1. Spirit Fanfics >
  2. Words >
  3. It's so "Izzy" I

História Words - It's so "Izzy" I


Escrita por: Allexyaa

Notas do Autor


Oiii Gente

New Cap

Quero pedir desculpas, estou reenviando o capitulo pois houve um erro no primeiro envio e foi apenas uma parte :/ ... eu estava tentando aqui reeditar mas não estava dando certo :/

Espero que gostem e desculpem novamente a quem ja tinha lido o pedacinho que foi :/

Boa Leitura :)

Capítulo 27 - It's so "Izzy" I


Fanfic / Fanfiction Words - It's so "Izzy" I

 

 Ocaso 1980 (aos 17 anos)

Dois meses havia se passado e tudo parecia exatamente igual na cidade de Lafayette, mas, apenas parecia. A cidade pacata já não era mais tão tranquila de trafegar sozinho à noite, pequenos delitos chegavam cada vez mais as autoridades, era novos tempos marcando o início de uma década de garotos rebeldes que o que mais almejavam era a liberdade de viverem suas vidas como seus ídolos: completamente livres e sem restrições.

Ellen chegava em casa após dois meses em seu curso de arte. Não poderia estar mais satisfeita, pois fez exatamente aquilo que mais gostava: desenhar. Recebeu elogios de seus tutores e até cartas de recomendações. Vivendo aquilo tudo, pôde por um momento se esquecer dos últimos acontecimentos de sua vida, mas como disse...por um momento.

... 

- Ah minha querida, que saudades! – Mary correu ao encontro da filha assim que a garota colocou os pés em casa.

- Calma mãe, até parece que faz anos que saí daqui. – A mulher sufocava a garota num abraço apertado.

- Mas nunca ficamos tanto tempo assim longe uma da outra. – Disse Mary que finalmente soltou a garota dando uma boa conferida para ver se a mesma estava "inteira".

- Já sim, quando você me expulsou de casa e me mandou para casa da tia Ayla. – Rebateu.

- Ah querida, eu não te expulsei de casa, apenas...bem, foi diferente, lá sabia que estaria aos cuidados da sua tia, diferente de agora que só tinha desconhecidos.

- Tá mãe. – Ellen sorriu. – Mas lembre-se que não sou mais criança e que não vai demorar para que eu saia de casa.

- Por que diz isso? – Mary arregalou os olhos em direção a garota.

- Último ano da escola mãe, logo me formarei e irei para uma faculdade. – A loira disse olhando para sua mãe o óbvio. 

- Ah claro!!! Mas ainda temos esse ano juntas. – A mulher sorriu. – Suba e não demora descer, seu pai deve estar quase chegando, e, fiz sua comida preferida.

- Panquecas? – A garota perguntou entusiasmada.

- Sim, e de sobremesa: mousse de chocolate. – Ellen lambeu os lábios.

A loira subiu para seu quarto com sua mala a qual deixou num cantinho, matou a saudade de sua cama e foi até seu guarda-roupa escolher uma roupa para o jantar. No entanto, não se conteve em não ir à janela, afastando um pouco suas cortinas, olhou para a casa da frente, especificamente para o quarto a frente do seu. 

As janelas de Jeffrey estavam semiabertas, mas não parecia haver ninguém em seu quarto. Ellen deu um longo suspiro olhando por alguns segundos, se perguntando como seria quando os dois se vissem novamente.

...

- Não vamos esperar o papai? – Ellen indaga ao vê sua mãe fazendo seu prato.

- Ultimamente seu pai anda trabalhando muito no escritório e tem chegado tarde. – A mulher deu um sorriso fraco.

Ellen se sentou a mesa se deliciando com toda aquela comida.

- Fiz sua matrícula na escola e a senhora Adams me disse que tem um cursinho de Francês em River Ranch, sei que é um bairro um pouco distante, mas você sempre disse que queria aprender outra língua. Se quiser posso falar com seu pai para pagarmos, mas terá que pegar ônibus para ir.

- O papai vai poder pagar? A senhora sempre disse que esses cursos eram muito caros? – Indagou enquanto repetia seu mousse.

- Justamente, parece que é uma nova escola e estar com os preços muito bom. Talvez esse curso possa te ajudar quando for se inscrever para uma faculdade.

- Claro, sim. – A garota sorriu contente com a ideia. Faria tudo que pudesse para ficar com a cabeça ocupada.

Mary conversava com a filha, mas olhava constantemente para a janela aguardando algum sinal de seu marido.

- E você e o papai, aproveitaram bastante enquanto estive fora? Estavam sozinhos, a casa toda só para vocês. – Ellen fitou a mãe com um sorrisinho nos lábios.

- Ellen Collins isso é assunto para falar com sua mãe? – A mulher a repreendeu. – Era só o que me faltava, está ficando muito atrevida jovenzinha. – Continuou.

- Ah mamãe, eu já sou adulta, e foi só uma pergunta inocente. Só queria saber se vocês aproveitaram esse tempo para ficarem juntos, curtir um pouco o casamento de vocês. – Repetiu enquanto juntava os utensílios da mesa levando para cozinha.

- Melhor lavar essa louça, mocinha. – Disse a filha.

- Estava estranhando tanto mimo. – Ellen rolou os olhos. – Voltando a triste vida de lavar louça. – Resmungou saindo para cozinha.

- Ora, eu já fiz a minha parte querida, um jantar maravilhoso todinho para você. – Mary disse a garota. – E lembre-se que sobrou muito mousse ainda. – Piscou para a filha que saiu sorrindo para cozinha.

Apesar de estar curtindo aquele momento de mãe e filha e matando a saudade da garota que tanto havia feito falta naquela casa onde passara a maior parte do tempo sozinha, Mary deu um longo suspiro olhando para a janela a espera de John. Ao contrário do que gostaria de dizer a filha, as intenções de passar mais tempo com o marido foram completamente frustradas pelo trabalho e pelo curto período que John ficava em casa, alimentando cada vez mais suas desconfianças de que havia algo errado.

...

Já era tarde e a loira se preparava para dormir, deitada em sua cama e com seu pijama rosa, ajeitou seu travesseiro, pronta para desligar seu abajur.

- Ellen, querida, ainda acordada? – Ouviu a doce voz de seu pai na porta do quarto.

A loira sorriu alegre ao vê-lo adentrar seu quarto para lhe dar um forte abraço. Mary vinha logo atrás com um sorriso singelo no rosto.

- Chegou só agora papai? Mas é tão tarde. – Olhou para o relógio no criado mudo ao seu lado.

- Muita coisa no trabalho, minha querida. – Explicou.

- Estão escravizando o senhor. – Bufou chateada.

- Não se preocupe. – Desconversou. - Quero saber tudo sobre suas férias, seu curso, mas logicamente amanhã, sei que hoje está cansada, apenas quis vir lhe dar um abraço. – Sorriu.

- Bem, acho que podemos contar “aquilo” para ela. – Mary opinou.

- É não será demorado e acho que ela irá gostar. – John olhou para esposa.

- O que? – A loira perguntou curiosa.

- Sua tia Ayla virá ficar com a gente, Ellen. – Mary disse a novidade.

- O que? Mas...ela ficou boa, já se recuperou? – A garota perguntou entusiasmada quase dando pulos de alegria.

- Não, calma. Não é bem assim, ela infelizmente ainda se encontra do mesmo jeito. – John disse.

- Mas os médicos disseram que não tem mais o que fazer com ela, então achamos que o melhor seria ela vir ficar conosco. – Mary explicou.

- Mas e o tratamento? Se ela vir para cá, nunca irá se recuperar. – A menina disse cabisbaixa.

- Ellen, eles já tentaram de tudo e Ayla não responde, talvez seja permanente. – Mary falou com pesar. – Aqui pelo menos ela estará com a família dela, e também será menos gastos e...

- Gastos? É com isso que vocês estão preocupados? – Ellen inquiriu seus pais.

- Querida, entenda, se soubéssemos que ela iria se recuperar, claro que a manteríamos lá, mas já tem muito tempo e nenhuma resposta. – John explicou sobre o olhar de julgo da filha.

- Sei que é difícil Ellen, mas temos que aceitar que talvez sua tia nunca mais volte a ser como era antes. – Mary disse para a garota que se calou chateada sem dizer mais nada.

Seus pais se retiraram do quarto, enquanto a loira sentia a tristeza bater em seu peito, nunca havia passado por sua cabeça que sua tia jamais voltaria a ser a mesma. Doía ter que aceitar isso.

...

Já havia passado três dias desde que voltara, Ellen ajudava sua mãe a organizar o quartinho dos fundos para a volta de sua tia. Já havia se conformado com a ideia e até tinha criado a esperança de que estando por perto talvez Ayla se recordasse e se recuperasse.

- Preciso que vá no mercado comprar essas coisas. – Mary entregou uma lista para filha.

- Tudo bem, aproveito e compro aquelas almofadas fofinhas que vi na senhora Smith. – Sorriu imaginando como ficaria bonita as almofadas enfeitando o quarto de Ayla.

A garota saiu de casa apressada, avistou ao longe a mãe de Jeffrey varrendo a calçada e discutindo com Calvin, mas nenhum sinal do garoto. Já estava de volta há três dias e Jeffrey simplesmente parecia ter desaparecido.

Foi até o mercado perto de sua casa, mas ficou faltando três itens da lista.

- Desculpa, Ellen, está em falta. – O atendente disse a garota. – Mas talvez você encontre no Dunk. – Ele sugeriu.

- No Dunk? – Imediatamente a garota se lembrou de Isbell. Não poderia ir até lá. -  Talvez o senhor Alfredo também tenha, né? – Riu amarelo.

- Provavelmente sim. Mas é bem mais longe que o Dunk, irá caminhar bastante até lá. – O rapaz estranhou a opção da garota.

- Gosto de caminhar. – Riu sem graça, pegando as sacolas e indo até o mercado que ficava há mais 08 quadras de casa.

Ellen voltava com um monte de sacolas nas mãos, estava exausta e arrependida da ideia que teve de ir ao senhor Alfredo. Nem mesmo conseguiu comprar as almofadas que tanto queria.

Faltava ainda três quadras para chegar em casa, quando a loira parou por um momento para respirar tomando fôlego. De repente ouviu o barulho de uma moto se aproximar, aos poucos o motoqueiro foi diminuindo a velocidade. 

Ellen olhou para o meio da rua vendo o motoqueiro andando vagarosamente enquanto ela continuava na calçada. O rapaz parecia ser magro, usava uma calça jeans preta e um casaco todo preto, em sua mão luvas de couro e em sua cabeça um capacete escuro com a viseira abaixada. Não conseguia enxergar nada do cara, apenas sabia que ele a olhava e acompanhava seus passos.

Por um segundo pensou que iria ser assaltada, o que seria perda de tempo do cara, afinal voltava para casa com pouco mais de 20 dólares, pensou. Um pouco tensa, desviou o olhar e continuou andando em linha reta, apressando o passo e torcendo para mais alguém aparecer na rua. O motoqueiro permaneceu ao longe andando ao seu lado, olhando fixamente para Ellen que tentava ignorá-lo com medo.

Ele a acompanhou por mais uns 20 segundos quando acelerou sua moto, fazendo um barulho alto no escapamento e chamando a atenção da garota. O coração de Ellen acelerou, tinha certeza que era agora que seria assaltada, mas o cara apenas acelerou novamente “cantando” seu pneu e saindo em alta velocidade.

- Quem era??? – Se questionou após ele desaparecer. Nunca o tinha visto por aquelas bandas.

Chegou em casa um tanto tensa, mas depois riu de si mesma pelo medo bobo que sentiu. Após o susto, a curiosidade de saber quem era aquele motoqueiro com ar de mistério tomava sua mente, mas acabou deixando para lá. Seguiu com as coisas para o quarto de sua tia e foi ajudar sua mãe a terminar de organizá-lo.

[...]

 

04 dias depois

...

- Já pegou sua mochila, Ellen?

- Mãe, eu só vou levar o fichário.

- E o lanche que preparei? Você vai sair sem tomar café? – Mary enchia a filha de perguntas.

- Tô sem fome, eu como alguma coisa no colégio. – Disse apressada indo para a porta da sala.

- Espere, deixa eu ver você. – A mulher correu até a filha ajeitando seu cabelo. – Tá linda.

- Mãeee...para... tá me tratando como criança. – Ellen rolou os olhos.

- Desculpa, mas só quero que você esteja bonita. Sabe quem vai estar lá, né? – Perguntou entusiasmada. – Quem sabe vocês não voltam e...

- Chega, mãe. – A loira disse séria. – Eu e o Adam terminamos, sem volta. – Enfatizou irritada.

- Por que não me conta o que aconteceu entre vocês e...

- Tô saindo. – A loira deu as costas, mas voltou para se despedir de sua mãe. – Esquece isso, mãe. Não tem mais jeito. – Deu um beijo em sua bochecha e saiu.

Ellen saiu vagorosamente por seu jardim, olhando para a casa de Isbell e na expectativa que ele aparecesse na porta para ir para o colégio. Uma semana e o máximo que conseguiu foi ouvir sua voz discutindo com Calvin. Depois disso, nunca mais nem sinal do garoto. Às vezes parecia que ele nem morava mais ali.

Chegando ao colégio, Ellen suspirou fundo, se apegando na ideia de que este seria o último ano que teria que aturar a todos daquela escola. A passos lentos, adentrou os portões e quando se aproximou, um sorriso alegre se formou em seu rosto ao enxergar quem se encontrava no topo da escada.A loira subiu os degraus apressadamente e com o mesmo entusiasmo abraçou a jovem garota a sua frente.

- Ammmmyyyy!!! – Riu de satisfação.

- Ellen, que saudades!!! – A irmã de Bill não poderia estar mais contente.

- Não me diga que você vai estudar aqui? – Indagou.

- Sim, primeiro ano do colegial. Por graças papai me mandou para cá, ainda bem que minha antiga escola não tem ensino médio. – Contou.

- Fico tão contente em ter você aqui. – Ela sorriu.

- Eu também. Apesar de estarmos em anos diferentes, pelo menos no intervalo poderemos conversar. – A jovem de cabelos caramelos não se continha de entusiasmo.

Ao mesmo tempo que abraçava Amy com tamanha alegria, Ellen enxergou suas velhas amigas chegando e simplesmente a ignorando, Patty e Mônica simplesmente fingiram que a garota não existia e passaram reto por ela. A loira apenas abaixou a cabeça triste.

- Bill me contou que vocês não são mais amigas. – Amy comentou ao vê a reação da loira.

- É...nós nos afastamos. – Riu fraco.

- Não liga não, você agora tem a mim. E quem liga para esse bando de líderes de torcida patricinhas e metidas. – Brincou fazendo Ellen rir.

- Ai Amy, essa escola é um máximo. Olha o tamanho, o dobro da nossa antiga escola, muito mais gente, muito mais gato e muito mais... – Uma garota branca de cabelos compridos e avermelhados chegou tagarelando sem parar até as garotas que conversavam.

- Desculpa a minha amiga, Ellen. Ela é assim mesmo maluquinha, mas deixa eu te apresentar. Essa é a Jéssica. – Ellen cumprimentou a garota eufórica que continuava a olhar por todos os lados. – Ah e aquelas duas que vem vindo são a Bea, de cabelos encaracolados, e a Francine, de óculos.

- Amyyyy... – Bea gritou para a amiga.

- Eu gostaria de apresentar a ... – Amy tentou falar.

- Estou apaixonada. – A garota levou as mãos ao rosto e fez uma carinha deslumbrada. – Eu vi o cara mais gato desse colégio. – Bea contou.

- Ela disse isso para uns 10 caras. – Francine rolou os olhos contando a todas.

- Não, mas esse é o cara mais lindo que já vi. – Ela insistiu. – Tá, eu admito que estava deslumbrada porque aqui tem muito mais gato que nossa antiga escola, vi uns jogadores bem fofinhos, mas esse cara não. Ele é um deus, lindo, um ar meio rebelde, cara de mau. Estava fumando aos fundos e meio escondido perto da quadra quando eu avistei aquela obra prima.

- Aqui pode fumar? – Jéssica indagou para Ellen.

- Não, mas alguns garotos sempre conseguem enganar o inspetor. – Ellen contou. – Mas e aí? Tem certeza que esse gato é daqui mesmo? Porque não me lembro de ninguém tão bonito assim. – A loira riu descrente.

- É sério isso, Francine? – Amy questionou a garota mais calada e tímida da turma.

- Bem, dessa vez a Bea não está exagerando, ele é bem gatinho. – Disse desconcertada ajeitando seus óculos.

Amy franziu o cenho desconfiada do gosto duvidoso de sua amiga.

- Bem, já que vocês não estão acreditando, ele vem vindo aí para provar. – Apontou a garota para o outro lado.

Todas as garotas olharam, Bea, Jéssica e até Francine olharam suspirando para o rapaz que vinha caminhando despreocupado pelo pátio, enquanto Ellen balançava a cabeça se segurando para não rir e Amy fazia cara de enjoo.

O ruivo caminhava distraído, balançando seus cabelos acobreados e lisos que já estavam um pouco abaixo dos ombros. Avistou o grupo de garotas, dando um sorriso ao avistar Ellen e Amy.

- Vocês só podem tá de gozação comigo? – Amy olhou inconformada para as garotas.

- Ah vai dizer que ele não é lindo? Tenho certeza que se você tivesse chance, você ficaria com ele, Amy. – Jéssica apostou.

- O que? Ecaaaa, ecaaaa, ecaaaa. – A garota balançou a cabeça mil vezes fazendo cara de nojo afastando tais palavras de sua mente.

- Gente, acho que vocês não sabem, mas ele é o irmão da Amy. – Ellen contou deixando todas as garotas boquiabertas.

- E por que nunca nos disse que tinha um irmão gato, Amy? – Bea inquiriu.

- Gato? O Bill??? Ecaaaaaa... – A garota não se conformava.

Logo Bill se aproximou das garotas, fazendo todas se calarem.

- Oi Ellen. – Deu um abraço apertado na loira. – Sentimos sua falta. – Disse.

- Sentiram? – A loira rapidamente perguntou. – Quem?

- Bem, eu, Mike e...

- Dá pra cair fora daqui. – Amy interrompeu enciumada de suas amigas.

- Hey tampinha, nem tinha te visto aí. – O ruivo caçoou sua irmã. – Cuidado Amy, para não ser pisoteada por aí. – Adorava provocá-la brincando com sua baixa estatura.

- Não tem coisa melhor para fazer não, seu ruivo magricela. – Bufou.

- O que te deu hein garota? – Questionou olhando para sua irmã que permanecia enfunada.

- Estávamos conversado e você atrapalhou. – Respondeu.

- Ah tudo bem, já estou caindo fora mesmo. – Ele proferiu.

- Não, você não atrapalha não. – Bea disse com um sorriso de ponta a ponta.

O ruivo apenas olhou para a garota dando um sorriso de canto.

- Mas tenho que ir, baby. – Respondeu para Bea que quase se derreteu.

Bill tornou olhar para as amigas de Amy que o encaravam encantadas, sabia que eram muito crianças para ele, e que na verdade esse entusiasmo era apenas por ele ser mais velho. Olhou uma por uma até chegar em Francine que o encarava com o pescoço torto, os óculos quase caídos e a boca aberta.

- Ela está bem? – Indagou franzindo o cenho.

- Ela é assim mesmo. – Jéssica respondeu divertida enquanto a Fran se ajeitava vermelha e morrendo de vergonha.

- Tá tudo bem, vai lá conversar com seus amigos. – Amy praticamente o expulsou.

- Já estou indo. – Ergueu os braços. – Tchau Ellen, tchau tampinha. – Disse, porém antes de ir embora deu um peteleco na cabeça da irmã saindo apressado e aos risos.

- Você vai vê, William. – Amy gritou.

As três amigas não acreditavam que Amy havia escondido algo de tamanha importância.

- Eu pensei que o Bruce fosse seu único irmão. – Francine comentou.

- Não, tem o chato do Bill, mas ele não mora mais lá em casa. E nem vem vocês três, acreditem, William é um chato e muito feio. Não é mesmo, Ellen? – Pediu ajuda a loira.

- Chato ele é às vezes. – Sorriu. – Mas tem que saber que muitas garotas o acham um gatinho, Amy. – Ellen contou.

- Ah...Wiliiam!!! Esse é o nome do meu príncipe encantado. – Bea suspirou.

Amy apenas rolou os olhos e saiu bufando sendo seguida pelas garotas que riam de sua reação.

...

Ellen ficou conversando com as meninas no corredor, pareciam ser bem divertidas, até o soar da campainha indicando o início das aulas.

A loira foi para sua sala, esperando que ao entrar, os burburinho e cochichos iriam começar, mas admirou-se por nada acontecer. Talvez agora tivessem arrumado outra fofoca para falar e esquecido dela de vez.

Em sua sala, estavam Patty e Mônica, além de algumas líderes que conversavam entre si, a ignorando completamente. Mas a loira não se abateu, desenhava em seu caderno até o professor de história chegar. 

Já estavam na metade da aula, quando a turma foi tirada a atenção com um albino alto, magro e sério adentrando a sala atrasado.

- Começou o ano muito bem, senhor Isbell. – O Professor zombou enquanto Jeffrey apenas deu de ombros erguendo uma das mãos dando positivo com o polegar de costas para o professor.

O garoto atravessou a sala, passando carteira por carteira e indo para seu habitual assento no fundão. Porém antes, não conseguiu não olhar para o lado que Ellen estava, numa rápida e momentânea ação.

Ellen se segurava para não olhar para trás, para não olhar para ele. Mesmo tentando prestar atenção a aula, não conseguia um só momento esquecer que ele estava logo ali. Mas além dela, outra pessoa também havia notado Jeffrey naquela sala e diferente da loira, Mônica fazia questão de que o albino notasse seus olhares maliciosos.

Ao sinal do intervalo a loira pegou seu material e rapidamente foi para a porta da sala, queria sair de lá antes que sobrassem apenas os dois. Com tudo, com o tumulto para saírem sem querer algum dos alunos esbarrou em Ellen derrubando seu caderno no chão, assim que se ajoelhou para pegar, Jeffrey pegou o caderno entregando a loira. Ambos se olharam por alguns instantes, Ellen sentiu um nó na garganta, pensou em agradecer, mas não conseguia falar de tão nervosa, apenas pegou o caderno e saiu apressada em direção a porta.

Ao olhar para trás, notou que Jeffrey vinha em sua direção, mas foi interrompido quando um dos garotos da turma o chamou.

- Hey Izzy, quero falar contigo, bro. – O cara se aproximou do albino.

- Izzy? – Ellen murmurou confusa saindo pelos corredores e indo até o seu armário.

...

- O que tem, Ellen? – Amy indagou ao notar a garota calada.

- Nada. – Riu fraco. – E suas amigas? – Perguntou.

Amy e Ellen estavam em uma mesa do refeitório com seus lanches sobre a mesa.

- Elas foram na cantina. – Explicou. – Mas me diz. O que aconteceu?

Ellen olhou para o outro lado do refeitório, vendo Bill, Mike e Jeffrey sentados em uma mesa rindo e conversando. Pensou por alguns segundos então resolveu conversar com Amy.

- Por que tão chamando o Jeffrey de Izzy?

- Não tá sabendo? É assim agora que estão chamando ele. Todos, até mesmo o Bill só o tem chamado assim. – Contou.

- Tá, mas por quê? – Ergueu a sobrancelha curiosa.

- Ora, porque digamos que ele seja um facilitador, e as coisas com ele é bem “easy” (fácil) de conseguir. – Amy disse.

Ellen franziu o cenho ficando ainda mais confusa com o que Amy falava, não entendia o que aquilo significava.

- Isso não faz sentindo para mim, Amy.

- Ah então você não sabe de toda a história? – Amy arregalou os olhos surpresa.

- O que? – A irmã de Bill respirou fundo olhando para a loira.

- Muitos caras têm o procurado e o apelidaram assim porque com ele tudo é mais fácil de conseguir...disseram que ele deixa a vida easy...e por isso passaram a chamá-lo de Izzy. Se quer a vida mais fácil, take-easy(pegue leve) ou take Izzy (pegue com o Izzy).

- Mas pegar o que? – Ao olhar para cara de Amy, Ellen entendeu. – Droga? É disso que você está falando, Amy? – Ellen estava perplexa. Não podia acreditar em uma coisa dessas.

A garota apenas assentiu com a cabeça, confirmando as suposições de Ellen.

- Hey meninas desculpa a demora, tinha uma fila na cantina e... – Jéssica chegou junto com Bea e Fran à mesa.

- Desculpa garotas, mas lembrei que esqueci uma coisa na sala, depois eu vejo vocês.  

Apressadamente Ellen se retirou da mesa sem nem ao menos comer direito, correu para o banheiro entrando em uma das cabines onde pôs-se a chorar. Sentia uma falta de ar, um pesar tão grande em seu peito e se perguntava: por que Jeffrey havia feito isso? Por que ele tinha tomado uma decisão tão estúpida?

 ...

 

A noite a garota havia ido para a sua primeira aula de Francês. Tentava se distrair da história sobre Izzy, ou melhor, Jeffrey. Se recusava a chamá-lo assim. Mesmo com um turbilhão de coisas rondando sua mente, havia gostado da aula. Achava francês uma língua muito bonita.

Já era tarde da noite quando pegou o ônibus de volta para casa, Ellen estava tão dispersa tentando entender a atitude de Jeffrey, que não notou que havia trocado o ônibus, ao invés da linha 689 havia pegado a linha 639. Já estava distante quando percebeu, desceu no primeiro ponto de ônibus em um bairro estranho e afastado. Aguardou por uns 20 minutos em um local deserto e nem sinal de outro ônibus. Talvez aquele fosse o último da noite. Devia estar há umas 15 quadras de casa, deduziu, e não tinha outra opção se não andar até lá.

A garota começou andar apressada, as ruas eram escuras e o bairro um tanto esquisito. Nunca havia andado por aqueles lados de Lafayette.

- Hey, gatinha. O que faz por aqui? Está perdida? – Dois caras se aproximaram da loira que apenas apressou ainda mais os passos.

- Está indo para casa? Nós podemos te deixar lá. – O outro cara falou.

- Posso ir sozinha. – Respondeu séria.

Os dois caras riram e seguiram a loira.

- É melhor vocês se afastarem ou vou começar a gritar. – Ellen parou olhando para os dois marmanjos que a fitavam de cima a baixo.

- Que isso gatinha, só queremos te ajudar. – O cara moreno disse.

- Nós não vamos te fazer nada. Só queremos saber se você não quer se divertir um pouquinho com a gente. Tem uma festa muito boa rolando aqui perto, vamos? – O loiro com corte na sobrancelha convidou.

- Não, estou atrasada. – A garota deu as costas e voltou a caminhar.

- Pera aí. Vamos conversar. – O loiro segurou seu braço.

- Me solta. – Gritou.

De repente todos ouviram uma moto se aproximar. Ellen reconheceu o mesmo motoqueiro que havia visto dias atrás perto de sua casa. Vestido todo de preto, ele se aproximou parando sua moto com os faróis ligados em sua direção. Ele ergueu sua viseira encarando os dois caras que perturbavam a menina.

- Deixem ela em paz. – Diz.

- E se a gente não deixar. O que vai fazer? – O moreno pergunta com um sorriso nos lábios.

O outro loiro se aproxima do amigo também com um sorriso debochado. Estavam mesmo a fim de comprar briga.

O motoqueiro leva suas mãos ao capacete finalmente tirando o mesmo. Ellen encara na expectativa de saber quem era o tal motoqueiro misterioso, surpreendendo-se ao vê-lo.

- Jeffrey. – Murmurou.

 


Notas Finais


E aí gente...gostaram???

Momento vergonha da escritora parte dois né... Pq além de enviar o capítulo errado sorry...
Desculpa pelo trocadinho de easy com Izzy (praticamente mesma pronuncia) rsrsrs
Eu juro que procurei em todo canto quando e porque o Izzy passou a se chamar assim, ja vi várias histórias para o ruivo e o Slash mas dele não encontrei :\
Inclusive se alguém souber e quiser me contar, diz aqui nos comentários...
Como não sabia, a escritora faz esses trocadilhos bobos 🙈🙈🙈...sorry

Bem... espero que tenham gostado :)
Bjos e até o próximo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...