- ... _ analisou com pesar os olhos fundos e os cabelos penteados para trás, ainda não conseguia se sentir apresentável.
- Lexei, vamos _ A ruiva bateu levemente na porta aberta _ Uau, está bonito.
- Obrigado _ Ele sorriu melancólico, não culpava a irmã, ela não tinha culpa dos sentimentos de Lucille por ela.
- Vem, vamos.
>>
A festa seguia com muita música e dança, não demorou até que os fogos fossem lançados, mas Alexei não conseguia se animar, havia passado a noite inteira de canto. Ele encarou o ovo encrustado de safiras e zircônio que girava entre os dedos.
- É uma bela joia _ O ruivo ergueu o olhar a tempo de ver a moça de cabelos negros medianos que estavam enfeitados por uma coroa de flores azuis _ Oi.
- Ah.. Oi _ Ele desceu o olhar para o vestido simples que ela usava, não parecia combinar com a ocasião, mas caia perfeitamente bem nela _ Quem é você?
- Iv _ Ela ajeitou o vestidinho e o viu guardar o ovo no bolso _ Você deve ser o Alexei.
- Quem te falou?
- Ah, tenho meus contatos _ Ela encostou-se na parede, ao lado dele.
- Isso soou tão misterioso _ Alexei encarou a irmã que dançava animada com Natanael.
- linda festa, não é? _ Iv seguiu o olhar dele.
- Na verdade eu não gosto muito de festas.
Ela desviou o olhar para o ruivo e não conteve um sorriso breve.
- Somos dois _ Iv estendeu a mão _ Vem, vamos sair daqui.
- Mas eu.. _ Alexei viu Lucille dançar animada com John e cerrou brevemente o punho, tomando a mão de Iv.
Ela abriu um sorriso sutil e o puxou para o jardim fora da base, guiando-o para a porta e arrastando-o floresta a dentro.
- Onde vamos?
- Para o infinito.. _ Iv o olhou e sorriu.
Alexei perdeu-se por um momento naquele sorriso tão delicado e ao mesmo tempo tão teimoso, parecia ser a característica mais marcante daquela moça, estava disposto a descobrir mais sobre ela.”
-*-
- Não, eu estou passando um tempo na casa da minha irmã _ O ruivo subiu os óculos e pegou uma tesoura fina, abrindo um painel.
- É gata? _ A voz do outro lado do comunicador parecia bem animada.
- É, o namorado dela tem 1,87 de altura _ Max puxou o fio verde e o cortou, abrindo a porta.
- Tudo bem, já entendi.
- Entrei _ O ruivo atravessou a porta e olhou ao redor _ Tudo limpo.
- a sala fica virando à direita, mas a morte te aguarda.
- Quantos?
- 4 no total.
Max diminuiu a força dos passos e esperou encostado na parede; olhou discretamente o corredor e viu os 4 seguranças posicionados nas portas.
- Que imbecis.. Assim fica fácil saber o que tem atrás das portas _ Ele puxou dois bastões curtos de sua cintura e os uniu, aumentando consideravelmente o tamanho _ Vou encarar essa.
- Vou buscar a pipoca, aposto 5 pratas que o de óculos cai por ultimo.
- Aposta aceita _ Max respirou fundo e correu na direção dos 4 que avançaram contra o ele.
O ruivo sorriu de canto e saltou, parando atrás deles.
- Ei, idiotas _ Max girou o bastão e acertou o rosto de um dos seguranças, jogando-o contra a parede.
Ele fincou o bastão no chão e se ergueu, chutando o peito de outro segurança, caindo em pé sobre ele.
- Ei! _ O de óculos escuros puxou um revolver e apontou para o ruivo, Destravando a arma _ Solta o bastão, agora!
- Ok.. _ Max jogou o bastão para o alto e o segurança seguiu os movimentos do objeto.
O ruivo agarrou o cano da arma e girou o corpo, acertando o maxilar do homem com o cotovelo, girou o revolver e atirou contra a perna do ultimo segurança, vendo-o cair no chão, agonizando pela dor.
- Isso foi o som do dinheiro entrando no meu bolso? _ Um sorrisinho surgiu nos lábios de Max que pegou o bastão.
- Vai pro inferno..
O ruivo atirou contra a fechadura de uma das portas e a chutou, entrando na sala e olhando ao redor.
- Onde está?
- Onde será que um chip super importante estaria?
Max se aproximou do computador gigantesco e procurou algo nas configurações, ejetou o chip e o pegou, enfiando-o no bolso.
- Helicóptero?
- que chato, eles não tem nem heliporto.
- V! _ O ruivo o repreendeu, saindo tranquilamente por onde entrou.
- Ta bom, ta bom!
- X -
Apollo impulsionou-se e bateu uma palma, voltando a flexionar os braços. Ana o observava da porta, via os músculos do moreno destacarem-se com os movimentos rudes, as gotinhas de suor delineavam os músculos dele que ainda não a havia visto.
- 400.. _ Ele levantou-se e a viu estendendo a toalha.
- Com sede? _ a ruiva mordeu brevemente o lábio.
- É _ Williams sorriu de canto e secou o rosto _ Está ai faz quanto tempo?
- desde que você começou _ Ana cruzou os braços e encostou-se na parede, vendo-o virar a garrafa de água.
As gotinhas geladas misturavam-se ao suor e o faziam contrair os músculos por onde passavam; a ruiva lambeu os lábios sem notar, mas Apollo notou.
- Parece que gosta do que vê _ Seu famoso sorriso de canto enfeitou os lábios finos.
- Nem faz ideia..
A campainha tocou, trazendo Ana de volta à realidade.
- Tá esperando alguém? _ Apollo arqueou a sobrancelha.
- Não.. _ Ela seguiu para a porta e a abriu _ Marcos?
- Esqueceu isso na biblioteca _ Ele estendeu um pequeno molho de chaves.
- Quê..? Mas eu nem.. _ Ana segurou as chaves _ Obrigada.
- Disponha _ Marcos bateu uma continência breve e um sorriso surgiu nos lábios finos.
Aquele sorriso causou arrepios na ruiva, e não era no bom sentido. Ele virou-se e saiu, enfiando as mãos nos bolsos; Ana fechou lentamente a porta e encarou Apollo que estava encostado no batente da porta.
- Isso foi estranho.
Ela assentiu brevemente.
“- Se eu te contar algo promete não falar pra ninguém? _ Alexei encarou os olhos escuros de Iv, estava desesperado por um ouvido amigo.
- Prometo.
- .. Eu vi um homem falando com a Lucille.. Ele queria a ajuda dela pra alguma coisa _ O ruivo apertou levemente a flor entre os dedos.
- ... _ Ela desviou o olhar.
- Ele parece mal, tenho um pressentimento ruim quando a esse homem.
- Esse homem se chama Mikhail Volkov _ Iv ergueu o olhar, fitando os lindos olhos azuis de Alexei _ Ele é meu..
Ela deteve-se por um momento e apertou a grama entre os dedos.
- Seu? _ Alexei a incentivou, tocando a mão da morena.
- Meu pai..”
Continua..
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