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História Winter Flower - Capítulo 24


Escrita por: Gi-Ka

Notas do Autor


Agradecemos aos leitores, todos que deixam seu favorito e comentam! \(^0^)/ ヾ(^▽^*)

Mais informações, nas “Notas Finais”.

Boa leitura!


AVISO DE CONTEÚDO: conversa sobre assédio sexual.

Capítulo 24 - Capítulo 24


Taehyung dormiu a manhã inteira e quando acordou, estava com fome. Ele gemeu, pensando estar sozinho no quarto, porém assim que se mexeu, Seokjin saiu rapidamente da poltrona que estava lendo um livro, para lhe ajudar com os travesseiros.

— O que você está fazendo no meu quarto? — Taehyung perguntou, confuso.

Seokjin sorriu fracamente, afofando o cobertor em volta do outro.

— Estamos alternando para cuidar de você — disse o duque. — Joon saiu há poucos minutos para comer, mas se quiser, posso chamá-lo.

Sentindo-se um pouco envergonhado, ele somente negou com a cabeça.

— Não, está tudo bem… Hm… obrigado por cuidar de mim.

O olhar surpreso de Seokjin deixou o rapaz ainda mais envergonhado. Ele vinha tratando o outro de maneira horrível, talvez devesse parar e rever suas atitudes, afinal o que Seokjin tinha lhe feito? Ainda tinha medo dele estar usando Namjoon, porém, o irmão confiava tanto nele, talvez fosse o momento de lhe dar o benefício da dúvida.

— Está tudo bem, não é trabalho nenhum.

Taehyung sorriu fracamente, pigarreando.

— Como Jungkook está?

— O rapaz está bem, já acordou e à tarde será liberado para ir embora do hospital.

Aquelas eram boas notícias. Dormiu morrendo de medo do ferimento de Jungkook ser grave.

— E os outros? Meu irmão… Jimin? Como está todo mundo?

Seokjin deu um sorriso, sentando-se na beirada da cama e soltando um suspiro.

— Namjoon e seus pais estão bem, o ataque foi direcionado para você e como da outra vez: um foi preso e o outro morreu… — Seokjin desviou o olhar por um momento. — Jimin está com o rapaz, ele disse que precisava ficar ao lado dele por causa do padrasto? Algo assim? Não entendi completamente.

A boca de Taehyung ficou em uma linha reta.

— É… o padrasto de Jungkook não presta. Foi esse o motivo que ele saiu de casa.

— Como assim? Ele é violento com o garoto?

— Na verdade, ele o assedia sexualmente.

Seokjin arfou.

— Taehyung, isso é grave! Ele tem que ser denunciado!

— Eu sei, mas ele não quer estragar o casamento da mãe e ela está grávida, tem isso também…

— Gente…

Taehyung sacudiu a cabeça positivamente, suspirando pesado.

— É muito complicado, mas ele está levando bem as coisas fora de casa… — Taehyung tentou se mexer, soltando um gemido em seguida. — Merda, esse corte dói.

— Quer que eu troque o seu curativo? O médico disse para fazer depois que você acordasse. Ou você quer tentar tomar um banho primeiro?

— Você está tentando me chamar de porquinho?

— Olha, você que disse, não eu.

Taehyung riu.

— Vai se foder.

Seokjin deixou o seu sorriso crescer, logo ajudando o outro a se levantar da cama quando Taehyung afirmou que tomaria o banho.

Mexer os braços lhe causava dor, porém mesmo com dificuldade, conseguiu tomar o banho. Ele reviveu a noite anterior, novamente sentindo o seu coração ficar apertado com a maneira como Jungkook pulou contra o perigo para o proteger. Sua maior vontade era ir atrás dele e o abraçar até adormecer em seus braços.

Jungkook ficou em sua mente até ele voltar para o quarto, vendo que Seokjin já tinha uma maleta de primeiros socorros em cima da sua mesinha de cabeceira.

— Vem vá, cuidarei disso aí…

Em silêncio, Taehyung se sentou na cama, com o outro ficando ao seu lado, logo separando gases e esparadrapos.

— Doeu para caramba no banho — comentou Taehyung.

— Ah, é porque a água bateu… Normal. Mas, em poucos dias, nem vai doer mais. O médico passou uma pomada com anti-inflamatório, fecha rápido.

— Seu braço doeu?

— Com o corte? Doeu sim, mas Joonie cuidou de mim, então eu nem senti tanta dor…

Taehyung não comentou sobre que Seokjin falara do seu irmão com tanto carinho sem que alguém realmente estivesse comentando dele. De início, sempre achava forçado da parte do nobre, porém com o passar do tempo, começou a considerar se aquilo não era simplesmente amor.

— Não tenho ninguém para cuidar de mim — reclamou Taehyung.

— Olá, eu me chamo Ninguém.

O príncipe sorriu.

— Estou dizendo um namorado ou sei lá o que Joon e você sejam.

Seokjin deixou o silêncio os cobrir por uns segundos, enquanto derramava o líquido em um pedaço de algodão.

— Não somos namorados.

— Mas, são mais que amigos.

Hm… É. Acho que pode se dizer isso. — Seokjin suspirou pesado, passando o algodão embebido do líquido no ferimento de Taehyung, que gemeu baixo, puxando o ombro sem perceber. — Shh… Se arde, é porque melhora.

— Okay, idoso.

O duque deu uma risadinha.

— É algo que minha mãe falava muito… — Seokjin comentou, com um tom triste.

— Como ela está?

Seokjin não sabia o que deu em Taehyung para estar tão amigável com ele, mas agradecia pela gentileza do príncipe e iria aproveitá-la quanto tempo a tivesse.

— Está em um asilo especializado… Ela está quase completamente cega e a doença afetou um pouco a memória dela. Tem vezes que ela não me reconhece.

— Sinto muito… — murmurou Taehyung. — Você já fez os exames?

— Fiz há um ano, estava tudo bem. Acho… que tenho que fazer outro. Provavelmente farei em janeiro, depois das festividades.

— É bom mesmo.

Seokjin deu um sorriso, já passando a pomada no corte do ombro de Taehyung. Estava feio, mas poderia ser bem pior se o garoto que estava na cama com ele não tivesse o salvado.

— Esse rapaz… O Jungkook, ele parece gostar muito de você.

Taehyung sorriu, fitando o próprio colo.

— Somos amigos… ou quase isso. Ele é muito doce.

— Pela maneira que Jimin estava em puro desespero, eu acredito, porque ele só se preocupa daquela maneira com você.

— Eles se odiavam de início, mas, aos poucos viraram amigos.

— Provavelmente porque você não iria gostar que eles brigassem — explicou Seokjin, colocando as gazes no ferimento. — Os dois se importam muito com você.

E, era a mais pura verdade, Taehyung sabia daquilo. Tanto Jimin quanto Jungkook se esforçaram para ser amigos por sua causa, mas na sua concepção a amizade agora era puramente verdadeira, o que lhe deixava extremamente feliz.

— Taehyung, acho melhor te preparar logo para as notícias antes que você descubra pela internet.

— Ainda estão falando dos caras que eu beijei?

— Na verdade… Descobriram sobre os ataques ao castelo, inclusive o que foi contra Joonie.

— Merda! Como isso vazou?

— A ambulância para levar o rapaz chamou atenção, depois disso foi um pulo para descobrirem — afirmou Seokjin. — Inclusive… já sabem o nome dele, que ele estava no seu quarto e que te salvou. Então, em alguns dias, teremos algum funcionário demitido por aqui.

Taehyung mordeu o lábio inferior, percebendo que Seokjin terminara o seu curativo. Ele suspirou pesado, afastando-se um pouco para poder observar o duque organizando tudo para não deixar sujeira em seu quarto.

— Estão falando mal de mim? — Taehyung quis saber, um pouco preocupado com o que a imprensa deveria estar publicando sobre ele ter alguém no seu quarto.

— Não, o povo está preocupado. Eles gostam muito da Coroa e do que ela representa, de alguma maneira vocês são como celebridades e como todas elas, têm fãs.

— É meio estranho isso, sabe? Enquanto usufruo de tudo o que ser da Coroa representa e todo o dinheiro que tenho ao meu dispor, tem vezes que eu só queria ser um garoto normal, vivendo da minha arte por aí.

Seokjin concordou com a cabeça.

— Entendo um pouco. Não a parte de viver da minha arte, mas sobre ter a liberdade de fazer o que eu quiser, sem ninguém para me julgar ou para me barrar, o que é pior.

Taehyung concordou.

— Se você tivesse a chance de fazer o que quer agora, o que faria?

— Talvez estaria viajando com Joon ou me encontrando com uns amigos que temos.

— Isso soou meio misterioso.

— Você não sabe? Sou puro mistério.

Um revirar de olhos seguido com um sorriso foi o que Seokjin obteve do príncipe. Mas, ele estava feliz, talvez as coisas estivessem caminhando com Taehyung. Quem sabe no futuro não poderiam ser amigos?

— Você quer que eu chame Namjoon ou seus pais? — perguntou Seokjin, ficando de pé, arrumando a roupa que fingia estar amassada.

— Acho que pode ser…

— Okay, vou chamá-los. Não se preocupe que está cheio de seguranças tanto na porta quanto embaixo da sua janela… — Seokjin deu um sorriso. — Espero que você se recupere logo, okay?

Taehyung deu um sorriso.

— Obrigado, Jin. Ei… desculpa pelas minhas atitudes anteriores. Você não merecia o que eu falei.

— Tudo bem, você não é o primeiro a dizer isso. — Seokjin sorriu como se não fosse nada e aquilo só deixou Taehyung se sentindo pior enquanto via o duque partia do quarto.

Ele ficou sem saber o que fazer por um tempo e pensou em ligar para Jimin, perguntar sobre Jungkook, porém, não demorou para seus pais e Namjoon entrarem no quarto, o que o fez logo desconfiar de algo, afinal os três entraram quase em fileira organizada.

— Oi, pessoal.

Ahri foi a primeira a se aproximar, com um sorriso. Ela se sentou ao lado do filho na cama, olhando diretamente para o ombro dele.

— Jin fez o curativo para mim — disse Taehyung, com um sorriso. — Na testa eu só coloquei um band-aid, foi um corte pequeno.

A rainha concordou e não demorou a abraçá-lo. Taehyung retribuiu o gesto da melhor maneira que conseguiu, porém, seus braços doeram.

— Eu te amo, meu filho — ela murmurou, fungando baixinho. — Fiquei tão assustada…

— Está tudo bem, mamãe. De verdade, eu ‘tô bem.

Ela concordou, afastando-se para focar no rosto do filho. Com carinho, passou os dedos na bochecha dele e sorriu.

— Ai, mãe… para com isso — Taehyung brincou, dando uma risadinha. — Não sou mais bebê.

— Você sempre será o meu bebê, mas tudo bem, te darei espaço.

Namjoon sorriu para a cena, vendo os olhos do irmão focarem nele. Então, aproximou-se da cama e esticou o que escondeu atrás do corpo. Taehyung riu ao notar um sanduíche embrulhado.

— Calculei que você estivesse com fome.

— Calculou certo, irmão.

Eles sorriram um para o outro e Taehyung logo tratou de comer o sanduíche. A comida o fez lembrar de Jimin e outra vez sentiu falta do melhor amigo.

— Como você está se sentindo, meu filho? — o rei questionou, sem muitas demonstrações de carinho. Era a maneira dele de lidar com tudo afinal de contas.

— Estou bem, pai. Kookie me livrou do pior.

— O garoto é bem corajoso — disse Kangdae, dando outro sorriso. — Estou feliz por ele te proteger.

— Acho… que ele fez no impulso. Kookie nem luta, ele só é um jornalista.

— Ele fez porque gosta de você — afirmou o rei, pegando a cadeira da escrivaninha de Taehyung e colocando próximo à cama. — Vocês namoram?

Taehyung somente negou com a cabeça, sentindo-se envergonhado de falar dos beijos. Eles nem tiveram tempo de conversar sobre o que realmente significou aquilo tudo.

Kangdae sacudiu a cabeça positivamente, olhando para a esposa com intensidade.

O jovem príncipe levantou a sobrancelha, encarando os pais e em seguida para o irmão, que estava encostado em um dos móveis, bastante silencioso. Tinha acontecido algo e eles estavam escondendo dele.

— O que houve? — Taehyung questionou, parando de comer o sanduíche. — Está tudo bem com Jungkook, né?

— Está sim, Jimin está com ele — afirmou Namjoon, acalmando o irmão. — Mas… aconteceu algo.

— Namjoon — Kangdae falou, sério.

— Pai, ele precisa saber de uma vez.

Taehyung arregalou os olhos.

— O que foi? Alguém se machucou? Por favor, me falem logo!

Ahri segurou as mãos do filho, virando-o para si. Taehyung já estava com o coração apertando, imaginando quem poderia ter se machucado com tudo aquilo.

— Seu primo… Kim Chungho, foi morto. Os investigadores acreditam que tem relação com o ataque que aconteceu ao castelo.

Piscando confusamente, Taehyung buscou na memória a imagem do primo, porém só se lembrava dele criança, quando brincavam juntos.

— Chungho? Ele não estava no exterior?

— Sim, mas ele voltou recentemente — explicou o rei, suspirando pesado. — Sabemos como vocês eram unidos quando criança…

Taehyung concordou com a cabeça.

— Sim… Tem muito tempo, mas… Por que ele? Só por ser da Coroa?

— Provavelmente — afirmou a rainha.

Namjoon estalou a língua, chamando atenção para ele.

— Por que vocês não contam a história toda? — questionou o príncipe herdeiro, um pouco irritado. — Tae é adulto, ele pode lidar com a verdade.

— Tem mais? — Taehyung perguntou, nervoso.

— Tem — Namjoon disse, esperando os pais o barrarem, mas eles nada fizeram, então resolveu continuar: — O corpo dele foi encontrado perto da boate que você foi, Tae. Aquela das fotos… Os investigadores da Coroa acreditam que o alvo era você e que o seguiram desde que saiu do castelo, mas acabaram te perdendo de vista e como nosso primo estava lá, eles pegaram o que conseguiram…

Taehyung estava chocado com aquelas informações. Como tal coisa poderia ter acontecido? Como não viu seu primo naquele dia? Aquela criança fofa que dizia ser o seu melhor amigo há anos atrás agora estava morto? Tudo ainda parecia mentira de alguma maneira.

— O-onde ele morreu?

— Foi em um beco, perto da boate.

Ele concordou, ainda processando as informações.

— Nós vamos fazer a cerimônia fúnebre?

— Vamos, começa amanhã. Mas, você não precisa ir se não estiver se sentindo bem, meu filho — garantiu a rainha, afagando o cabelo do filho. — A sua segurança vem em primeiro lugar.

Taehyung negou com a cabeça.

— Eu vou, claro que vou — afirmou o príncipe mais novo. — Hm… tem alguma foto dele recente? Eu só lembro dele criança… Quero saber se o vi na boate.

Namjoon rapidamente buscou o seu celular, mexendo nos aplicativos até mostrar uma foto de uma rede social que Taehyung deixara de usar há muito tempo. Talvez, devesse voltar a usá-la, assim pelo menos saberia como estavam seus parentes mesmo após anos sem vê-los.

— Aqui, essa é do mês passado.

Assim que viu a fotografia na tela, Taehyung arfou, deixando o celular cair na cama.

Isso não pode ser real, foi o que pensou de imediato, com a sua mente a mil após seus olhos captarem cada expressão daquele rosto, afinal tinha o visto abaixo de si, quando havia o socado até desmaiar.

Aquele rosto que fizera piada com Jimin por arrebentar, era do seu primo e ele agora estava morto.

— C-como ele morreu? D-do quê? F-foi tiro?

Taehyung sentiu o coração diminuir em seu peito. Ele não podia ser o responsável por aquilo, certo? Céus, ele não podia!

— Foi traumatismo craniano — o rei informou, sua voz ficando mais baixa enquanto tentava apaziguar a notícia para o filho. — Pelo visto, bateram muito nele…

A bile subiu na garganta de Taehyung e aos tropeços, ele correu para o banheiro, de qualquer maneira, abraçando o vaso quando deixou todo o sanduíche que havia acabado de comer, ser expelido do seu corpo.

— Meu filhinho! — Ahri correu para acudir Taehyung, seu olhar cheio de tristeza por ver o filho sofrer. — TaeTae, está tudo bem… Foi um baque para todos, okay? Só se acalma, bebê.

Ahri deixou seus dedos seguraram o cabelo de Taehyung, que mesmo curto possuía algumas mechas longas que batiam no rosto do príncipe. Ela então o manteve limpo e quando o vômito deu trégua, transformando-se em choro, ela o abraçou ali mesmo no chão do banheiro, deixando que o filho a agarrasse com toda a força que tinha e a utilizasse de apoio. Nunca deixaria de fazer tal coisa, não por seus filhos.

Com a ajuda do pai e do irmão, Taehyung foi levado de volta para a cama, ainda trêmulo e assustado.

Aquilo não estava certo, não podia!

— Acho… melhor chamar o médico — murmurou Namjoon, preocupado. — Talvez ele possa receitar um calmante?

Kangdae concordou com a cabeça.

— Vou atrás do doutor. Ajude sua mãe…

Namjoon concordou com a cabeça e logo foi se sentar ao lado do irmão, sua mãe estava do outro lado, tentando o acalmar com palavras amorosas, mas nada parecia consolar Taehyung.

Era de partir o coração e eles somente queriam que o caçula tão amado, ficasse bem outra vez.

 

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Notas Finais


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