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História With you, my dear Killua Zoldyck - Você é minha


Escrita por: KilluinZoldeyck

Notas do Autor


Demorei mais vim, espero que gostem!!

Capítulo 5 - Você é minha


Se tinha uma coisa em que Akira era boa, era em se esconder. Fingir que não existia. Certas vezes, chegava a desejar que fosse verdade. Mas não naquele momento.

Sua vontade de continuar no mundo, era tão vivida quanto as cores da primavera.

Então para ela, fora fácil esgueirar-se entre os corredores da anorme mansão, para encontrar Killua.

E antes que desse quatro da tarde, a menina estava lá. Naquele lago de água cristalina, um lago já tão querido para ela.

Mantinha seus ouvidos atentos para a chegada de Killlua. Até que dez minutos depois, ele apareceu.

— Você levou bem a sério o que disse sobre chegar na hora. — Killua não estava com seu costumeiro sorriso sacana, era bem o contrário, estava sério e sem expressão.

— Gosto de ser pontual, mas vamos realmente ficar aqui? Considerando o que você disse naquele bilhete — Akira chutou algumas pedrinhas em direção ao rio, sem querer olhar para o Zoldyck.

— Tem razão. Só combinei aqui, porquê tenho certeza que você não conhece outros lugares. — Killua indicou com a cabeça um caminho pelas árvores, Akira apenas o seguiu.

— Você está certo, eu só conheço até esse lago. Nunca tomei coragem de ir mais a frente.— Akira encerrou a conversa ali.

Ficaram sem falar muita coisas pelos próximos vinte minutos. Até que chegaram numa parte da floresta que Akira nunca tinha visto.  Killua encostou-se na enorme árvore, achava que ali já era bom o bastante para conversarem.

A morena sentou-se ao lado dele, deixando as pernas descobertas roçarem levemente nas de Killua, fazendo o Zoldyck sentir seus pelos arrepiarem.

— Acho que vou acabar sujando meu vestido aqui — Akira expôs seus pensamentos, pois seu vestido era branco, obviamente ele iria sujar.

— Por que você veio de vestido branco, por acaso é burra? Aí! — Akira havia dado um tapa na cabeça de Killua, que sentiu o local latejar. A mão da menina era realmente pesada.

— Não sou eu quem escolhe meus próprios vestidos, não tenho nem o direito de escolher com quem vou casar, quanto mais o que vou vestir. — Os dois riram da piada da menina. Mesmo sendo algo triste e deprimente,  Akira preferia rir do que chorar, então, poderia passar o resto da vida fazendo piadas.

— Se você pudesse escolher com quem se casar, quem você escolheria? — Killua perguntou, brincando com algumas pedrinhas enquanto a garota assumia uma expressão pensativa.  Depois de uns segundos, ela já tinha a resposta.

— Essa é fácil, eu não me casaria.

— Não? Ah, qual é! Dessa eu dúvido muito — na cabeça do albino, Akira era sua versão de doze anos.

Preso numa casa onde não gostava de estar. Com pessoas que não gostava e que só tiravam proveito de si. E pensando em como foi salvo por seu amigo Gon, tinha vontade de fazer o mesmo com sua nova amiga.

— Bom, eu já tive vontade de me casar, mas agora que sou esposa de alguém, não consigo ser feliz com isso. — Akira resolveu brincar com as pedras que Killua mexia segundos atrás, afim de evitar o olhar azulado do menino.

E Killua sabia exatamente o porquê de Akira não se sentir feliz, mas como não era bom com sentimentos, preferiu não falar daquilo. E também, odiava que a conversa deles tivesse chegado num patamar triste como aquele.

— Se o que você deseja não é um casamento, o que é então? — Killua perguntou, querendo mudar de assunto.

— Liberdade, eu queria ser livre para fazer minhas próprias escolhas. — Akira disse simplista, sabendo que a liberdade para ela, era algo quase impossível. Mas aos olhos do Zoldyck, aquela equação era mais fácil do que parecia.

— Você pode sim ser livre, mas acho que você não quer o bastante. Se não, já teria fugido desse lugar. — Killua levantou-se, voltando a caminhar calmamente, mas Akira continuou sentada.

Estava absorvendo as palavras de Killua. Queria fugir, obviamente, sempre quis. Mas algo dentro dela a empedia. Era como se tivesse correntes inquebráveis nós pés e nas mãos, correntes que estavam tão apertadas, que chegavam a machucar.

— Você não pode dizer o que não sabe. Eu não posso deixar este lugar, vou passar o resto dos meus dias aqui. — Akira levantou-se, enquanto Killua virava-se para ela. — Enquanto você pode sair quando quiser e fazer o que quiser, eu não posso nem escolher que roupa usar.

O Zoldyck  caminhou calmamente até a menina, chegou tão perto, que por ser mais alto, Akira sentia a leve respiração dele bater em sua testa.

— É você quem não pode dizer o que não sabe. Você por acaso sabia, que era pra eu ser seu noivo? Eu deveria ter passado cada dia da minha vida, treinando para ser o melhor assassino de todos, sem sentimentos pra me atrapalhar na hora de matar. — Killua suspirou diante da cara confusa da menina. Não era surpresa, estava despejando uma bomba encima dela. — Mas eu escolhi outro caminho, escolhi fugir do destino que me foi traçado antes de nascer. E você tem a chance de fazer o mesmo, basta apenas querer.

A cabeça de Akira estava uma completa confusão. Ela sabia o que ele estava propondo, mas era impossível, seriam caçados pelo resto de suas vidas.

— Eu não posso fugir...eu...— Akira não entendia, afinal, por quê ela não podia?

— Me diga o porquê! Você não gosta de nada disso, ou talvez, você só seja covarde demais para fazer o que quer.

— Eu não sei, algo me impede. E eles iriam me caçar pelo resto da minha vida, minha mãe não iria permitir isso. Ela daria um jeito de me achar e me castigaria da pior maneira. — Akira disse, lembrando-se de todas as cicatrizes que tinha pelo corpo.

— Então lute, rebele-se! Foi o que eu fiz, mas eu não conseguiria se estivesse sozinho. E você não está, lutarei com você se for preciso. — As palavras de Killua, fizeram o coração de Akira bater mais forte do que nunca.

Sentia um misto de sentimentos dentro de si. Alguns mais fortes do que outros, queriam sair de dentro dela em forma de choro. E em segundos, a menina sentiu um bolo em sua garganta, queria chorar como uma criança. Mas não faria aquilo na frente de Killua.

Ao inves disso, a menina ofereceu-lhe um sorriso bonito e sincero.

— Não acredito que estou dizendo isso, mas, se eu pudesse que escolher com quem me casar, essa pessoa seria você. — Killua corou diante a confissão repentina da menina, que riu alegremente de sua cara envergonhada.

— E-ei, não diga coisas estúpidas como essa! Jamais!

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Killua e Akira passaram tanto tempo conversando, que haviam esquecido do real problema a ser tratado. O perigo rondava aquela casa luxuosa. A amizade dos dois era proibida, teriam que fazer algo sobre aquilo.

E Killua, ficou remoendo-se em seu quarto. Estava confuso e angustiado. Conhecia ela a tão pouco tempo, mas sentia que valia a pena arriscar sua vida para ajudá-la. Se fosse Gon, já teria feito algo. Mas ele não era como seu amigo.

Era fraco e cheio de inseguranças, assim como  Akira era. Sem falar nas coisas que ela dizia. A maneira como ela mexia com o coração de Killua sem perceber, estava acabando com ele.

O pior de tudo, é que estava arrependido. Killua estava arrependido de ter se rebelado contra sua família, estava arrependido de não ter aceitado o casamento arranjado.

Caso não tivesse o feito, Akira não estaria presa nas cordas de manipulação de Illume, como um pequeno fantoche.

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Assim como Killua, Akira era um poço de sentimentos e pensamentos. Tudo o que queria fazer ao chegar em seu quarto, era dormir e pensar um pouco no dia que tivera.

Mas seus planos foram destruídos pela presença de seu noivo. Ele estava virado em direção a janela, parecia esperar por ela.

Akira ficou paralisada, definitivamente não esperava a visita dele. E antes que a menina pudesse reunir coragem o bastante para falar algo, Illume fora mais rápido.

— Como foi o passeio com meu irmão? — Illume disse, virando-se.

Mas Akira não ficou surpresa. Afinal, Killua disse que eles sabiam, apesar de que os dois não puderam conversar sobre isso. Não havia tempo.

— Não sei do que está falando — Akira preferiu fingir que não sabia, então continuou mentindo. — Mas que bom que está aqui, sua mãe veio falar comigo. Ela quer que a gente se aproxime mais.

Illume caminhou calmamente até Akira, ficando de frente para ela. Levantou o queixo da menina, pois era bem mais alto que Killua. Ou seja, a diferença de altura entre os dois era enorme.

— Está perto o bastante? — Illume aproximou o rosto, ficando apenas alguns centímetros de distância dos lábios da menina.

Que lutava para não se afastar. Um beijo era a última coisa que queria dele. E quando Akira jurou que o moreno fosse tomar-lhe os lábios, ele os direcionou para o ouvido da menina.

— Quero que fique longe do meu irmão. Não quero ver uma trocar de olhares sequer, você é minha. — E por fim, Illume beijou a bochecha da menina, retirando-se do quarto sem esperar resposta alguma.











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