História Wishing Well - Hey You

Hey you

       Don't tell me there's no hope at all

        Together we stand, divided we fall

- Não pode fazer isso Barbosa! – Falei.

- tente me impedir Annelise!

- Você sabe que eu posso.

- Deixe essa tolice de lado e vá para a prancha, querida.

- Desculpe-me Hector, mas não sou mais aquela menina que você conhecia. Sabe que eu mudei e que posso fazer coisas muito piores do que você pode imaginar!

- Você é como sua mãe, tenta o tempo todo ser normal. E só consegue o desprezo das pessoas!

-Isso não é verdade! – Elizabeth entreviu.

- Não se meta nisso, menina idiota! Você não sabe nem a metade da história.

- Sei o bastante pra dizer que o único que merece morrer aqui é você! – olhou para os dois marujos que a seguravam – e essa sua tripulação!

- Levem-na para dentro! – ordenou Hector.

- Não, ela fica. – um garoto de cabelos compridos o bastante para encostar-se aos ombros, que de alguma forma conseguiu alcançar o Pérola Negra entreviu. Jack permanecia em silêncio, apenas observando.

- E quem é você pra dar ordens aos meus marujos?

- Sou quem você quer! – sorriu. – Will Turner.

- Filho de Bootstrapp?

- O próprio. E com algumas pequenas condições, a maldição estará quebrada!

- Então, diga! – quase todos no navio riram em coro. Exceto os que tinham um pouco de sanidade.

- Quero Elizabeth e Annelise livres. Pode ficar com Jack.

- Só isso?

- Sim. Só isso.

- Ótimo. – estendeu a mão para Will apertar. Ele o fez.

- Não vou sair daqui sem o Jack. – falei – não vou abandoná-lo de novo.

- Que bonito. Pode ficar pra morrer com ele então!

-Eu também vou ficar.

- Elizabeth, não!

- Will, por favor!

- Ah, o amor! Como é bonito! – Barbosa exclamou – Bom, como já tínhamos um acordo... eu nada posso fazer além de cumpri-lo! Annelise e a mocinha quiseram ficar. A minha parte foi cumprida! – virou-se à tripulação – rumem à Isla Del Muerta!

Estava anoitecendo quando chegamos ao local. Uma neblina obscura cobria a caverna onde a maldição seria quebrada. Eu não sabia o que deveria ser feito, mas precisava de uma idéia, já que Jack não parecia estar bem. As coisas estavam tomando um rumo muito diferente do imaginado, eu morreria nas mãos de meu próprio pai, e ele não tinha misericórdia disso. Eu tinha de usar meu plano b, eu podia conjurar Calypso, e eu o faria.

Calypso, obsecro te,

Hecate, et pro Demetris

- Mas o que é isso? – Barbosa interrompeu – me.

ad eos, qui opus auxilium,

usque ad mare contritio tua

- Pare já com isso sua bruxa tola!

provocavit pro tempore tempestates caligo

veniat ad me.

- Olhe só quem me chamou! – Tia Dalma apareceu atrás de um gigante monte de moedas – achei desnecessário citar nomes de outros deuses para me conjurar, Annelise! Afinal, eu sou uma deusa!

- Preciso de ajuda, madrinha! – encarei-a.

- O que houve querida? – aproximou-se de mim. Depois viu que Jack também estava presente. -     Capitão Sparrow? Você deveria estar morto!

- Ah, mas não se preocupe quanto a isso! – Hector acrescentou irônico.

- Nos tire daqui,Tia Dalma.

- Eu... eu... ah... é... n... – começou a deusa.

- Ela não pode! – Barbosa completou. – nós temos um pacto com ela.

- Sinto muito! – sussurrou.

- Sente muito? Qual é o seu problema? Você prometeu a ela que cuidaria de mim.

- Eu pensei que ele cuidasse de você, Anne.

- Mas não cuida! – Elizabeth interferiu. - então será que dá pra ajudar?

- Não posso. – e em um piscar de olhos ela não estava mais lá.

- Pensou que poderia ganhar de mim? Quanta ingenuidade, querida.

- Então ta. Você ganhou! Vá em frente, mate todo mundo!

- Matar? Por que eu te mataria? Você é minha filha!

- Então nos solte!

- Não. Ainda não é o momento!

- E quando vai ser?

Percebi que antes de sumir, ela discretamente havia soltado Jack dos marujos, e esses estavam desmaiados, enquanto o capitão corria para pegar uma das moedas amaldiçoadas. Devia ser mais um de seus planos malucos... Que por sinal, eu amava.

- Quando nos matar? – tentei distraí-lo.