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História Words With Coffe - Yoonseok - Coretto


Escrita por: Koookiesmile

Notas do Autor


Olá olá!!

Espero que gostem do capítulo, anjos ^^

Beijinhos *3*

Capítulo 4 - Coretto


Sinto que a qualquer momento posso morrer de frustração, estou a meia hora tentando começar a escrever um novo capítulo para minha próxima história.

As vezes tenho uma dificuldade imensa de começar as coisas, fico pensando no melhor modo de dar início a algo, mas sempre acabo me distraindo e pensando em outras coisas, eu acabo ficando completamente disperso.

Eu me distraio muito fácil e isso é incontestável, qualquer mínima movimentação ou barulho me faz perder totalmente o foco.

Minha gata passando por entre minhas pernas, uma sujeirinha em baixo da minha unha, um barulho no lado de fora da casa... Qualquer coisa serve!

E, no momento, eu estou sentado na minha cadeira de rodinhas olhando para o teto e pensando no quão feio são os pequenos mofos que se formaram em algumas partes dele.

Fico imaginando uma pequena guerrinha entre o teto branquinho e os mofos querendo se formar, algo como... "Hey! Esse é o meu território! Você não tem o direito de invadir assim!" E então o mofo responde "Mas é claro que tenho! Você sabe quem eu sou? Possuo liberdade para invadir o que eu quiser quando eu bem entender!"

Bom, esqueçam isso, minha mente é um pouco louca...

Tento me centrar novamente no trabalho e acabo me forçando a manter o foco, o que funciona momentaneamente, já que quinze minutos depois eu vi um pássaro pousando no galho da árvore do lado de fora da minha janela.

O jeito gracioso do pássaro me ganhou e eu fiquei apenas o observando por um bom tempo, até que o vento soprou uma forte rajada e a ave acabou se batendo em um dos galhos dela, isso certamente deve ter se tornado uma bela queda, se é que ele simplesmente não voou para longe.

De repente consigo ouvir um alto miado de Filó e automaticamente corro até o barulho.

Quando chego na sala consigo ver a felina com o pássaro que eu havia visto a poucos minutos atrás em sua boca, me desespero automaticamente, será que ela já o matou? Ou será que está apenas aconchegado na quente boca da gata?

— Filó... Calma, me dá o passarinho e eu posso trocar isso por comida, o que acha, huh? É uma boa oferta, não é? — digo como se a gatinha conseguisse me entender perfeitamente

Mas a gata continuou a caminhar para trás a cada passo que eu dava em sua direção, parecíamos estar jogando alguma espécie de jogo.

Enquanto isso eu conseguia ver o pássaro tentando sair de sua boca, batendo as asas e cantando, pobre ave...

Um barulho se faz presente do lado de fora de casa e Filó se distrai por um momento, acho essa uma ótima oportunidade para a pegar rapidamente no colo e tentar tirar o pobre pássaro de sua boca.

Escuto o miado rasgado da gata e seus movimentos desesperados em meu colo, certamente estava querendo sair o mais rápido possível dali, ela não devia estar nada confortável...

— Filó, por favor, abra essa boca e me deixe pegar esse pássaro — resmungo em direção à gata teimosa

Mais um miado esganiçado foi dado por ela, decido então a enganar, é o único jeito...

Esbarro o meu pé, intencionalmente, na pequena mesinha de centro fazendo um pequeno barulho que foi bem ouvido pela felina em meu colo, como eu imaginava, ela se distraiu e eu pude pegar o passarinho de sua boca.

— Há! Te enganei, Filó! Da próxima vez brinque apenas com o seu lazer vermelho — digo levando o pássaro cuidadosamente em direção ao balcão que separa a sala da cozinha, eu preciso analizar os ferimentos dele

O coloco delicadamente no balcão e a ave tenta se manter de pé enquanto agita levemente suas asas, certamente estava assustado e queria ir embora o mais rápido possível.

Observo que uma de suas patinhas permanecia encolhida contra seu corpo, por causa de toda essa movimentação da felina sua pata deve ter sido ferida.

Olho levemente para suas asas e vejo que elas se encontravam com algumas falhas de penas, aquela gatinha...

— Já estou vendo que vou ter que cuidar de você por um tempo, huh... Eu só tenho que descobrir como se faz isso — digo pegando rapidamente o celular e logo pesquisando o que fazer em uma situação assim

Okay, a primeira dica do que fazer é arrumar um lugar para a ave ficar, vi que é aconcelhavel pegar uma caixa de sapatos ou algo do tipo, forrar com algo macio e fazer alguns buraquinhos para permitir a ventilação do ar.

Peguei o pássaro na palma da minha mão esquerda e fui até o meu quarto a procura de algo que pudesse ser utilizado, encontrei uma caixa de sapatos no fundo do meu guarda-roupa, eu, geralmente, não guardo esse tipo de coisa, apenas as jogo fora, mas eu devo ter esquecido de levar essa aqui para a lixeira.

Pego uma tesoura de dentro da gaveta da minha escrivaninha e distribuo alguns furos pela extremidade da caixa.

Vou até a mini lavanderia da minha casa e pego uma camiseta antiga que eu não iria usar mais, forrei a caixa e coloquei a ave ali dentro, ela pareceu um pouco confusa por estar ali, mas apenas ficou quietinha.

Li também que devemos cobrir a parte de cima da caixa com alguma toalha, pois é melhor manter a ave no escuro e com silêncio, fiz isso e me preparei para o próximo passo.

Queria saber o que posso dar para esse pássaro comer ou tomar, pensei que dar água fosse uma boa ideia, mas se esse pássaro for um filhote ele pode acabar morrendo por causa disso.

Vi que também era muito indicado ter algo para esquentar a ave, mas como eu não tinha nenhuma almofada térmica ou algo do tipo, apenas tentei lembrar do petshop mais próximo de minha casa para receber ajuda profissional.

Pego a caixinha e vou até a garagem da minha casa, tiro a minha bicicleta de lá e coloco a caixa na cesta dela, decido ir pedalando até o petshop, o dia está magnífico.

Andar de bicicleta sempre me acalma, me sinto como uma criança novamente, os velhos tempos sempre vem a minha cabeça e isso faz um pequeno sorriso de formar em meu rosto.

E para não dizer que não falei das flores, o doce cheiro delas chegam até mim com leveza e suavidade, cada uma com sua diferente cor e eflúvio, me encanto com tamanha beleza.

Aleatoriamente começo a assobiar uma antiga canção escutada por mim, fazia um bom tempo que eu não ficava apenas deitado em minha cama enquanto escutava as mais diversas músicas da minha playlist.

Posso dizer que minha vida é um pouco corrida... Mesmo que muitos duvidem por achar que escrever livros é uma tarefa fácil e rápida, acham que nós, escritores, temos um emprego fútil e não importante para a sociedade.

Mal sabem eles que somos nós que dispomos ideias e discussões para que as pessoas não apenas aceitem algo, e sim para que elas pensem sobre o que elas realmente acham sobre tudo aquilo.

A sociedade está criando robôs e impossibilitando que as pessoas sequer pensem no assunto imposto.

Pode parecer irônico, eu, um escritor de romances, estar dizendo isso sobre a sociedade e de como gosto de fazer as pessoas pensarem.

Mas nós podemos abordar o assunto que quisermos no nosso livro, podemos explorar as mais diversas possibilidades e os mais diversos universos, podemos criar hipóteses e conspirações em nosso enredo.

Meu raciocínio é quebrado quando vejo logo a minha frente a petshop que eu procurava.

Automaticamente se notava uma vitrine com alguns manequins de cachorros e gatos com algumas roupinhas, era realmente muito fofo, se tivesse dinheiro para gastar deliberadamente eu, com certeza, gastaria tudo nessas roupas.

Um grande letreiro com o nome da petshop é notado por mim e logo sorrio fraco por notar que as cores escolhidas para o estabelecimento quebravam totalmente o padrão que era seguido por aquela rua.

A rua inteira era composta por casas com cores fortes e nada bonitas por já estarem precisando de um retoque, mas a petshop era composta por cores pastéis e suaves, sua pintura estava perfeitamente retocada e brilhante.

Posicionei minha bicicleta no estacionamento apropriado para ela e peguei delicadamente a caixinha em que o pássaro estava, entro no estabelecimento e escuto um clássico sininho tocar.

Ver o quão organizada essa loja é me deixa inspirado para escrever, a vontade de detalhar tão bem uma loja daquele tipo me deixa animado para voltar o mais rápido possível para minha casa e me sentar em frente ao meu computador.

Olho em volta e vejo que a maioria dos atendentes se encontravam ocupados atendendo alguns clientes, andei um pouquinho por ali e vi um atendente encostado em uma parede do estabelecimento.

Ele estava digitando despreocupadamente com seus fones de ouvidos brancos, balançava a cabeça, provavelmente, no ritmo da música.

Observei o uniforme que o garoto utilizava, é uma vestimenta um tanto quanto fofa, as cores azul e rosa combinam entre si e causam uma boa aura.

— Olá, você... Pode me atender? — digo chegando mais perto fazendo com que ele me note

— Claro, o que precisa? — disse com um tom desanimado sem tirar os olhos da tela de seu celular

— Meu gato acabou ferindo esse pássaro e eu gostaria de ter ajuda profissional para cuidar dele — digo olhando o estado da ave, ele está acomodado no centro da caixa, parece confortável

— Ah, entendo... — murmurou desinteressadamente ainda digitando loucamente em seu telefone

— E então...? Você vai me atender, ou não? — digo ficando um pouco impaciente com essa situação

— Você pode, por favor, aguardar um pouco? Estou fazendo algo importante — falou franzindo um pouco as sobrancelhas

— Algo interessante como...? — pergunto ficando ainda mais impaciente, ele estava sendo pago para trabalhar ali, o que era mais importante do que isso

— A minha música, talvez? — respondeu de modo grosseiro

— Você está recebendo para trabalhar aqui, se não quer ser despedido trate bem os clientes e saia desse celular — digo sem paciência alguma com esse garoto

— Tudo bem, senhor esquentadinho, me segue — falou finalmente tirando a cara do celular e indo me atender devidamente

Já havia percebido que aquele rosto e aquele cheiro eram conhecidos por mim, mas não lembrava de quem era exatamente.

Forcei minha memória e percebi que aquela altura e aquela pele albina já haviam sido vistar várias vezes por mim.

Mais uma coincidência... Isso chega a ser bizarro, nos cruzamos tantas vezes por aí que fico até um pouco assustado.

— Me deixe ver essa pobre ave que ficou nas mãos de um impaciente irritadinho... — falou pegando a caixa em que o pássaro estava é checando suas condições

— Hey! Eu não sou impaciente, muito menos irritadinho! Eu só estava cobrando você de fazer o seu trabalho, Min Yoongi! — digo cruzando meus braços e o observando pousar a caixa em uma mesa que ficava ali por perto

— Como sabe o meu nome...? — perguntou levantando uma de suas sobrancelhas em minha direção

É... Acho que falei de mais.

— Ahm, eu vejo seu nome pelas redes sociais e... Acabei lembrando — digo rindo nervosamente

— Ah... Okay — falou ainda um pouco confuso, mas apenas voltou a auxiliar o pássaro

Ficamos em silêncio por um tempo enquanto Yoongi checava os ferimentos do pássaro e ligava para alguém informando do animal.

— Você tem alguma licença para ficar com essa ave? — me perguntou enquanto pressionava o telefone contra o seu ombro para que a pessoa do outro lado da linha não nos ouvisse

— Não... — respondo confuso, nem sabia que era preciso uma licença para isso

— Bom! Esse passarinho vai ser levado para um centro especializado desse tipo de ave, já que você não tem uma licença e nós não temos como cuidar desses ferimentos — falou guardando o celular no bolso de trás da calça jeans preta e logo olhando em minha direção com seu olhar neutro, como se não se importasse realmente com a minha presença ali

— Tudo bem, então... Eu deixo ele aqui com vocês, por enquanto? — pergunto sem saber exatamente o que fazer nessa circunstância

— Na verdade você tem que esperar um tempo para explicar para os profissionais do CETAS como você achou a ave e essas baboseiras — falou se escorando na parede mais próxima e me observando de canto de olho

— Desculpe por eu ser tão ignorante para essas coisas mas... O que é CETAS? — pergunto me sentindo um pouco burro ao entrar nesse assunto

— Centro de Triagem de Animais Silvestres, é o que significa a sigla — falou revirando levemente os olhos e voltando a pegar o seu celular

— Você vai voltar a me ignorar mesmo? — pergunto me sentando em uma das cadeiras que estavam ali por perto

— Sim, e com prazer


Notas Finais


Espero que tenham gostado, anjinhos :3

Desculpe por os capítulos estarem um pouco cansativos, logo logo fica mais movimentado, prometo!

Até sexta que vem, amores!

Beijinhos *3*


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