Ele sorria e falava ao telefone quando voltei pra sala, mas ele estava de pé.
— Sim mãe, volto no sábado. Vou. Também. – Ele se virou e me viu ali. Sorriu e abriu os braços jogando os gelos sobre a mesa de centro. Eu corri até ele e o abracei. Ele beijou minha cabeça e eu suspirei o perfume de sua pele, era maravilhoso e era como uma droga pra mim me fazendo arrepiar. Subi meu nariz pelo seu pescoço e ele sorriu. Até o tom de sua voz mudou. – Sim.
— Mande um beijo meu para Ann. – Sussurrei quando beijei seu peito onde a camisa estava aberta. Ele já havia trocado a camiseta rasgada por uma camisa com botões agora.
— Sophie está mandando um beijo. Uhum, estamos. – Ele riu. – Sim, vou tomar. Preciso desligar. Também te amo. – Ele desligou e guardou o celular no bolso. Senti sua outra mão se juntar nas minhas costas. – Pronta? Podemos ir agora?
— Uhum. – O olhei e nos beijamos.
— Não fique fazendo o que fez agora, você tira a minha concentração.
— Desculpe, mas o perfume da sua pele é maravilhoso.
— Estou cheirando a você, sexo e briga. – Ele riu.
— Fica ainda melhor assim, sem a briga. – Pisquei pra ele que me beijou colando ainda mais nossos corpos. – Para onde nós vamos?
— Gosto de te fazer surpresas diferenciadas, mas dessa vez não é nenhum lugar especial. – Ele sorriu. – É que eu queria ficar longe de tudo e todos, apenas eu e você. – Ele sorriu segurando minha mão, me puxando para a porta e levando a mala escada abaixo, sorri e o olhei.
— E já que nosso cantinho ainda não está pronto para isso...
— Exatamente. Vamos para Cambridge.
— Só eu e você?
— Sim. Para curtirmos um ao outro, sem pressa, sem preocupações. – Ele desceu três degraus e parou na minha frente segurando em minha cintura. Coloquei minhas mãos em seus ombros. – Para você ser minha novamente, como foi agora pouco e como será para sempre.
— Eu amo você imensuravelmente Harry Edward Styles! – O beijei e ele sorriu.
Descemos correndo o restante das escadas e quando chegamos ele olhou e logo vi um Audi R8 preto fosco e tinha uma faixa brilhante. Ele me olhou e eu o encarei.
— E você está falando sério? Mais um carro? – Encarei ele que riu.
— Ele é demais, não é? – Os olhos dele brilhavam.
— Você usa seu dinheiro pra comprar carros, é isso? – Ele revirou os olhos.
— É claro que não. – Ele sorriu. – Uso pra outras coisas também, mas vendi a Range Rover. Agora tenho a Mercedes e essa belezinha aqui. – Ele disse batendo levemente no teto do carro e então eu percebi como ele era baixo, era um carro esportivo, diferente dos anteriores. A combinação Harry e esse carro devia ficar maravilhosa.
— Esse não é o carro do Christian Grey? – Ri olhando pra ele que ele andou até a porta do motorista e procurou em dois pneus até tirar a chave de um deles e abrir o carro. Olhei pra ele sem entender.
— Não, esse é do Harold. – Ele riu. – Mas no livro ele tem um R8 sim. – Ele riu.
— Você pegou a chave do pneu?
— Sim. – Ele riu. – Pedi que Ron trouxesse pra mim, mas que ele não nos chamasse.
— Então você já tinha planejado fazer amor comigo... E a história de atrasar? – Disse olhando indignada pra ele com as mãos na cintura.
— Eu não faço nada com você sem premeditar antes. Você devia saber disso. – Ele riu. – Quando cheguei e vi que você estava tomando banho as meninas saíram e eu avisei Ron, não sei como ele não encontrou com Vitor. Vi a foto que Alice mandou pra Zayn.
— Estava chorando de felicidade... – expliquei.
— Eu sei, era visível. Eu precisava de você.
— Eu também. – Sorri pra ele. Estávamos um de cada lado do carro e nos olhávamos por cima dele. – Nunca consegui te ver por cima de nenhum carro.
— Esportivo. – Ele sorriu animado. – Vou dirigir ele pela primeira vez.
— Sério?
— Sério. Chegou hoje mais cedo, não tive tempo nem de olhar. Vem. – Ele entrou no carro e eu entrei logo em seguida do outro lado. Ele era simplesmente lindo, todo preto, com algumas luzes vermelhas quando ele ligou o carro pudemos ouvir o ronco alto do motor. Olhei pra trás e vi que não tínhamos um banco traseiro. Apontei pra mala quando ele parou de olhar o carro todo apaixonado e me olhou.
— Onde vai aquilo? – Ri e ele sorriu.
— Aqui. – Ele apertou um botão e o capo do carro abriu. Ele desceu e eu fiz o mesmo olhando. Tinha um espaço mega pequeno ali. – Acho que só cabe essa mala. – Ele a colocou ali e não cabia mais nada. – É um carro esportivo, não pra família.
— E ai eles acham que não precisa de porta-malas? – Olhei séria pra ele que riu.
— Mais ou menos isso. – Ele fechou o capô e se apoiou nele me puxando para junto de seu corpo me fazendo ficar entre suas pernas. Nos beijamos. – Temos que ir.
— Sim. – Sorri apoiando as mãos em seu peito.
— Queria ver você dirigindo esse carro. Me dá uma coisa só de pensar. – Senti sua ereção em minhas pernas e ri.
— Te dá uma coisa? Te deixa com fogo, isso sim.
— Tudo em você me deixa com fogo. – Ele apertou minhas coxas.
— Não vou dirigir seu carro novo. Esqueça isso. Morro de medo de velocidade assim.
— Ele é muito seguro, mesmo. – Ele sorriu. – Vamos, vou dirigir primeiro e depois você pode tentar. – Ele sorriu e me beijou. Nos separamos e entramos cada um de um lado do carro.
— Comece devagar ok?
— Pode deixar. – Ele colocou a mão na minha coxa e a apertou.
— Você também nunca dirigiu esse carro, cuidado. – O beijei e ele ligou o carro de novo.
— Baby, não se esqueça de que o que é mais importante pra mim é a sua segurança. – Ele segurou no meu queixo e deixou um beijo nos meus lábios.
— E pra mim é a sua. – Sorri e peguei meu celular para olhar.
— E mais uma coisa. – Ele disse pegando o celular da minha mão. – Serão nossos dias. Esqueça esse celular. – Ele juntou com o dele e colocou em um compartimento do carro que tinha chaves ao lado dele.
— Harry! – Disse séria e ele me olhou.
— Você vai ser só minha nesses dias. Não vou dividir você com ninguém, nem com o celular. – Ele me beijou e eu ri. Ele saiu com o carro e eu liguei o rádio.
Nossa viagem até Cambridge durou cerca de uma hora e meia e eu dormi um pouco depois que saímos de Londres. Harry dirigia calmamente pela estrada que não estava muito cheia, mas a música de fundo e o cansaço que eu sentia devido a termos feito amor me fez simplesmente apagar.
— Baby... Chegamos. – Ele disse dando um selinho em meus lábios e acariciando meu rosto.
— Já? – Disse me espreguiçando e ele colocou a mão na minha cintura me apertando.
— Sim. Já fiz o Check in e já podemos ir para o quarto.
— Que horas são?
— Oito horas. – Realmente estava bem escuro.
— Então vamos. – Sorri e dei um selinho nele.
Saímos do carro e ele deu a volta segurando minha mão para caminharmos até nosso quarto. Ele trancou o carro e me puxou com ele.
— E a mala?
— Já está no quarto. – Ele sorriu e entramos no hotel.
Estávamos no Best Western Plus, entramos no elevador e sinceramente dessa vez eu nem olhei pra que andar íamos, estava cansada da semana pesada de trabalho que eu tive, então fiquei abraçada a ele com a cabeça em seu peito e as mãos em sua barriga com os olhos fechados. Ele passava suavemente uma das mãos pelo meu cabelo e respirou fundo, a outra estava em minhas costas me segurando próximo dele.
— Você está cansada né?
— Depende para que. – Sorri ainda de olhos fechados.
— Para tudo. Acho que nunca tive você em meus braços tão molinha como está agora. – Ele deixou um beijo na minha testa.
— Não sei o que está acontecendo, estou realmente meio mole. – Ri de leve. – Deve ser porque acabei de acordar.
— Vem. – Ele me puxou com ele pra fora do elevador e logo entramos no quarto, que por sinal era lindíssimo e muito bem decorado. Sim! Eu sempre adorei decorações!
— É lindo.
— Não é como NY ou Paris, mas...
— Shiu. – Coloquei o dedo na boca dele. – Já sei que deve ser o melhor daqui. – Ele gargalhou.
— Eu acho que sim. Tem um SPA se você quiser. Mas você nunca usa essas coisas. – Ele revirou os olhos.
— Porque eu prefiro ficar com você a ficar em um SPA sozinha.
— Por essas e outras que você é uma namorada... Ops! – Ele sorriu. – Noiva! – Ele me beijou. – Incomparável com as minhas antigas namoradas.
— Não seja bobo Styles. – Sorri e comecei a abrir os poucos botões fechados da camisa dele.
— Então me deixe ter você essa noite toda. – Ele sorriu e desceu beijando meu pescoço enquanto eu tirava a sua camisa.
— Por quanto tempo você quiser. – Sorri e mordi seu pescoço acariciando com a língua depois como ele sempre fazia em mim ouvindo um gemido escapar por sua garganta.
**
Eram dez horas e eu estava largada na cama. Literalmente largada. Estava deitada em seu peito e a TV fazia barulho porque ele assistia alguma coisa que eu não sabia o que era enquanto eu permanecia com os olhos fechados. Precisava tomar um banho para que pudéssemos dormir, afinal estávamos ali deitados há uns 20 minutos já e eu estava quase dormindo. Me levantei ficando sentada na cama e ele me olhou sorrindo malicioso, foi com esse sorriso que começamos a segunda vez, quando eu disse que acabaria com ele.
— Não começa! Você esgotou a bateria. – Ri e ele sorriu.
— Já? – Ele perguntou divertido com aquele sorrisinho safado nos lábios. Meu Deus! Como esse homem era sexy. Será que ele sabia disso?
— 2 vezes Styles! Não vem com essa de “já”. – Olhei pra ele sorrindo e senti uma leve tontura.
— Banho? – Ele sorriu.
— É uma boa.
— Vou arrumar a banheira. – Ele saiu correndo e foi arrumar a banheira.
Me deitei novamente na cama sentindo aquela estranha sensação de tontura. Nunca tinha isso, porque estava tendo agora? Suspirei e ele apareceu uns minutos depois.
— Ei sua dorminhoca. – Ele disse beijando meu corpo e parando na minha boca. – Vamos tomar um banho antes. – Segurei no pescoço dele e abri os olhos, ele me encarou. – Está tudo bem? Você está bem? – Sua expressão mudou de divertida para preocupada.
— Estou bem. – Disse séria.
— Não está não. Se tem uma coisa que você não faz bem é mentir. Na verdade, acho que é a única coisa que você não faz bem. – Ele disse brincando, mas estava muito sério.
— Estou com um pouco de tontura.
— Tontura?
— Sim, começou quando me levantei agora.
— E o que eu faço? – Ele me olhou.
— Consegue me levar no colo? Vamos tomar um banho, acho que melhora. – Ele me olhou e me pegou no colo.
— Isso é o mais fácil. – Ele sorriu e fomos para o banheiro onde a banheira já estava pronta e espumando.
— Logo passa. – Sorri e ele me beijou, mas estava completamente tenso com aquilo.
— Você doente não é algo que eu goste de ver.
— Não estou doente. – Revirei os olhos. – É uma tontura sem importância.
— Com você é sempre assim. – Ele entrou na banheira e se deitou ali comigo me deixando de entre suas pernas, como sempre ficávamos. – Nunca nada tem importância, até que você vai parar no hospital.
— Harry...
— Harry não! Você sabe que eu tenho razão. Eu me preocupo com você. – Ele disse sério e levemente irritado comigo, pela minha “falta de preocupação”.
— Eu também te amo. – Ri e ele me abraçou.
— Se você não melhorar, me avise. Vamos ao médico.
— por causa De uma tontura? – Revirei os olhos impaciente.
— Sim. Exatamente por isso. – Me levantei rápido o encarando e senti meu estomago revirar. Ele me encarava e eu devo ter ficado branca. – Soph? – Ele perguntou e eu vi a preocupação em seus olhos. Pulei pra fora da banheira e quase cai, corri até o vaso e não deu outra, vomitei. – Sophie… – Ele disse chegando até mim e segurando meus cabelos para trás. Senti seu corpo todo se apoiar nas minhas costas, ele estava abaixado atrás de mim, como se me protegesse e apesar de estar vomitando, sentir seu corpo me protegendo foi a melhor sensação do mundo.
— Não Harry. – Disse querendo pegar sua mão, mas novamente vomitei.
— Sophie, shiu. – Ele disse e continuou ali comigo e segurando meus cabelos.
— Harry, por favor, me deixa. – Tentei fazer com que ele saísse dali e não visse aquela nojeira. – Você não tem que ver isso.
— Fique quieta, eu não vou te deixar. – Ele disse sério e eu vomitei novamente.
— Harry, por favor. – Disse e ele apenas não respondeu.
— Vou continuar aqui, não me importa sua vontade. – Ele disse sendo categórico e eu o olhei. Ele me olhava sério. – O que você tem Sophie?
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