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História Wolves And Vampires; - Prólogo


Escrita por: ChaeKy e BrokeenArabella

Notas do Autor


Demorei, mas voltei!
Como devem ter visto... Eu tinha mudado o título, mas de novo coloquei o antigo (peço desculpas por minha indecisão q pode ter confundido vocês 😅)

Vou parar de enrolar e boa leitura, espero que gostem! :)

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction Wolves And Vampires; - Prólogo

↫↫↫✽ † ✽↬↬↬

 Rochedos de Liancourt — 1722;


O garoto de cabelos negros observava atentamente a estranha movimentação das gaivotas no céu. Um estranho clima se estabelecia, parecia que algo de ruim havia chegado.

Suspirou pesadamente, estava cansado da fase monótona daquela região, a éons não havia nada de novo por ali, nem mesmo os navios piratas achavam graça em saquear a ilha. O prostíbulo nem dava mais prazer ao garoto, quem diria a praia que antes tanto gostava.

Inspirou o cheiro da maré e se deixou levar pelas lembranças. Se lembrou dos momentos que passara ao lado de sua mãe, enquanto ainda pequeno vinham a praia sempre. Se deixou levar até o dia da morte de sua genitora, onde misteriosamente esta aparecera morta sem nem um único vestígio de sangue no corpo, uns diziam que a morte fora causada por um terrível monstro que assolava a ilha, outros diziam que ela cometera suicídio em meio a alguma loucura. O garoto preferia acreditar na história do monstro, ainda que fosse um homem crescido e já nem acreditasse nas histórias para crianças dormirem. Preferia se manter firme de que sua mãe nunca se mataria, nunca o abandonaria.

— No quê tanto pensa? – Hyunjin, o único verdadeiro amigo que tinha, apareceu a seu lado, sigiloso e silencioso como uma sombra.

— Minha mãe. – respondeu simples, sem ter vergonha de admitir aquilo em voz alta para Hyun.

Hyunjin o encarou sem falar nada. Sabia muito bem o que havia acontecido na noite em que a mulher morreu, sabia bem como ela havia morrido.

— Aonde ela estiver... Ela deve estar bem. – forçou um sorriso.

O de cabelos negros o encarou, ainda triste. Voltou seus olhos para as ondas do mar e bufou.

— A ilha está inquieta demais hoje. – Comentou.

Hyunjin concordou, temia a verdadeira razão para a estranha movimentação dos animais e de toda aquela frieza que assolava a ilha.

— Seu pai me mandou até aqui. – Falou por fim. – O jantar já está na mesa.

O garoto se levantou da grande pedra onde estava sentado e caminhou até a enorme casa que nada tinha a ver com a simplicidade da ilha. Odiava o fato de ter uma riqueza dessas, queria mais do que tudo, ser como qualquer outro cidadão daquela pequena e esquecida ilha.

Adentrou a casa pela porta principal, sendo recebido pelos sorrisos acolhedores dos empregados e o cheiro de camarão. Caminhou lentamente a sala de jantar, sendo recebido pela carranca de seu pai.

— Aonde estava? – a voz não era acolhedora e era assim desde de que a matriarca da família morrera, já que o velho homem culpava seu próprio filho pela morte.

— Na praia. – respondeu simples, como sempre, tentando não encarar o pai.

O homem encarou o filho com rancor, odiando-o mais por ter tantos traços parecidos de sua falecida esposa.

O jantar se seguiu, nenhum dos dois falavam absolutamente nada um para o outro, e somente os sons dos talheres preenchiam o ar. O mais novo submergia novamente em seu tédio e em suas memórias passadas, no tempo que conhecia a palavra felicidade.

— Senhor, temo que tenho que atrapalhar seu jantar. – O velho Park, entrara na sala de jantar e pela sua cara, algo havia acontecido.

— O que foi? – a raiva estava nítida na voz do velho Shin.

— Parece que temos uma nova convidada. – falou animado.

O Shin mais novo sentiu o tédio indo embora.

— Convidada? – perguntou animado.

— Da França! – exclamou ainda mais animado o velho Park.

O Shin mais velho sorria lentamente, talvez, afinal pudesse fechar algum negócio com a tal “francesa”.

— Nos apresente à essa tal convidada. – pediu, já se levantando de sua cadeira.

O garoto mais novo levantou também, sentindo a animação crescer no peito.

Caminharam pelo extenso jardim natural que havia ali.

— Ela disse que se perdeu. Que estava indo para as índias a busca de especiarias. – explicava o velho. – Uma moça misteriosa… – comentou por fim.

Chegaram por fim até o porto, onde um grande navio de carvalho estava. Havia uma garota de estatura mediana de costas para os três homens.

— Senhorita Charlotte. – Chamou o velho Park.

A garota se virou para os mais velhos com um enorme sorriso. Os cabelos cacheados e dourados balançavam com o vento da maré, os olhos azuis intensos como safiras observavam o rosto de cada um, parando seu olhar especialmente no Shin mais novo. Os lábios em formato de coração estavam avermelhados, assim deixando mais a mostra o quanto eram fartos.

Bonjour salut... – o sotaque francês a fazia ficar ainda mais charmosa.

Shin se perdeu nos belos traços da garota. Se perdeu nas íris azuis dela. Sentia o coração batendo forte e um nervosismo estranho lhe invadir.

Os três ficaram embasbacados por um momento. A beleza da garota os fazia ficar boquiabertos, ela era estranhamente bela… bela até demais, quase como se fosse algo sobrenatural.

— Sou Shin Kwan. – o velho Shin se apresentou.

Charlotte encarou o Shin mais novo, planejando mentalmente o que poderia fazer com o jovem.

— Sou Shin Hoseok. – Falou rapidamente.

Charlotte sorriu para Hoseok.

— Prazer.

Shin tinha certeza que parecia um pouco bobo, mas não podia deixar de encará-la. Discretamente ajeitou suas roupas amassadas e abriu um sorriso galanteador.

— Vai ficar muito tempo? – Kwan perguntou, já planejando negócios que poderia vir a fazer com a moça.

— Bem, vou precisar descansar com o restante de minha tripulação por um tempo. – falou apontando para as outras pessoas que permaneciam no navio.

Estranhamente, as outras pessoas eram tão bonitas quanto Charlotte, “Será que todas as pessoas da França são belas?” se perguntava Hoseok.

— Vocês podem ficar em nossa casa. – sugeriy rapidamente o mais velho dos Shin.

Charlotte sorriu.

— Será um prazer.


[• • •]


Hoseok, dormia tranquilamente entre um sonho com Charlotte. Bastou apenas uma semana para o garoto se apaixonar pela francesa, logo sendo “retribuido”.

Seu sono foi subitamente interrompido por conta de barulhos estranhos que ecoavam pela casa. Hoseok sentiu seu corpo ficar em alerta, como se seu subconsciente soubesse o que estava acontecendo. 

Se levantou, evitando fazer barulho e caminhou até a porta de seu quarto tentando dar uma espiadinha no corredor. De repente os barulhos estranhos cessaram. Shin resolveu por fim, sair do quarto e imediatamente se arrependeu disso.

A primeira coisa que pôde perceber a luz do lampião, foi um líquido estranho no chão. Algo que ao se aproximar mais, pôde-se constatar que era sangue. Congelou no lugar e engoliu em seco, resistindo a vontade de correr. Caminhou até a porta por onde o sangue escorria e olhou dentro do cômodo pela fresta que a porta deixava.

Apertou os olhos, tentando, em vão, distinguir as formas que via. Imaginou ser a forma de pessoas, uma no chão e outra sobre o corpo. Shin respirou fundo e resolveu entrar sorrateiramente no cômodo. Algo o dizia para se afastar, mas o garoto era curioso demais e nem o medo podia fazê-lo correr. Se escondeu atrás do grande sofá, olhando de vez em quando para as sombras. Arregalou os olhos e sentiu um aperto no peito ao reconhecer seu pai, o corpo que jazia sem vida no chão, ensopado com seu próprio sangue. Outra coisa que o fez sentir um enorme aperto em seu coração foi constatar a figura que se mantinha em pé com um sorriso sádico enquanto olhava o corpo morto, era Charlotte. Algo em seu rosto havia mudado. Ele já não era belo como antes, ele era algo ‘sobrenatural' e aterrorizador. Os olhos eram vermelhos como sangue e as presas eram como as de um animal. O delicado vestido de seda branca estava manchado de sangue. E a expressão de Charlotte era assustadora, ela não era humana com toda certeza.

— Charlotte? – A voz escapara de sua boca antes que pudesse se controlar.

A garota não se mostrou surpresa com o garoto, na verdade ela o encarou com um sorriso nos lábios. Um Sorriso que poderia ser bonito... sem todo aquele sangue.

— Wonho. – Usa o apelido que dera para o Shin. – Fiquei surpresa por sua demora de esboçar alguma reação.

Shin mordeu os lábios, tentando segurar o medo e o nervosismo que se apossava de si.

— O-que você fez ? – gaguejou.

— Seu pai havia descoberto meu segredo. – encarou o corpo sem qualquer reação. – Eu não podia deixar que ele espalhasse para esses… – encarou o pequeno povoado pela janela. – Humanos.

— O que você é? – um novo sentimento em relação a Charlotte cresceu no peito de Shin.

— Oras… Você já deve ter ouvido histórias sobre mim. – ela sorria, enquanto se aproximava de Hoseok. – Eu sou o pior pesadelo das pessoas… Posso ser a própria personificação da morte…

Shin, se lembrou das histórias que o contavam quando era criança, se lembrou do que diziam; Que sua mãe havia sido morto por um terrível monstro.

— Vrykolakas

— Esse é um dos termos que dão para mim. – Estava a centímetros de Hoseok. – Eu não quero te matar Shin, eu realmente gosto de você… – algo brilha nos olhos da moça. – Quem sabe eu não poderia te transformar e ficaríamos juntos para sempre?

Shin não responde. Era como se estivesse hipnotizado de repente.

Charlotte segurou o rosto de Hoseok entre suas mãos e lentamente aproximou seus lábios ensanguentados nos do garoto. Shin não queria aquilo, mas não conseguia se afastar. Charlotte desceu seus lábios até o pescoço de Shin e lentamente, cravou suas presas na veia de Shin. Hoseok sentiu seu corpo arder, como se um veneno tivesse sido injetado em sua veia.

Hoseok sentiu suas pernas fraquejarem e as coisas saírem de foco. A última coisa que viu foi os olhos de Charlotte, aqueles que antes eram lindos como safira, agora eram escarlates como sangue.

Hoseok acordou em um sobressalto ao escutar uma voz conhecida o chamando.

— Hoseok! – Hyunjin chamava o amigo insistentemente.

Hoseok abriu os olhos e imediatamente os fechou novamente. A claridade trouxe uma dor incômoda para seus olhos. Uma sensibilidade que Hoseok por ter olhos escuros nunca teve.

— Cadê ela? – foi a primeira coisa que perguntou ao se lembrar dos últimos acontecimentos.

Hyunjin mordeu os lábios receoso.

Shin abriu os olhos lentamente por conta do silêncio do amigo e o encarou pela primeira vez. Hyunjin estava diferente, vestia roupas escuras, como se quisesse se camuflar na escuridão, mas isso não era o mais impressionante. O impressionante era o que ele trazia nas mãos: Um arco.

— Pra que isso? – perguntou confuso.

Hyunjin encarou o arco e resolveu de vez abrir o jogo com o amigo.

— Você sabe o que Charlotte era não é? – se sentou no sofá do cômodo, pouco se importando com o sangue que estava espalhado pelo lugar.

Vrykolakas… – respondeu.

— Ou como eu chamo… Vampiro. – Hyunjin levantou os olhos para Shin.

Hoseok engoliu em seco. Encarou novamente o corpo de seu pai e refez a pergunta que havia feito para o amigo antes:

— Onde ela está? – se surpreendeu com a raiva em sua voz.

— Eu a matei. Por isso o arco.

— Matou? Você é um assassino agora?

— Caçador. – o corrigiu. – Meu trabalho é caçar e matar criaturas como Charlotte, monstros.

Shin sentiu uma estranha raiva.

— Você a matou?

Hyunjin franziu o cenho, logo se dando conta de algo.

— Ela te mordeu. – constatou.

— Você a matou! – a voz de Hoseok era mais alta.

— Você está se sentindo prejudicado por quê sua criadora morreu… – Hyunjin se levantava lentamente, sentindo medo do próprio amigo.

Hoseok não tinha controle de seu corpo, estava tomado por uma fúria desconhecida. Seus instintos pareciam o de um animal.

Hyunjin já pegava uma flecha em sua aljava a colocando no arco, pronto para usar em Shin.

— Hoseok… se acalme. – pedia tranquilamente.

Mas Shin já não era o mesmo. Algo estava diferente dentro de si. O pescoço ardia e algo como uma sede tomou conta de si. De repente o cheiro do sangue no cômodo já não era o desagradável cheiro férreo, era um cheiro... bom.

Hyunjin sentia medo. Medo por ser seu amigo ali, medo pela ideia de ter que matar a pessoa que considerava família.

Hoseok perdeu a consciência e a última coisa de que se lembrava era te estar mordendo o pescoço de Hyunjin, algo que lhe pareceu bizarro, mas ao mesmo tempo prazeroso.

O sangue de Hyunjin o transformou por completo no monstro que viria a se transformar… Um vampiro.


Notas Finais


Qualquer crítica, dúvida, sugestão ou opinião, por favor me falem!
Eu realmente tentei explicar direitinho as coisas, como começaram e tals mas não sei se ficou bom e coerente... Então, sério, qualquer coisa não hesitem em me falar!
Me perdoem se fico um prólogo chatinho, prometo melhorar !

Annyeong ❤


Link para a playlist:
https://open.spotify.com/user/ketty11fm/playlist/5foRLTWf080OHJiKQTmebX?si=UZCunvJnQJ-BaFLd0ftLRQ





Hello... Beta aqui :3
Bom, o capítulo está betado, porém, se deixei algum erro passar despercebido, me perdoem!


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