História Winx e os Deuses Gregos - Minha Maçã É Morta Por Uma Flecha

Ponto de vista da Bloom

 Tudo estava bem antes de eu conhecer "ela", a garota que destruiu a minha vida!

Bom, na verdade eu exagerei. Não sei o que teria acontecido comigo se aquela garota não tivesse aparecido. Talvez eu estivesse morta agora, os monstros nos perseguem, vivem atrás de nós, sedentos por sangue.

Meu nome é Bloom, tenho 16 anos. Moro com meu pai, Oritel, em Manhattan, num pequeno apartamento, ou como eu gosto de chamar, apertamento.

Não tenho muito o que dizer do meu pai: um cara muito carismático e inteligente. Ele é professor de teologia na melhor faculdade da cidade, onde eu me matricularei daqui a dois anos. Não conheço minha mãe, nunca a vi, nem em foto. Meu pai me disse, uma das poucas vezes que falava sobre o assunto, que ela foi embora quando eu era bebê, nos deixando mesmo eu sendo muito pequena.

Sinto falta dela. Digo, não tem como sentir falta de uma pessoa que você ao menos conheceu, mas sinto falta de ter uma mãe, uma figura feminina na minha vida; a sensação é como uma lacuna vazia em meu peito.

Meu pai se esforça bastante para me confortar, eu reconheço isso. Ele sempre tenta me dar tudo o que eu peço, mesmo eu dizendo que não é necessário. Nossa relação é ótima, mas as vezes uma opinião feminina é necessária, pois segundo ele eu estou sempre perfeita, mesmo sabendo que naquele dia em questão eu estou horrível.

  As férias estavam próximas e todos os dias, eu me torturava de estudar para impressionar meu pai, desejava ser tão inteligente quanto ele.

Finalmente o final de semana havia chegado e lá estava eu, indo para o parque, afim de ler de comer uma maçã, minha rotina normal de final de semana. Os dias anteriores haviam sido bem complicados por conta da escola, que exigia muito do meu tempo e eu estava exausta, mais exausta que o normal. Peguei minha mochilinha e fui caminhando em direção ao parque.

Abri meu livro favorito e peguei a maçã. Estava lendo novamente sobre aquele tema: Mitologia Grega. Eu sinceramente gostava de estudar aquele tipo de coisa, as histórias apesar de não serem reais, tinham um significado muito profundo.

Me encostei em uma árvore e deslizei de costas até encontrar o chão. Abri na página onde parei e comecei a ler, concentrada na história e sem perceber o mundo ao meu redor. Rindo sobre o mito da Medusa, levantei a mão que estava a maçã afim de bloquear a luz solar que estava muito forte quando de repente, ouço um barulho parecido com o golpe de uma faca e minha maçã escapa de minha mão, grudando na árvore ao meu lado. Olhei assustada para a fruta, agora perfurada por uma flecha.

  Então notei que o lugar onde eu havia sentado fora invadido por uma garota loira, que estava cantando uma melodia em uma língua estranha e atirando flechas aleatoriamente com um arco de verdade! Desviando o olhar para onde ela tentava mirar, notei que ela estava sendo seguida por uma espécie de... mulher-cobra, equipada com uma armadura brilhante. A parte de cima de seu corpo era humano, mas não possuía membros inferiores, sendo substituídos por um rabo de cobra, forçando a criatura a se rastejar para de locomover. Segurei o vômito, eu só podia estar delirando.

-AFASTE-SE! - a garota gritou para a cobra, que sibilou e se arrastou na sua direção.

As flechas da garota acabaram e instintivamente, as duas entraram em uma luta corporal, a cobra possuindo uma vantagem sob a garota por ser maior. Ela se movimentou o rabo, sufocando a loira.

Meu primeiro reflexo foi pegar a maçã e jogar na cobra. Você deve estar pensando: "Bloom, que idiotice você fez!", pois é, somente depois de executar a ação eu notei o tamanho da merda que havia feito. A mulher-cobra soltou a garota e desviou sua atenção para mim.

  Eu tentei fugir, mas a cobra me encurralou, sibilando para mim me causando uma mistura de nojo e pânico. O que diabos estava acontecendo?

-SAI DAQUI! - gritei assustada, me afastando cuidadosamente da criatura.

Quase que imediatamente, a boca da cobra começou a sangrar e quando notei, havia uma flecha presa em suas costas. A criatura se desintegrou, transformando-se em poeira sendo arrastada pela brisa daquela tarde. Suspirei em alívio, olhando para a loira ofegante a minha frente, prestes à desmaiar.

-Qual seu nome?- perguntei a garota. Ela olhava para um ponto fixo atrás de mim, com os olhos quase fechando.

-Stella... Sou filha de Apolo.- respondeu ela, caindo no chão e desmaiando instantaneamente.