História Winter Wonder - (LuWoo) - Capítulo único

Estava preparando nosso chocolate quente enquanto Jungwoo ensinava nossa afiliada a construir seu primeiro boneco de neve e eu os observava pela janela da cozinha. 

Pareciam duas crianças ingênuas que acabaram de descobrir a neve, e se enganava quem pensava isso.

No inverno, a época mais fria do ano, o Jungwoo estava mais quente. E todo o seu calor alcançava o meu corpo enquanto eu o observava a metros.

Seu nariz levemente avermelhado, os pequenos flocos de neve derretendo calmamente em seus cabelos levemente bagunçados, as bochechas rubras, e o sorriso encantador. Tudo isso me causava mais arrepios que o vento frio que abraçava o mundo lá fora.

A pequena Sophia brincava destemida, sorrindo e afundando suas pequenas galochas estampadas com girassóis na neve, longe dos olhares preocupados de seus pais, mas sobre o olhar atento de Jungwoo, que apesar de preocupado, não queria tirar o prazer do primeiro contato com a neve da pequena.

Eu os chamei assim que o líquido fumegante foi servido nas três canecas e os vi entrar para dentro apressados.

Sophia era como um pequeno raio de sol no meio daquela neve toda, e o Jungwoo era meu sistema solar inteiro. Tudo em meu mundo girava em torno do dele, e isso não era aqueles clichês baratos que namorados diziam uns para os outros. 

Era a minha realidade... A minha verdade.

 Os dois tomavam o chocolate quente sorrindo e conversando sobre como a neve era fofinha e molhada e de que no próximo inverno iriam construir um boneco de neve tão grande quanto eu.

Eu os observava em silêncio recebendo olhares vez ou outra do Jungwoo que me prendiam por completo.

O olhar dele era capaz de me prender e cativar, e ele sabia disso.

Quando a Sophia se despediu indo embora com seus pais ele fechou a porta tirando suas galochas enquanto me olhava sorrindo.

- Eu senti sua falta lá fora. - ele disse baixinho andando calmamente em direção a pia se sentando sobre ela.

- A Sophia diz que o meu chocolate quente é o melhor, então eu tinha que ficar aqui dentro e o fazer pra vocês. - falei sorrindo.

- Eu também acho o seu chocolate quente o melhor. - falou sorrindo com certa malícia - Eu estava mesmo precisando me aquecer depois de ter ficado tanto tempo lá fora.

As bochechas dele tomaram um tom ainda mais rubro e seus olhos um brilho encantador, então eu me lembrei do quanto o Jungwoo era adorável flertando.

- O chocolate quente acabou, mas o seu namorado serve para essa importantíssima missão? - falei caminhando até ele com passos vagarosos.

- Ninguém é melhor me esquentando do que o meu namorado. - falou sorrindo abertamente enquanto enroscava seus braços em volta do meu pescoço assim que colei o meu corpo ao dele.

- Eu aposto que seu namorado pensa o mesmo ao seu respeito. - sorri abraçando sua cintura delicadamente.

Ele então encostou seu nariz gelado em meu pescoço causando uma onda de arrepios gostosa e eu soltei uma pequena risada.

- Me daria a honra de te ter debaixo do meu cobertor? - sorri aproveitando a respiração quente contra meu pescoço.

- Desde que você também esteja debaixo dele. - falou se afastando o suficiente para me beijar.

E então ele me beijou docemente. Com o sabor do chocolate quente, a ternura de um garoto apaixonado e a destreza de alguém que procura se esquentar no inverno.

Eu o peguei cuidadosamente no colo o guiando até o quarto sem separar aquele beijo, que sozinho, era capaz de acender todo o meu corpo, de forma rápida e delirante.

Eu precisava dele. Sempre precisei, e no inverno tudo isso era ainda mais intenso. E isso era mais uma das maravilhas do inverno.

A sua voz rouca chamando pelo meu nome de forma entrecortada, seus suspiros contra minha pele desnuda, seus dedos se enroscando no lençol, e um mundo inteiro lá fora.

Até a forma que ele dizia palavras sujas me encantava.

Jungwoo era o meu menino, e eu sempre o faria meu, seja inverno ou verão, ele sempre estará me esquentando em nossa cama e eu sempre estarei lá por ele também.

O sentei com cuidado sobre a cama separando nossos lábios apenas para ver aquele sorriso que me desestabilizava por completo, brotar em seu rosto, e para tirar as camadas de roupa daquele corpo que eu tanto amava.

O desejo que eu sentia por ele era descomunal, sempre fora, e o ver sorrindo de forma genuína enquanto o deixava nu sobre nossos lençóis me fazia querer esquecer toda a gentileza e arrancar aquele sorriso junto a gemidos altos, mas eu teria paciência, afinal era inverno, e eu queria o fazer se sentir quente, assim como ele sempre me fas sentir.

Dei um último beijo demorado em seus lábios cheinhos e comecei a me dedicar a outras partes de seu corpo.

Outra maravilha do inverno, é que as pessoas usam seus inúmeros cachecóis e roupas compridas para se protegerem do frio, então durante o inverno o corpo do Jungwoo era tela, eu era pincel e nós dois éramos obra de arte.

Dediquei uma atenção especial a seu pescoço que tinha um cheiro amadeirado graças ao perfume de suas roupas e o marquei com várias tonalidades de roxo ouvindo os suspiros e o aperto do menor contra o meu corpo.

- Quando o inverno acabar, quero que se lembre do quanto eu te amei hoje, e quando o próximo começar, quero que saiba que farei muito melhor. - disse descendo os beijos para seu tronco branquinho que estava arrepiado, só não sabia se era pelo ar gélido ou por meus toques contra sua pele sensível.

Em resposta, ele enroscou uma de suas mãos em meus cabelos os puxando com certa força, o que só me estimulava a continuar com tudo o que estava fazendo.

Por um instante eu tive que me afastar para me deleitar com a bagunça que era o Kim sobre os lençóis.

Cada pequeno detalhe do mais velho mexia comigo de uma forma tão pecaminosa que era praticamente impossível de explicar, e ele sabia, sabia que seu perfume era meu entorpecente, sabia que seu beijo era como uma droga que vicia e sabia que por ele eu seria um completo viciado.

- Achei que a ideia fosse me esquentar e não me deixar com mais frio. - ele disse rindo de forma doce, mas eu sabia que por dentro ele queria que tudo aquilo durasse tanto quanto eu queria.

- Eu não tenho culpa de você ser minha perdição, por céus, você me deixa desnorteado com uma facilidade tão grande que deveria ser considerada crime.

- Então é melhor você me prender, porque eu serei seu eterno criminoso. - falou sorrindo sapeca.

Aquelas palavras foram suficientes para eu desistir de toda essa parada de sentimentalismo e calma. Ele queria que eu o esquentasse, certo? 

Então eu faria isso.

Tirei minhas roupas sobre o olhar atento e provocativo do mais velho e ri ao perceber que realmente estava muito frio e que não conseguiria ficar mais longe dele, então como a maior solução para aquele inverno eu me atraquei ao Woo usando seu calor como combustível.

Me posicionei entre suas pernas e o ouvi suspirar enquanto apoiava as mãos sobre meu peito de forma carinhosa.

Posicionei meu membro com cuidado para não o machucar e sorri quando o mesmo me arranhou fazendo uma pequena careta.

Como eu disse, eu e o Woo éramos arte, e por isso nossas telas sempre eram diferentes.

Ás vezes ele usava palavras chulas, ás vezes gostava de me provocar e até mesmo de ser dominante, e como eu amava isso.

Eu nunca me cansaria dele, não importa quantos invernos venham a passar.

Comecei a me mover com certa velocidade e o vi jogar a cabeça para trás aproveitando todo o prazer, e eu aproveitei a sua brecha para beijar seu pescoço tentando ser carinhoso, o que de fato era difícil, já que ele despertava tantos sentimentos em mim ao mesmo tempo.

Jungwoo por sua vez arfava baixinho enquanto o barulho do choque de nossos quadris preenchia o quarto de forma prazerosa.

Ás vezes era simplesmente sexo, nós transavamos por desejo, por prazer. Mas ás vezes era amor. Nos amávamos e nos completavamos como um quebra-cabeças de duas peças e nos apaixonávamos ainda mais um pelo outro.

E ali, naquele momento, éramos a mistura das duas coisas.

Talvez essa fosse uma nova maravilha do inverno.

O frio diminuia a cada nova investida e os arfares do Woo ficavam mais audíveis se misturando aos meus que começaram a escapar quando ele resolveu olhar em meus olhos e arranhar minhas costas.

Tudo, simplesmente tudo nele era perfeito, e eu jamais me cansaria de lhe dizer isso.

Quando os toques dele começaram a me desnortear de mais, eu segurei suas mãos as colocando sobre a sua própria cabeça aumentando o ritmo e a intensidade das estocadas.

Não sei por quanto tempo ficamos daquele jeito, afinal, o Jungwoo também tinha esse talento de me fazer perder no tempo, e quando o senti se arrepiando debaixo do meu corpo relativamente quente, senti que havia completado minha missão.

Não somente a de o manter aquecido, ou a de o amar de forma intensa, mas a de o mostrar mais uma das maravilhas do inverno e as deliciosas sensações que elas podem causar.

Me movimentei mais algumas vezes também alcançando meu orgasmo e me deitei ao seu lado nos cobrindo com nosso cobertor.

Agora as bochechas do Woo não estavam mais vermelhas somente pelo inverno e meu peito não estava mais quente somente pelas camadas de agasalhos.

- Seria muito pedir a Deus que sempre fosse inverno? - ele falou sorrindo tímido enquanto se aninhava em meu peito.

- Não precisa, só me lembre de comprar um bom ar-condicionado. - disse rindo e o abraçando desengonçado.