Logo, chega as seis horas. Saio do banho, e entro no quarto. Abro o guarda-roupa. Há tantas variedades, porém tão poucas opções...! Argh, por que eu estou me importando com isso?
Escolho uma roupa, ainda indecisa. Calço a minha sandália. Dou uma olhada no espelho da penteadeira. Meu cabelo está muito molhado, e está frio lá fora. Seco-o um pouco com o secador, porém, ele continua um pouco úmido.
Foi realmente estranho como ele foi direto. Mal chegara à escola!
Pego a minha bolsa, e confiro se todos os meus pertences estão ali.
São quase sete horas, então me apresso. Chego no parque, porém William não chegou. Suspiro, imaginando quanto terei que esperá-lo. Sento-me à beirada da fonte que se localiza no centro do parque. Para a minha surpresa, encontro-o do outro lado dela.
- Oi – William diz de forma simples.
- Oi – O cumprimento da mesma forma.
- Queria tratar de um assunto importante com você. – Ele diz, de forma estranhamente formal.
Ele se senta ao meu lado. Um silêncio abrange o ambiente. Sinto-me um pouco estranha. Não acho que encontros costumam ser assim.
- Ei – Ele diz repentinamente – Você consegue sentir cheiro?
- Eh? – O que? Que tipo de pergunta é essa?! – Hã... Sim, como qualquer outra pessoa! – Me esforço para levar essa pergunta com naturalidade.
- E se eu te dissesse que você consegue fazer isso melhor que qualquer um?
- Não estou entendendo aonde você quer chegar.
- E se eu te dissesse que você consegue ouvir melhor que qualquer um?
- Você está me assustando um pouco.
Ele chega muito perto, e coro um pouco.
- E se eu te dissesse que você é como eu?
Ao falar isso, consigo ver caninos bastante afiados. Afasto-me um pouco.
- O que exatamente isso significa...?
Ele se afasta de mim, também. E aponta para a lua. Ela está cheia. De repente, entendo o que ele quer dizer.
- Isso é um absurdo – Eu digo, sem mudar a entonação.
- Mas é real. – Diz, nada surpreso.
Não sei o que dizer. Isso é impossível. Dou uma risada, mas é de nervoso.
- Do que está rindo?
- Desculpe, vou para casa. Estou perdendo o meu tempo.
Levanto-me, e sigo em direção à saída, sem dizer mais nada. Ele agarra a minha mão antes que eu possa ir embora.
- Apenas pense sobre isso.
-...
Solto a minha mão, e saio do parque. Não acredito que perdi tempo com essa bobagem. Ele definitivamente não é normal.
De repente, ouço latidos. Viro a minha cabeça bruscamente em direção a eles.
Vejo, diante de mim, um lobo.
- O-O-O quê?!!?? - Gaguejo, extremamente assustada.
Arregalo os olhos. Não é possível. Corro imediatamente. Abro a porta de casa, entro e rapidamente a tranco. Ainda estou arregalada.
Recosto-me à porta, e lentamente desço. Estou bufando de tanto correr. O que aconteceu...?
Vou para o quarto, e me deito na cama, na esperança de dormir rapidamente e esquecer tudo o que aconteceu.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.