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História Wolf Moon - Chapter 3


Escrita por: KerinaLannister

Notas do Autor


Oi gente!!! Como prometido, aqui está o novo capitulo da fic! Boa leitura pra vcs!

Capítulo 3 - Chapter 3


Fanfic / Fanfiction Wolf Moon - Chapter 3

 

Suspirei.

 

O sono ajudou bastante, embora eu só tivesse conseguido dormir direito 4 horas antes de acordar. Nas primeiras horas de sono de ontem a discussão que tive com Jenny não parou de martelar na minha cabeça.  Será que Ela tinha razão? Talvez eu devesse mesmo parar de arriscar não só a minha vida, mas a vida do Tony?

 

Porra, você ainda tá pensando nisso?’ Minha loba falou a recém acordando, como eu. De vez em quando ela lia meus pensamentos, mas só quando conseguia, e eu também.

 

- Oi loba. – Falei com um tom brincalhão e sonolento na voz. – Dormiu bem?

 

Você sabe que não. Afinal estamos no mesmo corpo, bom mais ou menos.’ Ela falou entrando na minha brincadeira e estava certa. Estamos de certa forma, no mesmo corpo, na mesma mente. Na verdade somos a mesma pessoa, mas mesmo assim conseguimos conversar como seres distintos. É complicado de explicar.

 

- Eu sei disso. E você já sabe o que temos que fazer, não é? – Falei enquanto me levantava da cama, mesmo que não quisesse sair do calor aconchegante dos cobertores, eu tinha que fazer algo importante.

 

É, e caso você não tenha percebido aquela discussão toda ficou me perturbando a noite toda também. Mas eles estão errados! Eles não tinham que se meter nos nossos assuntos!’ Retrucou, não querendo enxergar as nossas burradas.

 

- Eu também acho que estávamos certas, mas nós os tratamos mal e eles estão sempre nos ajudando! Podemos até ser orgulhosas, mas não vamos ser injustas. Nós fomos bem idiotas tratando a Jenny como um lixo e desligando toda hora na cara do Tony. Sem contar que pedir desculpas uma vez na vida não vai nos matar.

 

 ‘Vai chover!! Charlotte Murray admitindo seus erros? Não é algo muito comum não.’ Zombou, e eu não gostei muito disso.

 

- Não abuse. E nós vamos pedir desculpas pra eles! Entendeu?- Ela ponderou por um tempo.

 

É, confesso que me sinto meio mal pelo que fizemos.’ Ela falou num tom quase normal, eu até me assustei com isso. ‘Mas eles ainda estão errados!’ Revirei os olhos. Que loba mais teimosa essa minha!

 

- Então vamos. – Falei com um suspiro, estava sendo complicado, eu raramente pedia desculpas e quando pedia era apenas porque a cagada que eu fiz afetou a mim e minha loba.

 

Fui até o roupeiro e peguei umas roupas, saí do quarto e fui direto para o banheiro. Sempre começo meu dia assim. Coloquei minhas roupas num canto, escovei meus dentes e depois lavei meu rosto. Me despi e tomei uma ducha rápida, não queria demorar tanto assim. Sequei meu cabelo e o penteei. Vesti as roupas que eu trouxera e finalmente saí do banheiro.

 

Desci as escadas, entrei na cozinha e fiz dois sanduíches pra mim. Ambos de frango, eu adorava esse tipo de sanduíche, era o meu preferido na verdade. E eu só precisava desses dois sanduíches mesmo, eu estava com fome, afinal, e queria me redimir logo com a Jenny, mas para isso eu precisava estar de barriga cheia. Comi-os depressa, mas não muito. A última coisa que eu queria agora era engasgar. Ao terminá-los fui direto até a porta, peguei a chave do meu Delta e saí. Hoje estava um pouco mais frio, portanto a escola não ia abrir. Na verdade a escola só abre de segunda à quinta, e hoje era sexta-feira, então eu não precisava mesmo ir trabalhar.

 

Caminhei até chegar na garagem dos carros, fui até o terceiro portão e o abri. Ali dentro estava meu velho Delta consertado. Ele estava com uns problemas nas velas de ignição, por isso estava pegando carona com Jenny essa semana. Destranquei-o e entrei, os bancos não eram lá a coisa mais confortável do mundo, mas dava pro gasto. Após tirar meu carro e fechar o portão da garagem, saí.

 

 

                                                                 ~X~X~X~

 

 

Cheguei na casa da Jenny, que era um pouco maior que a minha. Eu já havia estacionado o carro e o trancado, agora estava parada em frente à porta da casa dela. Eu estava um tanto nervosa, essa era uma das poucas situações em que eu ia me desculpar, e devo dizer, eu tinha que me esforçar pra engolir meu orgulho - que era muito grande. Bati na porta. Uma. Duas. Três vezes, mas ninguém atendeu. Estranhei um pouco. Sempre que bato na porta da casa dela a Jenny sempre atende, ela tem essa mania de não deixar as pessoas esperando. Ela acha que é falta de educação deixar alguém plantado na porta. então por quê será que ela não atendeu desta vez?

 

Quando ia bater de novo, a porta abriu. Jenny apareceu, com um rubor começando a se espalhar por seu rosto e com uma expressão de surpresa.

 

- Lotte? O que você- Ela ia falando bloqueando a porta, mas passei reto por ela entrando em sua casa. Estávamos na sala onde tudo estava, como de costume, bem arrumadinho. Jenny era do tipo que mantinha a casa sempre arrumada, sempre bem cuidada. Ela era muito perfeccionista e caprichosa. Fechou a porta rapidamente, por causa de minha ação inusitada e ficou de um lado da sala e eu do outro.

 

- Jenny, eu sei que você não está nem um pouco a fim de falar comigo, mas você tem que me ouvir! Me-

 

- Shh!  - Interrompeu-me - Lotte, tá tudo bem. Eu não estou chateada com você nem nada! Mas será que você não poderia voltar mais tarde? – Ela falou um tanto nervosa enquanto olhava para um canto atrás de si, onde ficava a escada.

 

- E por quê eu - Parei, examinando melhor o ambiente. Um cheiro forte de excitação estava em volta dela e de outra coisa que agora descia as escadas.

 

‘Ih fudeu.'

 

- Ah aí está você! Eu mal comecei e você já saiu correndo? – Ele falou e, após perceber que eu estava na sala, olhou-me surpreso e envergonhado. Tony estava apenas de cueca e eu percebi, só agora, que Jenny estava usando uma camiseta masculina grande demais pra ela.

 

- Ah, oi Tony? – Falei completamente sem jeito. Que vergonha!

 

- Jenny, você falou que ela não vinha! – Tony falou trincando os dentes, estava com raiva pela minha interrupção.

 

 - Peraí, eu disse que eu achava que ela não vinha! – Jenny bradou, os dois ficaram num bate boca sem fim. Típico do casalsinho.

 

- Será que dá pra vocês dois pararem de discutir?! – Rosnei depois de um tempo, mesmo que curto, apenas escutando os dois discutirem, ambos me encararam indignados, mas logo suas expressões voltaram ao normal.

 

- Lotte, por que você não atendeu minhas chamadas ontem? – Grunhi frustrada, de novo ele ia vir com esse papinho. - Porra, eu te liguei trocentas vezes e você não nunca atendeu a merda do telefone!

 

- Tony eu...- Involuntariamente, meus olhos foram parar nos músculos do peitoral dele, fiquei desse jeito por um minuto até que minha loba me “acordou”. – Argh! Será que dá pra você colocar logo as suas roupas? Não vou conseguir me concentrar com você aí parado só de cueca! – Grunhi, aquilo era muito desconfortável pra mim. Não que eu não achasse o Tony atraente, ele era, mas fomos criados praticamente como irmãos.

 

Tony percebeu meu desconforto em ver seu corpo quase descoberto e se retirou, com certeza indo vestir suas roupas. Nós duas não falamos nada quando ele entrou no quarto, só depois de uns bons três minutos.

 

- O que você ia me dizer antes? – Jenny falou suspirando, devia estar tentando quebrar a tensão que estava muito presente ali.

 

- Ah é, eu... – Lutei contra minhas palavras. – Me desculpe, Jenny. Eu não devia ter gritado com você nem nada.

 

- Tudo bem, Lotte. Eu quero que você também me desculpe, afinal eu fiquei testando a sua paciência por tempo demais.– Jenny sorriu.

 

- Então, a gente tá de boa? – Perguntei dando levemente de ombros.

 

- Estamos sim. Apesar das suas cagadas, e das minhas também, você é minha amiga! Sempre vou te ajudar. Te apoiar. Corrigir, ou pelo menos tentar, seus erros! - Nos abraçamos, mas logo nos soltamos do abraço.

 

Foi bom a ouvir falar isso. Não achava que ela fosse me perdoar assim de cara, claro que é da sua natureza ser compreensiva e coisa e tal, mas comigo ela era o contrário dela mesma. Fico contente de ter uma amiga assim. Nunca fui de fazer amizade muito fácil, mas com ela foi de uma hora pra outra – não contando suas crises de ciúme no começo, claro.

 

- Voltei! – Tony falou surpreendendo-nos por trás e, consequentemente, assustando-nos um pouco. Ele era um verdadeiro idiota fazendo isso.

 

- Ah Tony, não faz isso! – Falei indignada com a infantilidade do lobo. Ele riu.

 

- Desculpa. – Ele levantou as mãos para o alto e fez cara de inocente. – Estou vendo que vocês duas já resolveram a questão da discussão de ontem. Só falta um assunto em questão agora.

 

- Anthony! – Ela falou de um jeito que até me assustou, principalmente o olhar mortal que ela lançara ao lobo. Ele tentou disfarçar o susto que levou do tom de voz que ela usou quando o repreendeu, e conseguiu.

 

- Desculpe Jenny, mas ela vai ter que me ouvir! – Ele me encarou profundamente, seus olhos azuis escuros penetrando-me como punhais – Lotte, precisamos conversar sobre sua caçada.

 

- Já imaginava. Sabem, eu até andei pensando sobre isso. – Eles me encararam surpresos e com os olhos arregalados. Até minha loba teve essa reação.

 

- Andou? – Jenny falou, ela não esperava que eu fosse ponderar sobre meu “assunto inacabado” com aquela alcateia maldita.

 

- É. Eu sabia que para me redimir com você Jenny, e com você também Tony, eu teria que fazer algo mais do que pedir desculpas. Seria o mínimo que eu poderia fazer para vocês me desculparem de verdade.

 

- Então você... - Anthony nem terminou a frase, ele já sabia a resposta.

 

- Sim Tony, eu... - Lutei contra minhas palavras, não acreditando no que estava prestes a dizer. Minha loba estava eufórica dentro de mim, gritando para que eu não falasse o que ia dizer a seguir. – Eu... Desisti da minha caçada. - Finalmente proferi as palavras que doeram em mim.

 

‘O quê?! Você tem noção do que está falando, Lotte? Você perdeu completamente o juízo?!’ Ela rugiu, completamente indignada com minha decisão.

 

- É sério Lotte? – Jenny perguntou com um sorriso de orelha à orelha e eu assenti com a cabeça. Estava frustrada com minha recente decisão e também decepcionada comigo mesma, depois de tudo que passei... Depois do quão longe eu cheguei... No fim, acabei desistindo. Só ela e o Anthony estavam felizes com minha decisão. - Isso é ótimo! Mas... Você não parece contente com isso.

 

- Nããão você acha? – O sarcasmo escorria de minhas palavras.

 

- Bem, eu e o Tony vamos dar uma corrida hoje a tarde. Acho que você deveria ir com a gente, se soltar um pouco. – Sorriu e eu retribuí. Realmente, fazia mais ou menos uma semana ou uma semana e meia que minha loba não saía, e ela estava muito ansiosa para se soltar novamente.

 

- É uma boa. Não se importa se eu for Tony? – Ele negou com a cabeça, ainda sorrindo. Pelo jeito minha decisão realmente alegrou o dia deles - isso e outras coisas mais. Após tudo isso, desculpei-me por tê-los atrapalhado, me despedi e saí.

                                                        

 

                                                         ~X~X~X~

 

 

Cheguei em casa. Olhei para o relógio, 10:32. Geralmente eu acordava às 6:00 ou 6:30, mas pelo visto hoje eu acordei mais tarde do que o normal, umas 8:00 e tantas. Decidi conversar um pouco com minha loba, pra saber como ela estava em relação com a minha desistência de nossa caçada. Sentei no sofá, respirei fundo.

 

- Loba. – Ela não me respondeu. Estava emburrada num cantinho afastado da minha mente. Ah! Eu detestava quando ela fazia isso, e, principalmente, quando ficávamos de mal. – Loba, fala comigo.

 

Ouvi seu grunhido irritado. ‘Que foi?’ Ela perguntou, mesmo sabendo o motivo da conversa.

 

- Não fica chateada comigo. Você sabe que um dia teríamos que desistir mesmo. Nós não encontramos rastros deles há mais de um mês! Provavelmente a alcateia do Anthony já cuidou deles ou então já foram embora da cidade. Por favor, não se distancie de mim assim.

 

‘Lotte eu nunca faria isso. Você bem sabe o quanto eu desejo nossa vingança. Não estou chateada com você, só estou muito incomodada e brava com essa sua atitude. Você podia pelo menos ter me dito antes! Eu me senti tão... Tão... Ah você entendeu! Somos o mesmo ser, temos que confiar uma na outra.’

 

- Eu sei loba, fico feliz que você não esteja tão emburrada comigo. Eu confio em você, só não falei isso à você porque temia sua reação. Temia que se contasse á você, você sairia dando “ataques” por aí!

 

É. Eu acho que teria feito isso mesmo.’

 

Nós duas rimos. Me alegrou muito saber que ela entendia meus motivos. De repente, um som alto ecoou pela casa atingindo direto, meus ouvidos sensíveis. Minha loba ficou incomodada com o barulho alto, mas logo se recompôs. Era o telefone, peguei-o e vi o nome da pessoa no visor.

 

- Alô.

 

 


Notas Finais


Bom, é isso! Finalmente o Anthony teve mesmo uma participação em um capítulo (mesmo sendo uma dessas). Quem será que ligou pra Charlotte ali no final? Suspeitas? Bjs e até o próximo capitulo!


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