ele não se deu conta do ponto cego na região de suas costelas. O perseguidor estava pronto para atirar e essa foi a deixa. Ele estava entre mim e Farlan. No ar, manobrando o DMT eu aprendi que tinha que pensar rápido, as vezes nem pensar. Por isso, eu aumentei o gasto de gás e me lancei entre os dois.

Houve um disparo.

Eu arremessei a faca e ela alojou no olho direito do atirador.

Ele caiu morto.

Uma dor intensa e infernal atravessou meu ombro direito, como se tivesse rasgado minha pele, ossos e músculos.

Minha visão ficou turva.

Senti o cheio de sangue e minha camisa ficando empapada.

Perdi o equilíbrio e então, cai.

- LEVI!

Era a voz de Farlan. E antes que meu corpo colidisse com o solo, alguém me agarrou pela camisa e o pouso veio, mais suave do que eu achei que merecia.

- LEVI, ABRA OS OLHOS! LEVI!

- Que dor...da porra! Argh!

Minha mão foi sobre meu ferimento, e eu gemi de dor. Não estava mais com os olhos abertos, mas sentia o sangue quente contra a minha pele.

- Aguente, vou te tirar daqui!

O resto dos acontecimentos ficaram soltos. Pois a única coisa que eu conseguia era entrar em agonia por aquela dor, que aos poucos, ia tirando minhas forças. Até que a escuridão veio e eu não fui capaz de resistir a ela.

--

- FARLAN, O QUE HOUVE???

“Aeris? ”

Onde eu estava? No inferno? Porque ela estava lá? Anjos não residem no inferno.

- Ele levou um tiro...para me salvar!

Eu estava sendo carregado. A minha volta, existiam vozes, mas eu só distingui a voz de Aeris e de Farlan, que estava muito perto de mim, provavelmente era quem me carregava. Acho que ouvi um choro, que eu conhecia muito bem, mas não conseguia dizer para que ela parasse de chorar, minha voz não saia.

“ACORDE! ”

- A BALA ATRAVESSOU?

- No ombro direito... Eu acho que sim!

- Ele está perdendo muito sangue Farlan, rápido, coloque-o na cama!

“Atravessou? Bala? Sangue? Eu odeio ficar sujo de sangue...”

De repente, senti que estava sendo colocado sobre algo macio. O choro de Aeris ainda existia, com soluços inclusive, eu precisava acordar pra dizer a ela que não era pra chorar.

- ELE ESTÁ RESPIRANDO AINDA, MAS MUITO FRACO!

Ela estava perto de mim agora, e senti o toque da mão dela perto da minha artéria, na região do meu pescoço. Porque estava com a mão tão gélida? Vai ficar doente, lerda!

- Eu vou chamar um médico!

Era Farlan falando agora.

- NÃO! NÃO TEMOS TEMPO, ELE PODE NÃO AGUENTAR, PRECISAMOS PARAR O SANGRAMENTO!

Como ela conseguia gritar e chorar? Aeris, você grita? Nunca te ouvi gritar....

- Você...você consegue fazer isso? – Farlan perguntou muito nervoso.

- Em teoria...!

Ouve o primeiro segundo de silencio desde então, o que me fez notar que ela engoliu o choro.

- Farlan, ferva agua, traga todo material do kit médico que temos e panos, muitos panos limpos. AGORA!

Alguma coisa pressionou meu ferimento no ombro e ouvi minha voz sair embargada de dor.

- Me desculpe Levi....

- P-Porque está se desculpando... sua lerda? Eu disse... que... não gostava de quando se desculpava...

Abri meus olhos só um pouco e vi a cabeleira loura e de relance, o olhar marejado dela. Depois, não resisti a tanta dor e fechei-os de novo.

- Não importa o que aconteça, fique comigo Levi. VOCÊ OUVIU? FIQUE COMIGO!!!

Senti que a outra mão dela estava no meu rosto, eu estava todo suado e provavelmente grudento, e ainda sim, ela estava ali comigo.

- E-Estou aqui... – Nem conseguia mais reconhecer direito minha voz, se estava falando ou apenas pensando. Depois que deixou meu rosto, senti que ela começou a abrir meu colete e em seguida minha camisa.

- NÃO ME DEIXE, POR FAVOR! EU AMO VOCÊ!

Se aquilo fosse um sonho de preludio para o inferno, eu certamente estava feliz de morrer ouvindo aquilo.

“Eu também te amo! ”

Ouvi ela começar a chorar de novo, mais desesperada, mas não tinha como abrir os olhos e dizer para ela ficar mais calma. A dor me venceu de novo e dessa vez, eu fui engolido por uma enorme e fria escuridão.

 

 

Continua....


Notas Finais


De todos os personagens que eu já analisei, o Levi é o que mais me intriga e me dá trabalho de expressar. Mas também, o que ele conhece de amor?


Eu amo esses flash backs, mas no prox cap, voltamos com mais um pouco da historia no presente deles, é importante dar andamento em tudo, porque Eren e cia vão aparecer sim!

Levi salvando Farlan? Ahhhhhhhhh ♥

Aqui temos um paradoxo, não foi sempre o Levi que apenas salvou a Aeris, não é?

Quero ler o que você acharam.

Obrigada por tudo, sempre! Amo vocês. ♥


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