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História Workaholic - Capítulo 34 Expressão.


Escrita por: OkayAutora

Notas do Autor


Beijos e Boa leitura! ♥

Capítulo 34 - Capítulo 34 Expressão.


Capítulo 34 — Expressão.

— Bom, eu fico fico feliz que você tenha vindo falar comigo pra ver o que eu acho, mas sinceramente, Greg, você nem precisa da minha permissão. — Francisco falou ao namorado, por telefone. — Você deve fazer o que tiver vontade.

— Não é assim, eu te devo satisfações. — Gregório afirmou.

— Não deve nada, eu quero você como companhia, não como prisioneiro. — O estagiário riu.

— Bom, mas de qualquer forma, eu também nunca posei para uma revista e preciso da sua opinião.

— Você é lindo e acho que seria um desperdício não mostrar esse rosto para o Brasil todo.

— Ótimo, agora estou pensando mesmo em não fazer isso. — O gerente riu com ele. — Eu não parei para pensar antes que o pessoal da empresa poderia ver.

— E qual é o problema disso?

— Isso pode ser um problema para a minha permanência lá.

— Na verdade, eu acho que você está arrumando desculpas por puro receio. — Francisco analisou. — Olha, eu realmente não posso decidir por você, mas se você realmente quiser, não tenha medo. Você mesmo disse que eles não vão exigir que você faça nada que você não esteja à vontade.

— É difícil. — O executivo suspirou.

— Eu imagino que sim, mas olha, você pode pelo menos tentar. Você pode ir embora se não estiver gostando, não pode?

— Sim, eu posso, como o Gui disse a eles que eu nunca fiz isso antes, eles toparam fazer apenas um ensaio antes de tudo.

— Viu? Não custa nada experimentar.

— Você está me incentivando só porque vai se beneficiar com as fotos, não é? — Gregório brincou, fazendo-o rir.

— Culpado! — O estagiário gargalhou.

— Tudo bem, eu vou pensar sobre e eu te falo amanhã.

— Tá certo, não se esqueça que eu vou te apoiar em qualquer coisa, então não se preocupa comigo, pensa só em você. 

Gregório abriu um sorriso com aquilo, agradecendo-o e em seguida despedindo-se, dando-lhe boa noite e desligando a chamada. Olhava para o celular, vendo a imagem sorridente de Francisco que estampava a foto do contato, sabendo que aquele palhaço conseguia não só animá-lo, como também ser a pessoa que tanto precisava.

•••

Manhã seguinte.

— Bom dia, Gui. — Gregório falou ao irmão, ao vê-lo aparecer na cozinha, ainda de pijama.

— Bom dia. — O caçula bocejou.

— Quer capuccino? Acabei de fazer.

— Quero sim. — Guilherme aproximou-se, pegando a caneca que ele lhe oferecia.

— Bom, ontem a noite eu falei com o Francisco sobre a proposta e pensei melhor. — O gerente iniciou o assunto.

— Sério? E o que você decidiu?!

— Estou disposto a tentar. — Abriu um sorriso tímido. — Quando é a sessão?

— Eles disseram que estariam à disposição para quando a gente estivesse disponível. 

— Pode ser para sábado? — Gregório inquiriu.

— Eu entro em contato com eles e agendo, depois te falo.

— Tá certo.

— Ah! E sobre o que você e a mamãe conversaram ontem, quando é que o pai volta? — O caçula indagou.

— Bom, ela está tentando acompanhar a agenda dele de longe, mas ela tem quase certeza de que ele vai voltar antes do previsto. — Respondeu. — Então ela está correndo contra o tempo para ir atrás de todos os fornecedores, ela mesma está organizando tudo.

— Daqui a pouco eu vou dar um pulo lá pra ajudar ela, então. — O irmão observou.

— Precisando de alguma coisa, me mensagem. — Gregório despediu-se dele com um beijo no rosto. — Eu já vou indo, Gui.

— Até mais tarde! 

•••

Francisco guardava suas coisas após o final do expediente do pessoal, na realidade poderia ter ido embora há muito mais tempo, mas ficava sempre porque sabia que poderia ser recompensado por aquilo, nem que ao menos fosse uma pequena e privilegiada visão da saída do gerente mais irresistível que já havia conhecido.

Mas naquele dia em particular, o estagiário viu Gregório sair de seu escritório com uma expressão nada boa, caminhando em direção à sala de reuniões, parecendo estar com pressa. Resolveu então que não o esperaria, decidindo ir embora, pois em outro momento poderia perguntá-lo sobre o que tinha acontecido.

Olhou mais uma vez procurando-o, sabendo que ele não iria sair tão cedo, então assim pegou elevador, descendo até o térreo e indo para o ponto de ônibus. Aproveitaria que não teria aula naquele dia e iria à casa de sua mãe, já estava com saudade e sentia que precisava conversar com a Dona Vanderléa.

Até o horário de pegar a lotação, ficou em seu celular, vasculhando as redes sociais para passar o tempo. Conseguiu um lugar para sentar no ônibus e durante o caminho pensou se pareceria desesperado caso mandasse mensagem para Gregório perguntando o que tinha acontecido mais cedo.

Resolveu esperar, olhando para a janela, vendo todo o percurso, não levando muito tempo para que chegasse ao bairro de sua mãe. Desceu e caminhou por pouco tempo, indo em direção à casa que tanto queria ver.

— Mãe! Tô entrando! — Francisco avisou, abrindo a porta da sala.

O estagiário ouviu  as conversas na  cozinha e quem conversava com Vanderléa não era sua irmã, era uma voz masculina. Reconhecendo-a, continuou indo até lá, querendo se certificar de quem era.

— Eu vou indo, acho melhor voltar outra hora. — O estagiário observou Fabrício na mesa com ela.

— Por que, meu filho? — A mulher levantou-se, indo recebê-lo com um beijo no rosto. — Que bom te ver aqui!

— Você sabe muito bem o porquê, eu não quero brigar. — O estagiário falou, após cumprimentá-la.

— Eu também não quero. — Fabrício rebateu, ainda sentado.

— Cheguei! — A voz de Beatriz ecoou da sala.

Francisco deu as costas para a cozinha, indo abraçar a irmã no cômodo ao lado, a garota abriu um sorriso enorme ao vê-lo, agarrando-o com força em seus braços. O estagiário sussurrou que o irmão mais velho estava na cozinha e assim convenceu-a a irem conversar a sós.

A adolescente deixou sua mochila ao chão do seu quarto, puxando o irmão para sentar-se ao seu lado no colchão.

— O que foi, Chico? Por que essa cara? É só por que o Fabrício está aqui?

— E você ainda diz “só”?

— Eu entendo o seu lado, mas acho que você deveria dar uma segunda chance a ele… — Ela retirou os sapatos, em seguida cruzando as pernas sobre a cama.

— Olha, me desculpe a infantilidade, mas eu não quero, ele não merece isso.

— Eu sei que eu não deveria estar te contando isso, a mãe vai me matar se você souber, mas me escuta, o Fabrício realmente mudou, você não vai acreditar no que ele anda fazendo!

— O quê?

— Eu não posso contar…

— Então por que atiçou minha curiosidade?! — Francisco perguntou, rindo.

— Não diz nada pra ninguém, porque a mãe me fez prometer que eu não contaria.

— Desembucha, Bia.

— É que o Fabrício quer que continue em segredo. — Ela fez suspense.

— Ah, que ótimo argumento. — Rolou os olhos.

— Então… É que ele está querendo ajudar a mãe com algumas despesas.

— O quê?

— É, ele se ofereceu, disse que assumiria as dívidas, que tem dinheiro de sobra e, que pode, pelo menos tentar consertar o erro que ele cometeu ao se afastar da gente.

— Tá, assumo que isso é legal da parte dele.

— Eu te disse! Acho legal ele querer te dar uma educação digna… Então você deve agradecer a ele!

— Como é que é?!

— Ele disse que quer pagar a sua faculdade, por isso.

— Como assim?

— Ele já está combinando com a mãe que a partir desse mês ele já vai pagar sua faculdade.

— É sério isso? É sério mesmo?!

— Fala baixo! A mãe vai ficar brava se ela souber que eu te contei.

— Mas eu não vou ficar quieto, Bia! Ela nem falou comigo sobre isso!

— Mas por que você tá bravo?

— Você ainda pergunta?!

— Eu só te contei porque achei que ficaria feliz com isso!

— Eu não acredito, não acredito. — Francisco levantou-se da cama, passando as mãos nos cabelos.

— Por favor, não fala pra mãe que eu te contei!

— Pode deixar, eu vou fazer questão de ficar bem longe dela!

O estagiário deixou a irmã para trás, que estava ainda mais confusa com a reação dele, ela seguiu-o, mal conseguindo chamá-lo, pois ele já saía pela porta de entrada. Vanderléa foi para a sala ao ouvir a porta ser batida com força, olhando para Beatriz, sem entender o que tinha acontecido.

•••

— Achei que não voltaria hoje. — Guilherme falou, ao ver o irmão chegando em casa. — Já são sete e meia, pensei que ficaria no Francisco.

— Não, hoje tive uma reunião de última hora com um cliente e não consegui sair antes das sete.

— Entendi, quer conversar um pouco?

— Sobre a reunião não, tô de saco cheio. — Gregório riu.

— Olha só, você não quer falar de trabalho! O que é que deu em você?!  — O caçula brincou.

— É só cansaço mesmo. — Riu com ele. — Bom, vou tomar um banho pra deitar.

— Você não vai jantar?

— Depois eu como, tô sem fome agora.

— Eu te mandei mensagem pra avisar, mas só pra confirmar, não esquece que a sessão de fotos já tá marcada pra esse sábado. — Guilherme informou.

— Ah, eu vi a mensagem, mas vou adicionar na minha agenda. — Agradeceu.

Guilherme continuou no sofá, enquanto o mais velho seguia para o próprio quarto, o caçula observou-o caminhar, não sabendo se era apenas o cansaço que fazia o irmão mais velho parecer esgotado ou se tinha acontecido algo que Gregório não queria contar.

O gerente suspirou, começando a abrir os botões de sua camisa, querendo tirar os últimos acontecimentos de sua cabeça. Deixou suas roupas pelo caminho, indo ao banheiro com os olhos começando a lacrimejar, sabendo que daquele dia em diante, provavelmente conseguiria seguir em frente.

•••

A semana se findou, Gregório reuniu forças e conseguiu completar a sessão de fotos sensuais ao lado do irmão, se sentiu mais confortável no estúdio quando percebeu que a proposta da revista era explorá-lo de uma forma boa, deixando-o ficar até os limites em que se sentisse confortável, ficando boa parte do tempo com as calças, apenas com o zíper aberto. 

O gerente ria ao pensar qual seria a reação do pessoal do trabalho caso algum deles ficasse sabendo das fotos, pois mesmo não tendo posado nu como o irmão brincava dizendo, tinha chegado a ficar apenas de roupa íntima em algumas poses que valorizavam suas curvas.

Pensou seriamente se teria coragem em ver o resultado daquela sessão, mas mesmo que não quisesse, seria bombardeado com elas, pois o irmão fez questão de pegar algumas amostras daquelas fotos e enviar para Francisco e também para Valquíria antes mesmo que Gregório pedisse.

Com aquilo, o gerente recebia a todo momento, mensagens engraçadas tanto do namorado, quanto de sua mãe, que de alguma maneira, parecia orgulhosa por aquela conquista dele. O que não era para menos, pois Valquíria já havia posado para várias revistas e se não fosse por ter que estar sempre acompanhando o marido, com certeza voltaria a ser modelo.

O fim de semana com Francisco foi ótimo para repor suas energias, saía sempre mais leve da casa do estagiário, levemente dolorido em algumas regiões do corpo, mas não de modo ruim, porque por mais que sempre se acabassem dentro do quarto, sua mente ficava tranquila ao lado do rapaz.

Não conseguia esquecer a expressão do namorado de quando ganhou as amostras das fotos impressas da revista, Francisco abriu um sorriso tão grande, que parecia uma criança ganhando doce. Era mais do que satisfatório vê-lo feliz daquela forma, imaginando que um dia poderia retribuir toda a felicidade que aquele palhaço lhe proporcionava. 

Depois daquilo, começou dificilmente aquela segunda semana de maio, queria que o fim de semana chegasse logo, principalmente porque seria o dia das mães e o aniversário de casamento de seus pais estava próximo.

A indisposição foi embora no momento em que, já na empresa, colocou os olhos no estagiário trabalhando de forma tão focada. Enchia-se de orgulho daquele rapaz, que sempre fazia o que estava ao seu alcance para fazer um bom trabalho.

No entanto, Francisco parecia carregar uma expressão nada boa naquela manhã. E vendo-o assim, mesmo que estivesse atarefado, Gregório pensou em ir conversar com ele assim que possível, para saber se estava acontecendo algo de errado, mas conhecia-o bem, muito provavelmente a expressão ruim no rosto dele se daria ao sono.

E após o gerente entrar em seu escritório, Francisco não tirava os dedos do teclado, olhando apenas para a tela do computador, estava acabando de digitar um novo currículo, precisava dele mais do que nunca. Queria pedir uma opinião profissional de Gregório, mas como ainda não havia lhe contado do motivo daquilo, contaria quando tivesse mais tempo.

O estagiário pediu ajuda para Olívia, pois ela sabia configurar e imprimir qualquer coisa com facilidade, diferente de si. Então enviou-a o arquivo com o currículo e ela também pareceu curiosa, imprimindo o papel e indagando:

— E qual o motivo de tanta pressa, Chico? Tá querendo abandonar a gente?

— É que eu preciso urgentemente arranjar um emprego. — Falou, parecendo preocupado. — Eu gosto muito de ser treinado aqui e tudo mais, mas eu preciso urgente receber mais. 

Ela exibiu um sorriso com o canto do lábio, mostrando compreensão, então observou-o continuar a trabalhar. Francisco também aproveitava e fazia inscrição em diversos sites de vagas de emprego, precisava trabalhar em qualquer lugar que fosse, o mais rápido possível, pois seu salário não era o suficiente para comprar sua total independência, não só de sua mãe, como também, agora de Fabrício.

Não queria dar o braço a torcer, não queria aceitar a ajuda de seu irmão por mais que parecesse mais fácil. Não conseguia relevar todo o rancor do passado, o irmão tinha ido morar com seu pai, demonstrando que aceitava e concordava com todo o ódio que aquele homem depositou em si no passado.

Foram poucas as vezes que Fabrício foi rude consigo no passado, mas não conseguia esquecer de nenhuma delas, estavam todas cravadas no fundo de seu coração e cada vez que recordava-se, era como colocar sal na ferida.

O estagiário suspirava, agonizando com aquele sentimento ruim, precisava muito falar com Gregório e antes mesmo que fosse procurá-lo, via um homem mais do que familiar passar pelo corredor. Francisco sentiu seu corpo gelar, fazendo questão de esconder-se daquele que caminhava por ali.

Viu-o bater na porta do escritório do gerente, parecendo ter assuntos importantes para tratar, o que deixava o estagiário com receio e ao mesmo tempo, extremamente curioso. Gregório saiu de sua sala, dando tapas leves ao ombro do homem que o esperava do lado de fora, assim indo com ele até a sala de reuniões.

Por mais que não quisesse colocar pensamentos ruins em sua cabeça, aquela não era a melhor visão para se ter em plena segunda-feira e aquilo tudo deixava-o mais do que desanimado. Não conseguia entender como  Gregório conseguia ter aquela expressão tão contente com a presença de Otávio.

 

 


Notas Finais


Não deixem de me dizer o que estão achando, sempre fico muito feliz em ver vocês por aqui! ♥


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