História Wolf D. Hikari (One Piece) - O chamado do cavaleiro.

Narrador–On

Os enormes portões da Justiça se abriam aos poucos, vagarosamente. Nesse meio tempo o grupo de piratas corriam para conseguir salvar a companheira que estava sendo levada para o julgamento.

Luffy estava confrontando Lucci enquanto Zoro e Usopp que estavam algemados juntos se encontravam cercados por Kaku e Jabra.

-Ei, Chopper! –Hikari ainda insistia em conversar com a fera que caminhava respirando ofegante. –CHOPPER!

-Não vai adiantar Hikari. –Dizia Tatsumi.

-Mas.... Eu tenho que fazer algo. –Escombros caiam do teto em direção aos dois. –Luft! –A esfera de ar era mais uma vez usada, assim livrando dos pedregulhos e não machucando o médico transformado. –CHOPPER!

-Hikari! –Nami vinha correndo e junto com ela, Franky.

-Nami! –Ela ficava feliz em ver sua amiga novamente. –Que bom que você conseguiu! –Mesmo não ouvindo da navegadora, ela sabia que tinha derrotado Kalifa.

-Como vamos impedir aquilo?! –O carpinteiro encarava as costas do monstro descontrolado.

-Ele está ficando fraco. –Afirmava Hikari. –Precisamos reverter esse efeito antes que algo pior aconteça.

-Alguém tem alguma ideia? –A ruiva perguntava.

-Os usuários de akuma no mi tem uma fraqueza em comum. –O homem de cabelos azuis começava seu plano. –Vamos jogá-lo no mar!

-Está maluco! Chopper vai morrer. –Nami dizia furiosa.

-Mas é o único jeito. –Hikari apoiava. –Acho que temos que empurrá-lo juntos, depois teremos que ir atrás dele.... Eu ainda posso usar mais um golpe.

-Eu posso nadar no mar. –Franky se disponibilizava. –Tenho o Coup de Vent, acho que juntos será o suficiente! –Com todos concordando, eles seguiam para onde Chopper estava.

-Vai mesmo conseguir aguentar lançar outro golpe? –Questionava Fênix, mas ele não obtinha resposta. –Hm...

Eles corriam, Frabky e Nami iam na frente, chegando assim na sala onde encontravam Zoro e Usopp presos pela algema.

-EI, CHOPPER! –Usopp tentava fazer contato com o companheiro que não conseguia entender.

-EI! –Franky chegava e inflava seus braços com ar e apontava eles para Chopper. –Coup...

-Gran... –Hikari chegava segundos depois e já tomava posição.

-Hikari?! –Os dois amigos ficavam surpresos de ver sua companheira ali.

-Tornado!

- ...de Vent! –Os dois ataques de vento empurravam o monstro para longe, fazendo ele quebrar a parede e cair no mar.

-Ei! Ele é o Chopper! –Usopp dizia bravo enquanto o carpinteiro se apressava para mergulhar no mar. –Hikari! O que... –Sogeking parava de gritar e via que sua companheira se ajoelhava no chão, esgotada.

-Não se preocupe, estamos seguindo o plano. –Nami aparecia. –Está tudo bem? –A navegadora perguntava a Wolf que assentia.

-Seria uma péssima hora, mas estou esgotada.... -Com um rápido aceno, a navegadora a deixava e ia libertar os dois amigos que estavam algemados.

*

Do alto de um prédio, Ryuma observava a torre da Justiça e o portão se abrindo logo atrás. Seus subordinados estavam desesperados para entrar no trem do oceano, com medo da morte.

-O que eles farão agora? –Murmurava. –Nico Robin está sendo levada pelo idiota do Spandam para o portão da justiça que está se abrindo muito rápido. –Ele encarava por um segundo os marinheiros que estavam sobre seu comando, ainda em desespero. –O único que deve ter chegado mais perto foi o Monkey D. Luffy...  Não tive notícias dele... Se eles forem bons mesmo como a Marinha diz, devem pelo menos ter derrotado dois agentes da CP9. Eles são arrogantes o suficiente para serem derrotados. –O Tenente parava para pensar. –Não...  Talvez eles não consigam passar de Lucci... Melhor, Lucci está lutando agora contra Monkey D. Luffy. É provável que eles consigam... Haha. –Ele gargalhava. –Essa tal tripulação é interessante senhorita Wolf, agora sei o porquê entrou nela.... Preciso fazer o meu trabalho também, um dia nossos caminhos vão se cruzar novamente... E até lá, espero ter todas as respostas que procuro. –Assim Ryuma se virava para ir embora de vez daquela ilha.

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-Anda... vamos, pode pegar. –Jabra deixava sua chave no chão, bem perto de Usopp e Nami. –Eu não gosto de sangue.

-Ah, se diz isso... –A navegadora ficava desconfiada, assim como Hikari que estava alguns passos mais longe. –Eu vou pegar ela. –Nesse momento o homem-lobo sorria e isso foi provas o suficiente para Nami gritar.

-USOPP! –Era tarde, as garras perfuravam o atirador que nem teve tempo de reagir.

-Largue ele! –Hikari lançava duas pedras em direção ao Lobo que desviava.

-ACHA MESMO QUE ISSO VAI ME ATINGIR! AUAUAUA! –Ele soltava suas garras do corpo do pirata e o agarrava pela gola. –Nunca confie em um lobo mentiroso HAHAHA! –Zoro via o que se passava enquanto lutava contra Kaku, mas não iria conseguir agir a tempo. –Diga adeus!

-USOPP! –Os amigos gritavam pelo companheiro que seria acertado pelas garras para seu fim. Contudo uma silhueta passava pelas meninas e um chute acertava Jabra que voava para longe.

-Que diabos é você?! –O agente dizia muito irritado.

-O caçador. –Ele respondia ao acender um cigarro.

-SANJI! –Todos ficavam aliviados ao ver o cozinheiro bem.

-NAMI-SAN! HIKAR-CHAN! –A atenção do loiro logo se desfazia nas meninas. –Sentiram saudades?

-Ei Nami, olhe aquilo! –Hikari mudava o foco para fora do prédio de onde eles estavam.

-Não... –Os portões estavam totalmente abertos agora. –Robin... O que faremos?

Hikari olhava para o chão e começava a pensar, ela sabia que se Robin passasse por lá, jamais poderiam alcança-la. Seus companheiros estavam cansados assim como ela. Luffy ainda poderia ser a única chance, mas ela sabia que teriam inimigos a espera dele e que apenas um seria quase impossível alcançar Robin.

-Eu já sei! Nami. –A ruiva se aproximava. –Eu tenho um plano....

-Qual será?

-Primeiro... ZORO! SANJI! Precisamos das chaves.

-Falar é fácil! –O espadachim resmungava enquanto desviava dos golpes cortantes de Kaku.

-Como desejar, my lady.

-Nami, cuide dos ferimentos do Usopp. Vamos precisar dele focado.... Eu não vou poder curar ele agora.

-O que você vai fazer?

-Eu vou usar meus poderes. –Ela ficava insegura com seu plano, mas não teria outra opção. –Ficarei desacordada por alguns minutos...  Nesse meio tempo creio que Robin esteja bem perto do portão, quando eu acordar, vou lá salvar ela!

-E-Eu não sei bem o plano, mas contamos com isso. –Com tudo em ordem, Wolf fechava seus olhos, entrando em seu subconsciente.

-O que você vai fazer? –Fênix questionava.

-Eu vou usar os poderes de Icaros para me curar e assim vou conseguir voar até Robin e salva-la.

-Mas você não possui energia para isso! –O argumento de Tatsume era sólido e bem convincente.

-Não vou saber se não tentar. Você mesmo disse, eu preciso superar as barreiras que eu mesma criei por medo, eu não tenho medo de usar esses poderes para salvar a Robin!

Hikari respirava fundo, sentindo todo o ar que havia naquela sala enorme, a brisa que corria de dentro para fora, a respiração ofegante dos lutadores, os suspiros que Usopp soltavam, a falta de respiração da navegadora e por fim sua própria respiração.

Ao colocar suas mãos sobre o peito, sentia seu coração bater forte, aos poucos conseguia até ouvir a corrente sanguínea passar. Tudo isso a ajudava a se concentrar. Ela lembrava de como havia sido usando as instruções de seus elementos, mas sabia que Icaros não estaria ali para ajudar, contudo estava crente que se fizesse o mesmo, poderia conseguir.

-Você evoluiu bastante. –Uma voz nostálgica vinha à tona. –Mas não precisa estar tão tensa. –Ao notar, conseguia ver Icaros deitado a sua frente em seu subconsciente. –Achei impressionante você ter me chamado sem querer.

-Icaros! –Ela ficava feliz ao ver seu elemento. –Me ajude, por favor. –O Pégaso pedia para ela se aproximar.

-Do que precisa?

-Eu preciso salvar uma amiga! Mas não tenho energia o suficiente para isso.

-Como não? –O cavalo alado sorria. –Escute, você vê o fogo? –A pergunta era estranha, mas ela afirmou mesmo assim. –Consegue ver o ar? –Ela negava. –Certeza? O ar existe, certo? –Ela concordava. –Do mesmo jeito que você possui a habilidade de ver o fogo em sua forma plena, você pode ver o ar assim como a energia que emana. Nesse mundo em que vivemos, o “ver” vai muito além do simples enxergar. É preciso crer, perceber, sentir e por fim ver o que tem ao redor.

-Então...

-Não é falta de energia, você conseguiu usar os poderes mesmo após dizer que estava exausta, percebeu? Seus amigos estão usando a energia ao redor deles para lutar, porque não usa a mesma energia? Nosso poder, seu poder, não vem de estoque. –O animal se levantava e abria suas asas. –Somos elementos da grande mãe natureza, ela que nos alimenta, abraça e nos dá a força necessária para viver mais um dia. –Ele a encarava e sorria. –Você é muito mais capaz do que pensa, o medo faz parte da vida então.... Não desista!

-E-Espere Icaros! Eu ainda tenho perguntas, eu não sei.... –O guerreiro alado sorria mais uma vez.

-Fênix e os demais um dia lhe contaram tudo, claro, na hora certa. Confie na decisão deles. –Assim Hikari despertava.