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História With you - Your eyes in the sunshine


Escrita por: LauraEllyse

Notas do Autor


OiOi :3

Capítulo 3 - Your eyes in the sunshine


POV Nico

Pesadelos eram realmente a ultima coisa que Nico precisava naquele momento.

Imagens do submundo passavam por sua cabeça, Nico normalmente não acharia nada de mais nisso, mas agora era perturbador.

Então as imagens pararam e Nico viu Reyna, agachada no chão chorando e soluçando, havia pessoas a sua volta a consolando, romanos, quando Nico tentou se aproximar, uma delas interveio:

– Afaste-se dela, monstro.

Nico reconheceu aquele romano, era Bryan Lawrance. Ele olha Nico com nojo e desgosto antes de ser sugado para a terra e depois virar um fantasma, assim como Nico tinha feito com ele.

– O que você fez? - uma voz que Nico não sabia de onde vinha gritou. - Monstro!

Todos se viraram para ele, mas de repente, todo o acampamento o observava, deixando-o no meio de um círculo de semideuses.

Alguns semideuses começam a se aproximar, Nico reconhece todos, Percy, Annabeth, Jason, Frank, Reyna e por fim, Will.

Percy se aproxima e empurra Nico

– Você é nojento!

Nico achou que ia cair no chão, mas mãos pequenas o seguraram, ele se virou e se deparou com Hazel, que tinha um olhar de desgosto.

– Não acredito que você é meu irmão - ela o empurrou e de novo, Nico foi segurado antes de desabar.

Dessa vez, mãos fortes o seguravam, Nico se virou e se deparou com os olhos azuis de Jason o encarando.

Jason, que o apoiou. Jason, que foi o primeiro depois de Bianca que soube seu segredo. Jason, que ficara feliz em saber que Nico ficaria no acampamento. Jason, que se oferecera para almoçar com ele e lhe fazer companhia. Jason, que era seu amigo.

Cuspiu nele. E depois o socou.

Dessa vez não havia ninguém para impedi-o de ir ao chão. Ele caiu e se deparou com os pés com havaianas de Will.

– Era impressão minha - ele disse se abaixando, com um olhar que Nico nunca havia visto Will lançar a ele, deboche. - Ou você queria me beijar, princesa?

Uma onda de risos se passou pelo grupo, e depois por todo o acampamento, todos rindo, todos apontando.

Nico sentiu um chute em suas costas e gritou, se curvando.

– O que foi princesa? Quebrou a unha? - Ele ouviu Percy dizer rindo, enquanto os outros gargalhavam.

Uma raiva e um desespero batiam em Nico, ele se levantou sem saber o que estava fazendo e pegou a faca do cinto - que ele não sabia que estava ali - e começou a golpear todos os lados sem controle algum.

Quando ele finalmente parou, se deu conta do que fez. Ele estava em pé, em volta de centenas de corpos ensanguentados e sem vida. O mais perto dele era o de Will, que respirava com dificuldade.

Nico sentiu lágrimas escorrendo e se ajoelhou diante do loiro, largando a faca.

O filho de Apolo respirava com dificuldade e as mãos pousavam em um ponto da barriga muito ensanguentado.

– Monstro - foi a ultima coisa que sussurrou antes de morrer nos braços de Nico.

Nico acordou gritando e se debatendo. As imagens dos corpos ensanguentados e do cheiro de morte ainda estavam em sua cabeça. E as ultimas palavras de Will deixavam um gosto amargo em sua boca e ecoava em seus ouvidos. Monstro...monstro...monstro...

– Hey! Hey! HEY! - o menor ouviu a voz de Will e se acalmou ao se sentir fortemente abraçado pelo mesmo. - Você está bem. Nada aconteceu. Você está na enfermaria, lembra? Eu estou aqui.

Nico parou de se debater e se deixou abraçar por Will, sentindo o calor que vinha do corpo do outro, não muito magro, não muito musculoso. Sentiu o peito do loiro subir e descer contra o seu e enterrou o rosto no pescoço do outro, que começou a afagar os cabelos de Nico.

Uma onda de vergonha atingiu o menor. Ele se desvencilhou dos braços de Will. Ele o sentiu passando a mão em seu rosto molhado de lágrimas que Nico não sabia que estavam lá, ele afastou as mãos de Will e limpou as lágrimas com a palma da mão.

– Desculpe. Eu... eu te acordei? - ele disse tentando controlar a voz.

– Não tem por que se desculpar. O que aconteceu? Um pesadelo?

Nico se lembrou do olhar cruel de Will quando ele o chamou de princesa. As risadas ecoando em seus ouvidos. Ele simplesmente assentiu.

– Mas foi só isso,certo? Um pesadelo - a voz de Will tinha uma pontada de incerteza.

Claro, sonhos de semideuses raramente não eram visões. Nico não o culpava por estar preocupado.

– Eu acho que sim. Não se preocupe.

– Nico? - Uma outra voz veio de trás da cortina e a abriu.

Percy.

Porra, esse cara ta em todo lugar? - Nico pensou.

Percy afastou a cortina que separava a cama de Nico do resto da enfermaria e se aproximou, ele mancava e havia ataduras em sua perna.

– O que você está fazendo aqui? - Nico e Will perguntaram ao mesmo tempo. Mas o tom de Nico era confuso e trêmulo, já o de Will era aborrecido e acusador.

– Eu te ouvi gritar - ele coçou a nuca. - Você está bem?

– Estou - o menor respondeu, sentindo o rosto corar com o olhar preocupado de Percy.

– O que aconteceu? Quer que eu te traga alguma coisa?

– Eu cuido disso - Will se levantou com uma voz de raiva contida. - Vou trazer alguns calmantes. E você, Percy, não devia ter levantado.

O loiro saiu pisando forte e deixando Nico sozinho com Percy.

– Por que você está aqui? - o menor disse sem olhar o outro.

– Bom - Percy disse se sentando na cadeira ao lado a cama de Nico. - um dos filhos de Apolo menos desenvolvidos atirou uma flecha que acabou atravessando minha perna, aí quando eu vim aqui, Will acabou me enfaixando com um esparadrapo sujo e infeccionou.

– Uau. Ele não costuma confundir as coisas assim.

Percy riu.

– É, mas é diferente comigo.

– O quê?

– Nada, mas amanhã eu vou estar bem.

– Ótimo.

Um silencio constrangedor se seguiu depois disso.

– Foi um pesadelo? - Percy perguntou com cautela. - Foi real?

– Não. Dessa vez foi só um pesadelo, não se preocupe. Eu os tenho bastante.

– Eu também. Sabe, desde que voltei do tártaro.

Nico entendia muito bem. Cada lembrança daquele lugar causava um arrepio no garoto, ele ainda se lembrava vividamente de cheiro, do frio, do medo, solidão. Daquela sensação de agonia a cada segundo.

– Eu sei. Olha Percy, eu estou bem, por que não volta para sua cama?

Ele o examinou com os olhos.

– Você está me evitando?

– Se me lembro bem, no café da manhã, você é que estava me evitando - Nico disse com uma voz fria e amarga.

O filho de Poseidon coçou a nuca e desviou o olhar.

– É, me desculpe por isso. É só que... depois do que você me disse...

– Percy, a gente não tem que falar nisso agora.

Ele sabia o que Percy ia falar, ele não queria ouvir, mesmo que ele tivesse dito a Percy que não tinha mais sentimentos por ele, ele sabia que não era totalmente verdade. Percy o havia machucado muito, mas Nico esteve sofrendo apaixonado por ele desde os dez anos, um sentimento assim não ia sumir.

– Não, Nico... é só que eu...

– Percy, é serio. A gente não tem que falar sobre isso. Nem agora, nem nunca - Nico usou o tom mais firme que conseguiu.

Mas ele não teve efeito em Percy.

O filho de Poseidon andou até a cama e se sentou ao lado de Nico, que se afastou um pouco.

– Me desculpe por como eu reagi. É só que... desde que eu te conheci...

– Eu sei o que vai dizer - o garoto o interrompeu tentando não deixar a voz tremer, ele cerrou os punhos quando percebeu as mãos tremendo. - Eu sei, está bem? Eu não quero ouvir. E sim, eu percebo o quanto isso é infantil, mas...

O que Nico ia dizer foi interrompido pela falsa tosse de Will ao entrar no quarto, trazendo um copo de água consigo.

– Percy - ele disse com uma falsa calma. - Quer me dar licença, por favor?

O filho de Poseidon se levantou e se sentou na cadeira ao lado da cama.

– Beba isso - Will entregou o copo para Nico. - Vai te acalmar. E você - ele disse se virando para Percy - É melhor voltar para sua cama.

– Eu só queria conversar com Nico...

– Percy, é serio. Volte para cama. Ordens médicas.

– Mas eu...

– Percy - Will usou um tom de aviso. - Ordens médicas.

O maior suspirou e se levantou. Mas antes de sair, se virou para Nico e disse:

– Eu ainda não acabei. A gente conversa depois.

Will bufou e Nico bebeu o que estava no copo.

– Esse negócio de "ordens médicas" funciona mesmo, não é?

– O que é que ele quer com você afinal? - Will perguntou ignorando a pergunta de Nico.

O garoto não respondeu. Will bufou de novo.

– Ele está te incomodando?

Nenhuma resposta.

– Ta bom, se você não quer me contar, tudo bem. Mas você quer conversar sobre o pesadelo?

Nico também não respondeu.

– Como você tem certeza de que não era real? A maioria dos sonhos de semideuses é real, e pela sua reação, não iria ser bom se fosse real.

– Não era real.

– Como você sabe?

– No meu sonho, eu estava em volta de corpos ensanguentados, cadáveres, eu fui responsável pela morte de todos eles. Você estava lá, eu o esfaqueei.

E você morreu nos meus braços – mas Nico não contou essa parte.

– Você tem razão - disse o loiro pegando a mão de Nico. - Foi só um sonho.

Nico tirou a mão da de Will. Sabia o que estava acontecendo, Will estava com pena dele. Ele odiava pena.

– Que horas são?

– Cinco da manhã.

– Desculpe de novo por te acordar.

– Tudo bem, acho que se eu dormisse mais algumas horas nessa cadeira, eu ia ter um torcicolo.

– Você estava dormindo na cadeira?

Will enrubesceu.

– Estava.

– Por que?

– Queria ter certeza que você ficaria bem.

Pessoas são tão estranhas.

– Então você se sentou numa cadeira ao lado da minha cama e ficou me observando dormir? Obrigado, me sinto muito melhor. Ficou passando lentamente as costas da mão na minha bochecha também?

Com isso, Will arregalou os olhos e virou um pimentão.

– Não! - ele disse alarmado - Eu não fiz nada! Eu só... eu só... eu não...

Nico começou a gargalhar.

– Eu estou só brincando. Mas que é a atitude de um maníaco, é.

– Eu não sou um maníaco! Eu só...

– Will, eu sei. Eu só estou te irritando. De qualquer forma, é melhor você ir dormir, eu perdi totalmente o sono.

– Bom, eu também. E o sol já vai nascer, não adianta dormir agora - Will abriu um pequeno sorriso - Vem comigo.

O loiro se levantou e Nico ficou o olhando confuso por uns segundos antes de se levantar e ir atrás de Will, para fora da tenda.

Assim que saiu da tenda, viu Will correndo longe dele, então ele começou a correr atrás dele.

Quando finalmente alcançou Will, ele estava em cima de um morro, embaixo de uma árvore, parado olhando para frente, Nico se curvou e ofegou.

– O que deu em você? - o menor perguntou arfando.

– Olha - Will apontou para frente, onde o céu já estava mais claro, o sol estava prestes a nascer.

– Você me trouxe aqui para ver o nascer o sol? - Nico perguntou. - Ah é, você gosta do rosa do nascer do sol.

– Vermelho - Will o corrigiu irritado - E é o vermelho do pôr do sol.

– Ta bom, mas por que me trouxe aqui?

– Senta ai - o loiro se sentou de pernas cruzadas e Nico o acompanhou. - Já viu o nascer do sol daqui?

– Eu na verdade nunca vi um nascer do sol.

– Uau. Você não sabe o que perdeu, meu pai é lindo quando está aparecendo.

– É, seu pai é quente.

– Lógico, ele é o deus sol - Will tentou fingir uma expressão inocente, mas começou a rir ao ver a cara de Nico. - Eu entendi o que você disse, só estava brincando. Então, meu pai é quente?

– Ah sim, e os seus filhos também.

– Hum, interessante. Algum filho de Apolo em particular?

– Ah, eu não sei, você tem tantas irmãs gostosas...

Will empurrou Nico, que caiu de cara na grama e riu. Era raro Nico rir assim com tanta facilidade, mas isso era tão simples com Will, tão bom.

Os primeiros raios de sol apareceram e ao se refletir nos lindos olhos azuis de Will, criaram novas cores em seus olhos, novas tonalidades. Nico ficou hipnotizado olhando para aqueles olhos.

– Por que você está me encarando?

– Seus olhos - Nico disse em um sussurro involuntário, depois endireitou a voz. - Seus olhos, eles ficam tão lindos na luz do sol, eles brilham, eles... - mas Nico não sabia mais o que falar e corou, virando a cabeça de lado.

Will virou o rosto de Nico e o segurou, fazendo-o encarar seus olhos. Will esfregou o dedão na bochecha de Nico e fez algo que Nico demorou para processar.

Ele o beijou.

Will segurou o rosto de Nico e o beijou sem mexer os lábios. Nico ficou sem reação a principio, mas então se deu conta de que Will o estava beijando, e empurrou o loiro, o olhando incrédulo.

– Will! - Nico gritou com a voz mais fina que o normal. - O que pensa que está fazendo?

– Eu... Ah, eu...eu só... - Will se levantou e saiu correndo, sem olhar pra trás.

Nico ficou olhando ele se afastar e tocou os próprios lábios. Will o havia beijado, Nico nunca havia beijado ninguém, e o filho de Apolo tinha acabado de beijá-lo.

Tinha alguma coisa que não fazia sentido para Nico.

– Ele não é muito sutil, não é? - disse uma voz atrás do garoto.

Nico se virou e reconheceu a figura a sua frente.

– Apolo?

 


Notas Finais


Olaa :3 obrigada por lerem, espero que tenham gostado.
uhuuuu já estava na hora do beijo em? agora é só esperar o xablau,
Te vejo no proximo capitulo ;)


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