História Without Lies - Two

#Without Lies# cap2
-Sim!
-Oque esta fazendo aqui?
-Vim lhe visitar, visitar sua casa, sua mãe e seu pai.
-Meu pai? Como assim? Meu pai está aqui?
-Está sim.
-Onde?
Minha mãe me cutucou e falou.
-Mas primeiro você precisa comer, filho.
-Tudo bem.-sentei-me na mesa
-Não vai lavar as mãos? Aproveite e lave o rosto para acordar.
-Acordar?-fiquei confuso.-como assim acordar?
-Apenas acorde! FILHO ACORDE!-gritou.
Eu estava num sonho, minha mãe estava na minha frente com um prato em suas mãos com uma expressão de estresse.
-Faz um tempão que eu estou te chamando e você não acorda. Esse sono estava bem pesado.
-Foi um sonho estranho, bom e ruim ao mesmo tempo.
-Quer me contar?
-Eu não lembro muito bem, mas se lembrar conto.- eu lembrava sim, mas não queria contar, pelo sonho envolver meu pai.
-Tudo bem! Agora coma. Não se esqueça de lavar as mãos antes.
-Sim senhora!
Me levantei e fui ao banheiro fazer oque ela havia mandado e voltei para comer. Ao final da refeição levei meu prato à cozinha e o deixei na pia, voltei para meu quarto, deitei na cama e dormi de vez, esquecendo de escovar os dentes e até de tomar banho.
(TaeHyung P.O.V)
Acordei com um pesadelo de madrugada, levantei e desci as escadas tomei um pouco d'água e subi de volta. Toda hora me lembrava de NamJoon.
(NamJoon P.O.V)
A noite passou tão rápido que achei que estivesse em outro sonho. Levantei da cama e fui ao banheiro, tomei um banho e escovei meus dentes. Fui até a cozinha e parei em frente a geladeira, havia um bilhete ali, escrito: -Bom dia filho. A Omma saiu mais cedo e volta depois do almoço. Tenha um bom dia de trabalho e faça seu melhor, mas não se esforçe demais. 사랑해 요!
-Obrigado Omma! 사랑해 요! Farei meu melhor! - eu falava sozinho.
Abri a geladeira, peguei um suco e uma maçã. Tomei o suco e sai de casa comendo ainda, estava atrasado, o restaurante que trabalhava servia café da manhã também. Andava com passos apressados até chegar na rua que se encontrava o restaurante. Jimin, Sumin e Wonsik já estavam me esperando na porta, corri até eles e tirei a chave do bolso distanciando a porta.
-Bom dia, NamJoon!- Sumindo falava num tom irônico - Por que se atrasou?
-Me desculpe. Minha mãe saiu mais cedo e não me acordou.
-Bom dia, NamJoon-hyung.- Jimin falava com um sorriso no rosto, como sempre.
-Bom dia, Jimin.
Wonsik passou direto e nem olhou para trás. Devia estar com raiva pelo meu atraso. Entrei e fui pegar minhas coisas na despensa. Jimin entrou logo depois de mim e pegou suas coisas também, antes de sair, se virou para mim e perguntou.
-Como foi a noite hyung?
-Como assim? Como eu dormi?
-Sim.
-Dormi bem.
-Que bom. Eu fiquei preocupado por causa das dores.
-Hum...melhorou.
-Ainda bem. Acho que a massagem ajudou. -sorriu
-Sim.
Sai da despensa e fui ajeitar as mesas.
(TaeHyung P.O.V)
Abri meus olhos e meu irmão estava parado na minha frente. Levei um susto.
-Oque está fazendo aqui Kim-hyung?
-Eu vim te acordar, mas acho que você se assustou com meus passos no quarto.
-Ah sim. Obrigado.
-Não temos nada pro café da manhã. Você pode ir na padaria?
-Posso si. Só preciso de dinheiro para comprar as coisas.
-Aqui está.- me entrou alguns wons- Compre o essencial. Me traga troco.
-Sim!
Peguei meu casaco atrás da porta e a abri e sai, andei prelo jardim até chegar no portão, o abri e sai. Andando pela rua eu via neve fina caindo, crianças ainda costumavam brincar na frente das casas, seus bichinhos de estimação corriam soltos e latiam felizes.
Os pais corriam atrás dos filhos, provavelmente uma brincadeira. Que pena que meus pais haviam viajado, mas eles deviam estar se divertindo. Ao virar a rua da padaria percebi que era a mesma rua daquele restaurante da noite passada. Andei um pouco mais rápido e quando cheguei na porta olhei para dentro e vi NamJoon. Pensei em entrar, mas oque eu iria fazer lá se não fosse para comer, e eu tinha dinheiro apenas para pão e leite. Enquanto estava pensando percebi um olhar em mim e levantei a cabeça, era NamJoon que estava olhando para mim. Abaixei a cabeça novamente e continuei andando. Quando ouço:
-TaeHyung? Kim TaeHyung?
Parei e me virei devagar, levantando a cabeça. NamJoon estava parado na frente da porta virado para mim.
-É você?
-Si..sim. -falei um pouco gaguejando.
-Oi. Eu vi você aqui na frente. Você não vai entrar?
-Não...é que...eu vou, é...na padaria.- estava sentindo meu coração na boca.
-Ah sim! Mas você vem no almoço né?
-Sim.
Ele deu um sorriso, se virou e entrou. Eu fiquei parado um bom tempo no mesmo lugar até que algo dentro de mim me fez andar até a padaria. Peguei o pão e o leite, paguei e sai. Andei até o restaurante e olhei para dentro de novo e não vi NamJoon, então continuei andando. Cheguei em casa e deixei as coisas em cima da mesa e fui para meu quarto, deitei e fiquei olhando pro teto.
(NamJoon P.O.V)
Quando entrei no restaurante novamente Wonsik estava parado com braços cruzados no meio do salão olhando para mim.
-Bom dia Wonsik.
-Vá fazer suas obrigações.
Soltou os braços, suspirou e entrou em sua sala. Wonsik se achava o dono do restaurante e estava se esforçando ao máximo para conseguir esse cargo. Era muito amigo do senhor Shin KiWon, o dono, e o mesmo já estava muito doente, logo viria a falecer e consequentemente deixaria tudo para Wonsik.
Respirei fundo e voltei para meus serviços.
(TaeHyung P.O.V)
-Kim TaeHyung! Desça agora!- meu irmão gritava.
Levantei e desci.
-Me de o troco.
Coloquei a mão em meu bolso e não estava sentindo nada. Os virei para fora e o dinheiro não estava lá. Olhei na mesa, no quarto, revirei a casa e não achei. Meu irmão estava ficando estressado. Sai de casa e fui fazendo o caminho da padaria. Quando me lembrei que o balconista não havia me dado o troco. Corri até a padaria e fui ate o balconistas.
-Oi. Eu acabei de vir aqui e comprar pão e leite, paguei com dinheiro, mas o senhor não me deu o troco.
-Eu lembro sim. Mas eu lhe entreguei o troco sim.
-Não, não entregou.
O homem insistia que havia me dado o troco mas eu tinham certeza que não. E assim ficamos discutindo por um bom tempo. Até que eu não estava mais aguentando e sai do estabelecimento de mãos vazias. Sentei num banco que havia na rua, abaixei a cabeça e comecei a chorar. Eu sabia que meu irmão não iria me perdoar, ele iria brigar muito comigo e como eu era muito mais novo, ele poderia até me bater. Enquanto chorava e pensava nas consequências daquilo senti uma mão passando pelas minhas costas. Levantei a cabeça e me assustei.
-Oque aconteceu TaeHyung?
Não conseguia acreditar que era ele ali.