História Wonderwall - Second Season. - Shes Gone!

POV Harry Styles

Acordei levando um susto com Louis em cima de mim, ele gritava parecendo uma bicha e eu o chutei pra fora da cama o mandando praquele lugar, morrendo de raiva por ele me acordar daquela forma. Eu estava sonhando poxa! Um sonho bom, com Sophie e agora tinha uma ereção matinal que não me abandonaria tão cedo para lidar. Que merda! Ele disse que sairíamos em meia hora para o photo shoot, então levantei correndo e fui pro banheiro tomar banho e me aliviar mais uma vez pensando na mulher da minha vida.

Isso estava se tornando uma porcaria de uma rotina chata e idiota. Depois que comecei a namorar com Sophie eu simplesmente odiava ter que “me aliviar” pra não ficar ainda mais insuportável do que já estava, ao invés de me sentir dentro dela. Queria Sophie comigo, queria estar dentro dela e sentir seu corpo em minhas mãos daquela forma que só ela se entregava para mim e não ter que ficar “batendo uma” pela manhã pensando nela.

Saí de lá um tempo depois e arrumei minhas malas, fizemos o check out no hotel e fomos para o photo shoot, de lá íamos direto para o aeroporto e até então, sem resposta da Sophie. Sentei na van e os meninos me encararam... Guardei o celular antes que eles começassem a me encher o saco por não socializar com eles. Também não demoramos nada a chegar ao local das fotos, o que foi bom, porque me distrai conversando com eles e depois fazendo toda a preparação e por fim as fotos quase não tendo tempo de olhar o celular.

Nosso voo de volta estava marcado para as 17h55min e chegaríamos a Londres ás 06:20 da manhã do sábado, eu sinceramente não via a hora disso acontecer. Não consegui nem 5 minutos para ligar pra Sophie durante o dia todo e quando finalmente entramos na van para ir embora eram cinco da tarde. Peguei meu celular e liguei pra ela já que ainda não tinha recebido nenhuma resposta da mensagem que mandei a ela, mas sabia que ela tinha visualizado logo pela manhã.

O celular chamou até cair na caixa postal, uma vez... Duas vezes. Eu encarei o celular intrigado, Sophie sempre me atendia mesmo que estivesse dormindo profundamente, ocupada com trabalho ou qualquer outra coisa. Que merda de demora pra me atender era aquela? Nem trabalhando há essa hora ela estava. Ou será que ela estava com Wayland? Será que os meus temores haviam se concretizado?

Chacoalhei a cabeça espantando aqueles pensamentos, Soph já tinha me dito mil vezes que “Phill”, como ela chamava, era apenas um colega de trabalho e nada mais. Eu era o neurótico, então tentei mais uma vez, a terceira e nada! Ela não me atendeu. Bufei e tentei mais uma vez quando estávamos chegamos ao aeroporto e ela atendeu no quinto toque da oitava chamada quando eu entrei no avião e me sentei na poltrona com Louis ao meu lado.

— Oi! – Ela parecia cansada e... Ofegante? Ela estava mesmo ofegante? Estranhei arqueando uma sobrancelha, que horas eram mesmo em Londres? Será que ela estava mesmo com Wayland?

— Tudo bem? – Perguntei, mas minha mente já estava imaginando merda, é claro.

— Oi Harry, tudo. – Ela disse seca e eu não entendi.

Fazia um tempo que ela não me chamava de Harry. Ela me chamava sempre de amor, baby, Hazz, até mesmo Styles... Mas não de Harry. Harry para mim soava como um sinal de advertência! Para mim, era sinal de que havia algo errado.

— Você estava correndo? – Perguntei por que ela continuava levemente ofegante.

— Não. – Ela respondeu simplesmente.

— Então o que está acontecendo? – Disse perguntando sério. – Porque raios você está ofegante?

— Por nada e não tem nada acontecendo, por quê? – Ela disse indiferente.

— Porque aí já são mais de meia noite, você não atendeu quando te liguei as sete primeiras vezes, agora me atende ofegante sem estar correndo e me chamando de Harry? O que está acontecendo Marshall? – Eu estava nervoso. Extremamente nervoso por imaginar a minha mulher nos braços de outro cara (leia-se Wayland, Hemmings ou qualquer outro) e o porque de ela estar ofegante daquela forma.

— Não está acontecendo nada Harry. Porque estaria?

— Sophie... – disse já instável e querendo quebrar qualquer coisa que aparecesse na minha frente.

— O que foi? – como ela conseguia manter a calma e parecer tão indiferente assim?

— Você está com Wayland?

— Que? – Ela perguntou incrédula. – Não. Claro que não.

— Então porque você está assim comigo? Estou te sentindo estranha desde ontem. – Disse sério.

— Não é nada. – Ela disse com a voz fina, eu queria enforcá-la agora por tentar mentir pra mim, ela era uma péssima mentirosa e eu não sabia sobre o que exatamente era a mentira. Será que ela estaria com Wayland? Com Luke? Com Ethan?

— Merda Marshall! Você mente muito mal! – Eu estourei. – Sei que você está mentindo até mesmo por telefone! Me fale o que foi. – Disse completamente alterado.

— Harry não grite comigo, você não tem esse direito! – Ela disse em um tom firme que me fez baixar o tom pra soltar a próxima frase.

— Então me diga que porra está acontecendo aí. – Exigi.

— Não é nada. Vamos conversar quando você chegar.

— Conversar? O que você tem que conversar? – Os meninos todos me olhavam intrigados sem entender nada do que estava acontecendo. Assim como eu também não fazia a menor ideia do porque ela estava daquela forma e do porque tínhamos que conversar.

— Algumas... Coisas. – Ela disse na dúvida. – E nós temos. – Ela enfatizou o nós.

— Coisas? – Perguntei irritado pela falta de definição dela.

— Sim.

— Sophie... O que foi? – Esperei um pouco, mas ela não respondeu.

— Harry, já vamos decolar. – Simon disse quando percebi que o avião estava começando a taxiar pela pista. Caralho!

— Sophie... Me responda! Onde você está? – Perguntei quando ela permaneceu em silêncio.

— Onde eu deveria estar Harry? – Ela estava seca, séria.

— Sophie! Não brinque comigo... Onde você está?

— Estou onde eu disse que estaria.

— Você está na casa grande?

— Sim. Estou no quarto de hóspedes. Já te disse que nós precisamos conversar.

 — Hospedes? Sophie...

— Harry... – Simon disse mais firme.

— Não saia do nosso quarto, me espere aí. Conversamos quando eu chegar. Eu te amo, muito.

— Até mais Harry. – E puf! Ela desligou. Louis me olhou e pegou o celular da minha mão o desligando.

— Antes que você quebre essa merda, deixa que eu fico com isso. – Ele disse sério e eu estava em choque. Simplesmente não sabia o que fazer e menos ainda o que tinha acontecido. – O que aconteceu?

— Eu simplesmente não sei. Sophie atendeu ao telefone ofegante, foi grossa comigo e disse que precisa conversar. Que estava no quarto de hóspedes e quando eu disse que a amava ela respondeu um “até mais Harry”. – Respirei fundo e Louis me encarou.

— Tem alguma coisa aí que não bate. – Liam disse da poltrona atrás de nós.

— Será que eu a deixei por tanto tempo que ela arrumou outro? – Disse já sofrendo com aquilo.

— Harry é claro que não. – Zayn opinou, ele estava na poltrona ao meu lado depois do corredor.

— Zayn, porque merda tudo isso então?

— Harry acalme-se. Ás vezes é tudo coisa da sua cabeça.

— Não é possível Niall. Mesmo. – Disse furioso e apoiei a cabeça no banco fechando os olhos e controlando minha respiração enquanto o avião levantava voo.

— Não é nada Harry. – Louis disse ao meu lado.

Não é nada! Sophie não tem nada! Nós estamos bem e eu vou ficar com ela... Nós nos amamos e vamos nos casar. Ela é a mulher da minha vida... Nada pode dar errado.

Não sei como eu consegui dormir naquele voo, provavelmente fui vencido pelo cansaço e como todos dormiam, não foi diferente comigo, eu acabei apagando bastante tempo depois de ficar acordado. Aquela semana nós tínhamos trabalhado muito e eu quase não tinha dormido por saudades de Sophie e acabei passando algumas noites em claro. Mesmo dormindo bem na noite anterior não tinha sido suficiente, o cansaço estava presente.

Então, eu dormi no avião durante quase todo o voo, recuperando minhas energias porque eu simplesmente precisava delas para conversar com Sophie e fazer o que fosse necessário para ela não me largar.

Acordei com Louis me chamando quando já estávamos pousando e novamente sai do avião como um foguete já vendo Robert pegando minhas malas e o carro dele logo na frente. Lou me devolveu o celular e eu o coloquei no bolso apenas, precisava correr pra casa.

— Sr. Styles, seja... – Ele começou, mas eu o interrompi.

— Onde ela está Robert? – Disse o encarando e o ajudando a pegar as malas, precisava ir rápido.

— Ela quem senhor? – Ele estava se fazendo de desentendido mesmo?

— Robert! Não torre minha paciência. – Coloquei a mão na testa tentando me controlar, eu não podia descontar minha raiva e frustração nos outros. – Sophie. Onde está Sophie? – Perguntei e ele me olhou sério.

— Acredito que em casa senhor. Eu entrei para trabalhar hoje ás seis, acho que ela está na casa grande. Pelo menos é o que estava combinado. – Ele disse me olhando eu afirmei com a cabeça.

— Então nós vamos pra lá. – Eu disse pegando umas malas. – Agora! – Disse sério e me dirigi ao carro jogando as malas no porta-malas seguido pelo Robert.

— Liga qualquer coisa. – Louis disse vendo que eu estava nervoso.

— Pode deixar. Tchau pra vocês. – Disse fechando a porta.

— Até. – Niall disse.

— Fique calmo, de cabeça quente você só piora as coisas. – Liam disse me olhando.

— Cuidado. – Zayn disse eu assenti pra eles em agradecimento.

— Vamos Robert. – Ele arrancou com o carro.

— Aconteceu alguma coisa que eu deva saber, Sr. Styles?

— Robert, eu não sei o que aconteceu, essa é a verdade. Mas como você não estava de serviço ontem, eu não posso ter certeza de nada.

— A última vez que vi a Srta. Marshall foi ontem à tarde. – Ele disse sério.

— Na casa grande? Ela estava bem? Estava sozinha?

— Acho que estava tudo bem sim. A Srta. Garcia estava com ela. – Alice. Que Alice fazia com Sophie?

— Alice? – Perguntei.

— Sim. Logo depois a Srta. Styles chegou. – Gemma? O que Gemma fazia lá?

— Elas saíram Robert?

— Não sei senhor. Depois disso passei meu turno para o Jared.

— Tudo bem Robert. Só preciso chegar logo em casa, ta legal? – Ele afirmou com a cabeça e eu apoiei a minha no banco tentando não surtar.

O bom que Robert me entendia então foi o quão rápido poderia para a casa grande. Lucy estava varrendo a entrada de casa quando Robert parou o carro. Ela me olhou com um sorriso reconfortante e eu a suspirei descendo do carro.

— Sr. Styles! Que bom que está de volta.

— Obrigada Lucy. – Lucky pulou nas minhas pernas e eu a olhei sério. Peguei-o no colo e o acariciei. Sophie já não conseguia mais segurá-lo, ele estava enorme. – Também estava com saudades rapaz! – O coloquei no chão e ela sorriu pra mim. – Preciso entrar. – Ela afirmou com a cabeça e eu passei pela porta subindo as escadas como o Lou costumava fazer, de dois em dois degraus.

Eu precisava ver Sophie, beijá-la e saber que estava tudo bem. Abri a porta de todos os quartos de hospedes enquanto ia passando, mas ela não estava em nenhum deles. Sorri finalmente porque eu sabia que a encontraria no meu quarto, parei em frente a porta e suspirei. Abri e minha cara foi ao chão... Sophie não estava lá.

Olhei no closet e nem sinal dela, mas pude reparar que a maioria de suas roupas não estavam mais lá... Eram poucas que sobraram ali. Me desesperei... A porta do banheiro estava aberta e não tinha ninguém. Desci as escadas correndo a procurando pela casa toda e quando ela não estava em lugar nenhum me sentei no chão com as mãos entranhadas no cabelo. Eu precisava dela, onde ela estava? Porque não estava comigo? Pude sentir o meu choro começar, baixo... Apenas lágrimas molhando minha calça onde estava apoiada minha cabeça.

— Harry? – Lucy se abaixou ao meu lado e me obrigou a levantar a cabeça. Suas mãos limparam meus olhos embaçados e ela me olhava. – Tudo bem?

— Não Lucy... – Disse engasgado. – Sophie me deixou! – Aquilo doía apenas em falar.

— Tem certeza? Ela esteve aqui ontem Harry e parecia normal. – Ela disse.

— O closet, ela levou quase todas as roupas. – Disse apavorado.

— Ela pode ter precisado, afinal vocês estão morando com Louis, não estão?

— Sim.

— Suba tomar um banho e ligue pra ela querido. Tenho certeza que você está entendendo as coisas erradas.

— Ela não deixou nenhum recado? – Perguntei quando nos levantamos.

— Não, eu achei que ela estivesse em casa. – Ela sorriu sendo gentil comigo. – Não vi quando ela saiu.

— Ok. Obrigada Lucy. – Me dirigi novamente às escadas e entrei no quarto olhando tudo de novo.

Tudo ao meu redor, prestando mais atenção. E então reparei que em cima da cama havia um envelope vermelho com uma rosa branca. Uma rosa colhida do jardim de casa, eu sabia. Confesso que me senti apavorado por pensar que aquilo seria uma carta de despedida dela.

Respirei e peguei a rosa sentindo seu perfume, mas a carta cheirava muito mais ao perfume de Sophie... Suspirei e me sentei abrindo o envelope, eu tremia. Peguei um papel que parecia uma carta lá de dentro e pude identificar a letra do amor da minha vida ali.  Olhei com medo a carta, mas eu precisava ser forte e ler, independente do que teria ali.