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História Words - My Secret Forest


Escrita por: Allexyaa

Notas do Autor


Oi Gennte

Nem demorei né

New Cap... Espero que gostem😊

Nosso Bill novinho já era uma graça né

Boa Leitura 😉

Capítulo 39 - My Secret Forest


Fanfic / Fanfiction Words - My Secret Forest

...

- Jéssicaaaaaaa!!!! – Bea gritou descontente. – Eu que ia contar. – Disse bicuda.

- Ai desculpa, não sabia que estava contando para elas. – A garota deu de ombros.

- Caramba, que babado! – Amy comentou.

- Realmente. – Fran murmurou.

- Pelo menos agora sabemos que ela não será rainha do baile. – Bea diz.

- Acha que ela tinha chance depois que foi expulsa do time de líderes de torcida? Ouvir dizer que ela não tem praticamente mais nenhuma amiga. – Jéssica fala.

- Não é por menos, chata como é. – Amy torce o nariz.

- E agora...uma piranha. – Jéssica diz maldosa e as meninas caem na risada.

- Não digam isso! – Ellen pede.

- Mas Ellen...ela merece...depois de tudo que ela fez. – Jéssica contesta.

- Até mesmo contra você. – Bea ressalta.

- Eu sei como a Mônica é, mas ficar aqui rindo e vibrando com tudo que ela está passando não nos faz igual? – A loira questiona e as meninas olham entre si.

Antes mesmo que alguma se manifestasse outra velha conhecida se aproximou da mesa.

- Ellen, podemos conversar? – Paty chama a atenção da loira.

- Ela está ocupada. – Amy se intromete.

- Estamos discutindo assuntos particulares. – Bea diz.

- Meninas...deixem a Ellen responder. – Fran pede.

A loira nada diz, eram muitos acontecimentos naquele dia e há tanto tempo não falava com Paty.

- Por favor. – Paty insistiu. Ellen hesitou, mas no fundo sentia-se curiosa sobre o que a morena queria falar com ela.

- Tudo bem. – Ela diz se levantando e indo para um local mais afastado. Não que quisesse esconder alguma coisa de suas amigas, mas porque sabia como elas eram protetoras e às vezes demonstravam isso de um jeito nada amigável.

- E então? – Se virou para Paty aguardando o assunto.

- Eu sei que ... bem...não somos mais amigas como costumávamos ser e que ...bom...talvez isso tenha acontecido por minha culpa.

- Sim...me lembro quando passaram a me ignorar depois da fofoca do Adam, de toda aquela confusão. Como me isolaram e me tiraram do time. – Ellen cita.

- Eu sei. – Paty abaixa a cabeça notando o tom austero da loira, nunca talvez ouvido por ela. Ellen era sempre tão doce e amiga, estranhava a forma como a loira se portava atualmente, talvez mais madura pelas coisas que lhe aconteceram, pensou.

- Se veio falar comigo porque espera que volte para o time ou que ajude com a Mônica...- Ellen supôs.

- Não! – Paty interrompeu. – Na verdade eu vim aqui lhe pedir desculpas. Desculpa por tudo que fiz com você.

- Fez comigo? Paty, acho que não precisava agir como agiu comigo, éramos amigas e você simplesmente me ignorou de uma hora para outra, entendo que tenha sido porque ficou do lado da Mônica, mas nunca fez nada diretamente a mim. Os boatos, a confusão, foram culpa do Adam...e de certa forma até mesmo do Jeffrey. Se ele não tivesse iniciado aquela briga ou ficado com a Môn... – Ela fala.

- Eu tive culpa, Ellen. Tive sim. – Paty novamente a interrompeu. – No dia da confusão eu havia acabado de voltar de viagem da Costa Oeste onde eu encontrei o Adam por acaso. Lá eu o vi com várias garotas, ficando fixo com uma menina, tipo...soube de muitas histórias dele...ou seja...ele estava te traindo. Quando aconteceu toda aquela confusão, e todas aquelas coisas horríveis que falavam de ti, acusando de tê-lo traído e de ser uma qualquer...eu deveria ter falado o que sabia, ter dito a verdade e te defendido, porque no fundo eu sabia que o que falavam a seu respeito era tudo mentira.

Ellen parou atônita ouvindo toda a confissão de Paty, sem ter o que dizer continuou a ouvir a morena falar.

- Eu acabei me deixando levar pelas mentiras da Mônica, acabei a apoiando, tudo porque ela dizia que você já havia dado em cima do Pierre. Como fui tola em acreditar.

- Eu??? Mas eu mal falava com o Pierre e...

- Eu sei...mas...sei que fui boba em me deixar influenciar de tal maneira e não confiar no meu julgamento.

- Eu nunca faria coisa do tipo, Paty. Sei como era louca pelo Pierre.

- Eu sei, Ellen. Por isso estou aqui, pedindo desculpas por tudo que fiz...ou que pelo menos omitir. Se eu tivesse falado, talvez você não tivesse passado por momentos tão ruins...

- Bem, não vou dizer que foi fácil...mas posso dizer que teve alguma coisa boa nisso tudo. Eu me dediquei mais ao que gosto, que é a aulas de arte e fiz amigas incríveis. – Sorriu ao ver a mesa ao longe com as garotas que voltam e meia olhavam espiando a conversa das duas.

- Elas parecem serem garotas bacanas...o contrário do nosso grupo onde só havia víboras. – Paty diz abaixando a cabeça.

- As garotas do time de líderes de torcida só vivem para ele e não importam o que tenham que fazer para estarem nele. – Ellen fala.

- Aprendi isso da pior maneira. No final, eu saí junto com a Mônica e por um tempo, só éramos nos duas até ela...- Paty calou-se.

- O que? Ficar grávida? Não me diga que irá se afastar dela por causa disso? – Ellen questionou.

- Não, eu só soube da gravidez dela há uns dois dias. O que aconteceu foi que brigamos porque eu descobri que na verdade era ela que dava em cima do Pierre e eu os flagrei juntos.

- Sério, Paty? – Ellen a fita chocada. – Então, ele quem é o pai? – Indaga.

- Não, acho que não teria dado tempo. Pelo visto é o Tim mesmo. – Ela supõe. 

- Lamento, Paty. Sei como é ser traída por uma amiga. – Ellen suspira.

- Tudo bem, já superei. Logo iremos terminar o colegial e eu quero sair o mais rápido daqui. Stanford ou Yale me esperam. – Ela sorri.

- Que bom que já tem outros planos.

- Claro, não vou morrer por um garoto idiota. Pra onde vou, tem mais deles. – Disse arrancando um riso da loira. – Bem, Ellen, era isso...eu precisava desabafar...e tirar esse peso que carregava em mim...espero que um dia possa me perdoar.

- São águas passadas, Paty. Só quero passar uma borracha em tudo que passou e não guardar ressentimentos. – Ellen estendeu a mão para a antiga amiga.

- Obrigada. – Paty deu um abraço apertado na loira e depois saiu de volta para sua sala.

Ellen retornou a mesa das outras garotas, que estavam morrendo de curiosidade, mal a loira começou a contar sobre a conversa o sinal tocou e todas tiverem que voltar contrariadas para suas salas.

...

O sinal da última aula havia soado, Ellen saiu apressada de sua sala para resolver alguns pontos de seu plano para esta tarde. Impaciente junto a um arbusto próximo a sala dos professores, Fran aguardava a loira após vê-la caminhar apressada até a quadra.

Assim que avistou Ellen voltando do local, levantou seus braços acenando para a loira que de longe a avistou. No entanto mais um obstáculo surgiu no caminho. A professora Watson chamou por Ellen por breve momento.

- Ellen, que bom que a encontrei. - Disse sorridente.

- Senhora Watson, aconteceu alguma coisa?

- Estou tão entusiasmada que não me contive e sabendo que é contra as regras mesmo assim quis alertá-la.

- Sobre? – A loira arregalou os olhos preocupada.

- Meu amigo na Faculdade de Artes de Los Angeles, bem, ele deixou escapar que...- Fez um pequeno mistério. – Você foi aprovada. Provavelmente receberá a notificação oficial dentro dos próximos dias.

- Sério? – Estava boquiaberta. – Mentira, eu ...não to acreditando...é....nossa... 

- Ah minha querida, estou tão contente. Eu sabia que você tinha talento, Ellen. Mas olha, eu só te contei porque sei como é difícil uma mudança assim, principalmente para uma cidade tão distante e diferente de Lafayete. Quis prepará-la, porque quando a notificação chegar, serão poucas semanas para você confirmar e se inscrever, porque acredito que essa será sua resposta, né? Irá aceitar a bolsa?

- Sim, claro.

- Só peço que não conte ainda a ninguém, isso poderia me prejudicar, é uma informação interna e muito sigilosa, só contei porque não queria que fosse pega de surpresa e já aos poucos e discretamente pode começar a pensar como será sua migração para lá.

- Pode deixar senhora Watson eu não direi a ninguém. Eu só tenho a agradecer por tudo que tem feito por mim. – A loira deu um abraço apertado em sua tutora.

Radiante, Ellen vai ao encontro de Fran. 

- Você vai para Los Angeles? – A morena perguntou pasma.

- Você ouviu? – Ellen arregalou os olhos. – Fran, me prometa que não contará a ninguém, foi...

- Eu não acredito que você vai para Califórnia. - A morena deu uma abraço apertado na loira. – Estou tão feliz por você. – Felicita entusiasmada.

- Obrigada, ainda estou em choque. Parecia até um sonho impossível. – Sorri.

- Eu não contarei, pode deixar. – Fran cruza os dedos.

- Obrigada. – Agradece. – Agora vamos, ou vamos acabar perdendo do nosso tempo.

- Mas para onde vamos, Ellen?

- Logo você verá.

As duas amigas saem apressadas pelos portões do colégio.

Sem que percebessem, Jéssica, Bea e Amy as viam ao longe, tentaram alcançá-las, mas sem êxito.

- Poxa, elas não nos ouviram. – Bea lamentou ao verem as duas descendo a rua.

- Droga, queria saber o que a Ellen e a Paty conversaram. Agora vou morrer de curiosidade até amanhã. – Jéssica resmungou.

- Mas para onde será que elas foram? E porque a Ellen só chamou a Fran? – Bea questionou curiosa.

- Também gostaria de saber, também gostaria. – Amy murmurou séria e desconfiada olhando para as duas que tão rapidamente se distanciavam sumindo ao virarem a esquina.

...

- Ellen, onde a gente está indo? – Fran pergunta vendo a garota entrar numa trilha em meio ao bosque. – Se é para irmos para o parque urbano fica para o outro lado. – A morena diz apreensiva.

- É por aqui mesmo. – A loira fala desviando de alguns galhos da mata que começava a ficar cada vez mais fechada.

- Mas o parque...

- Não é para o parque que vamos. Relaxa Fran, eu conheço esse caminho como a palma da minha mão. Não vamos nos perder. – Ellen para diante da trilha que se divide em dois trajetos. A loira pensa por um momento.

- Você está em dúvida? - Fran arregala os olhos. – Own céus, vamos nos perder aqui. – Choraminga.

- Eu não estou em dúvida. – Ellen pega o caminho da direita e segue com a morena um tanto temorosa atrás de si.

- Olha Ellen, se é porque eu ouvi a conversa com a senhora Watson, eu já disse que não falarei a ninguém...sabe. – Fran fala.

- O que? O que acha que vou fazer com você? Deixá-la sozinha na mata? – Ellen cai na risada. – O que anda assistindo, Fran? – Indaga risonha.

- Sexta-feira do terror, não que minha mãe saiba. – Múrmura. – E se tem uma coisa que apreendi é que florestas são assombradas ou aparecem pessoas estranhas. – Contou.

- Ai Fran – Ri. - Calma, ainda estamos em Lafayette. – Ellen diz divertida continuando seu trajeto.

...

Na margem do rio, junto a velha cabana, estavam Bill e um Izzy sisudo.

- Tem certeza que ela pediu que você também viesse para cá? – Jeffrey pergunta.

- Pela quinta vez: Sim! E não, ela não disse o que queria nos falar. Ela falou rapidamente comigo na quadra e só pediu para que Eu e Você viéssemos para cá. – Bill explica.

Izzy cruza os braços sério e bufa enciumado.

- Poderia ir embora, depois eu te falo o que ela queria. – Izzy sugere.

- Prefiro esperar, fiquei curioso, além do mais lembrei que dentro daquela cabana velha e acabada tem umas revistas minhas históricas. Pensei em vender para os nerds do primeiro ano, o que pelo menos espero que saibam o que são coelhinhas. – Deu um sorriso matreiro.

- Talvez tenha alguma bebida também, não me lembro se dá última vez a gente tomou todas. – Jeffrey diz. – Mas se quiser, posso depois pegar todas as coisas que tiverem aí e levar para garagem. Você busca depois. – O albino não disfarçava mesmo o quanto queria se livrar do ruivo.

- Relaxa, Bro...depois que ela nos dizer o que queria contar, eu prometo que caio fora e os deixo sozinhos. – Bill bate no ombro do amigo e dá um sorriso de lado deixando claro que entendeu o recado.

Não demora para que os amigos vejam a loira surgir entre alguns galhos. Izzy dá um sorriso de ponta a ponta, todo animado, aguarda a aproximação de Ellen que sorri ao vê-lo. Ellen acelera o passo e corre até o albino lhe dando um abraço apertado e um beijinho em seus lábios.

Bill fica de lado observando a cena meio que “sobrando” quando algo lhe chama a atenção.

- Tem mais alguém com você? – Jeffrey pergunta ao notar as folhas se mexerem e uma voz feminina reclamar de um galho que havia lhe arranhado.

- Tem sim, uma surpresa...mas para o Bill. – Ellen diz para o ruivo.

Bill olha para o meio dos arbustos e assim que vê quem acompanhava Ellen em seu percurso corre até a morena.

- Fran? Mas o que ela está fazendo aq...- Izzy franze o cenho e antes mesmo que concluísse sua pergunta, fica boquiaberto com a cena a sua frente.

Sem nem ao menos trocar uma palavra que seja, Bill avança nos lábios de Fran dando um beijo carinhoso e apaixonado.

Ellen coloca em seu rosto um sorriso de felicidade, quase não se cabendo em si, por se achar a fada madrinha dos dois.

- Não são lindos? – Ela indaga para Izzy que nada fazia, estava completamente paralisado. – Jeffrey, Jeffrey??? – A loira chama.

- Hãm...Oi...ah sim...é eu também estava com saudades. – Diz dando uma bitoquinha em Ellen voltando a olhar para o casal a sua frente.

- Vem, vamos deixá-los um pouco a sós. – Ellen puxa o albino que a segue sem muita reação até a margem do rio.

...

- Mas...como...??? – Bill indaga assim que finaliza o beijo.

- Foi tudo a Ellen que planejou...ela não havia me falado nada, apenas me trouxe aqui e... – A morena diz sorridente enquanto ajeitava seu óculos todo torto pelo beijo caloroso que o ruivo havia lhe dado.

- Com certeza foi uma surpresa incrível. – Ele diz passando a mão nas bochechas coradas de Fran.

A morena apenas abaixa a cabeça envergonhada. Bill leva suas mãos a seu rosto, erguendo seu queixo e voltando a beijá-la docemente, matando um pouco da saudade que sentia.

...

- Para de olhar, Jeffrey. – Ellen belisca o albino.

Os dois estavam sentados na margem do rio.

- Aíii...mas é que...quando...como...você sabia disso? – Ele aponta para o casal ao longe.

- Soube há pouco tempo e devo dizer que fiquei muito feliz. Fran é uma ótima garota, uma amiga querida e não vejo nenhum mal. – Fala.

- Não é que...é o Bill...do Bill que estamos falando...eu o conheço muito bem, sei o tipo de garota que ele sai e ...

- Como assim tipo de garota? Como aquelas que vi outra noite no seu portão pendurada em você? Também já ouvi dizer que é seu tipo de garota. – Diz bicuda.

- Não, ei...espera aí...estamos falando do Bill, não vai brigar comigo. É que...ah Ellen, você também o conhece, já viu ele com várias garotas do colégio, da rua de baixo, da nossa rua, do outros bairros, da...enfim...vai mesmo dizer que isso não é ... estranho? – Jeffrey fita a loira.

- Surpreendente, prefiro dizer. Ele parece gostar dela, quando pensei que era sei lá, uma brincadeira de mal gosto, dei um puxão de orelhas nele, mas depois vi que não.

- Mas ela é...- Izzy encarava a morena.

- O que? Feia? Vai dizer isso dela só porque ela usa óculos e se veste diferente e...

- Não!!! Não a acho feia, parece uma garota bacana, mas ela é...tímida, certinha, nerd e legal...tudo ao contrário do Bill, principalmente o legal. – Dá uma risada.

- Bobo. – Ellen cai na risada junto com o albino. – Ninguém entende bem as coisas do coração, né. Veja a gente, quem diria que eu ia gostar de você: um Gasparzinho magrelo que vivia puxando minhas tranças e escondendo meus brinquedos quando brigávamos ou quando eu ganhava de você no futebol. – Ela diz.

- Você só ganhava de mim porque eu nunca liguei para esportes, Ellen. Sempre fui um músico nato. – Ergue o queixo.

- Na verdade, estava mais para um asmático. – A garota cai na gargalhada.

- Ah é...sua loira patricinha. – Ele agarra a garota lhe fazendo cócegas.

- E aí gente? – Bill se aproxima dos dois amigos que riam entre si. – Izzy, você já deve conhecê-la, Fran...amiga da Ellen. – Ele mostra a garota que praticamente se encolhia junto ao ruivo tamanho era a vergonha.

- Oi. – Murmurou quase que inaudível.

- Sentem aí. – Jeffrey acena para a garota e logo em seguida faz o convite.

Bill junta-se aos dois sentando a margem do rio e ao seu lado uma Fran tímida e envergonhada.

- Fazia muito tempo que não vinha aqui. – Ellen conta.

- Eu também já tenho um tempo. – Izzy relata.

- A última vez que estive aqui foi com a...é...quer saber, nem me lembro também. – Bill disfarçou coçando a nuca.

- Vocês já vinham aqui antes? – Fran perguntou curiosa.

- Nossa, a gente cresceu praticamente aqui. Vínhamos brincar, nadar, jogar bola. – Ellen conta nostálgica.

- Beber, fumar... – Jeffrey complementou.

- Ou fugidos da escola. – Bill riu.

- Garotos! – Ellen rola os olhos. – Esse era meu local secreto, que compartilhei com Jeffrey e depois com o Bill. Sempre gostei daqui por ser tranquilo, não tinha aquela bagunça e destruição como no lado leste, que agora chamam de parque urbano. Aqui sempre foi mais natural e espero que sempre seja. – Ellen conta. – Saudades de nadar nesse lago. – Diz.

- E por que não nadamos? – Bill questiona.

- Éhh...a água parece ótima. – Jeffrey comenta.

- Melhor não. Não trouxe roupa. – Ellen fala triste.

- E você? – Bill se vira para Fran.

- O que? Eu? Não, eu também não trouxe, além do mais eu não nado bem. – Conta.

- Não se preocupe nerd, eu cuido de você e daqui até chegar em casa, já estará seca. – Bill puxa a morena.

- O que? Não Bill, minha mãe me mata se eu chegar molhada em casa. – Ela fala, mas o ruivo a pega nos braços e caminha até a borda do rio. – Não, Bill. Não!!! – A garota grita.

- Um, dois, três...- Ele dá um rodopio com a garota em seus braços, mas em seguida a põe no chão.

- Seu, seu...maluco, pensei que tinha ficado mentecapto. – A garota levou as mãos ao coração, mas logo foi consolado por um beijo romântico que o ruivo lhe deu.

- Mente...oque? – Jeffrey se vira para Ellen.

- Liga não, às vezes ela fala assim. – A loira dá de ombros.

- Hum, isso faz muito sentido. – Jeffrey diz relembrando as palavras estranhas que o então amigo ultimamente vinha usando durante os ensaios. – E então, tem certeza que não quer entrar na água? Acho que suas roupas secam até chegar em casa.

- Melhor não arriscar, vai que minha mãe... – A loira suspira cabisbaixa.

- Tudo bem, além do mais, ainda podemos...- Jeffrey se inclina sobre a loira onde trocam um beijo apaixonado.

Os jovens passaram alguns bons momentos juntos, apesar de não terem muito tempo, pelo limite de horário imposto a Ellen e Fran por suas respectivas mães, sorriram, conversarem, relembraram o passado, e se divertiram. Aos poucos a morena foi ficando mais à vontade na presença de Jeffrey e se soltando mais, mesmo que às vezes fosse difícil para eles a entenderem. E por mais que fosse vontade dos meninos deixarem suas garotas em casa, sabiam que isso não era possível e tiraram um tempinho para se despedirem ali mesmo.

... 

- Apesar de não ter sido muito tempo, gostei de ter vindo aqui e ficado com você. – Fran diz encabulada.

- Podemos combinar outras vezes. Acho que a Ellen não se oporia a nos ajudar novamente. – Bill sorri encarando a morena. – Estava com saudades, nerd. – Brinca.

- Ah hoje eu quase não falei palavras difíceis, estou me policiando. – Se defende.

- Ah claro: mentecapto, puerícia e jângal? – Ele zomba.

- Eu estava nervosa, sabe que falo assim quando estou tensa. Izzy é seu melhor amigo e ele estava me olhando muito estranho...talvez não tenha gostado de mim. – Disse receosa.

- Ele só devia estar surpreso. Além do mais, Izzy é um cara bacana, e vi que depois ele puxou um pouco de assunto com você. – Bill aponta.

- É...ele foi legal comigo.

- Eu arrebentava ele se não fosse. – Bill afasta uma mecha do cabelo encaracolado de Fran colocando-o por trás da orelha. – Não deixaria ninguém mexer com a garota que eu gosto. – Diz fitando a morena.

- Gosta? Vo...vo...cê...go...gos...gosta de mim? – Perguntou incrédula.

Bill sorriu pelo jeito tenso que a morena havia ficado. Fran o encarava com os olhos arregalados e as mãos trêmulas.

- Eu não sei bem o que acontece comigo quando estou com você, só sei que sinto algo bom, calmo, tranquilo...meio que me perco no seu olhar doce e seu sorriso tímido...e que anseio pelo momento que vou vê-la novamente. – Confessa.

A garota fica um momento sem palavras, na verdade sua mente estava em conflito, uma parte de si não acreditava no que ouvia e a outra queria se auto beliscar para saber se estava acordada.

- Ma...ma...mas eu...

- É uma garota incrível e sim, eu gosto muito de você. – Ele reafirma.

- Eu também gosto de você, Bill. – Ela sorri sem jeito.

Os dois voltam a trocarem um beijo, mas de despedida.

...

- Queria poder deixá-la em casa. – Izzy diz para Ellen.

- Melhor não, agora também devo me preocupar com a amiga da mamãe, que parece ter câmeras espalhadas por toda cidade. Fofoqueira!!! – Rola os olhos.

- Posso ir a noite no seu quarto dá um beijo de boa noite? – Pergunta.

- Não pode demorar, sabe que a mamãe está me punindo por uma briga que tivemos. – Relata.

- Prometo ser rápido...a não ser que esteja com aquele seu pijama da outra noite...aí não sei se irei embora tão rápido assim. – Diz saliente.

- Jeffrey!!! – A garota dá um tapa em seu peito, toda sem jeito.

- Ellen, eu...- Jeffrey puxa a loira pela cintura olhando fixo em seus olhos verdes. – Eu...eu... – Novamente o garoto não consegue expor seus sentimentos, mas os transforma em um beijo.

- Ram, Ram...Desculpa atrapalhar mas acho melhor nos irmos, Ellen. – Fran se aproxima junto com Bill de Ellen e Izzy.

- Tem razão, já estamos em cima da hora. – Ellen olha assustada para seu relógio.

- Ei Bill, você não ia pegar suas revistas na cabana? - Izzy dá um sorriso sacana para o amigo.

- Que revistas? – Fran se vira para o ruivo.

- É...nada...umas revistas velhas...sobre carros...é...depois eu pego. – Ele fuzila Izzy com o olhar.

Ambas se despedem dos garotos e saem mata a adentro voltando pelo mesmo caminho de outrora.

- E então? Espero que tenha gostado mais do que a aula de história? – Ellen questiona enquanto voltavam para casa.

- Aí Ellen...foi incrível, esse lugar é maravilhoso, a paisagem é linda e o Bill...- Suspirou.

- É lindo também? – A loira caiu na risada.

- Ele é... – Fran responde radiante. – E ele disse que gosta de mim. Acredita? Ele gosta. - A morena não se continha de felicidade.

- O Bill? Ele falou que gosta de você? - Ellen para de repente.

- Foi...por quê? – Fran estranha a reação da loira. – Acha que ele está mentindo, tá me enganando? – Perguntou preocupada.

- Não, não...não é isso. É porque conheço o Bill há tanto tempo e ele nunca foi de se declarar, na verdade nunca o vi gostar de ninguém...só acho que não conheço esse lado dele. Mas fico muito feliz por vocês...ele merece depois de tudo que passou com a família dele. – A loira continua o trajeto um tanto calada.

- Tem certeza que era só isso, Ellen? – Fran nota o jeito da garota.

- É que...Jeffrey nunca falou que gosta de mim. – Relata. – Desculpa, não pense que estou com inveja de vocês, é que só agora reparei e a gente já tem ficado há um tempo.

- Mas Ellen, é nítido que ele gosta de você. Desde antes, quando os via no colégio, já notava a forma como ele te olhava, te tratava..., para mim nunca pareceu só amizade.

- É que...não sei...ás vezes tenho medo de ...

- Vocês são amigos há quanto tempo?

- Ah...acho que quase 09 anos, praticamente metade da minha vida.

- E praticamente sabem tudo um do outro, né? Cor preferida, comida, música, etc.

- Sim. – Murmurou.

- Eu não sei praticamente nada do Bill, ainda tenho muito o que descobrir. Coisas que aos poucos vão surgindo em meio a conversas e você e o Jeffrey não precisam disso, já se conhecem e posso dizer que invejo isso de vocês. Muitos casais invejariam, essa ligação que vejo que vocês já tem e os outros ainda têm que construir.

- Entendo...mas..

- Talvez ele só ainda não tenha dito, porque sabe que você sabe...entende o que eu quero dizer? – A loira a fita pensativa. – Que você sabe e sente o que ele sente por você...e que é tão nítido que até nos percebemos. – Fran dá um risinho animando a amiga.

- Eu sei...eu sinto...sei que ele às vezes tem dificuldade de se expor um pouco mais e eu sempre conseguia saber o que ele estava sentindo...se estava triste, zangado, magoado...quando tinha algum problema em casa...mas quando se trata de nós...não consigo perceber....ou tenho medo de tirar conclusões precipitadas e achar uma coisa e ser outra. – Confessa.

- Só confia no que você sente, Ellen. Você melhor do que ninguém é quem mais o conhece. – Fran fala segurando a mão da loira.

- Eu sei...é porque talvez...eu só precisava das palavras...das palavras ditas por ele...- Murmura. – Mas vamos deixar esse papo de lado, é melhor apressarmos o passo para não chegarmos atrasadas.

- Notei que o Jeffrey ficou um tanto chocado em me vê com o Bill.

- Ele só ficou surpreso, mas já passou. Aposto que agora que saímos, eles vão falar muito sobre isso, acredito que conversarão bastante. – Ellen diz empolgada.

As duas seguem o caminho por fim chegando na estrada pavimentada.

...

- E aí? Achou as revistas? – Jeffrey pergunta enquanto aguarda Bill sair da cabana.

- Tão aqui, seu albino filho da p$%#. Quase me arranjou confusão. – Ouve Izzy dá um risinho. - Acho que vai me render uma grana extra. – Traz contente em suas mãos umas dez playboys.

- Sei não, tão bem acabadas. – Izzy comenta vendo o estrago que a chuva deveria ter feito por todo esse tempo que as revistas ficaram abandonadas.

- Vai servir para os novatos do primeiro ano que entrarão ano que vem. – Bill diz. – O máximo que conseguem chegar perto de uma garota. – Zomba divertido.

- Por falar em garota...Fran? – Jeffrey toca no assunto.

- É...bem...ela...algum problema? – O ruivo pergunta encarando o amigo.

- Não, ela é bacana. – Izzy afirma. – Legal saber de vocês. – Completa.

- Legal. – O ruivo repete.

- Um cigarro? – O albino oferece.

- Claro.

E assim ambos encerram o assunto e seguem para suas casas.

...

O final de semana havia chegado rápido e finalmente o dia do churrasco tão aguardado por Mary. Antes mesmo que John começasse os preparativos, ele havia levado Ayla ao médico bem cedinho como prometido para Ellen.

Logo os três chegaram, Ellen seguiu com a tia para o quarto e John foi contar o parecer do médico para a esposa.

- Então foi isso que ele disse? Para ficarmos observando ela? – Mary questionou.

- Sim, praticamente foi isso. – John respondeu.

Ellen havia saído do quarto de Ayla quando apareceu na sala.

- Ou seja, no final não deu em nada, como eu havia falado. – A mulher falou olhando para a filha.

Ellen fechou a cara para a mãe após sua alfinetada e subiu as escadas chateada.

- Por que faz isso, Mary? Ela já estava triste pelo pouco resultado que o médico deu. – John diz.

- Se ela tivesse me ouvido não estaria assim agora. – A mulher torna afirmar.

- Francamente, Mary. – O homem se levanta do sofá inconformado com a atitude da esposa.

- Tá, eu não falarei mais nada. – Mary promete uma trégua. – Agora vai temperar a carne. Ah e não esqueça de temperar o peixe, Lola não come carne vermelha. – Avisa.

- Não sei por que convidou essa fofoqueira para cá, sabe que não gosto dela. – John diz.

- Ela é minha amiga, John. Quis convidá-la, juntamente com o marido para se juntar a nos nesse domingo agradável.

- Um banana que Lola conseguiu enrolar. – O homem rola os olhos e sai para o quintal para começar os preparativos.

Mary ignora os comentários do marido sobre a amiga, afinal, hoje o foco seria justamente o melhor amigo do marido o qual tentaria arrancar alguma coisa que comprovasse que John a estava traindo com a antiga namorada do colégio.

...

Do outro lado da cidade, Jeffrey chegava a casa do seu amigo Jhonas. Não era habitual do albino sair domingo pela manhã, mas sabia que era o horário que encontraria o colega em casa.

Izzy estacionou sua moto em frente a casa alugada de Jhonas e realmente o antigo colega de trabalho do Dunk estava na melhor. Era uma boa casa, num bairro de classe media alta, bem melhor que o muquifo que o rapaz morava dois anos atrás.

Jeffrey tocou a campainha umas duas vezes até ouvir uma voz mandando-o entrar. Assim que adentrou a casa, deparou-se com Jhonas espalhado no sofá com os pés em cima da mesa central da sala segurando uma latinha de cerveja.

- Izzy, quanto tempo cara, entra aí.

Isbell veio ao encontro de Jhonas sentando na poltrona na lateral.

- E aí? Pega uma cerveja...tem cigarro também...ou se preferir tô com uma parada nova aí...quer experimentar? Eu já provei, cara dá uma viagem fenomenal...Sabe que tenho que testar antes de vender para os meus clientes, mas essa acho que vou ficar para mim. – Cai na risada.

- Valeu, mas só a cerveja. – Diz se servindo.

- Está sério? O que foi, problemas? – Jhonas notou o jeito do albino.

- Soube de umas coisas aí...e vim conversar contigo, bro. – O albino abriu logo o jogo.

- Caralho...as coisas andam rápido nessa cidade. – Jhonas comenta frustrado. – Não vou negar, na verdade estava mesmo para ir conversar com você sobre isso. Quero expandir meus negócios, cara. A rua de baixo, o lado oeste, os domínios ali do colégio são bons...mas...não são suficientes. Eu arrumei um fornecedor dos grandes, cara. Mas só consigo essa parceria se tiver mais domínios e acho que já estar na hora de ir para o lado leste, pegar os riquinhos metidos e a zona do Valey. – Conta.

- Cara, mas essa zona é do Falcon. Não andamos por aquelas bandas.

- Falcon já era, Izzy. Vai por mim. Meu pessoal tem informantes, também tenho alguns brothers que já trabalharam para ele e saíram, digamos, ressentidos e tudo que querem é voltar para o Valey. Tô te dizendo, já tenho tudo planejado.

- Jhonas, cara, pensa melhor. Pessoal do Falcon é barra pesada. – Izzy alerta.

- Também estou com um suporte de peso, Isbell. Confia. – Jhonas fala confiante. – E pensa o quanto será benéfico para você. Poderá ficar com a rua de baixo, lado oeste, só pra você. Tudo será seu.

- Eu...eu...não tenho interesse, Jhonas. Como te falei, só ia ficar um tempo nisso e depois cairia fora.

- Ah claro, ainda Los Angeles? Cara, não me abandona agora. Onde vou arrumar alguém de confiança igual tu para assumir meus negócios na rua de baixo? Fica por mais um ano até eu preparar alguém, tu vai poder juntar uma grana alta durante esse tempo e depois seguir para Los Angeles como tu quer. – Propõe.

- Não, não é Los Angeles. Nem sei direito quando vou para lá, surgiu uns negócios aí e talvez eu adie um tempo L.A. Queria conseguir um emprego direito, sei lá...dessa vez algo legalizado. – Diz.

- O que? Fumou umas, Isbell? Acha que algum emprego vai te conseguir o que nosso negócio traz. Mas por que diabos quer sair e virar um pau mandado? – Jhonas inquiri abismado. – Ah..não me diga que é pela garota da sorveteria daquele dia, a loirinha. Olha man, ela é gata mas, cara, vai por mim eu conheço o mundo...em Los Angeles você consegue umas dez garotas como essa e bem mais safadas. Tu não tem noção das mulheres da Califórnia, mano. E se tiver uma graninha, tá louco, tu se dar bem demais.

- Eu já tenho uma garota, Jhonas, só ela basta. Sei que dificilmente vai me entender...

- Não vou mesmo. – Jhonas traga seu cigarro inconformado.

- Mas vim como amigo lhe alertar. – Fala.

- Vlw Bro, pela consideração. Então vou retribuir o alerta como amigo. Sei que tem as melhores das intenções com essa garota. Mas cara, pensa bem. Ela é filha dos Collins, né? – Izzy afirma. – Acha mesmo que vão te aceitar com ela, num trabalho careta, ganhando míseros trocados por semana como era no Dunk? Você precisa de grana, Isbell para ficar com uma garota dessas. Pelo teu papo, imagino que queira se juntar com essa mina. Onde vão morar? De que vão viver? Acha que vai sustentá-la com um emprego mequetrefe?

- Acredito que traficando também não vou ser bem aceito pela família dela. – Izzy fuma seu cigarro analisando.

- Cara, mas tu pode ficar mais um ano nessa vida. Arrumar uma grana alta quando eu for pro Valey e depois tu abre teu próprio negócio, sei lá, de motos que tu tanto gosta, algo do tipo. E aí, tu vai vê, vai ser recebido de braços abertos pela família dela quando mostrar que tem uma empresa.

Izzy permanece em silêncio pensando em tudo que Jhonas havia lhe dito e que no final até fazia algum sentido.

- E aí, Isbell. O que me diz? Topa assumir por mais um ano meus negócios e aí arrumar a grana que precisa para ficar com tua mina? – Jhonas inquiri.

Izzy para por um instante, analisando a proposta de Jhonas, a qual não negava, era uma boa proposta.

....


Notas Finais


E aí gostaram???

A intenção era tbm postar Angel, mas tive uns percalços e talvez fique só pro fds... 😕

Bem, desejo a todas um Feliz Ano Novo ✨

Bjos e até o próximo 😉😘


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