"It's my party and I cry if I want to
Cry if I want to, cry, cry, cry"- Melanie Martinez (Pity party)
***
Nossos corpos se mexiam em sincronia, enquanto nosso suor se misturavam. No quarto tudo o que ouvíamos eram gemidos e declarações fervorosas.
Eu estava de joelhos o montando com velocidade, ele me segurava pela cintura me fazendo ir mais rápido. Eu não gemia mais gritava desesperada, era gosto e intenso.
-Oh, isso Austin.
De repente ele parou sorrindo, não era um sorriso simpático ou safado, era perverso.
-Sua putinha.- falou me deixando confusa.- É a sua vez.- falou para alguém atrás de mim.
-Sim, é a minha vez.
Momentos depois eu gritava desesperada, enquanto Logan me pegava por trás e Austin apenas ria.
-Me ajude, por favor.- pedi. Lágrimas saiam dos meus olhos como uma cascata.
-Não, você merece.
-Eu mereço?- perguntei.
...
Levantei em um estalo, estava ofegante.
-Ally?- chamou Austin ao meu lado. Ele havia ligado o abajur e tinha cara de sono. Pegou em minha mão e logo pulou.- Amor, você está tremendo. O que foi?
-Eu tive um pesadelo. Austin você...- só percebi que chorava quando solucei.- você me dava para ele..
-Ei, foi só um pesadelo.- ele me puxa para seu colo.- Eu não te darei a ninguém.
-Parecia tão real, eu te pedia ajuda...
-Não precisa me contar. Eu amo você.
Sua mão foi até o meu cabelo me fazendo cafuné.
-O quanto você me ama?
Ele sorriu, aproximou do meu ouvido e sussurrou:
-O suficiente para brigar com todos por você.
***
Os dias se passaram rápidos e logo era terça-feira, 29 de novembro dia do meu aniversário. Não podia está mais animada, Austin havia saído de casa cedo. Por isso quando cheguei no andar de baixo encontrei apenas Mimi e meu pai.
-Bom dia.- falou Mimi, era assim que nos tratávamos agora, entre poucas palavras. Fazíamos a política da boa vizinhança.
-Bom dia.- respondi.
-Parabéns, filha.- falou meu pai levantando e ignorando a cara feia da esposa.- Aqui é para você.
Ele tinha uma caixinha na mão, peguei e abri. Lá estava uma pulseira com pingentes de livro, rosa, coração e um A.
-Ah pai, obrigada.- pedi o abraçando.
-Que nada filha, claro que precisava não é sempre que minha filha fará 18 anos. Lembrando que ainda terá sua festa no sábado.
-Tudo bem, eu preferia que não tivesse, mas você e Austin são uns teimosos.
-Não nos culpe, amamos você.
O abracei novamente.
-Obrigada, pai.
***
-Beber, queria muito beber uma boa vodka.- fala Mack se olhando no espero.- Você não acha Trish, que Ally deveria nos pagar uma boa rodada de álcool.
-Pra que? Você não precisa.- fala Trish.
Mack terminou de passar o batom e estalou os lábios. As aulas já haviam acabado, Mack se arrumava para ver Elliot junto com Trish, enquanto eu iria ao apartamento.
-Ué, beber é bom, não precisamos de um porque e temos um maravilhoso, é o aniversário da Ally.
-Concordo com ela, Trish.- sorri e olhei para Mack.- Não precisamos de um motivo, mas não se preocupe, te prometo ter uma garrafa esperando por você no sábado.
-Elliot não quer eu vá, me pediu para ficar com ele.
-Que absurdo, você irá.- falei cruzando os braços.
-Não se preocupe, Allyzinha, eu vou.- falou Mack bagunçado o cabelo.
Trish ainda olhava feio para ela, eu não entendia o motivo. Talvez ela estivesse com ciúmes do Elliot com Mack.
***
Vestia um belo vestido vermelho de alcinha e costa nua. Me sentia sexy e poderosa, pela primeira vez a vida eu sentia confiança em mim mesmo. Nos pés calcei um scarpin preto de veludo com o solado vermelho. No rosto optei apenas um delineado gatinho e um belo batom vermelho, me sentia perigosa hoje e vermelho era minha cor
Sentei no sofá para esperar o loiro, aproveitei para observar nova decoração da sala. Havia a tv e um pequeno móvel para guardar os eletrônicos. Na parede havia quadros de diversos tamanho com fotos nossa ou com o nossos pais. Tinha ate uma que tiramos em um lanchonete onde nos beijávamos.
A campainha tocou, estranhei. Austin não tocaria a campainha da própria casa. Ela voltou a tocar enquanto me levantava para atender.
-Calma, só estou procurando a chave.
Quando abri levei um susto, lá estava Bianca, vestia a mesma roupa que havia visto na escola. Ela empinava a barriga de seis meses e me olhava com raiva.
-O que está fazendo aqui?
-O que eu estou fazendo aqui!? Essa não é a pergunta certa, o que você está fazendo aqui?
Ela me empurrou e encontrou no apartamento, queria revidar, tirar aquela nojenta do meu apartamento, mas eu não podia.
-Mas que merda é essa? Você está com ele?
Cruzei os braços irritada.
-Estou.- respondi, eu responderia tudo o que ela precisasse agora.
-Como?
-Ué, isso geralmente acontece quando um casal se apaixona.
-Você é uma criança, um ninfeta filha da puta.- gritou a mulher grávida.- Olha só para isso.- ela se aproximou do primeiro quadro e o derrubou.
-Você está louca? Eu não sou criança e não destrua a minha casa.
-Sua casa?- ela gargalhou sem emoção.- Austin me trouxe antes, porque ele queria sair de lá, de perto de você.
-De mim? Mentirosa! Austin não te trouxa aqui.
-Ninfeta! Você é uma ninfeta iludida.- eu a encarei, quase estava mudando de ideia e partindo para cima dela. – Eu te vi indo para cima dele, se jogando como uma puta.
Ela se aproximou dos outros quadros e os derrubou. Eu estava confusa, minha mente dava voltas e mais voltas. Como assim Austin já havia trazido ela aqui?
-Bianca, pare!- gritou Austin atrás de mim.
Eu me virei, ele me olhava. Não me sentia mais perigosa com o vestido vermelho, me sentia com medo e insegura.
-Você me trocou por isso.- ela apontou para mim.
Me encolhi, eu queria minha casa. Queria meu pai.
-Respeite a Ally, sua cretina.- Austin passou por mim.- O que você está fazendo aqui?
-Eu te segui um dia, não acredito que trouxe ela pra cá.
-Levo ela para onde eu quiser.- ele se virou e me olhou.- Por que deixou ela entrar?
-E-e-eu não deixei.- Já chorava.
-Não chore, não por essa cretina.- falou Austin me abraçando.
Não respondi, eu não chorava por ela. Palavras machucam muito.
-Arg, vou na escola. Vou acabar você e sua reputação de merda.
Ela passou por nós, destruindo mais um quadro ao bater a porta.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.